Após quarenta e seis anos de atividade contínua, o esquadrão 55 da RAF foi extinto. Para marcar a despedida, uma formação de seis aviões Dominie T1 sobrevoou a base de Cranwell (Lincolnshire) no último dia 20 de janeiro, data do término das operações do esquadrão.
O Esquadrão 55 nasceu na I Guerra Mundial como uma unidade de treinamento e durante as décadas de 1920 e 1930 esteve baseado no Oriente Médio. Um pouco antes do início da II Guerra Mundial a unidade foi transferida para o Egito e passou a voar com bombardeios Bristol Blenheim e apoiando as forças aliadas no norte da África e no Mediterrâneo oriental.
No início da década de 1960 o Esquadrão 55 renasceu como uma unidade de bombardeios a jato, operando o Handley Page Victor. Posteriormente os Victors foram convertidos em aeronaves de reabastecimento aéreo e o Esquadrão 55 mudou de função. Os aviões participaram de diversas operações militares incluindo o reabastecimento aéreo durante a guerra das Falklands/Malvinas e a libertação do Kwuait em 1991. Com a aposentadoria dos Victor em 1993, o esquadrão passou a servir como unidade de treinamento, operando jatos Dominie T1.
O esquadrão 55 foi mais uma vítima dos cortes orçamentários promovidos pelo governo do Reino Unido no ano passado. A unidade da RAF tinha como foco o treinamento de tripulações para os esquadrões de Tornado GR4 e Nimrod MRA4. Com o cancelamento deste último e os cortes esperados na frota de Tornados, a necessidade por novas tripulações de WSO (Weapons Systems Officers) e WSOp (Weapons Systems Operators) praticamente desapareceu.
Assim, a carreira do esquadrão 55 e os seus Hawker Dominie T1 foi encurtada em dois anos. O Dominie, uma versão o famoso jato HS.125 criado pela Hawker Siddeley na década de 1960, era a aeronave mais antiga em uso pela RAF.
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