Embraer negocia venda do KC-390 com 10 países, projeta receita de US$ 10 bilhões até 2030
A Embraer está em negociações com até 10 países para a venda do cargueiro militar C-390 Millennium (KC-390, na versão com capacidade de reabastecimento aéreo). Caso os acordos sejam formalizados, a presença internacional da aeronave brasileira será ampliada de forma significativa.
Segundo o CEO da fabricante, Francisco Gomes Neto, as tratativas avançam de maneira positiva. Ele destacou, durante o Fórum Empresarial dos Brics no último fim de semana, que os Estados Unidos permanecem como um dos mercados com maior potencial para o C-390, inclusive para versões especializadas. No entanto, a Embraer ainda não recebeu uma avaliação formal da Força Aérea americana.
“Estamos tentando convencer a Força Aérea Americana sobre o KC-390. Até agora não temos um KC-390 lá. Só levamos para demonstração, mas não vendemos nenhum”, disse Neto à Reuters.
Entregas de aeronaves e desempenho financeiro
A Embraer projeta alcançar um faturamento anual de US$ 10 bilhões até 2030, impulsionada por encomendas de aviões militares e jatos comerciais. Em 2024, a companhia registrou receita recorde de US$ 6,4 bilhões e estima encerrar 2025 com receita entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões.
As entregas de aeronaves cresceram 40% no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024. Para 2025, a expectativa é de um aumento adicional de 17%. Entre as vendas recentes estão 60 jatos E175, com opção para mais 50 unidades, para a norte-americana SkyWest; 45 jatos para a escandinava SAS; 15 para a japonesa ANA Holdings; além de negócios com a Airlink, da África do Sul.
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