O simulador de voo da aeronave C-105 Amazonas, do Esquadrão Arara (1°/9° GAV), baseado em Manaus (AM), foi homologado como “Classe D” pela Agência Nacional de Aviação Civic (ANAC). Com esse novo certificado, o equipamento da Força Aérea Brasileira (FAB) agora pode reproduzir 100% das ações de um voo real.
Esse é o primeiro simulador de voo da FAB homologado pela ANAC. A análise do órgão mediu a fidelidade do equipamento comparado a performance real do Amazonas.
De acordo com o especialista em regulação da ANAC, Gabriel Murta, a certificação de simuladores na aviação como Classe D permite aos pilotos civis a substituição de horas de voo reais, pelo respectivo simulador. “Os pilotos civis só podem substituir o simulador pela aeronave se a ANAC der a certificação”, explicou.
O equipamento é utilizado para o treinamento dos esquadrões da FAB que operam com o C-105, como o Esquadrão Arara (1°/9° GAV), o Esquadrão Pelicano (2°/10° GAV) e o Esquadrão Onça (1°/15° GAv). Militares de forças aéreas de nações amigas também podem realizar treinamentos no simulador da FAB.
Avião valente
O C-105 (ou C-295), fabricado pela CASA, empresa espanhola do grupo Airbus, é utilizado no Brasil em missões de transporte de pessoal e carga, e operações de busca e salvamento. A aeronave foi projetada para operar em bases precárias, podendo até mesmo pousar em pistas de terra, e ainda pode lançar cargas e soldados de paraquedas, pela porta basculante na traseira.
O Amazonas, nome que ganhou na FAB, pode transportar 70 soldados (ou 42 paraquedistas equipados), 24 macas ou até três veículos militares leves, como jipes Land Rover. Segundo dados do fabricante, a aeronave com dois motores turbo-hélice de 1.970 cv pode voar a velocidade máxima de 576 km/h, com autonomia de 5.400 km.
Além do C-105 convencional, a FAB também encomendou três SC-105, versão especializada vem com sensores infra-vermelho e um radar especial de varredura terrestre, além de um sistema de comunicação por satélite. Os novos aviões serão entregues a partir de 2017
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