A Marinha do Brasil recebeu Helibras o primeiro helicóptero Super Cougar na versão AH-15B de ataque antinavio.
Com capacidade de lançar mísseis Exocet AM39, essa é a 12ª aeronave H-225M a ser incorporada à Aviação Naval.
Especialmente desenvolvido para a Marinha do Brasil, a versão antinavio da aeronave H225M é a mais complexa desse modelo já desenvolvida e produzida. O desenvolvimento desta versão específica foi liderado pelo Centro de Engenharia da Helibras e da Airbus Helicopters.
Esse helicóptero representa um grande incremento na capacidade operacional da Aviação Naval, que poderá realizar as missões de SAR, CSAR, Controle de Área e Ataque Ar-Superfície.
A aeronave possui sistemas embarcados no “estado da arte”, incluindo o EWS IDAS-3 (sistema de contramedida), a capacidade de lançar mísseis Exocet AM39 B2M2, o radar tático APS143 e o sistema de missão naval (N-TDMS), entre outros.
O sistema tático de missão da versão operacional naval, o N-TDMS (Naval Tactical Data Management System), é responsável por fazer o comando e controle de todos os sistemas embarcados, incluindo o sistema de armas.
Por meio da compilação dos dados dos sensores e dos dados de voo, o N-TDMS é capaz de apresentar ao operador, em uma única tela, toda a situação tática em torno da aeronave, facilitando a tomada de decisão da tripulação.
A Atech, empresa do Grupo Embraer participou ativamente deste desenvolvimento.
H225M (AH-15B) com dois mísseis antinavio AM-39 Exocet
Brasília — As Forças Armadas brasileiras, por meio do Comitê Coordenador do Programa de Aeronaves de Combate (COPAC), adquiriram 27 helicópteros monomotores H125 para aumentar a capacidade de treinamento da Marinha do Brasil e da Força Aérea.
O H125 será produzido na linha de montagem final do H125 localizada em Itajubá, Brasil, na fábrica da Helibras, onde também são montados os H225Ms para as forças armadas brasileiras. Esses novos helicópteros substituirão os antigos helicópteros AS350 e Bell 206 atualmente em serviço na Força Aérea Brasileira e na Marinha do Brasil, respectivamente.
“Este contrato de aquisição conjunta representa a realização de um projeto que irá equipar tanto a Força Aérea quanto a Marinha do Brasil com aeronaves modernas que atenderão as necessidades das Forças para os próximos 30 anos”, disse o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro Carlos de Almeida Batista Júnior.
“A Airbus Helicopters tem orgulho de ver o H125 apoiando o treinamento da próxima geração de pilotos das forças armadas brasileiras. O H125 é um helicóptero versátil amplamente utilizado nos mercados civil e militar como plataforma de treinamento graças à sua robustez, confiabilidade e fácil manutenção. Estamos honrados com a confiança contínua das Forças Armadas brasileiras após mais de 40 anos de cooperação”, disse Bruno Even, CEO da Airbus Helicopters.
Os novos helicópteros H125 terão um cockpit de vidro duplo G500H TXi e VEMD (Vehicle & Engine Multifunction Display) e serão compatíveis com o uso de óculos de visão noturna (NVG). Eles também incluirão diferentes tipos de equipamentos de missão, como um guincho e um gancho, para que o treinamento dos futuros pilotos seja o mais representativo possível de suas missões.
As forças armadas brasileiras operam atualmente um total de 156 helicópteros Airbus implantados em suas oito bases em todo o país. Sua frota varia desde a família Ecureuil de motor leve leve até o helicóptero pesado multiuso H225M, 67 e 41 helicópteros respectivamente, para cobrir uma ampla gama de missões, como transporte tático, missões de busca e salvamento e civis apoio da população.
O H125 mais vendido em todo o mundo acumulou mais de 37 milhões de horas de voo com mais de 5.350 helicópteros atualmente em operação. O modelo, conhecido por sua robustez e versatilidade, é amplamente utilizado em missões de alto desempenho.
Em uma iniciativa proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Marinha do Brasil está preparada para doar dois helicópteros modelo IH-6B, mais conhecidos como Bell 206B-3 Jet Ranger, à Marinha do Uruguai.
O projeto de lei que autoriza essa doação foi encaminhado ao Congresso Nacional no dia 7 de maio de 2025, marcando um passo importante na cooperação entre os dois países no âmbito da defesa e da aviação naval.
Conforme divulgado pelo site Scramble, atualmente a Marinha do Brasil está em fase de modernização de sua frota de helicópteros, substituindo os antigos Bell 206B-3 por modelos mais avançados, os Airbus H125, designados como IH-18 no inventário da força naval. Esse processo de renovação teve um marco significativo em meados de abril de 2025, quando a Helibras, subsidiária brasileira da Airbus, entregou a primeira das quinze unidades previstas ao Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1), responsável pela formação de pilotos navais.
Com a introdução progressiva dos novos H125, os helicópteros Bell 206B-3 tornaram-se gradualmente redundantes na frota operacional. Como parte desse processo, quatro dessas aeronaves – identificadas pelas matrículas N-5038, N-5042, N-5047 e N-5050 – serão destinadas a leilão para sucata ainda no mês de maio de 2025.
O Bell 206 tem uma longa história de serviço na Marinha do Brasil, tendo sido incorporado pela primeira vez em 1974. À medida que mais unidades do H125 forem entregues, o número de Jet Rangers em operação continuará a diminuir, consolidando a transição para uma frota mais moderna e eficiente.
Um intenso confronto aéreo entre cerca de 125 caças indianos e paquistaneses durou mais de uma hora, configurando-se como um dos maiores embates aéreos registrados nas últimas décadas, conforme relatado por uma fonte de segurança paquistanesa à CNN. Caso o número de aeronaves envolvidas seja confirmado, este episódio entrará para a história como uma das batalhas aéreas mais significativas desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
O combate, ocorrido na quarta-feira (07/05), evidencia a gravidade das tensões entre os dois países, ambos potências nucleares e detentores de forças militares convencionais entre as mais poderosas do mundo. O incidente também ressalta os riscos de uma possível escalada caso os esforços diplomáticos não consigam conter a crise desencadeada após um ataque contra turistas na região da Caxemira administrada pela Índia.
Autoridades paquistanesas afirmaram que seus caças abateram cinco aeronaves indianas durante o embate, descrevendo-o como um dos mais extensos e prolongados da aviação militar recente. No entanto, essas alegações não foram imediatamente verificadas por fontes independentes, e a CNN não conseguiu confirmar os detalhes do confronto.
Segundo a rede de notícias americana, os caças de ambos os lados permaneceram em seus respectivos espaços aéreos durante o conflito, trocando mísseis de longo alcance a distâncias superiores a 160 quilômetros. Enquanto os pilotos indianos realizaram múltiplas incursões sobre alvos estratégicos, o Paquistão emitiu alertas em áreas potencialmente vulneráveis para reduzir danos civis. A fonte paquistanesa destacou que nenhum dos lados atravessou a fronteira, evitando um cenário semelhante ao de 2019, quando um piloto indiano foi abatido, capturado e exibido na mídia paquistanesa — um episódio constrangedor que ambos os exércitos prefeririam não repetir.
Os combates aéreos têm sido um elemento decisivo nos conflitos desde o início do século XX, moldando alguns dos momentos mais críticos da história militar. Embora seu auge tenha ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial, batalhas anteriores, como a Batalha Aérea de St. Michel em 1918, já demonstravam o poder da aviação em larga escala, com cerca de 500 aeronaves alemãs enfrentando aproximadamente 1.500 aliadas, segundo registros da Universidade de Norwich.
Entre os maiores embates aéreos da história, destaca-se a Batalha de Kursk (1943), em que a Alemanha nazista mobilizou 2.000 aviões contra 2.792 da União Soviética, em um confronto que marcou a virada da guerra no front oriental.
Outro momento crucial foi a Batalha da Grã-Bretanha (1940), quando a Royal Air Force, com apenas 675 caças, resistiu a uma força alemã de até 2.800 aeronaves, evitando uma invasão nazista ao território britânico.
No Pacífico, a Batalha do Mar das Filipinas (1944) consolidou a supremacia aérea americana, com cerca de 1.000 aviões dos EUA derrotando aproximadamente 700 japoneses em um massacre que ficou conhecido como o “Great Marianas Turkey Shoot”.
No pós-guerra, os combates aéreos diminuíram em escala, mas não em importância. Durante a Guerra da Coreia, o episódio conhecido como “Quinta-feira Negra” (1951) expôs a letalidade dos caças a jatos, quando cerca de 30 MiG-15, pilotados por soviéticos, enfrentaram uma esquadrilha americana numericamente superior.
“Beco MIG”, Coreia do Norte, junho de 1951. Um F-84E Thunderjet chamado “MIG Teaser” sobrevoa a Coreia do Norte. A 136ª Ala de Caça-Bombardeiro, Texas ANG, tornou-se a primeira Guarda Aérea Nacional a entrar em combate na Guerra da Coreia. (Pintura a Óleo de William S. Phillips)
Décadas depois, em 1982, Israel demonstrou sua superioridade tática na Operação Mole Cricket 19, no Líbano, eliminando a maior parte da força aérea síria sem sofrer baixas, em um confronto que opôs 90 aeronaves israelenses contra 100 sírias.
Já em 1973, durante a Batalha de El Mansoura, entre Egito e Israel, até 164 aviões israelenses enfrentaram 62 egípcios em um combate que durou menos de uma hora, resultando em pesadas perdas para Israel, embora o país tenha se recuperado posteriormente na Guerra do Yom Kippur.
Um McDonnell F-4E Phantom II da Força Aérea Israelense abate um MiG-21 egípcio durante a Guerra do Yom Kippur, em 1973. Uma missão secreta três anos antes também viu a IAF destruir MiGs inimigos — desta vez pilotados por aliados soviéticos do Egito. (Ilustração de Antonis Karidis)
O recente confronto entre Índia e Paquistão, portanto, insere-se nesse histórico de grandes batalhas aéreas, reforçando a importância da aviação militar nos conflitos modernos e os riscos de uma escalada entre duas potências nucleares.
A Embraer divulgou nesta quinta-feira, 6, um comunicado em que afirmou ter atingido sua maiur carteira de pedidos de todos os tempos no 4º trimestre de 2024.
Segundo a empresa, o valor total de pedidos atingiu US$ 26,3 bilhões, ou mais de R$ 150 bilhões, uma alta de 40% em relação a 2023.
A maior expansão veio da divisão de jatos executivos, que atingiu US$ 7,4 bilhões em pedidos, 70% mais do que no ano anterior.
A divisão de Defesa e Segurança veio logo atrás, com alta de 67%, saindo de US$ 2,5 bilhões para US$ 4,2 bilhões.
O resultado reflete as novas encomendas do avião de treinamento e ataque leve A-29 Super Tucano, que conquistou 17 pedidos firmes em 2024, e sobretudo dos acordos pelo C-390 Millennium.
O cargueiro militar capaz de carregar até 26 toneladas de carga conquistou mais três novos clientes no ano passado,
A Eslováquia confirmou que irá adquirir três aeronaves enquanto a Suécia também selecionou a aeronave, mas sem revelar quantas unidadesserão.
Quase 50 pedidos em breve
E pela primeira vez a Embraer listou os clientes com pedido firmes do C-390, que juntos somam 42 aeronaves. O comunicado confirma que a Coreia do Sul assinou contrato para três Millennium e também traz o acordo com o país misterioso.
C-390 com pintura da Suécia
Com a futura assinatura de vendas para a Suécia e Eslováquia, o C-390 deve beirar as 50 encomendas em breve.
Sem vendas por três anos, o Super Tucano também amealhou bons pedidos. A lista oficial mostra 17 aeronaves encomendadas, sendo seis para o Paraguai, seis para um país não revelado (possivelmente Filipinas), quatro para uma nação africana e um para o Uruguai.
A Força Aérea Uruguaia, no entanto, já assinou um novo acordo para cinco A-29 adicionais em janeiro. Além disso, Portugal confirmou a encomenda de 12 A-29N, variante da OTAN, mas o contrato ainda não havia sido assinado até o final de 2024.
Portanto, há 34 Super Tucanos encomendados, boa parte dele
A companhia aérea mongol Hunnu Air deu um passo significativo em sua expansão internacional ao lançar voos regulares com o moderno jato E195-E2 da Embraer, conectando Ulan Bator ao Aeroporto Internacional de Daxing, em Pequim.
A operação inaugural, realizada hoje, 11 de maio, marcou a primeira vez que o E2 opera em uma rota regular na China, reforçando os laços econômicos e culturais entre Mongólia e China. Uma cerimônia conjunta com a Hunnu Air, a Embraer e o Aeroporto de Daxing celebrou o sucesso do lançamento.
O voo foi operado por uma das duas aeronaves E195-E2 entregues à Hunnu Air em abril. Com configuração de 136 assentos em duas classes e layout 2×2, sem assentos do meio, o jato oferece maior conforto aos passageiros.
A companhia planeja utilizar o E2 para ampliar a capacidade em rotas para Haikou e Sanya, na China, e Phu Quoc, no Vietnã, além de explorar novos destinos no Japão, Índia, Coreia do Sul, Vietnã e uma nova rota para Tashkent, no Uzbequistão.
“Esta nova rota com o E195-E2 simboliza nosso compromisso em expandir a conectividade internacional e fortalecer a amizade entre Mongólia e China”, declarou Munkhjargal Purevjal, CEO da Hunnu Air. “A introdução do E2 é um marco para atender à crescente demanda por viagens e sustentar nosso crescimento regional.”
Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial, destacou a parceria com a Hunnu Air: “Estamos orgulhosos de ver o E195-E2 operando na China pela primeira vez. Este jato permitirá à Hunnu Air crescer de forma eficiente e sustentável, consolidando a malha aérea asiática.”
A Embraer mantém uma relação sólida com o mercado mongol desde 2018, quando o primeiro ERJ-145 entrou em serviço no país.
A estreia de hoje acontece ao mesmo tempo em que o presidente Lula e sua comitiva visitam a China. Uma coincidência ou ação muito bem coordenada pela Embraer, que deseja retornar com mais força ao mercado chinês.
Dos mais de 15.000 P-51 Mustang fabricados durante a Segunda Guerra Mundial, apenas 159 ainda voam
Censo atualizado revela o número exato de P-51 Mustang preservados no mundo e destaca desafios para manter o ícone da aviação em operação - Jeff Berlin
Um censo atualizado do site especializado MustangsMustangs aponta que 311 células completas do caça norte-americano P-51 Mustang ainda existem. Dessas, 159 permanecem em condições de voo, 66 estão em exibição estática em museus, 54 passam por processos ativos de restauração, 29 estão armazenadas a longo prazo, e outras nove não têm informações públicas suficientes para categorização precisa.
A base de dados é atualizada semanalmente com informações de proprietários, seguradoras, registros oficiais e contribuições do público. Produzido pela North American Aviation, o P-51 Mustang teve mais de 15 mil unidades fabricadas entre 1941 e 1945, sendo que mais de 8.000 eram da variante “D”.
Atualmente, menos de 1% da produção original segue em condições de voo. Segundo a Commemorative Air Force, há cerca de 150 Mustangs operacionais em todo o mundo, entre exemplares preservados em museus, em exibições aéreas ou em processo de restauração.
4. P-51 Mustang fighter aircraft of the 361st Fighter Group in formation over England, 1944. #WW2pic.twitter.com/TtRvVw4dFg
— Heyits_jasica (@Heyits_jasica) May 8, 2025
O alto volume de produção durante a Segunda Guerra Mundial contribuiu para a sobrevivência do modelo. Após o conflito, milhares de aeronaves foram declaradas excedentes pelas Forças Aéreas do Exército dos EUA. O preço para civis era baixo: um Mustang poderia ser adquirido por US$ 3.500 (R$ 19.822). Em muitos casos, os caças foram levados para fazendas ou autódromos, evitando o sucateamento imediato.
A venda de aeronaves de guerra excedentes foi conduzida pela War Assets Administration e pela Reconstruction Finance Corporation (RFC), que, até o verão de 1945, operavam trinta depósitos e 23 centros de venda. Cerca de 117.000 aeronaves foram transferidas como excedentes de guerra. Enquanto aviões de transporte e treinamento encontraram utilidade civil ou militar entre aliados, caças e bombardeiros foram adquiridos principalmente por colecionadores, museus e operadores de combate a incêndios.
A valorização recente de caças históricos reflete o crescente interesse por aviação militar. Em 2023, o portal Plane & Pilot noticiou a venda do que seria o último P-51D original e não restaurado, acompanhado do maior estoque de peças da aeronave no mundo — suficiente para encher até oito caminhões. A aeronave foi anunciada por US$ 4,5 milhões (R$ 25,5 milhões) e, segundo os registros, foi vendida.
Dados do site Controller.com mostram que o preço de mercado de um P-51D pode variar entre US$ 3 milhões e US$ 5 milhões (entre R$ 17 milhões e R$ 28,3 milhões), embora muitos anúncios exijam contato direto para a negociação. Em 2015, um exemplar encontrado em um celeiro foi leiloado com lance inicial de US$ 150 mil (R$ 849,5 mil). Sem motor, mas com estrutura original, estimava-se que o custo de restauração ultrapassaria US$ 1,5 milhão (R$ 8,5 milhões).
Projetado em 1940 por James H. Kindelberger, o P-51 voou pela primeira vez em outubro do mesmo ano. Inicialmente equipado com motor Allison, teve seu desempenho significativamente ampliado com a adoção dos motores Rolls-Royce Merlin. A versão P-51D, a mais produzida, contava com seis metralhadoras calibre .50 e alcançava velocidades superiores a 640 km/h.
Durante a guerra, os Mustangs desempenharam papel fundamental como escolta de bombardeiros em missões sobre a Europa e o Pacífico, destruindo cerca de 5.000 aeronaves inimigas. Ao fim do conflito, vários países passaram a operar a aeronave.
Hoje, a sobrevivência dos Mustangs voadores depende de uma rede global de apoio logístico, troca de peças, conhecimentos técnicos e investimentos em preservação. Especialistas alertam que fatores como a escassez de pilotos, envelhecimento dos motores e mudanças regulatórias podem comprometer a manutenção dessas aeronaves em operação