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sábado, 29 de junho de 2024

50 anos do icônico helicóptero AS350/H125

 


Neste dia 27 de junho, o helicóptero leve e multifuncional AS350 (H125) Écureuil, criado pelo consórcio europeu Eurocopter (hoje Airbus Helicopters), completou 50 anos.

Naquele dia de 1974, no aeroporto de Marselha-Provença, em Marignane, no sul da França, o primeiro protótipo decolava para entrar na história. A bordo uma tripulação dos ensaios, o piloto Daniel Bauchart e o engenheiro Bernard Certain que faziam parte da equipe dos projetistas.

A aeronave de matrícula F-WVKH decolou de Marignane, na França, para um curto voo local de 40 minutos. O primeiro protótipo estava equipado com um motor da Lycoming, o LTS101-600A-1 de 592 cv.

A nova máquina pretendia substituir várias aeronaves obsoletas de classe única, incluindo o Alouette II. Além da fábrica principal da Airbus Helicopters em Marignane, a produção em série do AS350 foi estabelecida na fábrica da empresa em Columbus, Mississippi, EUA, bem como nas instalações de sua subsidiária Helibras em Itajubá, Brasil.

O AS350 fez muito sucesso no mercado norte-americano, mas havia mais demanda por uma versão maior e mais avançada, com dois motores. O resultado foi o AS355 Ecureuil 2.

Em 27 de setembro de 1979, o AS355 Ecureuil 2 (conhecido como Twinstar nos Estados Unidos) fez seu primeiro voo, pilotado por Pierre Loranchet junto com Bernard Certain e Claude Hamonière. O AS355 não apenas garantiu grandes encomendas nos mercados civil e parapúblico, mas também teve uma carreira militar bem-sucedida com várias forças armadas diferentes.

O projeto do helicóptero incorporou soluções destinadas a melhorar a capacidade de fabricação e reduzir os custos de produção em série, o que, por sua vez, deveria garantir um preço relativamente baixo por unidade e proporcionar uma vantagem significativa sobre os concorrentes. Esta estratégia foi plenamente justificada – já foram construídas mais de 7.000 unidades desta família e a produção continua.

 

 
 
 
 
 
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Portugal anuncia que aquisição de aeronaves A-29N Super Tucano está próxima

 


O Ministro da Defesa de Portugal anunciou durante uma audiência parlamentar que a aquisição de aeronaves turboélice A-29N Super Tucano será em breve legalmente aprovada. Esta declaração marca um passo significativo no reforço das capacidades de apoio aéreo aproximado de Portugal.

O atual quadro legislativo, através da Lei de Programação Militar (LPM), atribuiu um orçamento de 180,5 milhões de euros à aquisição de aeronaves de apoio aéreo aproximado (CAS).

A escolha de Portugal pelo Super Tucano é motivada em parte pela presença da Embraer no país. A Embraer possui instalações de manutenção em Portugal através da sua subsidiária OGMA, facilitando o apoio logístico e a atualização tecnológica das aeronaves. Além disso, Portugal tem uma relação de longa data com o Brasil na cooperação militar, ilustrada por programas de intercâmbio e formação.

A versão A-29N do Super Tucano está especialmente configurada para atender às exigências dos países da OTAN, tornando-o particularmente adequado às necessidades da Força Aérea Portuguesa (FAP). Além de suas capacidades de combate, o A-29N também é utilizado como aeronave de treinamento avançado, oferecendo uma plataforma versátil para treinamento de pilotos de caça.

A aquisição destas aeronaves não só fortalecerá as capacidades de defesa de Portugal, mas também apoiará as suas missões de manutenção da paz, particularmente em África, onde o país está ativamente envolvido. A FAP já planejava implantar os Super Tucanos no 103º Esquadrão “Caracóis”, retomando assim as operações de treinamento de pilotos que haviam sido suspensas após a retirada do Alpha Jet em 2018.

O Super Tucano A-29N, fabricado pela Embraer, é uma aeronave versátil projetada para realizar diversas missões, incluindo ataque leve, reconhecimento armado e treinamento tático. Destaca-se pelo seu design robusto, capaz de resistir aos ambientes mais hostis e ao mesmo tempo minimizar as necessidades de manutenção. Graças a uma plataforma extremamente durável, ele pode operar em pistas despreparadas e oferece alta capacidade de sobrevivência com recursos de proteção ativa e passiva.

A cabine do A-29N foi projetada para reduzir a carga de trabalho do piloto e maximizar a consciência situacional, com uma interface homem-máquina avançada, ergonomia superior e acessibilidade ideal. Os controles intuitivos permitem que o piloto se concentre nos resultados da missão enquanto se beneficia de proteção aprimorada com cabine blindada e compartimento do motor. Os sistemas a bordo incluem sensores eletro-ópticos/infravermelhos de última geração, um designador de laser integrado para ataques precisos e sistemas de comunicação tática e navegação seguros.

Em termos de desempenho, o Super Tucano A-29N possui velocidade máxima de 320 nós, com autonomia de 3,4 horas com combustível interno, estendendo-se para 5,2 horas com tanques externos e sensores EO/IR. Ele pode subir a uma velocidade de 3.240 pés por minuto, com teto de serviço de 35.000 pés. Sua capacidade de decolar e pousar em distâncias curtas (900 metros para decolagem e 860 metros para pouso) o torna um grande trunfo para operações a partir de bases avançadas.

O sistema de gerenciamento de armas (SMS) do A-29N é totalmente integrado, gerenciando cinco estações padrão da OTAN e duas metralhadoras internas calibre .50. Esta configuração permite grande flexibilidade no armamento, oferecendo mais de 160 possibilidades de configuração para atender às necessidades específicas da missão. O Super Tucano também é equipado com um sofisticado sistema de proteção eletrônica, incluindo contramedidas automatizadas, sistemas de alerta de radar e mísseis e assentos ejetáveis ??zero-zero para segurança da tripulação em emergências.

O A-29N também é reconhecido por sua solução logística integrada, proporcionando amplo suporte da Embraer. Isto inclui serviços de manutenção, gestão de peças sobressalentes e um centro de contato com o cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, para garantir a máxima disponibilidade operacional da frota. A Embraer também oferece uma linha completa de dispositivos e estações de treinamento em solo, reduzindo as horas de voo necessárias para treinamento de pilotos, acelerando o processo de aprendizagem e otimizando custos operacionais.

AVIAÇÃO DE PATRULHA

 


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O estado era de beligerância. O primeiro Batismo de Fogo da Força Aérea Brasileira, nos idos de 42, envolvendo as Forças Aliadas e os países do eixo no litoral de nosso país, mantém até hoje acesa a chama do idealismo que permeia o espírito da Aviação Militar no Brasil.

O legado audacioso e perspicaz dos nossos heróis que dedicaram todas as suas habilidades intelectuais, físicas e mentais em prol de objetivos profícuos elevaram aos ares mais altos os resultados obtidos em diversos cenários de combate.

Os pilares de uma instituição forte e coesa são os homens e as mulheres que nela labutam e que por ela dão seu suor e sangue, almejando sempre o sucesso da missão a eles atribuída.

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A Força Aérea Brasileira conta com um seleto grupo de pessoas que há muito estão comprometidas em garantir a soberania nacional num imenso e inóspito ambiente, onde muitas horas se passam sem que a paisagem mude e a presença das Forças Armadas é fundamental para que nossas riquezas não sejam ameaçadas. Esse cenário é a vastidão do mar azul.

E é nesse cenário que a Aviação de Patrulha atua, passando muitas e muitas horas em um longo voo solitário e carregado de grande responsabilidade.

E, se no presente a imensidão é sem fim, no passado parecia ainda maior, razão pela qual reverenciamos a gloriosa história desta Aviação, enaltecendo os homens que fizeram parte dessa história e, principalmente, os que doaram suas vidas no cumprimento desta missão.

22 de maio de 1942!

O Capitão Affonso Celso Parreiras Horta, no comando do B-25 MITCHELL, afunda um submarino alemão, entre o Arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. Por esta razão, comemora-se nesta data, o dia da Aviação de Patrulha.

Ainda em 1942, uma aeronave VULTEE, decolando da Base Aérea de Canoas, infligiu danos a outro submarino no litoral de Santa Catarina. No ano seguinte, em 1943, foram realizados nove ataques a submarinos inimigos.

Foi neste contexto que o Major-Brigadeiro do Ar TAUNAY, Patrono da Aviação de Patrulha, realizou 67 missões, voando nas aeronaves A-28A Hudson e PBY-5 Catalina. Seu batismo de fogo ocorreu no dia 30 de outubro de 1943, quando fazia, no avião Catalina PBY-5, uma missão de cobertura aérea de comboio.

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Ao avistar um submarino inimigo, ao largo de Cabo Frio, realizou ataque com bombas de profundidade e tiros de metralhadora, tendo enfrentado reação antiaérea. O avião foi atingido no motor, na fuselagem e na empenagem, e dois tripulantes foram feridos pelos tiros da artilharia antiaérea.

Por tamanha bravura, ele recebeu do Ministro da Aeronáutica, Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho, a seguinte mensagem de louvor: “Tomando conhecimento da parte relativa ao ataque feito a um submarino inimigo, no dia 30 de outubro findo, por um avião da Unidade Volante da Base Aérea do Galeão, tenho grande satisfação em louvar o Capitão Aviador Dionisio Cerqueira de Taunay, comandante do avião, e sua tripulação pela bravura com que, evidenciando mais uma vez a eficiência da Força Aérea Brasileira, se conduziram no Combate travado e que resultou no afundamento do submarino”.

Ao final da Segunda Guerra Mundial, cerca de 30 navios brasileiros haviam sido atacados pelas forças do Eixo, sendo 17 em águas territoriais brasileiras.

Um considerável número de militares da FAB tiveram suas vidas sacrificadas, mas, certamente, esse número teria sido muito maior se a Aviação de Patrulha não tivesse atuado com profissionalismo e comprometimento no cumprimento das missões, naquele significativo momento histórico.

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Os relatos posteriores dos submarinistas inimigos afirmavam que a presença de aviões sobre as águas impossibilitava sua observação na superfície e, por conseguinte, sua movimentação tática, fazendo-os retroceder. Estas informações nos dão uma pequena noção do quão importantes foram os feitos da nossa Aviação, resguardando vidas de brasileiros e a soberania da Pátria.

Décadas se passaram e a Aviação de Patrulha Marítima deu outra grande contribuição para a FAB, qual seja, o desenvolvimento da Guerra Eletrônica, que teve início em 1987, com a realização do primeiro curso de Guerra Eletrônica da FAB nas dependências do 1º/7º GAV. Anos mais tarde, este Curso foi transferido para o Grupo de Instrução Tática e Especializada (GITE), onde até hoje é ministrado sob a denominação de Curso Doutrinário de Guerra Eletrônica.

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Em razão desse desenvolvimento doutrinário da Guerra Eletrônica, muitos dos oficiais envolvidos nesse processo contribuíram para a criação do Núcleo do Centro de Combate Eletrônico, mais tarde denominado Centro de Guerra Eletrônica do COMGAR, setor responsável por um grande impulso dos estudos e desenvolvimento nesse segmento na Força Aérea Brasileira.

Importante também ressaltar as ações de Busca e Salvamento, realizada por nossas aeronaves, que são dotadas de uma capacidade inigualável de localização de embarcações e pessoas em perigo no ambiente marítimo.

Atualmente, a Amazônia Azul e suas riquezas do Pré-Sal trazem uma visibilidade nunca antes experimentada, atrelada a responsabilidades do mesmo quilate.

As aeronaves P-3AM colocam a Patrulha no patamar das mais completas aviações do mundo, resgatando a operacionalidade e alavancando novas doutrinas de operação, assim como os aguerridos P-95 Bandeirulha, que hoje estão sendo modernizados para melhor cumprir suas missões.

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Patrulheiros!

Nesta data em que comemoramos o Dia da Aviação de Patrulha, que possamos todos reverenciar o passado de glórias, vislumbrando o que o futuro nos reserva. O desafio de serem os guardiões de uma vasta porção de oceano em uma nação de proporções continentais é, sem dúvida, imenso.

Estou seguro de que, mesmo sendo a vastidão dos mares sem fim, muito maior é a vontade dos Patrulheiros de ontem, de hoje e de sempre, que com o olhar audaz, continuarão firmes no cumprimento da missão.

“Empresa irmã” da Azul, Breeze prepara estreia internacional em breve

 Empresa aérea fundada por David Neeleman obteve aprovação inicial para rotas fora dos EUA. Primeiros destinos deverão ser no Caribe e América Latina

Airbus A220-300 da Breeze Airways
Airbus A220-300 da Breeze Airways

Breeze Airways, a mais nova companhia aérea fundada pelo empresário David Neeleman, também criador da Azul, deu mais um passo em direção aos voos internacionais.

A empresa sediada em Salt Lake City teve a aprovação inicial da FAA para Operações Suplementares Internacionais, segundo a Flight Global. O status de companhia aérea internacional, no entanto, é esperado até setembro

Emobra sem adiantar quais destinos planeja, a Breeze diz que voará inicialmente para cidades de “clima quente” a partir de dezembro.

O Caribe e a América Latina foram citadas como as regiões onde a empresa aérea deverá estrear com seus Airbus A220-300. Mas a Breeze almeja mais, com rotas para o Havaí e também a Europa.

Interior do A220 da Breeze
Interior do A220 da Breeze

O A220 possui um alcance máximo de 6.297 km e pode voar entre Providence ou Boston para cidades na Irlanda e no Reino Unido.

Em dezembro de 2023, Neeleman havia revelado que a empresa tinha dado entrada no pedido de rotas internacionais durante um evento no Canadá.

Frota única de A220

A Breeze está em um processo de expansão de rotas e frota ao mesmo tempo em que prepara a retirada de serviço de seus Embraer E-Jets, que foram usados desde a estreia enquanto os A220 não eram entregues.

A Breeze vai aposentar seus jatos da Embraer em 2024
A Breeze vai aposentar parte de seus jatos da Embraer em 2024

Atualmente há 25 A220-300 em sua frota, seis deles entregues em 2024 (o mais recente nesta semana). Quanto aos Embraer, o plano é aposentar de três a seis aviões em 2024.

A Breeze Airways estreou em maio de 2021 e tem implantado uma malha aérea com voos diretos entre cidades de pequeno e médio porte nos Estados Unidos.

A empresa obteve seu primeiro lucro operacional entre março e abril. No momento são atendidas 56 cidades no país.

 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

KLM Cityhopper quer receber jatos E195-E2 mais cedo e com mais assentos

 Companhia aérea regional holandesa está sendo confrontada com restrições de voo de seu principal hub, o Aeroporto de Amsterdã-Schipol

E195-E2 da KLM Cityhopper
E195-E2 da KLM Cityhopper (Kevin Hackert)

KLM Cityhopper tem um novo desafio pela frente além dos problemas com os motores Pratt & Whitney GTF de seus Embraer E195-E2.

Assim como outras companhias aéreas que operam a partir do Aeroporto de Amsterdã-Schipol, a empresa também será impactada pela decisão do governo holandês de reduzir de 500.000 para 460.000 voos por ano no enorme hub.

O motivo é reduzir a poluição sonora no entorno de Schipol e a medida levou o chefe da Cityhopper, Maarten Koopmans, a revelar que a empresa aérea estuda antecipar as entregas de mais E195-E2.


Jatos E195-E2 da KLM têm 132 assentos
Jatos E195-E2 da KLM têm 132 assentos

A aeronave da Embraer é 60% mais silenciosa que os antigos Fokker 70 e 100 operados no passado pelo braço regional da KLM e além disso emitem 30% menos poluentes.

À Aviation Week, Koopmans confidenciou outra possível mudança para compensar a redução nas operações em Amsterdã, o aumento do número de assentos na aeronave.

A KLM Cityhopper configurou seus 18 E195-E2 com 132 assentos, mas a empresa avalia acrescentar mais uma fileira de lugares, o que levaria a capacidade para 136 passageiros.

É o mesmo layout utilizado pela Azul Linhas Aéreas e relativamente abaixo da capacidade máxima, de 146 assentos – configuração até hoje não adotada por nenhum cliente.

O E195-E2 da Azul batizado por Lula
O E195-E2 da Azul leva 136 passageiros (Azul)

A KLM Cityhoppper tem 25 opções da aeronave da Embraer, todas por meio de leasing, e diz estar discutindo como acelerar as entregas.

O executivo da empresa holandesa ainda revelou que os E2 têm sofrido menos problemas com os motores GTF do que o A220, que é mais pesado e utiliza o turbofan em condições mais extremas.

A KLM Cityhopper espera resolver o problema de indisponibilidade dos jatos de nova geração dentro de 18 meses.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Embraer aumentará a linha de produção do C-390 Millennium

 Embraer aumentará a linha de produção do C-390 Millennium

Foto: Embraer

A Embraer planeja aumentar a linha de produção do C-390 Millennium. O bimotor é produzido nas instalações da fabricante em Gavião Peixoto, interior de São Paulo.

a linha de produção atual do jato comporta a fabricação de seis unidades ao ano e a ideia da Embraer é dobrar ou até triplicar esse número até 2030.

Atualmente, a fabricante acumula 40 pedidos do modelo, mas está em negociações com países como a Arábia Saudita, que pode encomendar mais de 30 unidades, Índia, Suécia e também Uzbequistão


o primeiro pouso da Pan Am na Antártida

 Way Down South: o primeiro pouso da Pan Am na Antártida

Foto: Pan Am Museum

Na metade da década de 50, a US Navy estabeleceu sua primeira estação no continente gelado, marcando o início da “Operation Deep Freeze” e, aproximadamente no mesmo período, a Pan American World Airways realizou seu primeiro pouso no local.

Era uma terça-feira, 15 de outubro de 1957, quando o Boeing Model 377 Stratocruiser de matrícula N1030V e nome de batismo “Clipper America” decolou de Christchurch, na Nova Zelândia, para a estação da US Navy, na ilha de Ross, no estreito de McMurdo. A missão havia se iniciado três dias antes, quando o capitão Don McLennan e sua tripulação, além de 36 passageiros incluindo militares, jornalistas e políticos, iniciaram uma longa jornada desde São Francisco, na Califórnia, em um DC-4. Em Honolulu, o experiente comandante Ralph Walter Savory assumiu os controles e os ocupantes trocaram de aeronave, agora para o Stratocruiser. Até Christchurch, o avião realizou paradas em Kiribati e Fiji.

O quadrimotor equipado com quatro P&W R-4360 pousou no extremo sul do planeta após 8 horas de voo e percorrer 2.400 milhas, marcando o primeiro pouso de um avião comercial na Antártida.
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Foto: Pan Am Museum

Um fato gerou bastante polêmica na época. As duas aeromoças a bordo da aeronave foram as primeiras mulheres a viajarem para a estação e isso não foi visto com bons olhos por George J. Dufek, oficial responsável pelas operações no continente gelado, que teria dito durante o planejamento do voo da Pan Am “Se o voo for ter algum comissário de bordo, terá que ser homem”. Na época, somente homens trabalhavam na estação. Ruth Kelly e Patt Hepinstall foram bem recebidas, mesmo contra as vontades do oficial da US Navy, e a chegada das comissárias casou um alvoroço no local. Durante o tempo em solo, ambas participaram, como juradas, de um “Concurso de Barbas” e também de uma corrida de trenós puxados por cães entre Estados Unidos e Nova Zelândia. De acordo com um relato da época, os vencedores esperavam ganhar um beijo das aeromoças como prêmio, mas isso não aconteceu e o “prêmio” foi acompanhá-las de volta até a aeronave.

Após algumas horas em solo, o “Clipper America” se despediu da Antártida com os tripulantes e com uma parte dos passageiros, visto que os militares ficaram na estação