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domingo, 8 de junho de 2025

Aeroméxico terá Wi-Fi nos jatos Embraer e mensagens gratuitas até 2027

 

Avião Embraer E190 da Aeroméxico
Divulgação – AeroMéxico

A Aeroméxico iniciou a instalação de internet de alta velocidade em sua frota regional de aeronaves Embraer E190-E1 operadas pela subsidiária Aeroméxico Connect. Segundo a companhia, seis aviões já estão equipados com o sistema de conectividade via satélite da Viasat, e até o início de 2027, todos os 34 jatos Embraer terão o serviço disponível.

A ação reforça o compromisso da empresa em melhorar a experiência de seus passageiros e se consolidar como líder em inovação na aviação latino-americana. Com isso, a Aeroméxico afirma que se tornará a única companhia aérea da América Latina a oferecer mensagens gratuitas a bordo em todos os voos, algo inédito na região.

De acordo com Andrés Castañeda, vice-presidente executivo de Digital e Experiência do Cliente, “os passageiros terão voos mais agradáveis, podendo se manter conectados com mensagens gratuitas, acessar e-mails, redes sociais e consumir conteúdo online com alta qualidade e estabilidade”.

Meta alcançada em fases

A previsão da Aeroméxico é finalizar 2025 com 11 aeronaves Embraer E190 equipadas com Wi-Fi. O plano de conectividade segue até 2027, quando todas as unidades da frota regional terão a tecnologia. Atualmente, a companhia já oferece internet em boa parte de suas aeronaves de maior porte, como os Boeing 737 e 787 Dreamliner.

Parcerias estratégicas

A iniciativa faz parte da parceria com a Viasat, empresa de telecomunicações com a qual a Aeroméxico colabora desde 2018. A fabricante Embraer também é uma parceira de longa data, desde 2007, o que fortalece a integração tecnológica e operacional entre as companhias.

Valor agregado ao passageiro

Além da gratuidade nas mensagens, os passageiros terão à disposição pacotes pagos para navegação completa, incluindo streaming, redes sociais e e-mails corporativos — tudo isso com uma conexão confiável mesmo em altitudes elevadas.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

DESENHOS DE AVIÕES

 








































Saiba por onde estão os E175 que voaram na Trip

 Saiba por onde estão os E175 que voaram na Trip


Em 2008, a Trip Linhas Aéreas estava em pleno crescimento e buscava novas aeronaves para a sua frota, que, na época, era composta somente por ATR 42 e ATR 72. O modelo escolhido foi o E175 e o anúncio foi realizado ainda em 2008, com uma outra novidade: a nova identidade visual da companhia.

Em fevereiro de 2009, o primeiro deles (PP-PJA) decolou pela primeira vez e realizou um ensaio de fotos air-to-air ainda quando ostentava a matrícula temporária PT-SNF. O exemplar foi entregue à Trip Linhas Aéreas em junho de 2009, acompanhado PP-PJB e seguido do PP-PJC. Para celebrar o novo capítulo na história da Trip, o PP-PJA realizou um restante no Campos dos Amarais, em Campinas, onde ficavam os escritórios da empresa.

Com nove E175 em sua frota, a Trip utilizou seus jatos em voos por todas as regiões do país, como os trechos Manaus – Porto Velho – Cuiabá – Guarulhos ou o Campinas – Curitiba – Rio de Janeiro – Vitória – Porto Seguro.

No entanto, a operação em voos comerciais do jato no Brasil durou pouco. Em 2012, foi anunciada a fusão entre Azul e Trip e ficou decidido que o nome Trip desapareceria. Consequentemente, a frota também passou por reformulações e a Azul optou por tirar o E175 de operação. Ainda que com os dias contados, a Azul operou com o modelo por alguns meses e dois exemplares, PP-PJA e PP-PJE, chegaram a ganhar os títulos da Azul.

O PP-PJD foi o primeiro a ser retirado de serviço, sendo devolvido em outubro de 2012. Todos os outros deixaram a frota ao longo de 2013 e assim terminou os quase quatro anos de operação do E175 em voos comerciais no Brasil.

Abaixo confira por onde estão os E175 que voaram na Trip:

MatrículaStatus atual
PP-PJAAtivo na Air Canada Express como C-FUJA
PP-PJBAtivo na Air Canada Express como C-FJBO
PP-PJCAtivo na Air Canada Express como C-FXJC
PP-PJDDesmontado
PP-PJEAtivo na Air Canada Express como C-FUJE
PP-PJFAtivo na Air Canada Express como C-FXJF
PP-PJGAtivo na Air Canada Express como C-FRQM
PP-PJHAtivo na Air Canada Express como C-FRQN
PP-PJIAtivo na Air Canada Express como C-FRQK

Você chegou a voar no E175 da Trip? 

Por onde estão os EMB-120 Brasília que voaram na Passaredo?

 Por onde estão os EMB-120 Brasília que voaram na Passaredo?

O EMB-120 Brasília foi a primeira aeronave operada pela Passaredo (atual Voepass) com a chegada do PT-WGE, em 1995, arrendado da Embraer.

A empresa voou com o modelo até 2011, quando o aposentou oficialmente após a padronização de sua frota com os jatos ERJ-135 e ERJ-145. Entre 1995 e 2011, a Passaredo voou com oito EMB-120 (não simultaneamente).

Veja por estão os EMB-120 Brasília que voaram na Passaredo:

PT-WGE: acidentado em 2002 no Amazonas operando pela RIco
PP-PSA: estocado em Manaus pela RicoPP-PSB: estocado em Ribeirão Preto
PP-PSC: ativo como FAB2020 na Força Aérea Brasileira
PR-OAN: preservado no Hotel Viviê, em Monte Verde MG
PR-PSD: estocado em Ribeirão Preto
PT-SLD: estocado como N859BE em Miami Opa-Locka
PT-SLE: acidentado na Colômbia em 2019 operado como HK-4973 pela SARPA


quarta-feira, 4 de junho de 2025

Filipinas fecham contrato com a Coreia do Sul para compra de 12 adicionais caças FA-50PH

 


A Korea Aerospace Industries (KAI), fabricante sul-coreana de aeronaves, firmou um contrato com o Departamento de Defesa Nacional das Filipinas para fornecer 12 caças leves FA-50, no valor de aproximadamente US$ 712,8 milhões.

O acordo, assinado em Manila, representa a maior exportação de defesa da Coreia do Sul desde 2025 e visa apoiar a modernização das Forças Armadas filipinas.

Esta aquisição faz parte do programa de modernização “Re-Horizon 3” das Filipinas, que busca fortalecer as capacidades de defesa aérea do país. Os novos caças FA-50, da variante Block 20, são versões aprimoradas dos modelos anteriores, incorporando avanços como radar EL/M-2032, capacidade de reabastecimento em voo, integração com mísseis de cruzeiro Taurus KEPD 350K-2 e sistemas de guerra eletrônica aprimorados.

Os FA-50 são derivados do treinador avançado T-50 Golden Eagle, desenvolvido em parceria com a Lockheed Martin. Com velocidade máxima de Mach 1.5, os caças possuem capacidade para transportar até 4.500 kg de armamentos, incluindo mísseis ar-ar AIM-9 Sidewinder, mísseis ar-terra AGM-65 Maverick, bombas guiadas por GPS (JDAM) e um canhão interno de 20 mm.

Desde a introdução dos primeiros 12 FA-50 nas Filipinas em 2015, as aeronaves desempenharam um papel crucial em operações militares, como na Batalha de Marawi em 2017, onde forneceram apoio aéreo próximo contra insurgentes. Além disso, participaram de exercícios conjuntos, como o Pitch Black na Austrália em 2024, demonstrando sua versatilidade e eficácia operacional.

A KAI também estabeleceu um contrato de logística baseado em desempenho com a Força Aérea Filipina, no valor de aproximadamente US$ 20,4 milhões, para manutenção, suporte técnico e gestão de peças dos FA-50. Este acordo visa garantir alta disponibilidade operacional das aeronaves e pode servir de base para contratos de suporte de longo prazo.
thedefensepost.com

Com mais de 140 unidades exportadas para países como Indonésia, Tailândia, Iraque, Polônia e Malásia, o FA-50 consolida-se como uma opção competitiva no mercado global de defesa. A parceria contínua entre a Coreia do Sul e as Filipinas reflete o fortalecimento dos laços militares e a busca por estabilidade na região do Sudeste Asiático.

Japonesa ANA encomendará 20 aeronaves Embraer e será a primeira operadora do E2 no país

 



A ANA Holdings, Inc. anunciou hoje (25) a decisão de encomendar 77 aeronaves na reunião do conselho de administração.


Em antecipação ao crescimento futuro na demanda de passageiros, incluindo forte demanda de entrada, a ANAHD decidiu introduzir proativamente aeronaves competitivas e tecnologicamente avançadas para crescimento sustentável a médio e longo prazo. Isso será alcançado renovando a frota que foi suspensa devido à COVID-19 e colocando pedidos adicionais para novas aeronaves. O número total de aeronaves na frota do Grupo, incluindo aquelas já encomendadas e aquelas a serem encomendadas, será de aproximadamente 320 aeronaves no AF2030, com aproximadamente 120 aeronaves da série Boeing 787. Como resultado, a proporção de aeronaves com baixo consumo de combustível aumentará para 91%, contribuindo para medidas ambientais.

Para rotas internacionais da marca ANA, em antecipação à forte demanda da Ásia-América do Norte e à reexpansão do Aeroporto Internacional de Narita, a ANAHD encomendará 18 aeronaves Boeing 787-9 (com motores GE). Construiremos uma base para o crescimento sustentável introduzindo agressivamente novas aeronaves em rotas internacionais, que é a área de crescimento do nosso negócio. Em comparação com o AF2023, espera-se que os quilômetros de assentos disponíveis (ASK) em rotas internacionais aumentem em aproximadamente 1,5 vezes no AF2030.

20 aeronaves Embraer E190-E2
Para rotas domésticas da marca ANA, a fim de se adaptar a futuras mudanças no ambiente de negócios, a ANAHD encomendará 20 aeronaves Embraer E190-E2 de 100 assentos (15 pedidos confirmados e 5 opções) pela primeira vez no Japão. Ao introduzir os mais recentes motores e tecnologias, a marca ANA alcançará baixo consumo de combustível e emissões de ruído, e também reduzirá os custos operacionais em busca de um equilíbrio flexível entre oferta e demanda em rotas domésticas a médio e longo prazo. Esta aeronave está programada para ser introduzida no AF2028.

Além do acima, a ANAHD fará um pedido de 14 aeronaves Airbus A321neo adicionais e 12 aeronaves Boeing 737-8 (8 pedidos confirmados e 4 opções) para atualizar as frotas atuais.

A Peach atualizará parte de sua frota atual com 10 aeronaves Airbus A321neo e 3 aeronaves Airbus A321XLR, que têm eficiência de combustível superior e longo alcance de voo, para dar suporte ao crescimento futuro do Grupo ANA.

A ANAHD também finalizou opções para 5 aeronaves Boeing 787-9, anunciadas em 25 de fevereiro de 2020, e 10 aeronaves Boeing 737-8, anunciadas em 29 de janeiro de 2019.

Com este pedido de aeronave, o ANA Group promoverá tanto a expansão de suas operações internacionais quanto a otimização da oferta e demanda por voos domésticos. Nós nos esforçaremos para aumentar o valor corporativo mantendo a segurança como a base da gestão, melhorando a qualidade e o serviço da perspectiva do cliente e aumentando a lucratividade, ao mesmo tempo em que estamos conscientes do custo de capital para atender às expectativas de nossos acionistas.

Koji Shibata, Presidente e CEO da ANA Holdings comenta:
"Este pedido será o catalisador para melhorar a lucratividade dos voos domésticos e a expansão dos voos internacionais, que é uma área de crescimento futuro do nosso negócio de companhias aéreas. Utilizaremos totalmente esta oportunidade para nos tornarmos uma companhia aérea líder do setor com crescimento sustentável."

Sobre a ANA HOLDINGS
A ANAHD foi fundada em 2013 como a maior holding de grupo de companhias aéreas do Japão, composta por 70 empresas.

Ela oferece três marcas distintas de companhias aéreas: ANA, Peach, a LCC líder no Japão, e AirJapan, lançada em 2024 para rotas internacionais que cobrem a Ásia.

O legado de serviço superior da ANA rendeu a classificação 5 estrelas da SKYTRAX todos os anos desde 2013, tornando-a a única companhia aérea japonesa a ganhar esta prestigiosa designação por 12 anos consecutivos.

A ANAHD foi selecionada como membro da lista do Dow Jones Sustainability World Index por oito anos consecutivos e da lista do Dow Jones Sustainability Asia Pacific Index por nove anos consecutivos.


Embraer garante pedido firme de 15 jatos E190-E2 da All Nippon Airways, do Japão

*LRCA Defense Consulting - 25/02/2025

A ANA Holdings Inc. encomendou 15 jatos E190-E2 da Embraer (NYSE: ERJ / B3: EMBR3) com opções para mais cinco aeronaves. A seleção do E190-E2 faz parte do plano de renovação da frota da ANA. A economia e a eficiência da aeronave permitirão que a companhia aérea japonesa aprimore a conectividade em todo o país, enquanto oferece mais espaço e conforto para os passageiros. As entregas dos jatos E190-E2 para a ANA têm início previsto para 2028. 

"Estamos honrados com a seleção do E190-E2 para a frota da ANA, e esperamos que o jato small narrowbody da Embraer integre a frota da ANA em 2028", afirma Martyn Holmes, Diretor Comercial da Embraer Aviação Comercial. “O E190-E2 é a aeronave mais silenciosa e eficiente em termos de combustível do mercado. O porte do jato complementa perfeitamente a frota de larger narrowbodies da ANA. O excelente conforto e espaço da cabine do E2, sem assentos do meio, também agradarão aos passageiros. Estamos entusiasmados para ver a aeronave decolar pelos céus do Japão.” 

Os E-Jets operam no Japão desde 2009 e contam com o apoio da equipe da Embraer no país. O E190-E2 da ANA será o primeiro E-Jet de nova geração a operar no Japão. O interior de última geração da aeronave apresenta uma cabine espaçosa e silenciosa, com configuração 2x2, característica dos jatos da Embraer. Além disso, as janelas maiores ampliam a percepção de luz e espaço, enquanto as Unidades de Serviço de Passageiros individuais com saída de ar e luz de leitura adicionam conforto personalizado, garantindo que cada passageiro desfrute de mais espaço pessoal e para suas bagagens na cabine. 

A família de aeronaves E2 da Embraer oferece a melhor eficiência ambiental, desempenho operacional e conforto para os passageiros. Concebido a partir de 20 anos de excelência operacional dos E-Jets de primeira geração, o E190-E2 apresenta aerodinâmica aprimorada, design de asa de última geração e novas tecnologias que proporcionam uma diminuição de 25% nas emissões de carbono e no uso de combustível, em comparação aos E-Jets de geração anterior.

A Embraer está comprometida em desenvolver produtos, soluções e tecnologias para contribuir com a meta da indústria da aviação de alcançar zero emissões até 2050. A família de jatos E2 é certificada para voar com misturas de até 50% de combustível de aviação sustentável (SAF) e demonstrou a capacidade de operação em voos de teste com 100% de SAF, reforçando ainda mais o compromisso da Embraer com a redução de emissões e a aviação sustentável, apoiando rota para uma indústria aérea mais sustentável no Japão. 

O programa E-Jet da Embraer é um dos programas de aviação comercial de maior sucesso na indústria. Os E-Jets e E-Jets E2 são operados por mais de 80 companhias aéreas em 50 países, com mais de 1.800 unidades entregues

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Que aviões a Rússia usará em vez de Boeing e Airbus?

 Vitáli Ankov / Sputnik

Boeing 747
Vitáli Ankov / Sputnik
Diante de sua maior crise na história moderna, companhias aéreas russas estão tentando encontrar maneiras de substituir as aeronaves europeias e norte-americanas.

No início de março, devido à crise na Ucrânia, a Boeing e a Airbus retiraram suas aeronaves arrendadas por companhias aéreas russas e interromperam sua manutenção. Com isso, cerca de 80% de toda a frota de aeronaves civis na Rússia permanece parada em hangares.

No total, a Rússia possui cerca de 1.300 aeronaves civis de curto, médio e longo alcance, das quais 824 pertencem às empresas Airbus e Boeing.

Cenário sem precedentes

De acordo com especialistas em aviação, a situação atual é inédita, por isso soluções rápidas simplesmente não existem.

Algo semelhante aconteceu no Irã após a Revolução Islâmica de 1979, quando o país também esteve sob pesadas sanções americanas. No entanto, Teerã conseguiu salvar uma parte de sua frota aérea civil e a utiliza até hoje.

Vitáli Ankov / SputnikAirbus A320
Vitáli Ankov / Sputnik

Desse ponto de vista, a Rússia está em uma posição mais privilegiada, porque tem grande experiência na produção de aviões militares e civis próprios desde a era soviética. 

No entanto, hoje em dia, o país não possui tantas aeronaves fabricadas na Rússia. De acordo com as previsões mais otimistas, o país precisará de pelo menos 1 a 3 anos para iniciar a produção de aviões em grande escala.

Segundo especialistas, a crise nas empresas de viagens aéreas civis russas começou há dois anos, quando a demanda por viagens caiu significativamente devido à pandemia. Hoje, em virtude das novas sanções, destinos familiares para os russos permanecerão fechados. 

A demanda por voos domésticos continua alta, mas ninguém sabe por quanto tempo. Considerando a rede ferroviária bem desenvolvida, a maioria das viagens aéreas internas poderá ser substituída por viagens de trem.

A principal razão pela qual os russos continuam a dar preferência a viagens de avião é o enorme território do país, e as viagens de trem levam incomparavelmente mais tempo. Além disso, na Rússia há várias áreas remotas que só podem ser acessadas por via aérea.

O que o governo pretende fazer?

De acordo com especialistas, a única solução em curto prazo é continuar usando aeronaves da Boeing e da Airbus para voos domésticos e, ao mesmo tempo, tentar restaurar a indústria de aviação civil local.

“Temos muitos centros de serviço certificados pela Boeing e Airbus, eles podem garantir a manutenção das aeronaves sem intermediários de fora. O principal problema são as peças de reposição. Neste momento, as companhias aéreas e os centros de serviços procuram formas de adquirir essas peças por meio de países terceiros, como a Índia ou a Turquia. Se conseguirmos as peças de reposição, poderemos continuar usando aviões estrangeiros na Rússia”, explica o especialista em segurança de voos Aleksêi Vlassov.

Segundo ele, a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia já anunciou essa decisão como a única possível na situação atual e repassou as propostas ao governo russo.

“Os aviões continuarão voando. Não há escolha, esperar que o país crie suas próprias aeronaves não é uma solução. A continuidade do uso de aeronaves Boeing e Airbus daria à nossa aviação um ano ou dois [de sobrevida]”, diz.

A Rússia conseguirá substituir aviões estrangeiros por nacionais?

Moscou tentará sair da situação iniciando urgentemente a produção de suas próprias aeronaves. A situação com aeronaves de curto e médio alcance na Rússia não é crítica.

“Os voos regionais, com teto de até 3.000 quilômetros, serão realizados por aviões russos Sukhoi Superjet-100. Podemos produzir cerca de 30 aviões deste tipo por ano. Mas há uma nuance importante: eles são equipados com motores e eletrônicos franceses”, diz Vlassov.

A Rússia ainda não conta com motores próprios para aeronaves civis de curto e médio alcance e levará tempo para criar um.

“Um novo motor PD-8 está sendo desenvolvido, mas ainda não foi testado. A indústria precisa de pelo menos três anos para realizar os testes e lançar a produção em massa”, diz.

Segundo Vlassov, os primeiros aviões MS-21 de médio alcance (de até 6.000 quilômetros) começarão a ser produzidos até o final de 2022.

Serguêi Mámontov / SputnikMS-21-300
Serguêi Mámontov / Sputnik

De acordo com as estimativas do chefe da corporação UAC, Iúri Sluzar, a Rússia pretende construir inicialmente 36 aviões MS-21 ao ano e aumentar esse número para 72 aviões por ano até 2025.

A Rússia também estuda a possibilidade de voltar a fabricar aeronaves soviéticas de médio alcance Tu-204 e Tu-214. Esses aviões são equipados com motores PS-90A, que ainda estão sendo produzidos no país. No entanto, segundo Vlassov, a retomada da produção exigiria mais tempo e esforços do que organizar a substituição de importação de peças e unidades para MS-21 e SSJ-100.

UAC / Global Look PressMS-21-300
UAC / Global Look Press

Os profissionais também têm dúvidas sobre a possibilidade de iniciar a produção do novo Il-96-400 de longo alcance, porque a empresa poderia fabricar apenas 2 a 4 aviões do tipo por ano. Desse modo, o custo de produção seria muito alto e é pouco provável que seja economicamente viável no futuro próximo.