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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Operadora de jatos F-104 nos EUA quer adquirir os F-4 Phantom IIs aposentados pela Coreia do Sul

 


A Starfighters Space, empresa norte-americana sediada no Kennedy Space Center, na Flórida, está expandindo suas operações além dos voos supersônicos com caças F-104 Starfighter. A companhia está em processo de aquisição de doze aeronaves F-4 Phantom II desativadas pela Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) em 2024.

Os caças F-4, após serem importados da Coreia do Sul e registrados na FAA, serão adaptados para missões de lançamento aéreo de pequenos satélites em órbita terrestre baixa (LEO).

Atualmente, a Starfighters opera sete F-104 Starfighters, conhecidos por sua capacidade de atingir velocidades superiores a Mach 2 e altitudes de até 90.000 pés. Essas aeronaves são utilizadas para pesquisas, testes e treinamentos avançados, incluindo o lançamento de pequenos satélites por meio do programa STARLAUNCH. O STARLAUNCH I é um foguete de estágio único, reutilizável, projetado para ser lançado a partir dos F-104, capaz de transportar cargas úteis para subórbita. Já o STARLAUNCH II, em desenvolvimento, visa alcançar velocidades hipersônicas (Mach 5) e inserir satélites diretamente em órbita terrestre baixa.

A introdução dos F-4 Phantom II permitirá à empresa transportar cargas mais pesadas e ampliar sua capacidade de lançamento. Com um investimento estimado em 20 milhões de dólares, a Starfighters planeja adaptar essas aeronaves para complementar sua frota atual, oferecendo uma solução mais robusta para o mercado crescente de pequenos satélites.

Além das operações de lançamento, a Starfighters Space realiza testes de tecnologias hipersônicas em parceria com o Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA e outras instituições. Em 2022, a empresa conduziu um teste bem-sucedido com o foguete Aviolancio, do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, em um voo de transporte cativo sob a asa de um F-104. Esses testes visam validar sistemas de lançamento aéreo e expandir as capacidades da empresa no setor aeroespacial.

A Starfighters Space possui uma equipe de aproximadamente 10 funcionários que oferece serviços que vão desde treinamentos de voo até testes de equipamentos espaciais. A empresa se posiciona como uma alternativa eficiente e econômica para lançamentos de pequenos satélites, atendendo à crescente demanda por soluções rápidas e flexíveis no setor espacial.

Com mais de 29 anos de excelência operacional, a empresa colabora com a NASA, Space Florida, Laboratório de Pesquisa da Força Aérea (AFRL), Instituto de Tecnologia da Flórida, além de diversas entidades privadas, comerciais e do Departamento de Defesa (DoD), para oferecer inovação e otimização de ponta em Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia (P&E).

As aeronaves F-104 são plataformas versáteis, capazes de desempenhar diversas funções, como simulação de lançamento aéreo do primeiro estágio, implantação de carga útil supersônica e testes prioritários de interesse nacional, o que diversificará os tipos de operações aeroespaciais que ocorrem no EFD-GSA.

domingo, 1 de junho de 2025

Governo Federal analisa criação de nova companhia aérea estatal no Nordeste

 


O Nordeste brasileiro está próximo de ter uma nova companhia aérea regional de caráter estatal, destinada a melhorar a conexão entre cidades do interior e destinos turísticos nos nove estados da região. A proposta, que busca fortalecer a integração aérea e impulsionar o turismo local, está sendo analisada pelo governo federal em parceria com o Consórcio Nordeste, uma entidade que reúne os governadores da região.

A ideia foi anunciada pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, durante um evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (19). Ele destacou que a iniciativa surge como resposta à redução da malha aérea regional e à crescente concentração do mercado nas mãos de poucas empresas. “O Consórcio Nordeste está estudando a concessão de incentivos para viabilizar uma nova companhia aérea regional ou mesmo a criação de uma estatal coordenada pelos próprios estados nordestinos”, explicou Sabino.

A proposta ganha relevância diante das negociações em curso para uma possível fusão entre Azul e Gol, que pode reduzir ainda mais a concorrência e a oferta de voos regionais. Nos últimos anos, várias cidades de médio porte no Nordeste perderam rotas comerciais, enquanto destinos turísticos menores enfrentam dificuldades para manter voos regulares.

Atualmente, operam na região companhias como a MAP Linhas Aéreas, Azul Conecta e Abaeté Linhas Aéreas, que atendem principalmente mercados de baixa demanda. No entanto, os altos custos operacionais e a baixa rentabilidade têm tornado essas rotas cada vez mais escassas, deixando muitas localidades isoladas.

Especialistas em aviação apontam que a criação de uma companhia aérea estatal enfrenta desafios significativos, como custos elevados, necessidade de gestão eficiente e coordenação política entre os estados. No entanto, a região oferece vantagens fiscais estratégicas que podem facilitar o projeto.

A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), por exemplo, concede redução de até 75% no Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) para empresas que atuam na região. Além disso, estados como Pernambuco aplicam alíquotas reduzidas de ICMS sobre o querosene de aviação, diminuindo um dos principais custos das companhias aéreas.

A proposta está alinhada com as estratégias do Consórcio Nordeste para promover o turismo integrado. Em 2024, o consórcio firmou um acordo com a Embratur para ações de qualificação, promoção internacional e divulgação de roteiros culturais. Uma nova companhia aérea poderia reduzir a dependência dos grandes hubs do Sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro, e estimular o fluxo de turistas entre capitais e cidades do interior, distribuindo melhor os benefícios econômicos.

Outro fator que pode impulsionar a aviação regional no Nordeste é a modernização da infraestrutura aeroportuária. O governo federal planeja leiloar diversos aeroportos regionais, o que pode atrair investimentos privados e melhorar a operação em terminais menores. Essa modernização é vista como essencial para recompor a malha aérea regional nos próximos anos.

A proposta também resgata a memória da Nordeste Linhas Aéreas, companhia fundada em 1976 que operou até 2003, quando foi incorporada pela Varig. A empresa era conhecida por conectar cidades como Salvador, Recife, Natal, João Pessoa e Campina Grande, desempenhando um papel crucial na integração regional.

Embora a criação de uma nova estatal aérea ainda seja um projeto de longo prazo, o debate reforça a necessidade de soluções concretas para manter e expandir a conectividade aérea no Nordeste. A região, que tem um dos maiores potenciais turísticos do país, depende de uma malha aérea robusta para fortalecer seu desenvolvimento econômico e reduzir desigualdades regionais.



No dia 22 de maio de 2025, o conselho da Skymark Airlines do Japão aprovou uma proposta para adquirir seis Boeing 737 MAX 8 adicionais como parte de seu plano de renovação de frota.

O negócio foi avaliado em 143,4 bilhões de ienes (US$ 997 milhões) a preços de tabela atuais. As aeronaves serão equipadas com motores da CFM International.

O acordo segue um compromisso de quatro aeronaves 737 MAX até 2022, com opções para mais duas. A Skymark afirmou que o primeiro dos 737s recém-encomendados será entregue a partir de 2030.

A Skymark Airlines tem sede no Aeroporto de Haneda, em Ota, em Tóquio, e atualmente opera uma frota de 29 Boeing 737-800s em suas bases nos Aeroportos de Haneda, Kobe e Naha. É a única companhia aérea japonesa que oferece voos regulares a partir do Aeroporto de Ibaraki, ao norte de Tóquio.

A Skymark foi a primeira companhia aérea de baixo custo do Japão e foi fundada em novembro de 1996 como uma companhia aérea doméstica independente após a desregulamentação do setor aéreo japonês. A Skymark iniciou suas operações em 19 de setembro de 1998, com um voo de Haneda para Fukuoka.

A companhia aérea sofreu perdas consideráveis ??em seus primeiros anos de operação e foi socorrida pelo empreendedor da internet Shinichi Nishikubo, que a controlou de 2003 a 2015, quando entrou com pedido de recuperação judicial.

A Skymark migrou para um serviço premium de 2010 a 2014 e encomendou quatro aeronaves Airbus A380 e duas opções, embora estas tenham sido posteriormente canceladas. Os serviços do A330 da Skymark também não atingiram as taxas de ocupação esperadas e o modelo foi retirado em março de 2015.

A Skymark foi reestruturada em agosto de 2015, salvando-a da falência, e suas finanças melhoraram rapidamente, permitindo uma expansão útil da rede.

Os voos fretados internacionais de Narita para Saipan e Palau começaram em junho de 2018, e os voos para Saipan posteriormente se tornaram voos regulares no final de 2019, mas a rota de Saipan foi afetada pela COVID, e a Skymark afirmou não ter planos de retomar os serviços internacionais regulares antes de 2026.

A Skymark opera atualmente uma frota de 29 aeronaves Boeing 737-800 e anunciou pedidos firmes de quatro aeronaves Boeing 737 MAX (dois 737 MAX 8 e dois 737 MAX 10) em janeiro de 2023, bem como opções de compra de mais uma de cada, com um plano de leasing para mais seis MAX 8. A previsão era de que entrassem em serviço entre 2025 e 2027.

O último pedido aumentará o número de aeronaves 737 MAX encomendadas à Boeing para oito B737-8 e dois B737-10, além das duas opções. A companhia aérea receberá seu primeiro MAX em 2030.

Hungria recebe oficialmente suas três primeiras aeronaves L-39 Skyfox

 


A AERO Vodochody Aerospace entregou hoje solenemente as três primeiras aeronaves de treinamento avançado Aero L-39 Skyfox à Força Aérea Húngara.

A cerimônia ocorreu na Base Aérea de Kecskemét e contou com a presença de representantes das Forças Armadas Húngaras, do Ministério da Defesa Húngaro e da Aeronáutica.

“O dia de hoje marca um marco significativo na história das Forças Armadas Húngaras, especificamente no desenvolvimento da Força Aérea Húngara. A chegada da primeira aeronave de treinamento L-39 Skyfox não apenas marca um novo patamar em nossas capacidades de aviação de combate, mas também reflete o programa de desenvolvimento militar determinado, dinâmico e proposital que iniciamos e continuamos a implementar consistentemente. Como parte desse desenvolvimento, estabelecemos um centro de simulação de última geração – esta instalação será única na Hungria e em nossa região. O sistema de treinamento mais recente e a aeronave L-39 Skyfox serão integrados ao programa de Treinamento de Voo da OTAN na Europa, fortalecendo também a Aliança do Atlântico Norte”, disse Zsolt Kutnyánszky, Secretário de Estado para o Desenvolvimento das Forças Armadas e Política de Defesa do Ministério da Defesa da Hungria.

O Presidente e Presidente do Conselho da Aero, Viktor Sotona, acrescentou: “Estou muito satisfeito por estar presente neste importante evento, quando as três primeiras aeronaves L-39 Skyfox se tornarão parte da Força Aérea Húngara. A Hungria é um respeitado membro da OTAN e exige muito das capacidades de suas forças armadas e, especialmente, do treinamento de seus pilotos de caça. Portanto, estamos muito satisfeitos que a aeronave L-39 Skyfox tenha sido selecionada como plataforma de treinamento para a nova geração de pilotos de caça húngaros. A entrega de hoje marca a conclusão de um esforço conjunto e, ao mesmo tempo, inaugura um novo capítulo e uma parceria de longo prazo. Aguardamos ansiosamente por uma cooperação mais aprofundada com as Forças de Defesa Húngaras.”

As aeronaves L-39 Skyfox da Aero fazem parte de um sistema de treinamento abrangente que, além das próprias aeronaves, também inclui simuladores, sistemas de apoio em solo e suporte operacional. Até o momento, três pilotos instrutores húngaros e dezesseis técnicos concluíram com sucesso seu treinamento na Aero. Os pilotos realizaram quase 100 voos de treinamento, incluindo voos noturnos e voos de formação.

A Aero permanecerá na base de Kecskemét com sua equipe de engenheiros e especialistas que fornecerão suporte durante a entrada em serviço da aeronave.

A entrega da aeronave faz parte de um contrato assinado em 17 de abril de 2022. O contrato inclui um total de 12 aeronaves L-39 Skyfox, oito em treinamento e quatro em configuração de reconhecimento. O contrato também inclui o fornecimento de equipamentos de solo, simuladores e um programa de treinamento.

sábado, 31 de maio de 2025

Azul amplia frota com nova aeronave Embraer E195-E

 Com 36 unidades do jato brasileiro em operação, companhia aérea segue plano de modernização e sustentabilidade



A Azul Linhas Aéreas recebeu, no aeroporto de Confins (MG), mais uma aeronave Embraer E195-E2, reforçando seu plano de renovação e expansão da frota com aviões mais eficientes e sustentáveis. Batizado de “Quanto Mais Azul, Melhor”, o jato é o quarto entregue à empresa em 2025, elevando para 36 o número de unidades do modelo E2 em operação pela companhia — que é atualmente a maior operadora mundial desse avião de nova geração da fabricante brasileira Embraer.

Registrado sob o prefixo PS-ADG, o novo jato será submetido a trâmites de certificação antes de ser integrado à malha aérea da Azul, que opera mais de 900 voos diários para cerca de 150 destinos no Brasil e no exterior.

A entrega é parte de um pacote de investimentos de mais de R$ 3 bilhões anunciados pela Azul no ano passado, com foco na modernização da frota e no fortalecimento da indústria aeroespacial brasileira. Ao longo de 2025, novas unidades do modelo E195-E2 devem ser incorporadas.

O Embraer 195-E2 tem capacidade para até 136 passageiros e oferece conectividade via wi-fi, telas individuais em todos os assentos e menor consumo de combustível — o que contribui para reduzir em até 25% as emissões de CO₂ por assento, segundo dados da empresa.

“A parceria com a Embraer é vista como fundamental para o crescimento da Azul e do setor aéreo brasileiro”, afirmou Abhi Shah, presidente da Azul”. Segundo ele, a aquisição do E2 representa a confiança dos investidores e a renovação do compromisso da companhia com uma operação eficiente e sustentável.