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domingo, 17 de agosto de 2025

Companhia aérea americana mostra como é feito o recebimento de novos aviões da Embraer

 

Divulgação – Envoy

Os bastidores do processo de entrega de um novo avião da Embraer foram revelados pela companhia aérea americana Envoy Air, subsidiária da American Airlines.

Atualmente com 171 aeronaves em operação, todas dos modelos E170 e E175-E1 da Embraer, a Envoy é a principal companhia que atua sob a marca American Eagle, divisão regional da American Airlines. Parceira de longa data da fabricante brasileira, a empresa produziu um vídeo mostrando em detalhes cada etapa da entrega dos novos jatos.

Nas imagens divulgadas nesta semana aparece o E175-E1 de matrícula N313BS, entregue em 25 de março do ano passado. O processo de entrega leva de quatro a cinco dias e envolve uma equipe da Envoy formada por dois pilotos e dois mecânicos, que realizam diversos testes e verificações ainda em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Entre os procedimentos está o teste de todos os sistemas usados por passageiros e comissários em voo, simulando uma altitude de 40 mil pés (12 km), para garantir que, mesmo em condição de pressão reduzida, tudo funcione conforme o esperado. Após o voo de entrega, que passa por Manaus e faz a entrada nos Estados Unidos por Fort Lauderdale, a aeronave segue para uma empresa de manutenção para ajustes finais, que podem incluir a instalação de Wi-Fi e tomadas elétricas, confira abaixo:


Aviões Embraer são a “espinha dorsal” de aérea regional americana com 300 jatos E170 e E175

 


Foto: Embraer

A Embraer está no epicentro de uma transformação na aviação regional nos Estados Unidos, com a Mesa Airlines, dando mais detalhes do avanço de sua fusão com a Republic Airways para dar origem a uma companhia aérea que contará com mais de 300 aeronaves Embraer 170 e 175, consolidando os modelos brasileiros como a espinha dorsal da nova operação conjunta.



A Mesa concluiu sua transição para operar exclusivamente com a aeronave Embraer E175, aposentando os modelos CRJ da Bombardier. Essa alteração não apenas simplificou as operações, mas também aumentou a eficiência, resultando em um crescimento de 15,4% na utilização diária das aeronaves em comparação ao mesmo período do ano anterior.

A companhia já iniciou o treinamento de mais tripulações para o E175, com operações previstas para começar até o final de agosto.

Sobre os resultados financeiros, apesar de uma queda de 16,3% na receita operacional, totalizando US$ 92,8 milhões, e da redução de contratos com a United Airlines, a Mesa apresentou um lucro líquido de US$ 20,9 milhões, revertendo o prejuízo de US$ 19,9 milhões registrado no terceiro trimestre de 2024. A dívida total da empresa foi reduzida de US$ 366,4 milhões para US$ 113,7 milhões, fortalecendo ainda mais sua posição financeira para a fusão.

A união com a Republic Airways criará uma empresa com uma receita anual estimada entre US$ 1,8 bilhão e US$ 2 bilhões. A frota conjunta, composta exclusivamente por aeronaves Embraer, será ampliada com a entrega de nove novos E175 até dezembro de 2025, além de 26 unidades adicionais entre 2026 e 2028.

Essa escala permitirá uma maior eficiência operacional e um melhor aproveitamento de recursos humanos, consolidando o E175 como o modelo preferido pelas grandes companhias aéreas parceiras.

Com a fusão, a Mesa firmará um novo contrato de compra de capacidade com a United Airlines, com validade de dez anos. Esse acordo proporcionará estabilidade e previsibilidade de receita, alinhando-se ao modelo já bem-sucedido da Republic Airways.

Jonathan Ornstein, CEO da Mesa, afirmou que a fusão representa uma transformação radical e que a Embraer é uma peça-chave na nova estrutura operacional. “Teremos a maior frota do modelo regional mais desejado do mercado, com força financeira e excelência operacional para sermos a escolha número um de nossos parceiros e passageiros”, declarou.

sábado, 16 de agosto de 2025

Brasil explora acordo com a Índia para troca de Tejas Mk1A por aeronaves de transporte C-390 Millennium

 



O Brasil está explorando um possível acordo de troca para a aquisição da aeronave de combate leve (LCA) Tejas Mk1A se a Força Aérea Indiana (IAF) selecionar a aeronave de transporte militar brasileiro Embraer C-390M para sua licitação de aeronaves de transporte médio (MTA) para 60 unidades. O acordo permitiria ao Brasil garantir o Tejas Mk1A como uma adição importante à sua frota de caças, ao mesmo tempo em que oferece à Índia uma oportunidade significativa de fortalecer seus laços estratégicos com o Brasil.





O Brasil está trabalhando ativamente para modernizar sua Força Aérea Brasileira (FAB), com foco especial na substituição de sua frota antiga de caças Northrop F-5 Tiger II. O F-5 está em serviço há várias décadas, e o Brasil planeja aposentá-lo nos próximos anos, com o objetivo de introduzir plataformas mais avançadas e versáteis para atender às crescentes necessidades de defesa e segurança do país.

Neste contexto, o Brasil já introduziu o Gripen E, uma aeronave de caça multifuncional altamente capaz desenvolvida pela Saab da Suécia. O Gripen E, com um Peso Máximo de Decolagem (MTOW) de 16,5 toneladas, fornece à FAB capacidades de ponta, incluindo aviônicos avançados, manobrabilidade superior e uma ampla gama de integração de armas. No entanto, apesar da chegada do Gripen E, o Brasil está procurando complementar sua frota com outro caça acessível, mas eficaz.

HAL Tejas.

O Brasil vê o Tejas Mk1A, desenvolvido pela Hindustan Aeronautics Limited (HAL) da Índia, como um substituto potencial para a frota de F-5 em desativação. Embora o Tejas Mk1A tenha um MTOW menor de 13,5 toneladas em comparação ao Gripen E, o Brasil acredita que as capacidades únicas da aeronave podem fornecer um equilíbrio eficaz entre custo-eficiência e desempenho.

O Tejas Mk1A é um caça de quarta geração altamente capaz com aviônicos avançados, sistemas de radar nativos e funcionalidade multifuncional. Seu tamanho e peso relativamente menores o tornam ideal para operações em regiões com terreno desafiador e infraestrutura limitada. A Força Aérea Brasileira vê o Tejas Mk1A como uma opção econômica que pode servir como um complemento acessível ao Gripen E mais caro, particularmente para funções que exigem agilidade e baixos custos operacionais.

Por outro lado, o Brasil também está interessado em que a IAF selecione seu Embraer C-390M como parte de seu programa MTA. O C-390 é uma aeronave de transporte militar versátil e de médio porte, projetada para atender às necessidades de transporte das forças aéreas modernas. Com sua capacidade de transportar grandes cargas úteis, incluindo veículos militares, helicópteros e pessoal, o C-390 oferece flexibilidade operacional significativa para países como a Índia, que têm territórios expansivos e geograficamente diversos.

Em fevereiro de 2024, a Embraer Defesa & Segurança e Mahindra Defence Systems anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento (MoU) envolvendo o C-390 Millennium na Índia.

O Brasil espera aproveitar esta oportunidade de licitação do MTA para garantir pedidos indianos para o C-390 enquanto os indianos oferecem o Tejas Mk1A como parte de um acordo de troca. Isso poderia permitir que o Brasil adquirisse o Tejas Mk1A em termos favoráveis, fortalecendo sua capacidade de defesa e atingindo sua meta de modernizar sua força aérea, ao mesmo tempo em que fornece à Índia uma plataforma de caça multifuncional e econômica.

O acordo de troca proposto se alinha com os objetivos estratégicos de defesa de ambos os países. A Índia, com sua crescente indústria de defesa e foco na indigenização, tem a ganhar exportando o Tejas Mk1A para uma nação com necessidades estabelecidas de aquisição de defesa. Enquanto isso, o Brasil tem a oportunidade de adquirir a aeronave Tejas Mk1A à medida que avança com seu programa de substituição de jatos de caça, ao mesmo tempo em que garante um contrato lucrativo para a aeronave de transporte militar C-390

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Índia lança programa para substituir 350 helicópteros Cheetah e Chetak por modelos modernos

 


A Índia iniciou oficialmente um dos maiores programas de renovação de frota de helicópteros leves de sua história militar, visando aposentar cerca de 350 unidades Cheetah e Chetak, modelos introduzidos na década de 1960 e hoje considerados obsoletos e de alto risco operacional. O Ministério da Defesa emitiu um pedido formal de informações (RFI) para a aquisição de aproximadamente 200 novas aeronaves de reconhecimento e vigilância, sendo 120 destinadas ao Exército e 80 para a Força Aérea Indiana.

Os novos helicópteros terão papel fundamental em missões de reconhecimento diurno e noturno, transporte de tropas para operações especiais, evacuação médica, busca e salvamento, além de transporte de cargas internas e externas em apoio a operações terrestres. Também deverão operar em conjunto com helicópteros de combate, garantindo maior capacidade de resposta em regiões de difícil acesso, incluindo áreas de alta altitude nas fronteiras com a China e o Paquistão.

A substituição se tornou urgente devido à elevada taxa de incidentes e à falta de peças de reposição da frota atual. Estima-se que cerca de 37% dos Cheetah e Chetak estejam fora de serviço a qualquer momento, o que compromete diretamente a prontidão operacional. O prazo para entrega das propostas vai até outubro de 2025, com início da substituição previsto para 2027, e conclusão do processo ao longo da próxima década.

A principal candidata para fornecer as novas aeronaves é a estatal Hindustan Aeronautics Limited (HAL), com o helicóptero LUH (Light Utility Helicopter), um projeto 100% desenvolvido na Índia. O modelo já recebeu certificação inicial em 2021 e passou por extensos testes em condições extremas, incluindo voos em altitudes superiores a 6.500 metros.

No entanto, a capacidade atual de produção da HAL, estimada em 30 unidades por ano, indica que o processo de renovação total pode levar mais de dez anos, a menos que haja expansão das linhas de montagem.

Outro ponto estratégico é a parceria indo-francesa no setor aeroespacial. A HAL mantém cooperação com a Safran Helicopter Engines, que prevê produção local de motores e manutenção avançada de modelos como TM333 e Shakti. Em 2023, as duas empresas anunciaram a criação de uma joint venture para o desenvolvimento do motor Aravalli, que equipará futuros helicópteros médios indianos, fortalecendo a autonomia industrial do país.

Vale lembrar que esta não é a primeira tentativa de substituir os Cheetah e Chetak. Em 2015, havia negociações avançadas para a compra do helicóptero russo Ka-226T dentro do programa “Make in India”, mas o alto custo estimado em US$ 2 bilhões e questões políticas levaram ao cancelamento do acordo.

Com o novo programa, a Índia busca não apenas modernizar sua frota, mas também impulsionar sua indústria aeronáutica, reduzir dependência externa e reforçar a capacidade de operação em cenários estratégicos de alta tensão.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Embraer celebra 30 anos do primeiro voo do ERJ-145, seu primeiro jato

 

Divulgação – Embraer

Há exatos 30 anos, decolava pela primeira vez no Brasil um avião a jato produzido no país, marcando o início de uma nova era para a Embraer e para a aviação regional mundial.

Em 11 de agosto de 1995, o ERJ-145 concluía com sucesso seu voo inaugural a partir do Aeroporto de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. O voo ocorreu um ano após a fabricante brasileira ser privatizada, obtendo capital para impulsionar os projetos dos chamados ERJ – Embraer Regional Jets, que também incluíam as versões ERJ-135 e ERJ-140, além das versões executivas Legacy e variantes militares como a AEW&C, equipada com radar aéreo na fuselagem.

Passadas três décadas, apenas o ERJ-145 já ultrapassou a marca de 26 milhões de horas voadas, operando em 36 companhias aéreas de 26 países. Ao todo, foram fabricadas 1.240 unidades da família ERJ, iniciando o domínio da Embraer no mercado regional, consolidado posteriormente com o sucesso dos E-Jets (E170/175/190/195), cujo legado hoje é continuado pelos E2.

Os pequenos jatos regionais, que transportam entre 37 e 50 passageiros, tornaram-se os preferidos das companhias regionais nos EUA, Europa e China, e atualmente cerca de 40% das unidades produzidas permanecem em serviço comercial ativo.

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Marrocos busca modernizar sua aviação de treinamento com substituição dos Alpha Jets

 


A Força Aérea Real Marroquina (RMAF) está em processo avançado para substituir sua antiga frota de jatos Alpha Jet, que vem operando desde o final da década de 1970. A decisão final sobre a nova aeronave de treinamento deve ser anunciada ainda este ano, marcando um importante passo na modernização da aviação militar do país.

Entre 1979 e 1981, o Marrocos recebeu 24 unidades do Alpha Jet E, um jato franco-alemão desenvolvido pela Dassault e Dornier, utilizado tanto para o treinamento avançado de pilotos quanto para missões de ataque ao solo. A Base Aérea de Meknes é o principal polo de operação desses aviões, que tiveram papel ativo durante a Guerra do Saara Ocidental, apoiando operações contra a Frente Polisário.

Além do uso militar convencional, os Alpha Jets marroquinos também participaram de um projeto inovador de modificação climática iniciado em 1984, em parceria com pesquisadores americanos e com o apoio da USAID. Conhecido como programa AL GHAIT, o projeto adaptou um Alpha Jet para realizar semeadura de nuvens, liberando iodeto de prata para estimular a formação de chuva em nuvens cumulonimbus.

Essa técnica pioneira não apenas ajudou a mitigar os efeitos de severas secas que afetaram a economia marroquina na década de 1980, como também posicionou o país como referência em cloud seeding na África. O programa se expandiu para países vizinhos, como Mauritânia, Burkina Faso e Senegal, trazendo benefícios para a agricultura regional.

Yak-130.

Atualmente, três modelos de jatos avançados estão concorrendo para substituir os Alpha Jets: o russo Yakovlev Yak-130 “Mitten”, o italiano Leonardo M-346 “Master” e o chinês Hongdu L-15 “Falcon”. Todos trazem tecnologias modernas de aviônica, simuladores embarcados e capacidade de ataque leve.

FA-346 Master.

Segundo análises especializadas da Jane’s Defence, o L-15 chinês aparece como o favorito, influenciado por fatores políticos e econômicos. Marrocos tem estreitado laços diplomáticos e comerciais com a China, que oferece o L-15 a um preço estimado em US$ 10 milhões, significativamente mais competitivo que os US$ 15 milhões do Yak-130 e US$ 30 milhões do M-346 italiano.

Além do custo inicial, a disponibilidade rápida da aeronave e a relação custo-benefício no longo prazo também são pontos importantes para a decisão marroquina. O L-15 é um treinador avançado com cockpit digital, sistemas compatíveis com caças de última geração e capacidade para missões multifuncionais, alinhando-se com a estratégia do país de ampliar a versatilidade operacional de sua força aérea.

Hongdu L-15.

A escolha do Hongdu L-15 indicaria uma mudança estratégica nos rumos da Força Aérea Real Marroquina, refletindo tanto a busca por tecnologia de ponta quanto um reposicionamento geopolítico

domingo, 10 de agosto de 2025

Com vídeo animado nas redes, Mexicana comemora a chegada do seu segundo avião Embraer E195-E2

 

A companhia aérea Mexicana anunciou a incorporação de seu segundo avião Embraer E195-E2, como parte de um programa de modernização da frota que prevê a adição de 20 aeronaves até 2027. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa onde foram detalhados o cronograma operacional e os processos de certificação em andamento.

De acordo com o cronograma apresentado, a Mexicana planeja receber cinco aeronaves E2 durante 2025. Em 2026, estão previstas a entrega de sete aeronaves E190-E2, enquanto um total de oito aeronaves será incorporado em 2027, sendo três do modelo E190 e cinco do E195-E2. O primeiro voo comercial da nova aeronave está agendado para o dia 25 de agosto, com destino ao aeroporto de Tulum.

O segundo avião, que acaba de chegar, iniciará suas operações na segunda semana de setembro, após a conclusão dos processos de certificação exigidos pela autoridade aeronáutica.

As tripulações de voo completaram o treinamento em Madrid utilizando simuladores antes da chegada do primeiro aparelho em julho. Assim que a primeira aeronave chegou ao país, os voos de qualificação começaram e foram concluídos em três semanas, qualificando quatro equipes.

Os voos de demonstração com a Agência Federal de Aviação Civil (AFAC) foram realizados para destinos como Tulum, Chetumal e Campeche. Atualmente, a documentação para incluir a primeira aeronave no certificado de operador de serviços aéreos está em fase de revisão.

Os aviões Embraer 195 E2 têm capacidade para 132 assentos, velocidade média de 950 quilômetros por hora e um alcance de mais de 4.600 quilômetros sem reabastecimento. O modelo E190 E2, por sua vez, possui 108 assentos, sendo projetado para atender aeroportos com menores capacidades. Atualmente, a companhia mantém operações constantes para 14 destinos.