A Academia da Força Aérea (AFA) apresentou hoje as suas aeronaves com pintura comemorativa alusiva aos nossos 80 anos. Um T-25 e um T-27 receberam um esquema que faz memória às aeronaves dos seus primórdios e trazem na cauda o logotipo desenvolvido para a data.
As aeronaves farão parte normalmente das atividades de treinamento dos cadetes aviadores junto aos seus Esquadrões de Instrução Aérea, levando a marca dos 80 anos da AFA pelos céus. A atividade marca o início das celebrações das oito décadas da AFA, que ocorrerão efetivamente em 25 de março de 2021. Assim, um dos principais expoentes da AFA, ou seja, suas aeronaves de instrução, atuarão como vetores na divulgação da data magna.
As pinturas das duas aeronaves, um T-25C (FAB1908) e um T-27 (FAB1443), foram idealizadas pelo publicitário Carlos Alexandre Gomes Guedes, que fez menção às antigas aeronaves de instrução, com a fuselagem cinza e as asas na cor laranja. Já a empenagem recebeu um toque de modernidade, com a combinação das cores da Bandeira Nacional e um logotipo que faz menção aos 80 anos. No topo do estabilizador vertical aparece uma formação com nove aeronaves, que são todos os tipos utilizados durante a história da instrução aérea na AFA.
A pintura das aeronaves foi realizada no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (PAMA LS). Layouts diferentes, com cores de tintas não usuais que foram pintadas em duas aeronaves distintas, cada uma com suas características singulares, tornaram a atividade desafiadora.
“A equipe de pintura do PAMA LS, pela sua vasta experiência, prontamente assumiu a missão, encarando-a como uma inspiração. Utilizamos novos materiais, aprendemos novas técnicas de pintura e otimizamos processos, o que fez com que esta missão, além de grandiosa pelo seu significado, pudesse ser também uma oportunidade de aprendizado e aperfeiçoamento profissional. Todos os esforços realizados pelo nosso efetivo foram em prol da conclusão desta missão com qualidade e trabalho em equipe”, explica a Chefe da Subseção de Pintura do PAMA LS, Tenente Engenheira Química Natalie Cristine Guimarães.
A história da Academia da Força Aérea está intimamente ligada à história da Força Aérea Brasileira. A inauguração oficial da Escola de Aviação Militar ocorreu no dia 10 de julho de 1919, sendo o Tenente Coronel Estanislau Vieira Pamplona, seu primeiro Comandante. Os aviões da Escola, vindos para o Brasil em 1919 e 1920, eram franceses, da I Guerra, da marca Nieuport e Spad 84 “Herbermont”.
Em janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica e, no dia 25 de março do mesmo ano, foi criada a Escola de Aeronáutica, no Campo dos Afonsos, e a Escola de Especialistas da Aeronáutica, na Ponta do Galeão, antiga Escola de Aviação Naval. A AFA é a instituição sucessora da antiga Escola de Aeronáutica, originalmente sediada no Campo dos Afonsos e que, no passado, formou oficiais aviadores e intendentes para a FAB, desde a criação do antigo Ministério da Aeronáutica, em 1941.
A mudança de denominação, de Escola de Aeronáutica para Academia da Força Aérea (AFA), deu-se no ano de 1969. Em 1971 a Academia foi transferida para suas novas instalações em Pirassununga, São Paulo, município que reunia as melhores condições de clima e temperatura de todo o país para a prática de atividades de instrução aérea.
No segundo ano na AFA, o Cadete Aviador inicia a instrução aérea primária e básica voando cerca de 75 horas nos Neiva T-25 Universal, do Segundo Esquadrão de Instrução Aérea (2º EIA) “Esquadrão Apolo”, que possui quatro Esquadrilhas: Orion, Centaurus, Aquila e Leo. Em seu quarto ano, o Cadete Aviador realiza a instrução aérea avançada voando cerca de 125 horas nos Embraer T-27 Tucano, do Primeiro Esquadrão de Instrução Aérea (1º EIA) “Esquadrão Cometa”, que possui quatro Esquadrilhas: Antares, Castor, Sirius e Vega.
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