Apesar da inovação e da sólida reputação de segurança, o L-1011 Tristar encerrou a produção com apenas 250 unidades entregues
Lançado no fim da década de 1960, o L-1011 Tristar foi a aposta da Lockheed para disputar o mercado de aviões comerciais de médio e longo alcance, com fuselagem larga. Projetado para competir com o McDonnell Douglas DC-10, o modelo tinha capacidade para transportar entre 230 e 400 passageiros, dependendo do modelo.
Na ocasião da Lockheed havia obtido uma série de importantes contratos militares, desde caças, aviões de reconhecimento, até o cargueiro C-5 Galaxy – que estava em fase final de certificação quando o Tristar foi lançado – porém, havia se afastado do segmento comercial desde os problemas com o L-188 Electra, descontinuado em 1961, apenas quatro anos após o primeiro voo.
Visando retomar o protagonismo nos voos comerciais de longo curso, como ocorreu na época que produziu a família Constellation, a Lockheed apostou em um mercado intermediário entre os Boeing 747 e McDonnell Douglas DC-10. Um dos destaques do projeto foi o elevado nível de inovação, sendo o L-1011 um dos mais avançados aviões de seu tempo. Contudo, problemas no desenvolvimento dos motores pela Rolls-Royce e atrasos na certiciação, comprometeram a competitividade.
Visando retomar o protagonismo nos voos comerciais de longo curso, como ocorreu na época que produziu a família Constellation, a Lockheed apostou em um mercado intermediário entre os Boeing 747 e McDonnell Douglas DC-10. Um dos destaques do projeto foi o elevado nível de inovação, sendo o L-1011 um dos mais avançados aviões de seu tempo. Contudo, problemas no desenvolvimento dos motores pela Rolls-Royce e atrasos na certiciação, comprometeram a competitividade.
roblemas com os motores

Os problemas durante o desenvolvimento do motor RB211 praticamente levou a Rolls-Royce à falência em 1971, exigindo intervenção do governo britânico para manter a empresa ativa. O episódio atrasou em dois anos a certificação do L-1011, que só entrou em operação em 1972, com a Eastern Air Lines e da TWA.
Esse atraso permitiu que o DC-10 conquistasse clientes estratégicos como American Airlines e United, beneficiando-se da disponibilidade antecipada. Além disso, ambas empresas tinham pedidos também para o Boeing 747, afastando ainda mais as chances do Tristar.
Ultralongo alcance
Ao longo de sua carreira, o L-1011 recebeu diferentes versões para atender a demandas específicas do mercado. A mais notável foi a L-1011-500, lançada em 1978, que tinha fuselagem encurtada e tanques adicionais, ampliando o alcance para rotas intercontinentais acima de 9.000 km, ainda que com menor capacidade de passageiros.
No total, foram construídos apenas 250 unidades do L-1011, enquanto seu maior concorrente direto, o DC-10, teve um total de 386 aviões produzidos. A linha de montagem foi encerrada em 1984, selando a presença da Lockheed no mercado de aviação comercial, que desde então concentra seus esforços no segmento militar e espacial.
Principais operadores

Entre os principais operadores destacaram-se Delta Air Lines, que chegou a ter a maior frota mundial do modelo, além da Pan Am, British Airways, Eastern Air Lines, TWA e Cathay Pacific. Algumas unidades também foram adaptadas para missões militares, incluindo conversões em aviões-tanque e cargueiros, como os operados pela Real Força Aérea britânia (RAF, na sigla em inglês), que utilizou o Tristar em transporte estratégico e reabastecimento em voo até 2014.
Embora não tenha alcançado o sucesso comercial esperado, o L-1011 se consolidou como um dos jatos mais seguros da sua geração. Enquanto o DC-10 enfrentava acidentes de grande repercussão, o Tristar manteve uma reputação sólida entre pilotos e engenheiros, reforçada por seus sistemas redundantes e tecnologias avançadas de controle.


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