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| O IAI Nesher foi o primeiro caça a ser produzido em Israel, abrindo assim o caminho para o surgimento de aviões mais avançados, como o Kfir e o Lavi. A IAF viu o Nesher como um expediente temporário para manter e reforçar o poder aéreo de Israel na região, uma espécie de fase intermédia antes que modelos mais avançados estivessem disponíveis. Quando conseguiu obter melhores aeronaves, a IAF retirou o Nesher de serviço ativo, no qual permaneceu por um curto período de 10 anos, o suficiente para ser envolvido em vários conflitos entre Israel e os seus vizinhos Árabes. | |||||
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Ano
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1969
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Pais de Origem
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Israel
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Função
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Caça polivalente
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Variante
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Finger A
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Tripulação
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1
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Motor
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SNECMA Atar 09C-5
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Peso (Kg)
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Vazio
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6570
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Máximo
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13500
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Dimensões (m)
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Comprimento
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15,03
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Envergadura
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8,22
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Altura
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4,5
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Performance (Km)
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Velocidade Máxima
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2350 (Mach 2,2)
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Teto Máximo
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17000
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Raio de ação
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1200
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Armamento
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2× canhões DEFA 552 de 30 mm com 125 tiros por arma
Até 4000Kg de armamento em 7 suportes (6 nas asas e 1 central sob a fuselagem), combinações de: - Bombas de queda livre Mk-82 ou Mk-83 - Pods de foguetes de 70 mm - 2× misseis AAM Rafael Shafrir 2 - Tanques externos de combustível | |||||
Países operadores
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Israel, Argentina, Africa do Sul
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Fontes
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GALERIA
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HISTÓRIA
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Algumas fontes afirmam que a cooperação militar entre Israel e França se mantinha fora dos olhos do público e que Israel recebeu do Armée de l'Air 50 Mirage 5 desmontados, em caixas e que simplesmente procederam à sua montagem na empresa governamental “Israel Aerospace Industries” (IAI) atribuindo-lhe a designação de IAI Nesher.
O IAI Nesher tinha uma fuselagem idêntica ao Mirage 5, mas dispunham de aviónicos de fabrico israelita, assento ejetável Martin-Baker, e possibilidade de utilizar uma ampla gama de armas, incluindo misseis Ar-Ar (AAM), Shafrir , de fabrico israelita.
Apesar dos aviónicos simplificados e de uma manobrabilidade inferior ao Mirage III, o Nesher teria um excelente desempenho como caça durante a guerra. As suas primeiras vitórias ocorreram em 8 de Janeiro, quando abateram com dois MiG-21, e até final da guerra um revindicaria mais de 100 vitórias em combate ar-ar. O Nasher seria também utilizado em várias missões de ataque em apoio as forças terrestres ao longo dos montes Golan, função para a qual tinha sido originalmente construído. Surpreendentemente ao londo da sua vida operacional o numero de perdas de Nasher foi bastante baixo.
Em 1982 os IAI Dagger Argentinos seriam utilizados em ataques à força-tarefa britânica enviada para recapturar as ilhas Malvinas (Falklands). A Força Aérea Argentina (FAA) apoiou-se fortemente nos Dagger, para tentar conseguir a superioridade aérea sobre as ilhas devido ao reduzido alcance operacional dos seus Mirage III que os tornava praticamente inúteis nas operações sobre as ilhas. Porém, mesmo com o maior alcance dos Dagger, não era possível garantir superioridade aérea, quando os britânicos dispunham de porta-aviões a apenas alguns minutos de voo.
Nos confrontos com os Sea-Harier britânicos, embora tivessem clara superioridade em termos de velocidade, os Dagger eram menos manobráveis e tinham um problema irresolúvel. Tinham sido concebidos como aeronaves de ataque, com capacidade para operar apenas de dia, enquanto que os Harrier dispunham de radar e dos modernos s mísseis Sidewinder AIM-9L que os britânicos começaram a utilizar em 1982.
O aumento da tensão no Oriente Médio com os Raids aéreos israelitas no Líbano em 1968 (na sequência de um ataque terrorista palestiniano contra um avião da El Al) levaram o presidente francês Charles de Gaulle a embargar, a entrega dos 50 Mirage 5 encomendados por Israel cujo o lote fora concluído nesse ano e cujos pagamentos tinham também já sido efectuados por Israel.
No final de 1969, os israelitas, tinham pilotos testar a aeronave em França, mas perante a intransigência francesa de por fim ao embargo das aeronaves, acabaram por delas desistir, aceitando o reembolso dos valores pagos.As 50 aeronaves foram então o incorporadas no Armée de l'Air. Esta é pelo menos a versão pública e oficial...
IAI Nesher S, IAF |
Oficialmente o IAI Nesher é resultado dos projetos israelitas Raam A, para a produção de fuselagens , Mirage 5, cujos planos tinham sido obtidos pelos serviços secretos israelitas através de espionagem industrial. Paralelamente era desenvolvido o programa "Raam B", cujo objectivo era testar a substituição dos motores originais das aeronaves (o motor Atar 9C) por motores mais potentes como o americano GE-J79, e que acabará por levar ao desenvolvimento do IAI Kfir .
Em 21 de março, 1971, o " Raam A " fez o seu primeiro voo e os respectivos testes começaram em maio seguinte na IAF (Israeli Air Force), e em novembro a aeronave recebia a designação oficial de IAI “Nesher” (Abutre em hebraico).
IAI Nesher, da IAF no final da década de 1970 |
Entre 1969 e 1974 foram produzidos 51 aeronaves IAI Nesher S (versão de combate) e 10 IAI Nesher T (versão de instrução).
Cerca de 40 aeronaves IAI Nesher estavam ao serviço por altura do inicio da guerra de Yom Kippur em 1973, distribuídos por quatro esquadrões. Embora o Nesher tenha sido concebido como um avião de ataque, ele seria usado durante a guerra de 1973 fundamentalmente como caça de interceção, de superioridade e escolta aérea, sendo as funções de ataque assumidas pelos McDonnell Douglas F-4 Phantom II, e os McDonnell Douglas A-4 Skyhawk.
IAI Nesher T, IAF |
Entre 1978 e 1981, os IAI Nesher foram abatidos ao serviço da Força Aérea Israelita, sendo substituídos pelos mais modernos e poderosos IAI Kfir, que resultaram do programa Raam B.
As aeronaves IAI Nesher remanescentes (35 monolugares e 4 bilugares) foram vendidos a Força Aérea Argentina que os apelidou de Dagger (também conhecidos por Delta Dagger).
IAI Finger (Dagger),FAA |
Durante estas operações e apesar da falta de uma sonda de reabastecimento aéreo, fariam 153 saídas durante a guerra, danificando seis navios britânicos entre eles as fragatas HMS Brilliant e HMS Broadsword, e o destroier HMS Antrim. Nestas operações nove Dagger terão sido abatidos por Sea Harrier e dois por misseis SAM (Surface to Air Missile).
IAI Dagger A , FAA |
Nos anos seguintes as aeronaves sobreviventes sofreram atualizações (devido ao embargo de equipamento militar inglês a FAA viu-se obrigada a substituir os aviónicos de origem britânica por outros de origem israelita ou francesa)em em três fases, durante as quais foram instalados aviónicos do Kfir (entre outros um radar Elta EL/M2001B e um HUD Thompson CSF) e foram alterados os contornos da fuselagem dianteira e instalados geradores de vórtices. As aeronaves modernizadas receberam a designação de Finger A, (monolugar) e Finger B (bi-lugar).
Em 1993, cerca de 25 IAI Finger continuavam ao serviço da Força Aérea Argentina.
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