Aeronave de patrulhamento marítimo e guerra anti-submarina havia sido apontada em março pelo governo como única capaz de substituir os turboélices P-140 Aurora (P-3 Orion)
Os governos do Canadá e dos Estados Unidos chegaram a um acordo para o fornecimento de 16 aeronaves P-8A Poseidon para a Royal Canadian Air Force (RCAF, Força Aérea Real do Canadá).
A opção pelo P-8A já havia sido indicada pelo Canadá desde março, desagradando a fabricante local, a Bombardier, que tentava emplacar uma versão marítima de um jato executivo.
Mas o governo canadense garantiu que a escolha da aeronave dos EUA trará investimentos em empregos para o país.
Os jatos de patrulha marítima e guerra anti-submarina substituirão a frota de turboélices P-140 Aurora (nome local do P-3 Orion) que está em serviço há 40 anos.
A primeira entrega está prevista para 2026 e a última no outono de 2027 a um ritmo de um P-8 por mês. A plena capacidade operacional deverá ser atingida em 2033.
“Após um envolvimento significativo e uma análise minuciosa, estamos confiantes de que o P-8A oferece as melhores capacidades anti-submarino e de inteligência, vigilância e reconhecimento (ISR) para o nosso país. A aeronave operará perfeitamente com os aliados. Esta plataforma é comprovada capacidade que é operada por todos os nossos aliados dos Cinco Olhos – os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália e a Nova Zelândia – bem como outros parceiros de defesa”, disse o comunicado do governo canadense.
“O P-8 reforçará a capacidade e prontidão de defesa do Canadá, e estamos ansiosos para entregar essa capacidade à Força Aérea Real Canadense”, disse Heidi Grant, presidente de Desenvolvimento de Negócios da Boeing Defense, Space & Security. “Juntamente com nossos parceiros canadenses, entregaremos um forte pacote de benefícios industriais e tecnológicos que garantirá prosperidade contínua à indústria aeroespacial e de defesa do Canadá”.
O enorme território norte do Canadá, próximo ao pólo ártico, é uma das áreas mais extensas e complexas de serem patrulhadas, daí a importância de escolher uma aeronave com grande alcance e sistemas modernos.
Os P-8A canadenses serão utilizados em conjunto com outros países da OTAN, alguns deles que também operam a aeronave. Além disso, a Royal Canadian Air Force é parte do NORAD, North American Aerospace Defense Command, que em parceria com os Estados Unidos vigia o espaço aéreo das duas nações desde a Guerra Fria.
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Atualmente já há mais de 160 P-8A em serviço que acumularam cerca de 560.000 horas de voo. A aeronave é baseada no jato de passageiros 737-800, até hoje bastante popular.
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