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segunda-feira, 6 de março de 2017

DO 14-BIS AO QUASAR, DEZ AVIÕES BRASILEIROS COM NOMES BACANAS

A indústria aeronáutica brasileira é uma das maiores do mundo em número de criações e também em faturamento. Desde a criação de Alberto Santos Dumont até o moderno Legacy, selecionamos para você uma lista com 10 aviões curiosos e com nomes igualmente bacanas. Vem conhecer!

1 – 14-Bis: O Pioneiro

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Ah, o 14-Bis. Pois é, bem simples, a criação do inventor brasileiro Alberto Santos Dumont era tipo uma mistura de aeroplano com o balão 14 usado pelo inventor em outros voos. Isso mesmo que você deve ter pensado foi o que aconteceu. Dumont curtia numerar suas criações. Daí, o “bis”, sacaram? Foi com ele que, em 13 de setembro de 1906, o 14-Bis, sem balão, com mais potência e chamado de Oiseau de Proie, voou 8 metros. E isso num momento da história da humanidade em que era difícil definir o que seria um “voo de avião”, lembrem-se. A polêmica ganhava o mundo. Afinal, difícil acreditar que algo mais pesado do que o ar pudesse… voar. Pois é, voou. E quem é dono desse feito é sim um brasileiro!

2 – Ah, é o meu Guri!

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AMT-600 Guri foi desenvolvido pela Aeromot, fabricante do Rio Grande do Sul, para treinamento e instrução primária de pilotagem. O pequenino tem dois lugares – lado a lado – na cabine e trem de pouso fixo e triciclo. Cabem 90 litros de combustível no tanque, o que dá para voar 4h30. O gurizinho mede 8,2m e tem envergadura de 10,5m. Ah, e sua altura é de meros 2,51m. O aviãozinho, fabricado desde 1985, tem pouca potência – e é aconselhável usar bem os freios para controlar a corrida na decolagem. Por fim, o Guri é uma opção frente aos helicópteros e ainda tem maior autonomia de voo.

3 – Anequim, teu sorriso é um olhar de marfim

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A brincadeira do título é uma alusão ao clássico Manequim, cantado pela extinta boyband brasileira Dominó. Mas, voltando ao Anequim… trata-se de um avião que voa até 521,08 km/h. Ele foi desenvolvido pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no caso, pelo Centro de Estudos Aeronáuticos do Departamento de Engenharia Mecânica. Com nome inspirado numa espécie de tubarão veloz e agressiva, o avião de meia tonelada de peso bateu cinco recordes mundiais de velocidade em sua categoria. Feito de fibra de carbono, o Anequim tem um motor de 4 cilindros e é incapaz de ferir alguém. Quando bem pilotado, claro.

4 – Xingu, o avião índio

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Esse é um bimotor monoplano de uso civil e militar, o Embraer EMB-121 Xingu. Foi o primeiro turboélice pressurizado brasileiro. O avião, produzido entre 1976 e 1987 – originou 106 unidades, tinha espaço para até 3 tripulantes e 9 passageiros. Tudo em um comprimento de 12,3m e peso de 5,6 toneladas. Com esses números, ele chegava a uma velocidade de 450 km/h e a uma altura de 8,5 km. A base do Xingu foi o projeto de asa do Bandeirante, um turboélice bimotor para transporte de passageiros. O avião foi o primeiro de uma linhagem de turboélices pressurizados para uso executivo, militar e transporte de passageiros. E até chegar ao EMB-120 Brasília, com 350 unidades circulando no planeta. Rolou até uma outra versão, mais silenciosa, chamada EMB-121A1 Xingu II, em 4 de setembro de 1981.

5 – Tucano, uma aeronave nariguda

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O primeiro voo do Embraer EMB-312 Tucano, turbohélice de treinamento e ataque leve, fabricado pela Embraer, ocorreu em 1980, mas as primeiras unidades foram entregues somente em 1983. Os primeiros a voarem com ela foram os militares do treinamento avançado na Academia da Força Aérea Brasileira (FAB), em Pirassununga (SP). A FAB encomendou 133 unidades do avião. No total, a produção da aeronave que serviu ao Esquadrão de Demonstração Aérea da Força Aérea Brasileira, a Esquadrilha da Fumaça, de 1983 a 2013, ultrapassou 600 unidades. O Tucano atingia 448 km/h a uma altura de 9.144m. Bacana, né? E media 9,86m. Por fim, podia carregar até três toneladas.

6 – Legacy, um avião duro na queda

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O que você lembra ao ouvir a palavra Legacy? Pois é, à memória vem a lembrança de um acidente com um Boeing 737-800 da GOL que matou 154 pessoas, em 29 de setembro de 2006. A batida em pleno voo levou o então presidente Lula a decretar luto oficial de três dias, após este acidente que, até então, foi o maior da história da aviação brasileira. Bem, o primeiro voo do Legacy 600, produzido pela Embraer, ocorreu em 2001. O avião transporta até 15 passageiros e mede 26m. Seus principais concorrentes são o Global 5000 da Bombardier, o Falcon 2000 da Dassault e o G450 da Gulfstream. O Legacy 600 é um avião de luxo e custa cerca de 30 milhões de dólares.

7 – Quero-Quero, um passarinho

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Para começo de conversa, só cabe uma pessoa nos aviões Quero-Quero KW1 que ainda voam por aí. Ele é um planador monoplace fabricado no Brasil entre 1975 e 1981. De origem gaúcha – foi criado por um engenheiro de Novo Hamburgo. Ele voou pela primeira vez em 18 de dezembro de 1969. Uma versão modificada foi feita pela IPE Aeronaves, para uso em instrução primária, ou seja, ele era tipo o primeiro planador monoplace à disposição dos alunos. Com comprimento de 6,47m e envergadura de 15m, o Quero-Quero, nome de passarinho curioso, tem como velocidade de melhor planeio, 76 km/h.

8 – Paulistinha, paulistano

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Com nome simpático, o Paulistinha CAP-4, fabricado pela Companhia Aeronáutica Paulista, voou pela primeira vez em 1941. Ou seja, o avião tem 74 anos bem distribuídos em 6,76m de comprimento e 2,08m de altura, para meras duas pessoas. O monomotor de asa alta atingia a velocidade máxima de 220 km/h e foi um dos aviões treinadores de maior sucesso no Brasil. A FAB operou uma segunda versão do aparelho entre 1959 e 1967. O Paulistinha era feito de madeira revestida em tela e tinha fuselagem em tubos de aço, com direito a trem de pouso fixo convencional e acomodação para dois pilotos.

9 – Biguá, esse menino pantaneiro

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Construído numa parceria envolvendo a empresa paranaense IPE Aeronaves e o Aeroclube de Novo Hamburgo, o KW2 Biguá é um planador experimental, biplace e com protótipo projetado pelo engenheiro Kuno Widmaier. Seu primeiro voo foi em 19 de dezembro de 1974. O antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) adquiriu o projeto do Biguá com o objetivo de dotar os aeroclubes brasileiros com planadores de construção nacional. Não deu certo. O Biguá acabou perdendo a disputa para o modelo IPE Nhapecan, totalmente construído pela própria IPE. E acabou servindo para instrução primária em Novo Hamburgo. Só um protótipo foi construído. Que pena!

10 – Quasar, um raio de luz

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E chegamos a 2009, ano da entrada em serviço do Quasar Lite II, avião projetado e produzido pela Aeroálcool. A singela aeronave, com nome inspirado no objeto astronômico quasar (quasi-stellar radio source, ou fonte de rádio quase-estelar) foi criada para o lazer (o consumo é baixo), para o treinamento (é de fácil pilotagem) e para pequenas viagens (dá para voar até 1.500 km com um tanque). A tripulação é espartana, apenas dois pilotos, afinal o Quasar mede meros 5,50m, tem altura de 2,18m e peso de 240kg. A velocidade máxima é de 242 km/h, ou seja, infinitamente menor do que a de um quasar original. Fica a dica!

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