Dassault-Breguet Etendard/Super Etendard
A história do Étendard começa com dois requisitos de design diferentes, no início da década de 1950 para um caça diurno, sendo um para a Força Aérea Francesa e outra para as forças aéreas da OTAN.
A Dassault usou o mesmo projeto básico para atender ambas as especificações, o Étendard II e o Étendard VI , respectivamente, nenhum dos quais foi adiante. Simultaneamente, a empresa desenvolveu uma variante maior e mais poderosa (originalmente designado Mystère XXIV) como um empreendimento privado.
O interesse da Marinha levou a Dassault a construção de um protótipo na versão navalizada, demonstrando ele pela primeira vez em 1958 na qual resultou numa encomenda de 69 caças Étendard IVM e 21 Étendard IVP de reconhecimento. A partir de 1962, estes foram sendo implantados a bordo dos novos porta-aviões francês da classe Clemenceau, começando com o Clemenceau e Foch .
O desempenho do Étendard IV nunca foi espetacular, mas ele era supersônico e podia chegar a Mach 1.3 a 11.000 metros (36.000 pés) e Mach 0,97 em baixa altitude. Na década de 1970, ficou claro que uma substituição seria necessária.
O Jaguar M, um Jaguar navalizado foi concebido para ser o substituto, mas por problemas políticos (a Dassault com o apoio do governo francês atrasou propositadamente o desenvolvimento) e orçamentários, a Dassault ofereceu um Etendard melhorado, nascendo assim o Super Étendard.
O último Étendard IV foi retirado de serviço em 1991, apesar de um punhado de IVP terem permanecido operacionais até 2004.
Dassault-Breguet Super Etendard
Os desenvolvimentos de vôo, utilizando três Etendard IV convertidos, foram realizados entre 1974 e 1977, sendo que o Super Etendard começou a substituir o modelo anterior nos esquadrões de primeira linha em 1979.
A célula do Super Etendard foi bastante modificada, com vistas a maiores velocidades e cargas, produzindo-se, na França, com ajuda dos EUA, um motor mais eficiente e um sistema de navegação inercial.
O novo radar multifuncional desenvolvido pela Thomson CSF, em colaboração com a Electronique Marcel Dassault, ofereceu um excelente desempenho na função de ataque à superfície a baixa altitude, para o que o Super Etendard está equipado com o míssil AM.39 Exocet.
A aeronave possui capacidade de ataque nuclear. Deveriam ser adquiridas, inicialmente, 100 aeronaves pela Aéronavale, mas esta encomenda foi cortada para 71 unidades.
Em 1979, a Argentina encomendou 14 Super Etendard para substituir seus A-4Q a bordo do seu porta-aviões 25 de Mayo; embora apenas cinco houvessem sido entregues até abril de 1982, logo deixaram sua marca no conflito das Malvinas/Falklands, afundando, com mísseis Exocets o destróier Sheffield e o transporte de containers Atlantic Conveyor.
Tipo – Caça monoposto de ataque baseado em porta-aviões.
Dimensões – Comprimento: 14,3 m; envergadura: 9,6 m; altura: 3,85 m.
Peso – Vazio: 6 450 kg; máximo: 11 500 kg.
Propulsão – Um turbojato de eixo único SNECMA Atar 8K-50 com 5 110 kg de empuxo.
Desempenho – Velocidade máxima: 1.180 km/h ao nível do mar; teto de serviço: 13 700 m; alcance: 2.000 km; raio de combate: 650 km.
Armamento – Dois canhões DEFA de 30 mm; Um cabide sob a linha central e quatro sob as asas para uma carga total de 2.100 kg.
Histórico – Primeiro vôo (Etendard convertido): outubro de 1974; primeira entrega: 1978.
Usuários – Argentina e França (Aéronavale).
FONTE: Guias de Armas de Guerra – Aviação Naval
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