Na década de 90, a vontade de superar a grandeza do 747-400 era extrema. Tanto que até a McDonnell Douglas tinha vontade de superá-la.
O projeto, para muitos, era algo impossível. E realmente, ele foi! Os projetistas devem ter ficado com uma dor de cabeça tão grande estudando o design desta aeronave, que o projeto foi cancelado.
A princípio, ele seria um mega trijato, mas posteriormente, viram que quatro motores seriam mais convenientes a esta aeronave. Tendo seu comprimento semelhante ao do 747, o segundo andar tomava toda a extensão da aeronave.
Não pense que o MD-12 foi só uma coisa que surgiu do nada na cabeça de um louco, e depois viu-se que era algo mais complicado do que parecia. O projeto teve um grande investimento por parte da McDonnell, sendo a acionista majoritária com 51% de participação. Em seguida, veio o investimento da Taiwan Aerospace, com 40% de participação, e os outros 9% das ações por parte de outras empresas asiáticas.
Em 1992, a McDonnell revelou ao público seu projeto do MD-12, similar aos projetos-conceito do Airbus A3XX e do Boeing NLA. Porém este projeto é mais antigo do que imaginamos: a Douglas Aircraft já estudava a criação de uma aeronave com dois andares na década de 60.
A McDonnell estava tão engajada no projeto, que previa seu primeiro voo em 1995, e suas primeiras entregas em 1997. Mesmo com um marketing agressivo e uma boa ajuda inicial, o projeto não obteve ordens de continuidade e foi cancelado. Ainda que os tivesse, a empresa não teria recursos para dar continuidade ao projeto, já que na época, a Taiwan Aerospace decidiu retirar seus investimentos.
Um projeto de uma aeronave de dois andares se mostrava extremamente caro e muito complexo de ser desenvolvido, até mesmo para a Boeing e para a Airbus. Mesmo assim, o projeto do A380 foi levado adiante, obtendo sucesso como vemos hoje.
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