Como os pilotos pousam por instrumento? Nem todos os dias são de tempo bom e céu limpo, no mundo real existem tempestades, neblinas, chuva e outros fenômenos que podem prejudicar a visibilidade. A seguir descubra como um piloto consegue pousar sem nem ver a pista.
Como os pilotos pousam por instrumento: O que é um aeroporto fechado?
Quantas vezes já não ouvimos falar que um aeroporto estava fechado ou que não havia “teto” para pouso? Mas o que tudo isso quer dizer? Como os pilotos pousam por instrumento nestas condições?
Um aeroporto pode fechar por diversos motivos. Alguns possuem horário de funcionamento, principalmente os que estão localizados em áreas urbanas a exemplo do de Congonhas em São Paulo. Fenômenos meteorológicos intensos, como chuva muito forte, granizo, rajadas de vento violentas podem levar as autoridades a fecharem um aeródromo por motivos de segurança. Entretanto, o principal motivo que leva um aeroporto a fechar são as baixas visibilidade e teto.
Visibilidade é o quanto pode se ver horizontalmente ao redor da aeronave, já o teto é a distância entre o terreno e a base mais baixa das nuvens.
Vários são os equipamentos que permitem que o piloto pouse com condições de visibilidade restrita. O uso de cada um depende de quão ruim é a visibilidade e da disponibilidade de cada equipamento nos diferentes aeroportos.
Como os pilotos pousam por instrumento: Tipos de aproximações
Por indicarem um caminho aproximado onde a uma determina altura e distância o piloto precisa ver a pista para corrigir e completar a aproximação final, os equipamentos chamados de não-precisão são utilizados na maioria dos aeroportos por terem um custo menor e permitirem pousos em condições médias de visibilidade e teto (altura das nuvens). Basicamente são três os tipos de aproximação de não-precisão, NDB, VOR e GPS.
O mais simples de todos, o NDB (Radio Farol Não Direcional) emite ondas de rádio de modo muito similar a uma estação de rádio comum AM, sendo que ao sintonizar a freqüência dele o piloto vai observar a localização da antena em um instrumento e ouvir um código Morse indicando o nome do NDB.
Um pouco mais complexo que o NDB, o VOR (Very High Frequency Omnidirectional Range) emite ondas de rádio em VHF que informa aos pilotos sobre qual radial estão (são 360 linhas imaginárias que saem da estação de VOR) podendo ainda informar a distância que eles estão da estão se for equipada com um DME (Equipamento de Medir Distância).
As aproximações de precisão encaminham os pilotos até o eixo da pista e na altura certa para livrar obstáculos e pousar no ponto certo, entretanto alguns deles requerem que o piloto aviste a pista a uma determinada distância e altura por motivos de segurança. As marcas na pista também auxiliam na hora de pousar, confira no post Números e símbolos nos aeroportos.
Mais preciso que os procedimentos anteriores, o ILS (Sistema de Pouso por Instrumento) é um conjunto básico de duas antenas, o Localizador, que indica o eixo da pista de pouso, e o Glide Slope, que informa a rampa ideal de descida para que a aeronave pouse no ponto ideal da pista e livre os obstáculos. Os ILS´s são divididos em cinco categorias: ILS CAT I, ILS CAT II, ILS CAT IIIa, ILS CAT IIIb e ILS CAT IIIc, sendo que somente o último permite o pouso com visibilidade zero.
De uso das forças armadas, no PAR o piloto é guiado até a pista pelo controlador de voo, que constantemente informa qual o posicionamento da aeronave para que o piloto corrija a sua aproximação e pouse na pista com até zero de visibilidade.
Com as novas tecnologias cada vez mais está presente o uso do sistema de GPS na aviação. Diferentemente dos aparelhos utilizados em carros, ou no seu celular, uma série de melhorias permite que o GPS de uso aeronáutico seja muito mais preciso e confiável do que os demais. Dentro das próprias aeronaves de médio ou grande porte existem dois ou até quatro unidades de GPS para comparação dos dados entre elas e redundância em caso de falha de alguma. Estações de refinamento de sinal em solo também permitem aumentar bastante a já grande precisão dos sinais de satélite.
Aeronaves de última geração já são capazes de realizar automaticamente novos procedimentos de pouso por instrumentos nos quais a trajetória até a pista se dá através de curvas para livrar obstáculos próximos.
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