Pesquisar este blog

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Pratt & Whitney vê início do fim dos problemas nos motores e já planeja melhorias para o Embraer E2

Avião E195-E2 da KLM




Paris, França – [EXCLUSIVO] – A Embraer e a Pratt & Whitney vêm trabalhando juntas em melhorias nos jatos E2, com foco especial nos motores.

Nos últimos anos, a Pratt & Whitney tem enfrentado sérios desafios com os motores da família Geared Turbofan (GTF), como o PW1100G (usado na família A320neo), o PW1500G (no A220) e o PW1900G (nos E2 da Embraer).

Embora os impactos nos E2 não tenham sido tão severos quanto em outras aeronaves, a Embraer teve alguns clientes afetados, como a KLM, que precisou manter pelo menos seis jatos E195-E2 fora de operação devido a problemas nos motores.

Durante o Paris Air Show 2025, o AEROIN conversou com exclusividade com executivos da Embraer e da Pratt & Whitney para entender os próximos passos na evolução dos motores e dos jatos da nova geração.

Em entrevista durante um coquetel promovido pela Embraer na Torre Eiffel, o CEO Francisco Gomes Neto comentou sobre o futuro da família E2: “Estamos trabalhando em várias campanhas de vendas do E2. Os motores estão cada vez mais maduros, e mais clientes demonstram interesse. Essa aeronave é extremamente eficiente e confortável. Se visitar a feira, conheça o avião da KLM e converse com os pilotos e comissários — eles elogiam muito o E2. Estou bastante otimista em receber novos pedidos ainda este ano.



Rick Deurloo, presidente da divisão de motores civis da Pratt & Whitney, também falou sobre as atualizações previstas para o GTF Advantage, um retrofit que será oferecido a partir do fim deste ano. A nova configuração promete dobrar o tempo de uso dos motores sem necessidade de manutenção, além de melhorar entre 4% e 8% a potência de decolagem. Inicialmente, será aplicado nos A320neo e A321neo, mas há possibilidade de expansão para o A220 e o E2.

Recebemos essa solicitação com frequência da Airbus e da Embraer. Estamos investindo na evolução do motor, fazendo análises e certificações. Vamos avaliar no futuro a viabilidade de implementá-lo em outras aeronaves“, afirmou Deurloo.

Ele também destacou o envolvimento da Embraer no processo de melhoria: “Levamos o Francisco para visitar uma de nossas fábricas. Depois de nove minutos, ele disse que já havia entendido tudo o que estávamos fazendo. Isso mostrou que recuperamos a confiança da Embraer.

A Pratt & Whitney não divulgou quantas aeronaves ainda estão paradas por causa dos motores GTF, mas afirmou que, desde o ano passado, a curva de problemas se estabilizou e que em 2025 já há uma redução significativa, indicando progresso na resolução das falhas 

Nenhum comentário:

Postar um comentário