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sábado, 21 de junho de 2025

Conheça os aviões de caça da Força Aérea do Irã

 F-14A Tomcat Irã

O Irã figura entre os países mais poderosos da sua região, além der ser uma preocupação para os Estados Unidos e seus aliados no Oriente Médio, especialmente Israel. Embora tenha sofrido uma série de embargos após a Revolução Islâmica de 1979, o país conseguiu manter a operação da sua força aérea, cujos recursos de combate são, em sua maioria, de origem estadunidense. 

O número de aviões perdidos em acidentes e no conflito de atrito com o vizinho Iraque também não ajudou nem um pouco nos atuais números. Hoje, a Força Aérea da República Islâmica do Irã (IRIAF) conta com aeronaves já obsoletas na sua aviação de caça. 

Vamos ver quais e quantos aviões de caça a IRIAF possui em sua frota. 

Grumman F-14A Tomcat

F-14A Irã ordnance
F-14A Tomcat da Força Aérea Iraniana.

Total: 41 aeronaves. 

Os F-14 Tomcat estão entre os mais potentes caças do Irã. Ao todo, foram 80 unidades adquiridas durante o governo do Xá Reza Pahlavi, mas apenas 79 foram entregues. O último avião ficou retido nos Estados Unidos após a Revolução Islâmica. 

Hoje, dos 79 caças entregues, apenas 41 restam em serviço. Mesmo com o embargo, os iranianos foram capazes de manter alguns aviões em serviço, além de trazerem outros de volta ao estado operacional.

O Irã afirma que alguns Tomcats foram modernizados para o padrão F-14AM com ajuda da Rússia. No entanto, os detalhes do upgrade não foram revelados.

 

McDonnell Douglas F-4 Phantom II

F-4E Irã
Caças F-4E Phantom II da IRIAF.

Total: 63 aeronaves

O Phantom é um dos aviões de combate mais clássicos de todos os tempos. Contudo, são os caças mais antigos em serviço não só no Irã, mas também em outros três países onde o veterano ainda voa.

Cerca de 225 caças F-4 das variantes D, E e RF-4E de reconhecimento foram vendidos ao Irã, em uma época que o gigante persa não era um inimigo de Washington.

Boa parte destas aeronaves foi abatida durante a Guerra Irã-Iraque, fora uma parcela considerável perdida em acidentes. Hoje, cerca de 63 aeronaves permanecem em serviço, com alguns tendo recebido pequenas atualizações. O Irã também é o único país que ainda opera a variante F-4D. 

 

Northrop F-5E/F Tiger II e HESA Saeqeh 

F-5E/F IRIAF
Linha de caças F-5E e F-5F do Irã.

Total: 35 aeronaves

O Irã adquiriu tanto os F-5A/B Freedom Fighter quanto os F-5E/F Tiger II mais novos. Enquanto os A/B já foram aposentados, os Tigers seguem em serviço. O Irã recebeu 166 caças F-5E e F-5F, entregues a partir de 1974. Assim como os F-4, um bom número de F-5 foi perdido em combate, mas o pequeno Tigre ainda é um ativo importante para a IRIAF. 

Cerca de 35 desses caças permanecem em serviço, todavia, alguns destes são um pouco diferentes. Estima-se que nove aeronaves são HESA Saeqeh, uma versão modificada e modernizada pelo próprio Irã. O detalhe mais chamativo são os dois estabilizadores verticais, que supostamente fornecem mais agilidade ao F-5. 

Infelizmente, pouco se sabe sobre os trabalhos de atualização dos F-5 iranianos, e ainda menos sobre as reais diferenças aerodinâmicas do Saeqeh para o “Tigre original”.

HESA Saeqeh F-5 IRIAF
Caça HESA Saeqeh da IRIAF. Foto: Dara Zarbaf via Wikimedia (CC BY-SA 4.0)

 

Sukhoi Su-24MK Fencer-D

Sukhoi Su-24MK pousando em Shiraz. Foto: Shahram Sharifi via Wikimedia (CC BY-SA 4.0).

Total: 23 aeronaves

Um dos aviões de combate mais usados do mundo, o Fencer também está presente no Irã. Em 1991, 24 jatos de ataque ao solo Su-24 chegaram ao país, vindos do Iraque, fugindo da Operação Tempestade do Deserto. Os aviões foram incorporados à frota da IRIAF. 

Depois dos Su-24 iraquianos, cerca de 6 a 12 aeronaves também foram obtidas da Rússia e outros Estados ex-membros da antiga União Soviética. 23 Fencers estão em operação com a IRIAF. 

Em 2011, o General Mohammad Alavi, subcomandante da Força Aérea Iraniana, afirmou que a IRIAF havia testado mísseis antirradar produzidos localmente em aeronaves Su-24.

 

Mikoyan MiG-29 Fulcrum

MMiG-29 IRIAF
MiG-29 da IRIAF no Aeroporto de Mehrabad. Foto: Dara Zarbaf via Wikimedia (CC BY-SA 4.0).

Total: 19 aeronaves

Os primeiros MiG-29 adquiridos pelo Irã chegaram a partir de junho de 1990. Teerã adquiriu 18 caças da então União Soviética e no ano seguinte, a IRIAF recebeu mais quatro caças, que fugiram para o país por conta da Operação Tempestade no Deserto. 

Atualmente, as aeronaves são operadas em dois esquadrões responsáveis pela defesa aérea da capital iraniana. Como armamento, os MiG-29 do Irã empregam o canhão GSh-30-1 e os mísseis R-27 e R-73.

 

Dassault Mirage F-1EQ/BQ

Mirage F-1BQ Irã
Dassault Mirage F-1BQ da IRIAF. Foto: Shahram Sharifi via Wikimedia (CC BY-SA 4.0)

Total: 17 aeronaves

Assim como os MiG-29 e Su-24, os franceses Mirage F-1EQ e F-1BQ também fugiram do Iraque e chegaram ao Irã por consequência da Guerra no Golfo.

Ironicamente, os Mirage F-1 foram extensivamente empregados contra a IRIAF durante a Guerra entre os dois países. Os Mirage franceses eram os únicos caças que ofereciam uma real ameaça aos temíveis F-14, tendo inclusive derrubado alguns desses aviões. 

Antes do conflito com os EUA e a Coalizão, o Iraque tinha 88 Mirage F-1 das variantes EQ e BQ. Destes, 24 foram levados para o Irã, sendo incorporados à frota da IRIAF, onde permanecem em serviço até hoje. As aeronaves remanescentes foram destruídas ou danificadas. 

 

Chengdu F-7N/FT-7N Airguard

F-7 FT-7 Airguard Irã
Caças F-7N e FT-7N da IRIAF. Foto: Rahim Sharafi – Ariliners.net

Total: 18 aeronaves

Em meados da Década de 1980, Teerã adquiriu 20 caças chineses F-7N e FT-7N Airguard, variante de exportação do Chengdu J-7 (uma versão chinesa do MiG-21F-13). Por conta dos embargos, a China foi relutante na venda dos jatos, já que na época Pequim e Washington também tentavam uma aproximação. O plano no entanto foi pelos ares após o Massacre da Praça da Paz Celestial. 

Hoje, 18 dos 20 caças permanecem em serviço. Os F-7 ficaram limitados a um serviço mais secundário, especialmente por serem aeronaves obsoletas e com células já bastante usadas. 

Embraer segue na briga por encomenda de 100 aeronaves regionais da AirAsia

Fotomontagem

Tony Fernandes, CEO do grupo Capital A, que opera a AirAsia, anunciou que está em negociações para adquirir entre 50 a 70 jatos Airbus A321 XLR nos próximos meses. Contudo, ele enfatizou que a prioridade imediata da companhia é concluir o processo de reestruturação financeira.

A maior companhia aérea de baixo custo da Ásia também está em conversações para a compra de 100 jatos regionais, entre eles o Airbus A220 e o Embraer E2, embora Fernandes tenha descartado a possibilidade de um anúncio de pedido durante o Salão Aéreo de Paris.

“Estamos ainda trabalhando bastante com a Airbus e outros fabricantes, e espero que possamos fazer algo nos próximos um a três meses”, afirmou Fernandes em entrevista à Reuters. Ele destacou a importância de finalizar a reestruturação da empresa antes de se comprometer com novas aquisições, mencionando que a AirAsia está “de volta à fase de crescimento”.

A AirAsia opera uma frota totalmente composta por aeronaves Airbus e é um dos maiores clientes da fabricante, tendo passado por uma série de reestruturações em seus pedidos devido às dificuldades financeiras enfrentadas durante a pandemia.

A empresa não fez novos pedidos desde o início da crise, mas recebeu quatro jatos Airbus em agosto, marcando um novo marco em sua trajetória de crescimento.

A companhia, que foi severamente impactada pelas restrições de viagem da pandemia, foi classificada em 2022 como financeiramente em dificuldades pela bolsa de valores da Malásia.

A AirAsia espera sair dessa classificação até meados deste ano, enquanto busca uma recuperação. Fernandes planeja vender o negócio de aviação da AirAsia para a unidade de longa distância AirAsia X, consolidando as operações de voos de curta e longa distância sob uma única marca.

O CEO mencionou que a empresa precisa de cartas de consentimento dos credores, dos quais “praticamente todos” já foram obtidos, além de aprovação da Bolsa de Valores da Tailândia e de levantar novo capital. Ele expressou esperança de que todo o processo seja concluído até o final de julho, comentando que está “cada vez mais próximo do dia da libertação”, em referência a um retorno à estabilidade financeira.

Fernandes afirmou que novos investidores já estão “confirmados”, embora tenha se recusado a fornecer detalhes específicos antes de um anúncio formal. Informações da Bloomberg em março indicaram que o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) estaria prestes a investir na AirAsia.

“Nunca confirmamos (o PIF) ou não, mas temos todo o nosso capital garantido e assim que obtivermos as cartas de consentimento e a aprovação da Bolsa da Tailândia, anunciaremos quem é o novo capital”, disse Fernandes.

Além disso, ele mencionou que ainda está em discussões com a fabricante chinesa COMAC sobre um possível pedido de aeronaves C919, embora tensões comerciais entre os EUA e a China possam representar um obstáculo, especialmente em relação à entrega de motores. “Recebemos uma oferta da COMAC. A geopolítica não ajuda… precisamos ter confiança de que isso vai funcionar, mas é uma boa aeronave e certamente vamos analisá-la”, concluiu. 

quinta-feira, 19 de junho de 2025

Embraer assina contratos para as frotas da Virgin Austrália, Amelia, Air Montenegro e Hunnu Air

 

Imagem: Divulgação – Embraer

Paris, França – A Embraer anunciou hoje, 18 de junho, durante o Paris Air Show, a assinatura de contratos para fornecer suporte às frotas das empresas aéreas Virgin Austrália, Amelia, Air Montenegro e Hunnu Air.

Virgin Australia

A Embraer e a Virgin Australia assinaram um contrato plurianual para o Programa Pool de Componentes. A companhia aérea será apoiada pela Embraer em um amplo leque de serviços de substituição e reparo de componentes para os oito jatos E190-E2 que em breve integrarão a frota da empresa.

Por meio do programa, as companhias aéreas podem aproveitar a experiência técnica da Embraer e sua rede significativa de fornecedores de serviços de reparo de componentes, minimizando seu investimento inicial em inventários de alto valor e de recursos dedicados a reparos.

“O E190-E2 nos entregará maior eficiência e confiabilidade à nossa frota regional. A adesão ao Programa Pool da Embraer fortalece essa vantagem, nos dando um suporte de manutenção robusto em nosso novo hangar construído especificamente com esse propósito no Aeroporto de Perth”, afirma Alistair Hartley, Diretor de Estratégia e Transformação do Grupo Virgin Australia.

“A Virgin Australia e a Embraer estão trabalhando muito próximas à medida que avançamos para a entrada em serviço do E190-E2. Por meio deste programa, a Virgin Australia terá acesso à rede global da Embraer e a serviços de excelência. O Programa Pool faz parte das amplas soluções de suporte oferecidas pela Embraer e garantirá a prontidão da frota de E190-E2 da Virgin Australia, permitindo que a companhia aérea aproveite totalmente a eficiência de combustível, o desempenho e a confiabilidade do E190-E2”, afirma Carlos Naufel, CEO e Presidente da Embraer Serviços & Suporte.

Amelia

Imagem: Divulgação – Embraer

A Embraer e a Amelia, companhia aérea operada pelo grupo francês Regourd Aviation, anunciaram a assinatura de um acordo amplo de serviços, incluindo o Programa Pool para a família E-Jets, para suporte tanto aos ERJs quanto aos E-Jets que fazem parte da frota da companhia aérea. Recentemente, a Amelia anunciou que está se juntando à família E-Jets, com dois jatos E190 via leasing da CDB Aviation.

Em parceria com a CDB Aviation e a Embraer, a companhia aérea francesa pretende se desenvolver no mercado de 100 assentos, preenchendo uma lacuna em sua frota com os E-Jets, que se ajustam sob medida entre os ERJs de 50 assentos e os narrowbodies de maior porte. Além dos dois jatos E-190, a frota de ERJs atualmente em serviço pela Amelia continua em operação contando com o suporte do Pool da Embraer, programa que apoia a companhia aérea desde 2010.

“Estamos satisfeitos em ter o Grupo Regourd Aviation se juntando à família E-Jets com um amplo acordo de serviços. O Grupo Regourd é nosso cliente desde 2006, e a Embraer está presente na França e no exterior há mais de 40 anos. Continuaremos trabalhando duro para fornecer o suporte de excelência com o qual o Grupo Regourd Aviation conta para continuar crescendo”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

Além do contrato do Pool, a equipe da Embraer também está fornecendo o suporte necessário para a introdução dos E-Jets na frota da Amelia, incluindo um processo robusto de entrada em serviço, publicações personalizadas, treinamento para equipes técnicas e de operações, além de aplicativos EFB e desktop, como ePerf, eWB e Inflight Performance Software.

Os aplicativos permitem que os clientes da Embraer realizem cálculos de decolagem e pouso em tempo real a partir da cabine de comando. Além disso, são realizadas análises de peso e balanceamento customizadas para cada voo, com geração automática de planilhas de carga. Os aplicativos também auxiliam os sistemas de planejamento de voo com dados de desempenho em todas as fases do voo, da subida à descida, permitindo que o operador realize otimizações de rota para economizar tempo e combustível.

Air Montenegro

Imagem: Divulgação – Embraer

A Air Montenegro adicionou um terceiro jato E195 à sua frota e assinou um contrato de longo prazo para o Programa Pool com a Embraer, com cobertura tanto o novo jato quanto para os dois E195 que já integram a frota da companhia aérea europeia.

“Embora nossa cooperação com a Embraer seja longa e bem-sucedida, acreditamos que seu auge ainda está por vir. O desenvolvimento contínuo da Air Montenegro e a modernização de nossa frota abrirão novas possibilidades para aprofundar nossa parceria e alcançar objetivos comuns nas áreas de segurança, inovação e excelência de serviço”, afirma Tihomir Dragaš, Presidente do Conselho de Administração da Air Montenegro.

“Com o valioso apoio e a estreita cooperação da Embraer, temos orgulho de ter introduzido mais uma aeronave na frota de nosso país. Este marco reflete não apenas nossa forte parceria com a fabricante, mas também nosso compromisso compartilhado em aprimorar os padrões de segurança e operacionais para o benefício de nossos passageiros e tripulação. Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para expressar nossa sincera gratidão à Embraer por sua dedicação e apoio contínuos ao longo de nossa parceria de longa data”, diz Vukadin Stojanović, CEO da Air Montenegro.

“A Air Montenegro demonstrou um forte crescimento no último ano, e estamos felizes em fazer parte desse momento, fornecendo mais capacidade e serviços de excelência. Nosso objetivo é manter os E-Jets prontos para voar e continuar fortalecendo nossa parceria de sucesso nos próximos anos”, afirma Carlos Naufel, Presidente e CEO da Embraer Serviços & Suporte.

Hunnu Air

A Embraer assinou um contrato plurianual com a Hunnu Air para o Programa Pool. Com este acordo, a companhia aérea da Mongólia receberá suporte para um amplo leque de componentes reparáveis para seus dois jatos E195-E2 que estão sendo incorporados à sua frota.

“Ao aderir ao Programa Pool da Embraer, estamos dando um passo estratégico para garantir a integração perfeita do E195-E2 em nossa frota. Esta parceria proporciona acesso a uma rede de suporte abrangente, que nos ajuda a minimizar o tempo da aeronave em solo. O Pool é uma ferramenta fundamental na nossa missão de oferecer um serviço excepcional em nossa malha aérea em expansão”, diz Munkhjargal Purevjal, CEO da Hunnu Air.

“Estamos satisfeitos em receber a Hunnu Air no Programa Pool da Embraer, uma solução flexível e sob medida para companhias aéreas de todos os portes. Nossa infraestrutura global e expertise estão totalmente alinhadas com os planos de crescimento da Hunnu Air, garantindo que a frota da companhia aérea opere com o melhor desempenho e com o mínimo de tempo em solo. Esta colaboração reforça nosso compromisso de apoiar os clientes por meio de soluções inovadoras que impulsionam a economia de custos e a excelência operacional”, afirma Carlos Naufel, CEO e Presidente da Embraer Serviços & Suporte.

A Embraer oferece suporte a companhias aéreas em todo o mundo, com sua expertise técnica e vasta rede de serviços de componentes. Os resultados são economias significativas nos custos de reparo e manutenção de estoque, além de uma redução no espaço de armazenagem e nos recursos necessários para o gerenciamento de reparos, proporcionando, em última análise, níveis de desempenho garantidos.

O portfólio da Embraer Serviços & Suporte oferece uma ampla gama de soluções competitivas projetadas para cada cliente, a fim de dar suporte à crescente frota de aeronaves Embraer em todo o mundo e oferecer a melhor experiência de pós-venda na indústria aeroespacial global.

Atualmente, o Programa Pool da Embraer oferece suporte a mais de 60 companhias aéreas em todo o mundo.

Informações da Embraer

quarta-feira, 18 de junho de 2025

José Múcio sobre o Gripen: exemplares para a Colômbia e segundo lote para o Brasil

 









Em entrevista para Felipe Salles, do canal Base Militar Vídeo Magazine, durante o International Paris Airshow, que acontece na França de 16 a 19 de junho, o ministro da Defesa do Brasil, José Múcio Monteiro Filho, comentou sobre a aquisição dos caças Saab Gripen E/F pela Colômbia e o segundo lote do F-39 para o Brasil.

“Nós tivemos problemas de liquidez para acertar a finalização deste contrato, que já era para ter sido encerrado. Eu vou estar com o presidente da Saab aqui na feira para conversar. Nesses próximos 15 dias, a Colômbia está comprando 18 Gripen e nós temos interesse que esses aviões sejam construídos no Brasil. Na teoria, isso já está acertado e nós estamos trabalhando para que isso seja efetivado. Surgiu a ideia de a Colômbia fabricar, mas nós temos a nossa base para treinamento, o cockpit para treinamento, treinamos pilotos e mecânicos, e tudo isso é uma coisa importantíssima, e eu acho que vamos chegar a um bom termo.”

De fato, a infraestrutura construída no país para o Gripen, por meio do maior acordo de transferência de tecnologia já celebrado com a Força Aérea Brasileira (FAB), criou as bases para que o país construa aeroestruturas e até caças completos em território nacional.

Na fábrica de São Bernardo do Campo, a Saab produz a fuselagem dianteira e traseira, o cone de cauda e o freio aerodinâmico do Gripen, aeroestruturas essas de alta complexidade e que exigiram o treinamento de brasileiros na Suécia por períodos de até dois anos com total transferência de tecnologia. Hoje, esses profissionais possuem experiência e conhecimentos para treinar outros brasileiros, caso exista a necessidade de se expandir a mão de obra local.

Também em São Bernardo do Campo está instalada a capacidade de manutenção do radar e de sistemas de guerra eletrônica do Gripen, aumentando a independência do Brasil sobre o mantenimento de componentes altamente tecnológicos e complexos, reduzindo os custos por não haver a necessidade de se contratar empresas de fora do Brasil e diminuindo o tempo que esse material vai ficar indisponível para o voo. Da mesma forma, essa estrutura pode ser usada para dar suporte para os sistemas do Gripen de outros países.

Em Gavião Peixoto (SP), a Embraer já está fazendo a montagem final dos primeiros de 15 caças produzidos no país, e o local tem infraestrutura para receber mais pedidos, seja de um segundo lote da própria FAB ou de outros clientes que optarem pelo Gripen.
Além dos caças da Colômbia, o Brasil tem condições de apoiar outros contratos da Saab que estão sendo estabelecidos em torno do Gripen E/F, como a Tailândia, que anunciou a aquisição de 12 aeronaves em três lotes por um período aproximado de 10 anos. Apesar de não haver uma definição nesse sentido, a participação brasileira poderia ser por meio da fabricação das aeroestruturas.

No contexto da América Latina, além da Colômbia, o Peru está avaliando o Gripen como o seu próximo vetor de defesa aérea e, dependendo dos acordos firmados, o Brasil pode ser incluído na cadeia logística de fornecimento desses caças, fortalecendo a Base Industrial de Defesa (BID) e criando um ambiente com maior geração de empregos.

No âmbito da BID, vale um destaque especial. A empresa brasileira AEL Sistemas, que mantém sua sede em Porto Alegre (RS), é uma fornecedora global natural das soluções de Interface Homem-Máquina (HMI, Human-Machine Interface) para todos os caças Gripen de nova geração vendidos no mundo. Não apenas para os exemplares do Brasil, mas também para os da Suécia, da Tailândia, da Colômbia e de futuros compradores.

Esse sistema aviônico é composto pela tela panorâmica de alta resolução (Wide Area Display – WAD), de 48×20 cm, que conta com dispositivos redundantes, ampliando sua confiabilidade e resistência a falhas, mesmo em situações críticas; o mostrador digital de amplo campo de visão (Head-Up Display – HUD), instalado sobre o painel de instrumentos, que fornece todas as informações críticas de voo e táticas de missão; e o capacete com mira montada (Helmet-Mounted Display – HMD), designado Targo, que projeta as informações do HUD na viseira do capacete. O HMD é integrado ao sistema de armas, proporcionando uma vantagem tática significativa no combate.

Caso esse cenário se confirme, fica evidente a visão estratégica e de longo prazo daqueles que planejaram e concretizaram o acordo de transferência de tecnologia em torno do Gripen. Eles, naquela oportunidade, enxergaram que o Brasil poderia ir muito além da renovação da sua Aviação de Caça com um vetor de estado da arte, mas reforçar a posição de liderança do Brasil no continente e projetar mundialmente sua imagem e a da sua BID como um ator de relevância. Em pouco mais de 10 anos desde a efetivação do contrato, a colheita da segunda safra dos bons frutos da parceria estratégica Brasil-Suécia começa a ficar mais próxima.

Sobre a possibilidade de um segundo lote de caças Gripen atrelado à venda do KC-390 para a Suécia, o ministro comentou que essa conversa existiu, “mas terminou não acontecendo esse atrelamento. Há uma promessa, um interesse e uma boa vontade, mas não tem acontecido”. Infelizmente, como o próprio ministro ressaltou na entrevista, há um problema de liquidez, ou seja, o programa tem sido afetado por cortes de verbas que impactaram especialmente nas entregas do Gripen para a FAB.


Onde está a Força Aérea do Irã?

 

F-4 da IRIAF em uma base subterrânea

Força Aérea Iraniana permanece inativa em confrontos com Israel

A Força Aérea de Israel (IAF) alcançou superioridade aérea completa sobre o Irã nos intensos combates dos últimos dias, enquanto a Força Aérea da República Islâmica do Irã (IRIAF) praticamente não ofereceu resistência — reforçando a percepção de colapso estratégico e operacional no lado iraniano.

Em apenas 48 horas, a IAF realizou múltiplas ondas de ataques contra alvos iranianos, incluindo radares, lançadores de mísseis e aeronaves no solo, tendo destruído pelo menos dois F-14 (segundo os iranianos os aviões estavam parados há anos) e um reabastecedor aéreo KC-747, provavelmente o único operável do tipo. Também causou danos ao sistema de defesa aérea de Teerã, abrindo caminho para bombardeios profundos até o centro nuclear de Fordow.

F-4 Phantoms da IRIAF

Pilotos iranianos “fugiram” sem reagir

MiG-29 da IRIAF
F-14 da IRIAF

Pilotos israelenses relataram que, ao penetrar espaço aéreo do Irã, observaram os pilotos iranianos decolarem brevemente para depois se retirarem, evitando combates. “Vimos seus jatos decolarem — e então fugiram”, disse um comandante da IAF. Isso ilustra a completa ausência de confronto aéreo por parte da IRIAF.

Antes dos ataques aéreos, a inteligência israelense, incluindo unidades da Mossad, neutralizou sistemas antiaéreos críticos com drones e sabotagem. Em seguida, caças F-35, F-15 e F-16 devastaram modelos de mísseis S-300 e Bavar-373, considerado um feito inédito

Com a IRIAF forçada a recuar, a IAF detém uma vantagem aérea estratégica, permitindo ataques profundos e flexíveis em pontos sensíveis de Teerã. A continuidade da ofensiva aérea anterior ao envio de mísseis balísticos iranianos reduz a capacidade de reação unilateral de Teerã.

O silêncio operacional da IRIAF evidencia um sério colapso na prontidão e no moral, potencialmente expondo o espaço aéreo iraniano a ataques adicionais. Isso pode minar a confiança das forças armadas iranianas e desestabilizar sua capacidade de defesa territorial.

Contexto geral da guerra aérea

Israel lançou cerca de 200 caças e mais de 300 bombas de precisão em alvos iranianos desde 13 de junho, enquanto o Irã respondeu com ataques balísticos e drones, embora sem capacidade para recuperar o controle aéreo.

A superioridade aérea israelense sem uma resposta efetiva da IRIAF pode ser o fator decisivo para Israel, abrindo espaço para ataques mais profundos e estratégicos em território iraniano sem risco de confronto direto.

Airlink seleciona o Embraer E195-E2

 

Paris Le Bourget, França, 18 de junho de 2025 – A Airlink, a principal companhia aérea de serviço completo da África Austral, planeja o leasing de 10 novas aeronaves de passageiros Embraer E195-E2 da Azorra, empresa de leasing, financiamento e gestão de ativos com sede em Fort Lauderdale (Flórida).

No âmbito de um acordo a ser finalizado em breve, a Airlink aumentará sua frota robusta de 68 aeronaves em operação com os novos jatos E2, com entregas esperadas entre o final deste ano e 2027, na sede da Embraer no Brasil. A Airlink opera aeronaves Embraer desde 2001.

As novas aeronaves de 136 e 124 assentos devem alcançar uma economia de combustível de até 29% em comparação com os E195 de primeira geração, que a Airlink opera atualmente. Isso aumentará a eficiência econômica da Airlink e reduzirá as emissões em sua programação e malha aérea, que cobre 45 destinos em 15 países, incluindo a Ilha de Santa Helena no Atlântico Sul e Madagascar.

A chegada dos E2s, equipados com motores Pratt & Whitney GTF e com média de 33% assentos a mais quando comparados com os atuais E190s da Airlink, permitirá à companhia aérea alcançar custos mais baixos em rotas de alta demanda. Com o alcance adicional, os jatos também possibilitarão que a Airlink expanda sua malha aérea, oferecendo seu serviço eficiente, confiável e confortável para novos destinos na África Subsaariana.

A Airlink obterá economias adicionais devido ao alto grau de comunalidade operacional, de manutenção, de treinamento e de equipamentos entre seus E-Jets existentes e os novos E2s, incluindo cockpits, procedimentos operacionais e manuseio semelhantes. Isso também garantirá uma entrada em serviço simplificada.

“O E195-E2 fortalecerá nossos negócios, nos ajudando a ser ainda mais competitivos em rotas-chave. Desta maneira, o novo jato continuará a oferecer o grande valor a que nossos clientes estão acostumados,” afirma de Villiers Engelbrecht, CEO da Airlink.

“Esta decisão é um marco significativo em nosso relacionamento com a Airlink. O E195-E2 oferece a combinação perfeita de maior capacidade, eficiência e flexibilidade, ajudando a Airlink a expandir sua malha aérea e mantendo o serviço de alta frequência que seus passageiros valorizam. Estamos orgulhosos da parceria com a Embraer e com a Pratt & Whitney para introduzir esta nova geração de aeronaves na Airlink,” diz John Evans, CEO da Azorra.

“O E2 continua a provar seu valor para companhias aéreas em todo o mundo e este último desenvolvimento destaca a presença crescente da Embraer na África A Airlink é uma das companhias aéreas de maior sucesso do continente e operadora de longa data da Embraer, e demonstra confiança na nossa companhia ao se juntar à família E2. Agradecemos à Azorra pelo seu apoio e por possibilitar uma expansão importante de frota,” afirma Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial.

Sobre a Azorra

A Azorra é uma empresa orientada a relacionamentos, que fornece soluções de leasing para aeronaves, financiamento, transição de frota e gerenciamento de ativos para investidores, financiadores e operadores de companhias aéreas em todo o mundo. A equipe multicultural da Azorra reflete os mercados globais que atendemos e inclui competências essenciais em direito aeronáutico, financiamento de aeronaves, manutenção, marketing, vendas, negociação e leasing.

Nossa equipe é liderada por funcionários experientes, com um histórico compartilhado de sucesso e é complementada por jovens profissionais que trazem novas perspectivas, ideias e entusiasmo. A Azorra atualmente possui e gerencia uma frota de mais de 100 aeronaves, com compromissos totais de mais de 160 aeronaves, incluindo pedidos de novas aeronaves Airbus A220-100/300 e Embraer E190/195-E2. A empresa está sediada em Fort Lauderdale, Flórida, e tem escritórios em Dublin, Irlanda.

Sobre a Airlink: www.flyairlink.com

A Airlink foi fundada em 1992 e é a principal companhia aérea regional de propriedade privada da África Austral. Com sua frota de jatos Embraer modernos, a Airlink atende a essas cidades e outros destinos. Ela oferece conexões mundiais através de seus parceiros, que incluem muitas companhias intercontinentais confiáveis e conhecidas, e sua franquia FlyNamibia. Em 2024, a Qatar Airways se tornou uma parceira com 25% de participação na Airlink. A Airlink é membro da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), credenciada sob seu programa de auditoria de segurança IOSA, e certificada pela Organização de Avaliação Ambiental da IATA (IEnvA)..