A presença de três AT-27 Tucano da Fuerza Aérea Paraguaya na CRUZEX 2024 é limitada frente aos F-15 dos EUA, F-16 chilenos, F-39 brasileiros ou mesmo a outros modelos de baixo desempenho, como os KT-1P do Peru, IA-63 da Argentina ou A-29 Super Tucano do Brasil. Porém, o contingente de 23 militares, apoiados ainda por um avião de carga CASA C-212, marca a retomada da aviação de combate do Paraguai.
O país vizinho assinou, em julho, a aquisição de seis Super Tucano, a serem fabricados pela Embraer. Havia a expectativa de transferência de unidades usadas pelo Brasil; contudo, com o apoio financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), foi acertado o contrato de compra das unidades novas, fabricadas pela Embraer. Dez pilotos serão treinados.
Agora, na CRUZEX, além de terem a oportunidade de voar ao lado dos A-29 do Brasil, os militares paraguaios participam de todo o ciclo de planejamento e avaliação de missões, realizadas conforme os mais modernos padrões internacionais. Em 2006, 2008 e 2010, a Fuerza Aérea Paraguaya já havia participado como observadora. Nos últimos 20 anos também ocorreram três edições do exercício PARBRA, uma interação com a Força Aérea Brasileira para fortalecer a capacidade de vigilância de fronteira contra aeronaves em voos irregulares.
Com experiência em combates aéreos desde os anos 20, na Guerra do Chaco, a Fuerza Aérea Paraguaya nos anos 90 chegou a se preparar para receber doze caças F-5E/F de Taiwan, que faria a doação em busca de apoio diplomático. Porém, pressões políticas e dúvidas sobre a capacidade financeira de manter os jatos acabaram cancelando os planos. Em 2004, o Paraguai desativou seus últimos AT-26 Xavantes, operados desde os anos 70. O poder aéreo do país hoje se limita a meia dúzia de turboélices Tucano, usados tanto para treinamento quanto para ataque e na tentativa de coibir os voos ilegais realizados por criminosos na região.
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