Jato E175: 1.000 pedidos
A Embraer divulgou nesta segunda-feira, 22, os resultados financeiros do segundo trimestre em que atingiu sua maior carteira de pedidos de aeronaves comerciais – US$ 13,1 bilhões.
A série de boas notícias incluiu o marco do jato E175, que atingiu 1.000 encomendas em seus 20 anos de carreira, graças ao pedido de 60 aviões da SkyWest.
A versão é, de longe, a mais bem sucedida da família E-Jet, que tem ao todo 2.328 aviões encomendados, portanto, 43% deles do E175. Após ele est
Até junho, a Embraer entregou 792 aviões E175, restando um saldo de 208 aeronaves. Destes, 202 são de pedidos de companhias aéreas dos EUA, a grande maioria da American Airlines (90 aviões) e SkyWest (74).
Air Peace trocou três pedidos de E175 por jatos E195-E2
Ameaça tarifária
É justamente por isso que, a despeito do recorde, o jato de 76 assentos da Embraer encontra-se num momento de suspense, diante das ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
O republicano anunciou que irá adicionar 50% de tarifas sobre bens importados do Brasil, o que atinge em cheio as aeronaves da Embraer, a despeito de boa parte de seus componentes virem do próprio EUA.
A taxação extra, de caráter político, ainda está dependendo de negociações de bastidores e não está claro ainda se será adotada como anunciado a partir de 1º de agosto, mas o clima de incerteza já afeta algumas previsões da Embraer.
Jatos E175 são usados por grandes cias aéreas dos EUA (Republic)
Para as companhias aéreas regionais dos EUA, as tarifas são uma péssima notícia já que elas dependem cada vez mais do E175 para manter e expandir sua malha aérea já que não há competidor local para a aeronave brasileira.
E para a fabricante não há alternativa equivalente para o mercado norte-americano, deixando o E175 numa estranha situação de ser um sucesso comercial que tem seu futuro ameaçado por fatores alheios ao mercado.
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