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domingo, 1 de setembro de 2024

Às vésperas de receber jatos Embraer, Mexicana tem voos quase vazios, com média de apenas 78 passageiros

 



A Mexicana de Aviación, a companhia aérea estatal criada pelo governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, está enfrentando desafios operacionais significativos desde o início de suas atividades, no final do ano passado.

Segundo um relatório do jornal mexicano El Financiero, os dados da Agência Federal de Aviação Civil (AFAC) revelam que, durante o mês de junho, a empresa transportou apenas 21.500 passageiros em 270 operações, resultando em uma média de 78 passageiros por voo. Esta taxa de ocupação é alarmantemente baixa, especialmente quando comparada ao potencial das aeronaves da empresa.

Para efeito de comparação, o Boeing 737-800 da Mexicana possui capacidade para 176 passageiros, enquanto o ERJ-145, alugado da TAR, transporta até 50 pessoas. Os números da Mexicana de Aviación refletem sua luta para estabelecer um espaço no competitivo mercado aéreo mexicano, onde empresas como Viva Aerobus e Volaris dominam, com médias de 167 passageiros por voo e transportando 11,5 milhões e 9,7 milhões de passageiros, respectivamente, entre janeiro e junho.

De acordo com o Aviacionline, no primeiro semestre de 2024, a Mexicana mobilizou um total de 119.534 passageiros em 2.461 voos, mas ainda enfrenta o desafio de fortalecer sua presença e operação nas 18 cidades que cobre, todas servidas a partir do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles. As cidades atendidas incluem Acapulco, Guadalajara, Monterrey e Tijuana, entre outras.

A frota da Mexicana de Aviación é composta por três Boeing 737-800 da Força Aérea Mexicana e dois ERJ-145 da TAR Aerolíneas, sob um contrato de wet-lease. No início deste ano, o presidente do México reconheceu que a empresa não seria lucrativa no curto prazo, levando a companhia a considerar uma mudança em sua estratégia para diversificar sua oferta de voos, especialmente para cidades que não têm conexão direta com a Cidade do México.

Além disso, em junho, a Mexicana de Aviación fez um pedido de 20 aeronaves E2 da Embraer, que inclui 10 E190-E2 e 10 E195-E2. A operação está prevista para ter entregas no segundo trimestre de 2025 e contará com uma configuração de classe única de alta densidade, com 108 assentos no E190-E2 e 132 no E195-E2.

Diante de um cenário desafiador, a Mexicana de Aviación ainda busca se firmar no mercado e aumentar sua taxa de ocupação, enquanto estratégia e novos investimentos se tornam cruciais para garantir sua sobrevivência e crescimento no competitivo setor aéreo.

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