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domingo, 1 de janeiro de 2023

FAB começa aposentadoria de caças F-5 com o início de operação dos F-39 Gripen multimissão

 

O ano de 2023 será marcado pelo início da aposentadoria gradual do serviço dos cerca de 40 atuais caças Northrop F-5E/F Tiger II da Força Aérea Brasileira, aeronaves que ocupam um lugar especial no coração de pilotos e mecânicos.

A entrada em operação dos primeiros Saab F-39E/F Gripen de origem sueca permitirá o início da aposentadoria das aeronaves F-5E/F que começaram a operar no Brasil em 1975, com um primeiro lote de caças F-5E Tiger II monopostos, acompanhados por jatos F-5B Freedom Fighters de dois lugares da velha geração.

No total a FAB recebeu 36 caças F-5E e 6 F-5B em meados da década de 70 e depois 22 F-5E e 4 F-5F no final da década de 80, todos vindo dos EUA. Em 1990, os cinco F-5B restantes foram retirados de serviço e descartados, com dois deles entregues a museus.

Entre 2001 e 2009 a fabricante de aeronaves Embraer, com a ajuda de empresas israelenses, modernizou 49 dos F-5E e F-5F passando-os para o atual padrão F-5EM/F-5FM. Em particular, eles foram equipados com novos aviônicos, uma rede de comunicação revisada e corrigida e sistemas que permitem uma melhor interoperabilidade com o Embraer E-99 AEW desenvolvido no país. A sonda de reabastecimento em voo também foi modificada. A modernização ocorreu de setembro de 2005 até outubro de 2020.

Ao mesmo tempo, o Brasil comprou oito F-5E e três F-5F da Jordânia, que também foram parcialmente modernizados. Algumas destas aeronaves serviram apenas como estoque de peças de reposição.

Sete caças F-5E da Força Aérea Brasileira foram enviados em maio para o Parque de Material de Aeronáutica (PAMA) de São Paulo sem planejamento para voltarem às unidades operacionais. Dentre as aeronaves que não devem voltar para ativa estão um F-5E adquirido da Jordânia, cinco F-5E dos primeiros adquiridos da USAF e um F-5F (4806) que que “pousou” sem os pilotos que ejetaram em 5 de julho de 2016.

Desde a retirada de serviço em dezembro de 2013 dos Dassault Aviation F-2000 Mirage, os caças F-5EM/FM são os únicos caças da Força Aérea Brasileira. Voavam os F-5EM/F-5FM o Esquadrão Pacau (Manaus-AM), o Esquadrão Jaguar (Anápolis-GO), o Esquadrão Pampa (Canoas-RS) e o Primeiro Grupo de Aviação de Caça (Rio de Janeiro-RJ). O Pacau foi desativado em dezembro e o Jaguar recebeu seus primeiros Gripens no final do ano.

Atualmente, apenas cinco caças F-39 Gripen estão no Brasil, sendo quatro operacionais, de 40 jatos encomendados. Os novos caças fabricados na Suécia, mas com muita tecnologia brasileira neles, devem permitir que a FAB entre plenamente no século 21 e ponha fim aos chamados aviões “monomissão”. Com isso o caça norte-americano Northrop F-5E/F Tiger II que está em serviço há 47 anos pode começar a ser aposentado.

A aposentadoria dos F-5 deve continuar, embora ainda falte muito para a despedida total efetiva dos F-5 no serviço ativo da FAB, pois há unidades com menos de dez anos após a revitalização. As aeronaves de ataque terrestre AMX A-1M, projetadas em conjunto entre Brasil e Itália, também devem seguir pelo mesmo caminho.

Até 2027, a FAB pretende ter uma frota de jatos de combate puramente multifuncionais.

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