Aposentado em outubro de 2013, o Boeing KC-137 (707) “FAB 2402″, o lendário “Sucatão” da Força Aérea Brasileira (FAB), está sendo leiloado.
O valor do lance inicial é de R$ 312.200,00, com incrementos no valor mínimo de R$ 1.000,00. Os interessados podem agendar uma visitação externa para os dias 24, 25 e 26 de agosto, das 09h às 11h e das 13 às 15:30h. Maiores informações no site do leiloeiro oficial.
Os KC-137 chegaram à FAB em meados dos anos 1980. Desde então, conquistaram um lugar na história da aviação nacional ao integrar as principais missões humanitárias promovidas pelo Brasil, além do resgate de brasileiros vítimas de guerras e catástrofes. A versatilidade das aeronaves permitiram sua aplicação tanto no transporte de tropas em missões de paz no Haiti, em Angola e no Timor Leste, como também em apoio a atividades científicas, desportivas e sociais de interesse do Brasil.
Entre 1986 e 1987, o Esquadrão Corsário recebeu quatro unidades Boeing KC-137 que pertenceram à empresa aérea Varig e passaram por modificações na Boeing, em Wichita, no estado norte-americano do Kansas. Foram batizadas então de FAB-2401, FAB-2402, FAB-2403 e FAB-2404.
As aeronaves possuem como marca registrada a capacidade de reabastecimento em vôo (REVO), além de transporte de carga e de pessoal, o que representou uma significativa mudança no comportamento operacional e logístico de manipulação de cargas, potencial de REVO e operação de grande volume de passageiros na FAB.
Até 2005, o Boeing FAB-2401, ficou responsável pelo transporte do Presidente da República, quando foi substituído com a chegada do Airbus VC1A, o “Santos-Dumont”. A unidade, adaptada para a missão, realizou diversas viagens ao exterior em compromissos oficiais da presidência e de ministros de Estado. Em 2014, a aeronave foi desmontada e vendida como sucata.
Embora desativado como aeronave presidencial, os KC-137 concentraram a sua função estratégica no reabastecimento em voo de caças F-5EM, F-2000 Mirage e A1, graças à elevada capacidade de conduzir combustível (90.000 litros) à maior distância e maior altitude, com possibilidade de transferência de 1.700 litros por minuto, e a atuação como aeronaves de transporte de longo alcance e grande capacidade.
Em 2013, a idade das aeronaves se fez presente pelos altos custos de manutenção, inclusive pelo excessivo consumo de combustível, bem como o barulho acima dos níveis permitidos na maioria dos aeroportos, em especial os europeus, realidade que culminou na decisão de parar de vez com a utilização do KC-137 na FAB.
Fonte: Cavok
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