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sexta-feira, 17 de março de 2023

DASSAULT MIRAGE F 1, JORDÂNIA

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Fonte: https://moraisvinna.blogspot.com/2009/0 ... cidos.html


O Dassault Mirage F1 é um avião militar projetado e construído pela empresa francesa Dassault como sucessor do caça Mirage III. Este caça difere-se das outras aeronaves da família "Mirage" pelo formato de sua asas enflechadas ao invés de uma asa em delta. Disponível na versão de reconhecimento e ataque, o Mirage F1 é considerado o caça supersônico europeu de segunda geração mais bem sucedido, sendo adquirido pelas forças aéreas de onze países num total de mais de 700 unidades construídas.

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Fonte: https://moraisvinna.blogspot.com/2009/0 ... cidos.html


Desenvolvimento

O Mirage F1 foi desenvolvido para ser o substituto dos caças Dassault Mirage III e do Dassault Mirage 5. Seus estudos começaram após o ano de 1963, quando a Força Aérea Francesa solicitou um estudo contendo especificação de um caça multifuncional capaz de realizar missões de interceptação em velocidades supersônicas e de penetração em baixa altitude sob qualquer tempo. Também se exigia que acomodasse dois fatores operacionais básicos: maior autonomia, raio de missão e a utilização de pistas com distâncias mais curtas para descolagem e aterragem, permitindo a aproximação numa velocidade abaixo de 140 nós (260 km/h) - tudo isso com o menor custo possível.
O uso de asa em delta utilizado pelos caças da família Mirage exigiam que os pilotos se aproximassem em alta velocidade durante os procedimentos para pouso, o que levou a Dassault realizar uma extensa pesquisa sobre formato de asas para aviões de combate. Com isso, o departamento de engenharia da empresa Dassault passou a trabalhar num projeto denominado Mirage F3. Este projeto viria primeiramente equipado com um reator americano Pratt & Whitney TF-106 e utilizaria asas enflechadas na parte superior da fuselagem com dispositivos hipersustentadores no objetivo de diminuir a velocidade de aproximação para pouso. Em 1965, três protótipos de uma versão para dois lugares denominados Mirage III F2 foram encomendados.
O primeiro protótipo, utilizando um motor Pratt & Whitney TF30 , fez seu voo inaugural no dia 12 de Junho de 1966. No final deste ano, já demonstrava sua capacidade de atingir a velocidade de Mach 2. Enquanto isso, a Dassault resolveu desenvolver uma versão de um caça menor com um lugar e equipado com o motor SECMA Atar 9K do Mirage IV designando Mirage F1 01. Este avião fez seu voo inaugural no dia 23 de Dezembro de 1966. No começo de janeiro de 1967, durante seu quarto voo, este caça já atingia também a velocidade de Mach 2.

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Fonte: https://kids.kiddle.co/Image:Dassault_M ... ited-2.jpg

Apesar do bom desempenho apresentados pelos protótipos Mirage III F2 e do Mirage G com asas de geometria variável (primeiro voo ocorrido no dia 18 de Novembro de 1966), a Força Aérea Francesa decidiu não mais financiar estes projetos, restando apenas o projeto do Mirage F1, o qual foi selecionado. O primeiro voo do avião de série ocorreu no dia 15 de Fevereiro de 1973.
Também no ano de 1973 a Dassault resolveu construir dois exemplares para a Europa designados Mirage F1 E e equipados com o motor SNECMA M53. Este modelo participou da concorrência para o caça padrão da OTAN, sendo este preterido em favor do caça americano F-16.
O Mirage F1 C entrou em serviço pela Força Aérea Francesa em maio de 1973, quando os primeiros caças de produção foram entregues. Inicialmente eles eram equipados com 2 mísseis ar-ar Matra R530 de médio alcance além dos dois canhões internos de 30mm. Mais tarde, já no final dos anos 70, estes mísseis foram substituídos pelo Matra Super 530 F, além dos trilhos instalados sobre as asas para abrigar os mísseis ar-ar Matra R550 Magic de curto alcance.

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Fonte: https://www.airhistory.net/photo/83037/108


Versões
A produção em série foi dividida em:
• Mirage F1 A (Avião de ataque, único lugar)
Versão de ataque diurno destinado para exportação, este caça vinha equipado com o radar Aida II, sistema de reabastecimento retrátil e um sistema de navegação e de ataque com radar telemétrico para tempo aberto. Esta versão podia transportar mais combustível interno do que a versão Mirage F1 C.
• Mirage F1 B (Treinamento, dois lugares)
Versão de treinamento, precisou ser alongado trinta centímetros para permitir a instalação de um segundo lugar. Possuía capacidade reduzida de combustível e era desprovido dos canhões internos de 30 mm.
• Mirage F1 CR (Reconhecimento, um lugar)
Avião tático e de reconhecimento, foi desenvolvido para substituir os caças Mirage III R e RD. O canhão direito foi substituído por um sensor infravermelho. Esta aeronave possuía localizado no nariz uma câmera de visão panorâmica (Omer 40) ou de visão vertical (Omer 33), além de ser equipado com um novo sistema de navegação e de ataque. Possuía uma série de pods externo para reconhecimento (câmeras, radares, etc.). O protótipo fez seu primeiro voo no dia 20 de novembro de 1981 e entrou em serviço em Julho de 1983.
• Mirage F1 CT (Assalto, único lugar)
Aeronave de um lugar de assalto tático, tinha como objetivo substituir os caças Mirage IIIE e os Mirage 5F. Eram equipados com adicionado um telêmetro a laser, um novo radar com sistema de detector de aviso e um novo assento ejetável. O sistema elétrico foi completamente substituído com atualização do painel eletrônico. Também foi removido o canhão esquerdo, permitindo a instalação de duas câmeras de pequeno porte. O primeiro avião entrou em serviço no ano de 1992.

Em combate
• Guerra das Fronteiras: Caças Mirage F1 foram utilizados pela África do Sul durante a guerra de fronteira contra a Angola, entre o período de 1978 a 1982. Dois MiG-21 angolanos foram abatidos por um F1 CZ. Pelo menos um Mirage F1 CZ foi abatido por um míssil terra-ar disparado por Angola. Este caça foi reparado utilizando-se de peças de aviões que se encontravam fora de serviço.
• Guerra Irã-Iraque: Ocorrida entre o período de 1980 a 1988, o Mirage F1 foi utilizado pelo Iraque durante os quais obteve-se várias vitórias aéreas, inclusive contra os caças F-4, F-5 e F-14 do Irã. Entretanto, vários Mirage F1 iraquianos também foram abatidos pelos caças F-14 iranianos durante essa guerra.
• Guerra do Golfo: Durante a guerra do golfo, entre os anos de 1990 a 1991, vários Mirages F1 iraquianos foram destruídos, muitos deles ainda em terra. Outros acabaram sendo refugiados no Irã e hoje fazem parte de seu arsenal.
• Conflito do Cenepa: Ocorrido na fronteira entre o Peru e o Equador durante o mês de Fevereiro de 1995, de acordo com a Força Aérea do Equador, dois Mirage F1 abateram dois SU22 da Força Aérea do Peru.

Países que Operam
• Gabão
• Irão
• Jordânia
• Líbia
• Marrocos
Países que já Operaram
• África do Sul
• Grécia
• Iraque
• Kuwait
• Catar
• França[3]
• Espanha[4]
• Equador[5]


Mirage F1 na Real Força Aérea da Jordânia

17 F1CJ + 17 F1EJ multirole + 2 F1BJ dois lugares (35 total).
Todos foram financiados pela Arábia Saudita, com entregas iniciais em 1981 e entregas finais em 1983. Os F1CJs foram pintados em um esquema de cinza de superioridade aérea de dois tons, enquanto os F1EJs foram pintados em um padrão tridimensional de camuflagem disruptiva no deserto. Junto com o Matra Magic e Super 530 AAMs, a Jordânia também obteve o míssil AS-30L guiado a laser.

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Fonte: http://users.skynet.be/exotic.planes/ht ... res_14.htm


O Mirage F1 foi selecionado pela Jordânia ao invés do caça General Dynamics F-16/79 (um F-16A alimentado pela série de turbojatos GE J79, em oposição ao Pratt & Whitney F100, que possuía 25% mais energia no pós-combustão) ao mesmo tempo em que adquiriu também o Northrop F-5 para complementar o Mirage F1CJ / EJ no processo.


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Fonte: https://pbs.twimg.com/media/BuYku1LIAAAQekn.jpg


Na década de 1980, a Royal Jordanian Air Force (RJAF) apoiou Saddam Hussein e o regime iraquiano durante a Guerra Irã-Iraque, comprometendo suas aeronaves para treinamento de combate ao lado de esquadrões de aeronaves iraquianas com um esquadrão de aeronaves em conjunto. Ainda não se sabe se os pilotos da RJAF participaram de combates com o Irã, embora isso pareça improvável. Durante a Guerra do Golfo de 1991, a Jordânia declarou apoio político ao regime iraquiano, mas a RJAF nunca se comprometeu a combater nessa guerra. A RJAF forneceu instruções para os pilotos iraquianos que também operavam o Mirage F1 semelhantes.
Em 1997 a Jordânia adquiriu caças F-16 A e B e as entregas foram concluídas no próximo ano, substituindo os Mirage F1CJs no papel de defesa aérea.

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Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ ... 940560.jpg


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