Certamente em sua cidade você já deve ter observado um avião com as cores cinzas e vermelhas fazendo vários voos rasantes entorno do aeroporto. Alguns até devem imaginar que o piloto ficou maluco e faz estes voos por diversão.
Na verdade estes voos servem para garantir uma maior segurança as operações de aproximação, pouso e decolagem em um aeroporto. Vamos conhecer abaixo um pouco de como o GEIV trabalha.
Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV)
O GEIV é um esquadrão que faz parte do DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aérea), que por sua vez é subordinado a Força Aérea Brasileira (FAB). O GEIV foi criado oficialmente em 1972, mas desde os anos 50 já fazia suas atividades. Nesta época um clássico DC-3, cujo o nome era EC-47 2065 já fazia as atividades do grupo.
Antes de operar as modernas aeronaves Legacy 500, outras aeronaves já passaram pela história do grupo. Entre elas o já citado DC-3, mas também o EMB-110 Bandeirante, que no GEIV foi chamado de EC-95.
Aeronaves operadas pelo GEIV:
- EC-95B/C (Bandeirante)
- EU-93A (BAe Raytheon)
- EU-93 Dominie (BAe Hawker Siddeley)
- IU-50 Legacy (Legacy 500)
O clássico Bandeirante operou no GEIV até 2018. Atualmente o grupamento opera somente aeronaves à jato.
A sede do GEIV é no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. De lá os jatos IU-50 voam para os principais aeroportos e base aéreas de todo o país.
Missão
Para que se tenha uma segurança nas operações de um aeroporto é preciso que os equipamentos destinados a tais operações estejam sempre calibrados. E aí entra a ação do GEIV, que é justamente aferir os sistemas de auxílio a Navegação Aérea (ILS, PAPIS, VASIS, AVASIS, ALS, NDB, VHF, VOR), dentre outros sistemas.
Nada melhor que uma aeronave pousando, decolando e fazendo as devidas aproximações descritas nas cartas aeroportuárias para checar tais equipamentos.
Seguem mais detalhes das devidas Inspeções do GEIV:
– Inspeção de Avaliação de Local:
Antes de colocar os sistemas em um local é preciso fazer um estudo para garantir qual o local ideal para tais sistemas serem instalados;
– Inspeção de Homologação:
Não basta escolher o local e instalar, deve-se testar e adequar tais sistemas de acordo com as regras de um aeródromo;
– Inspeção Rotineira:
Isso explica porque as aeronaves do GEIV as vezes aparecem uma cidade e fazem os voos de chegue dos instrumentos, que rotineiramente devem ser testados.
-Inspeção por outros fatores:
Quando algum problema é encontrado a atuação do GEIV é fundamental para que se ache e solucione o problema o mais rápido possível.
Hoje o DECEA, por meio do GEIV tem a missão de inspecionar 900 equipamentos de auxílio a navegação aérea em todo o país.
Contudo, não é apenas a aeronaves e seus equipamentos a bordo que fazem os cheques, em solo uma equipe auxilia a aeronave do GEIV.
No FlightRadar 24
Os aviões do GEIV são facilmente rastreáveis através do FlightRadar 24, então é possível diferenciar os mesmos de uma aeronave fazendo órbita, seja por espera ou emergência.
Nas imagens abaixo podemos ver algumas diferenças entre os códigos de voos com o um avião do GEIV e sem o mesmo.
Fonte de apoio: DECEA
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