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terça-feira, 25 de março de 2025

Fim das operações do Kawasaki C-1 na Força Aérea de Autodefesa do Japão

 

Kawasaki C-1

As operações do cargueiro Kawasaki C-1 pela Força Aérea de Autodefesa do Japão (JASDF) chegaram ao fim em março de 2025, conforme anunciado anteriormente pelos boletins oficiais. Apesar da previsão de término ao final do ano fiscal japonês de 2024, os voos dos últimos quatro C-1 foram encerrados entre os dias 12 e 14 de março.

No dia 12 de março, a aeronave C-1 número 08-1030 decolou de Iruma com destino a Hamamatsu, onde realizou manobras de toque e arremetida, além de manobras táticas. Em seguida, pousou, recebeu a tradicional saudação com jatos d’água e foi oficialmente aposentada. No dia seguinte, foi a vez do EC-1 78-1021 realizar um voo local em Iruma, repetindo o perfil de voo da aeronave anterior e também sendo homenageado com o banho cerimonial.

No dia 14 de março, dois voos finais marcaram o encerramento das operações: o C-1FTB 28-1001 partiu de Gifu, e o C-1 28-1002, com a pintura comemorativa “Phoenix”, decolou de Iruma. Com esses voos, encerram-se 53 anos de serviço do C-1 na JASDF.

O desenvolvimento do C-1 começou nos anos 1960, quando a frota de transporte da JASDF, composta principalmente por antigos C-46 Commandos, tornou-se obsoleta. A JASDF recorreu à Nihon Aircraft Manufacturing Corporation (NAMC), responsável pelo YS-11, para criar uma aeronave nacional. A Kawasaki assumiu o papel de contratante principal, com outras empresas do consórcio participando da fabricação.

O primeiro protótipo, o XC-1 (18-1001), voou pela primeira vez em 12 de novembro de 1970 e foi entregue à Agência de Defesa em fevereiro de 1971 para testes. O primeiro exemplar operacional (28-1001) foi entregue em 1972. Ao todo, 31 aeronaves foram construídas para três esquadrões da JASDF: o 401º em Komaki, o 402º em Iruma e o 403º em Miho.

Após a devolução de Okinawa ao Japão, o alcance limitado do C-1 se tornou um problema, já que não conseguia chegar à ilha sem reabastecimento. Isso provavelmente levou à aquisição de C-130H Hercules e à redução no número total de C-1s planejados. Além das 31 aeronaves operacionais, foram construídas duas fuselagens para testes em solo e um exemplar modificado como aeronave experimental STOL “Asuka”, atualmente preservado no Museu Aeroespacial de Kakamigahara

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