Aviões da Airbus tiveram 38 pedidos líquidos no ano passado contra 30 aviões da rival brasileira, graças ao único pedido conhecido, da Porter Airlines
Em números absolutos, a família Airbus A220 acumulou mais que o dobro de pedidos dos jatos E2 da Embraer em 2021. Foram 64 pedidos no total, 50 para a variante A220-300 e 14 para o menor A220-100 – a empresa brasileira teria fechou apenas uma venda, para a Porter Airlines, com 30 aeronaves – a divulgação dos resultados do 4º trimestre ainda não ocorreu.
No entanto, a Embraer não teria cancelado pedidos enquanto a Airbus perdeu 26 aviões encomendados no ano passado. Com isso, os pedidos líquidos foram de 38 aeronaves, 27% a mais que o E2.
A Airbus anunciou mais acordos do que a Embraer nesse sentido. A Breeze Airways de David Neeleman expandiu seu pedido em 20 A220-300, enquanto a Air Lease Corporation fechou a compra de 25 do mesmo modelo.
A recém-chegada ITA Airways inclui sete A220-100 em seu primeiro pedido à fabricante europeia. Por fim, a nigeriana Ibom Air encomendou 10 aeronaves, sendo sete para o A220-100 e três para o A220-300.
![](https://www.airdatanews.com/wp-content/uploads/2021/12/ita-a220-960x640.jpg)
Grande pedido
O pedido de 30 jatos E195-E2 da Porter Airlines , uma companhia aérea regional canadense, foi bastante significativo, pois abandonou uma antiga carta de intenções quando o A220 era CSeries da Bombardier.
Apesar disso, o cenário era preocupante para a Embraer no ano passado, que ainda conseguiu mais pedidos de jatos comerciais graças ao E175 de primeira geração, aeronave que continua tendo demanda consistente nos EUA.
Em termos de backlog, a Airbus está bem à frente. São 668 pedidos firmes do A220 contra 205 do E2. Além disso, a antiga família de jatos CSeries iniciou 2022 com um pedido da arrendadora Azorra e deverá confirmar um pedido da Qantas este ano.
Enquanto Airbus e Boeing já divulgaram os números do ano passado, a Embraer só divulgará o balanço final de 2021 no dia 24 de março. Só então se saberá se houve alguma evolução na carteira de pedidos que ainda não foi divulgada.
![](https://www.airdatanews.com/wp-content/uploads/2021/07/E195-E2-Porter1.jpg)
As entregas de jatos E2, por outro lado, teriam sido muito mais modestas do que em 2020. Segundo registros do Planespotters , apenas quatro E195-E2 foram entregues no último trimestre, três para a KLM Cityhopper e um para a Air Peace . A Airbus entregou 16 jatos A220 no mesmo período.
Embora elogiadas pelo conforto e eficiência, as aeronaves da família E2 não têm conseguido transformar essas virtudes em novos negócios para a Embraer.
O modelo E195-E2 voa em seis companhias aéreas além de ter encomendas de três empresas de leasing e da Porter. O E190-E2 é operado por quatro empresas, sendo que uma ainda não recebeu o primeiro jato (Congo Air), sem contar um pequeno pedido da arrendadora Air Castle.
Há também o E175-E2, aeronave que se enquadra em um nicho praticamente sem concorrentes (além do E175), mas que ainda não tem clientes por não se enquadrar na cláusula de escopo das regionais norte-americanas.
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