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sábado, 18 de março de 2023

Supermarine Swift

 

No final de 1947, a Supermarine Aviation Works Ltd. desenvolveu – por conta própria – uma versão para uso terrestre de seu caça de ataque naval Attacker, então em serviço com a Fleet Air Arm

O objetivo era fornecer à RAF um novo caça de alta capacidade, capaz de fazer frente aos caças soviéticos em desenvolvimento. De fato, os Serviços de Inteligência britânicos souberam que a Lavochkin e a Mikoyan-Gurevich estavam desenvolvendo novos caças a jato muito competitivos. Além disso, todos sabiam então que o futuro seria disputado entre o Ocidente e o novo bloco comunista.

Supermarine Attacker

Supermarine construiu um protótipo, denominado Type-510. Esse modelo voou pela primeira vez no dia 29 de dezembro de 1948. Para atender a solicitação do Ministério da Defesa britânica (Especificação 10/49) mais três protótipos foram construídos, cada um com uma melhoria sobre o anterior.

Esses protótipos foram designados Type-528, 535 e 541, sendo que o 541 foi o que obteve melhor desempenho, recebendo então a designação Swift.

Swift era um caça de jato monoplace, monomotor e asa baixa. A aeronave possuía cauda convencional com estabilizador horizontal apresentando um diedro positivo significativo. O armamento principal consistia de dois canhões ADEN de 30 mm.

Depois de uma bateria de testes, a Real Força Aérea aceitou o primeiro exemplar, então denominado Swift F Mk-1 totalizando 21 aparelhos construídosO F Mk-1 era propulsado por um turbojato Rolls Royce Avon 109, gerando 3.500 kg de empuxo seco.

Swift entrou em serviço em fevereiro de 1954, mais de seis anos após o lançamento do programa.

Com o tempo a Supermarine, a pedido da RAF, desenvolveu outras variantes, identificáveis como F Mk-2 (um canhão extra), F Mk-3 (motor Avon 114 com pós-combustão) e F Mk-4 (estabilizador horizontal com incidência variável) que diferiam principalmente por seu armamento permitindo o transporte de foguetes não guiados de 127 mm ou bombas de 227 kg.

No entanto, as novas variantes apresentaram problemas, como por exemplo o peso extra, que resultou em perda de manobrilidade e a pós combustão que era impossível de usar ao nível do mar. E foi assim que depois de apenas 14 meses, o Swift foi retirado do serviço da RAF, sendo então substituído pelo Hawker Hunter.

a aeronave foi mal avaliada pelos pilotos da RAF, de tal modo que a primeira unidade a operar o Swift foi modificada para operar o Armstrong-Whitworth Meteor NF Mk-11, a versão de caça noturno do venerável Gloster Meteor. Rapidamente, o Estado-Maior britânico decidiu abandonar a variante F Mk-5, solicitando então uma versão de caça e reconhecimento tático para uso na Alemanha Ocidental.

A variante FR.Mk-5 voou pela primeira vez em maio de 1955. O jato externamente não diferia em nada de seus predecessores, mantendo os dois canhões sob a fuselagem e o assento único para o piloto. Carregava três câmeras F95 na fuselagem e duas montadas em um pod sob a fuselagem. Esses aviões foram colocados em serviço na Alemanha Ocidental, substituindo os últimos De Havilland Mosquito PR Mk-34.

Em novembro de 1956, dez Swift FR Mk-5 foram pré-posicionados na base de Akrotiri no Chipre, durante a operação lançada conjuntamente pela França, Israel e Grã-Bretanha contra as tropas egípcias, após a nacionalização do Canal de Suez pelo Presidente Nasser. Embora eficazes, esses aviões acabaram relegados a missões distantes da linha de frente. A RAF esperava usar seus Swifts no reconhecimento após os ataques. Eventualmente, o FR-Mk-5 foi retirado de serviço em outubro de 1962, sendo substituído pelo Hawker Hunter FR Mk-10.

Embora o Swift não tenha permanecido em serviço por muito tempo, foi o primeiro caça a jato britânico com uma asa enflechada a entrar no serviço ativo. Foi também o último caça da Supermarine adquirido pela RAF; uma história que começou no final da década de 1930 com o Spitfire. A produção total somou 197 Swifts fabricados, sem contar os protótipos. Nenhum foi exportad

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