Faz 53 anos que o Boeing 727 decolava pela primeira vez e se tornava um ícone da aviação comercial. Na época, o 727 era um risco que a Boeing necessitava correr para manter-se na dianteira da aviação comercial. Felizmente, o primeiro voo não só foi um sucesso, como também, o 727 viria ajudar redefinir as viagens aéreas.
Seus três motores icônicos e a sua calda em “T” também ajudou angariar fãs em todo mundo, no qual, o 727 ainda é uma das aeronaves favoritas entre os amantes da aviação comercial.
Para ajudar a celebrar os 53 anos do primeiro voo, o Airline Reporter conseguiu obter algumas fotos que, segundo a Boeing, estavam guardadas há mais de 50 anos.
Com o registro N7001U, o primeiro Boeing 727 saiu da fábrica da Boeing no dia 27 de novembro de 1962, e decolou de Renton Field (Washington) para o primeiro voo até Paine Field (Washington), no dia 9 de fevereiro de 1963. Após isso, o N7001U foi usado durante um ano como aeronave de testes da Boeing, antes de ser entregue a United Airlines em 6 de outubro de 1964.
Ao serviço da United Airlines, o 727 voou 64.495 horas, efetuando 48.060 decolagens e pousos. Depois de quase 28 anos de operações, o N7001U foi pintado com as suas cores originais e voou em janeiro de 1991, de Boeing Field para Paine Field, onde permanece até os dias de hoje.
“O 727 tem uma história surpreendente e é atualmente uma lição para nós”, explicou Michael Lombardi, historiador corporativo da The Boeing Company.“O tri-jato foi desenvolvido sob uma forte adversidade e a decisão de seguir em frente foi vista como um enorme risco financeiro”, acrescentou.
“Aqui estamos nós após 30 anos desde que o último 727 saiu da linha de produção e ainda é um dos mais vendidos jatos comerciais da história”, continuou Lombardi.
“Todos os créditos vão para Bill Allen, presidente da Boeing na altura, que assumiu os riscos e confiou na sua equipe, e mais ainda, para a equipe liderada por Jack Steiner, que acreditou firmemente que seus trabalhadores seriam capazes de cumprir todos as metas impostas, mantendo-os focado em projetar um avião certo para o mercado”, concluiu Lombardi.
Inicialmente, a Boeing tinha a intenção de construir cerca de 250 jatos 727, mas um total de 1832 unidades foram construídas até a produção dar por encerrada em 1984. Em comparação, a McDonnell Douglas construiu 976 DC-9 e a Boeing 1010 Boeing 707.
Ainda hoje, vários 727 ainda continuam voando como cargueiros, companhias charters, jatos particulares e algumas companhias aéreas pouco conhecidas.
Último voo
Depois de mais de 25 anos estacionado no Centro de Restauração do Museum of Flight em Paine Field, o N7001U está sendo restaurado lentamente para condições originais de voo, afim de realizar o seu último voo para Boeing Field.
Ao longo dos anos, por várias vezes os trabalhos de restauração pararam e recomeçaram. Em 1997 os trabalhos foram prejudicados devido à falta de peças – a United Airlines removeu todos componentes utilizáveis para apoiar os outros 727 que ainda estavam operacionais.
“Eu acho que da pespectiva de um piloto, é interessante notar o comentário Lew Wallick que apesar de trabalhar em vários projetos da Boeing, ser Chefe dos Pilotos de Testes do 727 o deixou extremamente orgulhoso”, afirmou Tim Powell, piloto de 727 selecionado para realizar o voo final do N7001U. “Com Lew aprimorando as características de voo do 727 e este ser o primeiro avião da Boeing com controles de voo totalmente hidráulicos, o tri-jato é uma aeronave verdadeiramente um avião que qualquer piloto gostaria de pilotar“, acrescentou.
Apesar de muitos acreditarem que o N7001U nunca mais irá voar, o voo final do primeiro 727 está ao virar da esquina e muitos aguardam ansiosamente para vê-lo voar novamente.
Bônus: Neste vídeo você pode conferir um tributo ao 727.
Fonte: Airliner Reporter
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