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sexta-feira, 21 de junho de 2024

A dura missão da FAB de proteger o céu do país

 



O Brasil é um país de território continental, com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados de área. E é da Força Aérea Brasileira (FAB) a tarefa de monitorar e responder a qualquer ameaça em toda essa extensão. A FAB também é responsável pela segurança de uma faixa marítima que engloba 4,5 milhões de quilômetros oceano adentro.



No dia 25 deste mês, um avião que carregava 500 kg de droga foi interceptado no estado de Goiás. Desde 2004, mais de 2 mil aeronaves não autorizadas entraram no espaço aéreo brasileiro. Apesar da expertise dos militares brasileiros em proteger os céus da nação, a dimensão da nossa pátria é um desafio à segurança nacional.

O céu do maior país da América do Sul é monitorado 24 horas por radares, tanto instalados em terra, quanto pelos que ficam em aviões, que podem ser movidos para qualquer unidade da Federação. Em caso de ameaça, aviões de caça da Força Aérea Brasileira podem decolar de qualquer uma das oito bases espalhadas pelo país. São 202 aviões de defesa, entre modelos poderosos, como o norte-americano F-5M, até modelos de ataque mais leve, como o A-29 Super Tucano, de fabricação nacional.


O Decreto de lei nº 5.144 autoriza a destruição de aeronaves que entram no Brasil sem autorização dos órgãos oficiais. No entanto, para que o abate ocorra, os militares seguem uma série de etapas, para evitar equívocos. A derrubada de uma aeronave só pode ser autorizada pelo comandante da Aeronáutica ou pelo presidente da República. Caso o alvo esteja em uma área conhecida como rota de tráfico de armas e drogas, o procedimento pode ser mais rápido. No caso goiano, ocorreram disparos de advertência, mas o abate não foi realizado em decorrência do pouso.

O principal objetivo das aeronaves que entram no Brasil sem autorização é o transporte de drogas e armas, vindos de países sul-americanos. O Tenente-Brigadeiro do Ar Gerson Nogueira Machado de Oliveira, comandante do Comando de Operações Aeroespaciais da FAB, conta que, além do trabalho de monitoramento do céu, também existem atividades de inteligência. “Temos um banco de dados de inteligência em que acompanhamos algumas aeronaves no espaço aéreo brasileiro que possam cometer algum tipo de ilícito”, destaca o militar.


De acordo com o Livro Branco da Defesa Nacional, documento que reúne informações acerca da estrutura atual das Forças Armadas e define as metas para o avanço bélico do Brasil nos próximos anos, o país conta atualmente com 57 caças F5, modelo que aqui foi apelidado de F-5M, ou F5BR. O Brasil utiliza ainda os aviões de caça modelo A-1 AMX, que podem atingir velocidade de até 1.020 quilômetros por hora. São 53 unidades que também podem dar uma resposta rápida para invasão do Brasil pelo espaço aéreo.

O professor Antonio Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), destaca que a FAB é bem equipada e experiente, mas a dimensão do Brasil exige ainda mais investimentos. “Impedir a entrada de drogas por qualquer água, mar ou ar no Brasil é impossível, dadas as condições de nosso território”, destaca.


O céu sob vigilância

A Força Aérea Brasileira conta com 76 mil homens, entre militares e civis, sendo a segunda maior força bélica do Brasil, atrás do Exército Brasileiro, que conta com 200 mil homens.

Defesa aérea

– Os caças mais potentes da FAB são do modelo F-5M, que atingem uma velocidade supersônica. A FAB tem 57 caças dessas aeronaves.
– Os caças F-5M estão em bases de Manaus (AM), Anápolis (GO), Rio de Janeiro (RJ) e Canoas (RS).
– Além desse modelo, a FAB conta com 53 caças A-1 AMX.

– Ao todo, a Força Aérea Brasileira tem 202 aviões de defesa e mais de 500 aeronaves de transporte, entre helicópteros e jatos.
– A Base Aérea de Anápolis foi criada de forma estratégica para proteger Brasília. Em caso de necessidade, um caça F-5M poderia chegar ao Distrito Federal em cinco minutos.
– 100% do território nacional é coberto por radares que identificam a presença de qualquer aeronave não autorizada. Aviões radares, modelo E-99, são usados para reforçar a vigilância.




quinta-feira, 20 de junho de 2024

Turquia adquire 40 novos caças F-16 e moderniza frota existente

 

Caças F-16 da Turquia

A Turquia e os Estados Unidos assinaram um contrato para a venda de caças F-16, após Washington ter aprovado o acordo de 23 bilhões de dólares, depois de meses de negociações, disseram fontes do Ministério da Defesa turco no dia 13 de junho.

“O contrato foi assinado e delegações de ambos os lados estão negociando os detalhes”, disseram as fontes do ministério.

No âmbito do acordo, a Turquia receberá 40 novos F-16 e atualizações para 79 dos caças de sua frota existente.

O Departamento de Estado saudou na semana passada “um grande passo em frente” na compra de novos caças F-16 pela Turquia, chamando-os de “os F-16 mais avançados já disponibilizados apenas aos aliados e parceiros mais próximos”.

“Apenas o exemplo mais recente do compromisso duradouro dos EUA com a parceria de segurança com a Turquia”, disse em uma publicação nas redes sociais.

Conforme exigido por lei, o Departamento de Estado notificou o Congresso sobre o acordo em janeiro, bem como sobre uma venda separada de 40 F-35 para a Grécia por 8,6 bilhões de dólares.
Os Estados Unidos não deram sinal verde à transação até que os instrumentos de ratificação da adesão da Suécia pela Turquia chegassem a Washington.

O parlamento turco ratificou a adesão da Suécia à OTAN em janeiro, após mais de um ano de atrasos que perturbaram o Ocidente a se unir diante da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Recep Tayyip Erdogan deve participar da cúpula dos líderes da OTAN em Washington no próximo mês.

Ele estava programado para conversar com seu homólogo americano Joe Biden no mês passado, mas o que seria sua primeira reunião na Casa Branca foi adiado por problemas de agenda.

FONTE: AFP

Um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados

 

Por Fernando “Nunão” De Martini

As recentes notícias sobre estudos da Força Aérea Brasileira para eventual aquisição de caças F-16 usados, confirmados em nota pela própria FAB, indicam uma mudança no planejamento de renovação da Aviação de Caça do Brasil. Uma mudança para pior, um retrocesso.

Um país com linhas de produção ativas de dois tipos de aviões de combate, uma delas a um ano de iniciar as entregas à FAB de 15 jatos supersônicos multifunção Saab Gripen E (de um total de 36 encomendados), e outra ainda produzindo turboélices de ataque leve Embraer Super Tucano, não deveria voltar a fazer compras de caças usados. Muito menos caças que não estão em seu inventário (diferentemente dos necessários recompletamentos com Mirage III e F-5) como foi a compra de aviões Mirage 2000 C/B, de curta vida na FAB, e como poderá ser a eventual aquisição de aeronaves F-16 disponíveis hoje no mercado de usados, com mais de 30 anos de operação.

O site Poder Aéreo, que acompanhou todo o desenrolar do programa F-X2 desde 2008 (data em que o site entrou no ar, mas seus editores já acompanhavam o tema desde o F-X, engavetado em 2003), não está alheio às dificuldades que o reequipamento da Aviação de Caça passou durante as últimas décadas.

Pelo contrário, aqui foram publicadas milhares de notícias sobre o tema, além de centenas de análises aprofundadas a respeito. Por isso mesmo, nos julgamos em posição de analisar com frieza a real capacidade de nossos esquadrões de combate, no momento, e os desafios dos próximos anos. E também propor, ao menos, uma alternativa à compra de caças usados para preencher uma lacuna que sim,  sabemos que existe, e que tende a crescer com as desativações previstas de jatos A-1M ao final de 2025 e de caças F-5M ao final da década.

Obviamente não temos a pretensão de ensinar o “Pai-nosso ao vigário”. Quem tem todos os dados e prognósticos a respeito é a FAB. A intenção é fazer uma análise baseada em fatos disponíveis e indicar uma possível alternativa, envolvendo as próprias linhas de montagem instaladas no Brasil, mencionadas no título deste artigo. Primeiro, vamos aos fatos:

O reequipamento com o Gripen está demorado e sofre com atrasos. Seu cronograma original já foi esticado. Hoje, a poucos meses do aniversário de 10 anos da assinatura do contrato do Gripen E/F com a empresa sueca Saab, há apenas 8 caças Gripen voando no Brasil.

O cronograma, refeito algumas vezes sob justificativas orçamentárias e que, hoje, indica final de entregas para 2027 (tecnicamente possível, porém financeiramente desafiador na sua autorização de despesas anuais pela concentração de entregas nos dois anos finais), previa o recebimento de 4 aeronaves em 2023.

Porém, vieram apenas 3 caças ao longo do ano passado. E lá se vão seis meses desde o último desembarque de um Gripen no Brasil, em 11 de dezembro do ano passado. A aeronave não entregue em 2023 ainda não chegou, muito menos a primeira das 3 programadas para este ano. Veja o cronograma abaixo:

Dos oito caças voando no país, a FAB opera sete deles em um único esquadrão de caça, o 1º GDA, Esquadrão Jaguar, da Base Aérea de Anápolis, com as matrículas 4101 a 4107. O outro caça em voo é o primeiro exemplar a chegar ao país (4100), e que ainda está vinculado ao GFCT – Gripen Flight Test Centre / Centro de Testes de Voo do Gripen – em Gavião Peixoto / SP.

Pois é justamente em Gavião Peixoto, complexo industrial da Embraer que abriga tanto as linhas de montagem estrutural e final do Gripen quanto do Super Tucano, que o Brasil deve investir na solução para seu reequipamento, e não em aviões usados.

Essa posição será explicada logo mais, após uma breve apresentação da situação atual, decorrente de mudanças e desativações de aeronaves e esquadrões de primeira linha nas últimas décadas.

Do relativo auge da primeira linha ao demorado reequipamento

Atualmente o 1º GDA voa intensamente seus 7 caças Gripen E, tanto para adestrar mais pilotos quanto para se preparar suas capacidades de combate BVR (além do horizonte, com uso de mísseis de longo alcance) para o Exercício Cruzex de novembro deste ano. Ainda é um punhado de aviões, mas pelo ritmo a lógica diz que a aeronave deverá atingir sua IOC (Certificação de Operação Inicial) mais ou menos na época do exercício, com a certificação por enquanto focada na função ar-ar.

Ainda pela lógica, e se não houver atrasos, é provável que os treinamentos e testes de voo nas arenas ar-solo e de reconhecimento tático / Rec Tat para a futura FOC (Certificação de Operação Final) possam começar em 2025/2026. Ou seja, mais ou menos na época em que serão desativados os jatos A-1M da FAB, sob a justificativa de que não há mais sobressalentes disponíveis para seus motores.

Mas quantos são os jatos A-1M da FAB, atualmente? Poucos mais do que os caças Gripen voando hoje, um punhado.

São menos de 10 aeronaves operando hoje na Base Aérea de Santa Maria, e esse reduzido número, ainda por cima, é compartilhado por dois esquadrões: o 1º/10º GAV, Esquadrão Poker, focado principalmente em missões de Rec Tat, e o 3º/10º GAV,  Esquadrão Centauro, mais voltado às missões de Ataque (grosso modo, arena ar-solo). Foi-se o tempo em que o A-1 compunha praticamente metade da primeira linha, com cerca de 50 aviões em operação.

Esse número foi atingido na virada dos anos 1990/2000, quando a primeira linha da Aviação de Caça da FAB era formada por pouco mais de 100 jatos Mirage III, F-5 e A-1 divididos em 6 esquadrões: 1º GDA (Mirage) em Anápolis-GO,  1º GAVCA (F-5) em Santa Cruz-RJ (formado pelos esquadrões Jambock e Pif-Paf, mas que funcionavam como uma única unidade e com dotação de pilotos e aeronaves equivalente a um esquadrão), 1º/16º GAV (A-1) também em Santa Cruz, 1º/14º GAV (F-5) em Canoas-RS,  e os já mencionados 1º/10º GAV e 3º/10º GAV (A-1) em Santa Maria-RS.

 

De lá para cá, outro esquadrão evoluiu para a primeira linha, o Pacau (1º/4º GAV), trocando seus jatos AT-26 Xavante por caças F-5M e mudando de Natal para Manaus. Mas sua dotação era de meia dúzia de aviões. Com todo o respeito às tradições do esquadrão, podemos dizer que teria o mesmo efeito realizar um esquema de rodízio de seções de caças F-5M, de outros esquadrões, para o alerta em Manaus.

Também nesse meio-tempo, na primeira linha, houve a modernização de quase 50 caças F-5 e de menos de uma dúzia de jatos A-1. Também houve a entrada e saída de operação do Mirage 2000 no 1º GDA (com o F-5M preenchendo a lacuna até a chegada do Gripen), e a desativação do próprio Pacau em 2021, além do 1º/16º GAV, Esquadrão Adelphi, em 2016.

Em suma, nos últimos 25 anos a primeira linha da Aviação de Caça cresceu de 6 para 7 esquadrões, voltando em pouco anos para 6 e, mais recentemente, para 5. Quanto aos seus jatos, foi reduzida de cerca de 100 aviões para pouco menos de 50 nos dias de hoje.

Mas não se deve esquecer que no seu auge, por volta do ano 2000, a primeira linha tinha três dos então seis esquadrões voando caças já  ultrapassados, equipados com Mirage III e F-5 (estes ainda não modernizados) representando cerca de metade da frota.

Os quase 50 caças e jatos de ataque que hoje equipam os esquadrões, sendo 7 Gripen, aproximadamente 30 F-5M e menos de 10 A-1M, ao menos estão no estado da arte, no caso do Gripen. E, no caso dos F-5 e A-1 modernizados, incorporam capacidades razoavelmente atualizadas de sistemas digitais e armamento inteligente ar-ar e ar-solo.

De fato, é pouco. E também é fato que mesmo essa reduzida frota deverá diminuir com as baixas do A-1M no final do ano que vem e do F-5M até o fim da década, sendo substituída, na falta de novos contratos, por apenas 36 caças Gripen atualmente contratados.

Organizando as prioridades sem blefar com caças usados: Poker é a resposta

Como resolver essa questão? Caças usados parecem ser a solução mais prática e rápida disponível, e já foi utilizada no passado. Mas temos a opinião, expressa na chamada deste artigo, que um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados. Vamos defender esse ponto agora.

A prioridade é não perder as capacidades do A-1M, com baixa prevista para o final de 2025, nos dois esquadrões que detém hoje as funções de Rec Tat e de emprego ar-solo de bombas guiadas da FAB (incluindo missões de caráter estratégico de longo alcance e missões táticas com penetração a baixa altitude), com uso de pods de reconhecimento e de designação de alvos.

Afinal, mesmo reduzidos em número, esses aviões são fundamentais em capacidade (pois hoje só eles cumprem essas missões). Existe a evidente perspectiva da Força Aérea deixar de cumprir essas missões daqui a um ano e meio, num momento em que o Gripen ainda não atingirá sua FOC, ainda que se possa repassar essas capacidades ao F-5M com a integração de pods e bombas, porém com limitações de alcance e carga. Isso significaria uma lacuna na Defesa, e mesmo que esta capacidade se restrinja a um punhado de aeronaves compartilhadas por dois esquadrões, haveria perda de doutrina e de capacitação de oficiais aviadores, o que é inaceitável.

A lacuna em capacidade de ataque com bombas inteligentes e Rec Tat, utilizando aviões a jato, provavelmente será inevitável por um ano ou dois, a não ser que se adquira caças usados com entregas começando já no ano que vem. Mas há uma alternativa, e o problema pode ser em parte mitigado com a integração de bombas inteligentes ao A-29 Super Tucano, como veremos daqui a pouco, embora não seja a solução ótima (o ótimo, porém, é inimigo do bom).

A questão principal é evitar, primeiramente, a perda da capacidade humana, da experiência e doutrina dos pilotos de A-1M do 1º/10º GAV e do 3º/10º GAV. Para isso, propomos uma mudança de planejamento.

 

Em março deste ano, noticiamos os planos da FAB para reativar o Esquadrão Pacau em Anápolis, que seria a segunda unidade de Gripen na base. Seja para reassumir a função que teve por muitos anos, de “Sorbonne da Caça”, neste caso com missão de fazer a conversão operacional usando os caças Gripen F (entregas a partir do ano que vem), seja para iniciar a doutrina de emprego ar-solo no Gripen, acreditamos que este não seja o momento de reativar o Pacau. O momento é de realocar o Poker para Anápolis, e que este seja o segundo esquadrão a iniciar reequipamento com o Gripen, nesta fase em que se pretende otimizar custos concentrando boa parte dos caças em recebimento na base goiana.

Sugerimos que os pilotos e pessoal de apoio do Esquadrão Poker sejam deslocados para Anápolis logo em seguida à desativação do A-1M no final de 2025, incorporando alguns pilotos do Esquadrão Centauro à sua dotação de malas prontas para a nova base. Assim, haverá tanto pilotos com experiência em Rec Tat quanto no emprego de bombas guiadas nesta mudança de base.

Parte desse grupo poderá iniciar treinamento em Gripen C/D na Suécia já em meados de 2025 (antes da desativação total do A-1M), convertendo depois para Gripen E em Anápolis. É provável que a introdução do Gripen F na conversão operacional ainda não estará plenamente estabelecida para treinar tantos pilotos de uma só vez, por isso o processo deverá ser gradual. Em seguida, esse grupo iniciará a doutrina da FAB para Rec-Tat e de emprego ar-solo no Gripen, por volta de 2026/27.

Mas… e o Esquadrão Centauro?

Essa unidade permaneceria em Santa Maria, porém convertendo para uma nova versão do A-29, a ser denominada A-29M. Propomos que, ao invés de gastar dinheiro adquirindo caças F-16 ou de qualquer outro tipo, usados, que se invista na aquisição de pelo menos 12 turboélices de ataque leve A-29 novos, em configuração mais moderna que a dos exemplares já em serviço em quatro esquadrões da FAB. Mesmo porque há um estudo em andamento para modernização de 68 aviões A-29 da frota atual, e todos poderiam receber o mesmo padrão: painel atualizado, similar ao do Gripen, além de capacidade de utilizar pods designadores, bombas inteligentes e outras capacidades atuais,  seja de treinamento, seja de emprego operacional, como equipamentos RWR, dispensadores de chaff, flares etc.

Ao invés de 24 caças F-16 usados  (quantidade  aventada em publicação recente) com 30 anos de serviço nas costas e relativamente pouco tempo pela frente, nossa sugestão é adquirir um avião fabricado no Brasil e com capacidade de servir à nossa Defesa por muitas décadas.

Ainda que não tenham a mesma capacidade de jatos, essa dúzia de aviões A-29M, incorporados ao Esquadrão Centauro, permitiriam manter sem perda de tempo a doutrina de emprego de armas ar-solo inteligentes, ampliar esse conhecimento e disseminá-lo aos outros esquadrões operadores da aeronave, na fila para terem seus aviões modernizados para o mesmo padrão. A lacuna operacional seria reduzida.

Isso representaria uma ampliação das capacidades atuais da FAB, mesmo não sendo em esquadrões da chamada primeira linha. Um investimento melhor e com possibilidade de gerar benefícios para mais unidades da FAB do que a compra de duas dúzias de caças usados. E, provavelmente, por metade do valor.

Recentemente foi noticiado que a Força Aérea Argentina vai adquirir 24 caças F-16 usados por cerca de 650 milhões de dólares, num pacote que inclui armamentos, treinamentos e serviços. Há poucos anos, a Nigéria adquiriu um pacote de 12 Super Tucanos novos por cerca de 340 milhões de dólares.

Ainda que suponhamos uma aquisição brasileira de F-16 por menos do que a Argentina vai pagar (pela possibilidade de aproveitar parte do armamento existente na FAB, por exemplo), o mesmo valeria para uma aquisição de 12 Super Tucanos, pelo fato do pacote nigeriano incluir diversos serviços de implantação e treinamento que a FAB não precisaria contratar.

Em suma, o valor de uma compra de 12 Super Tucanos modernos equivaleria a metade do custo de 24 caças F-16 usados (não estamos aqui comparando a enorme diferença de desempenho de ambos, e sim a adequação às necessidades da FAB).

A diferença entre o que se gastaria para comprar e armar os F-16 poderia ser empregada na compra de mais bombas guiadas e outros armamentos modernos, não só para os A-29M que propomos para o Esquadrão Centauro, mas para os três esquadrões do 3º Grupo de Aviação baseados em Boa Vista, Porto Velho e Campo Grande. De quebra, esse investimento em aeronaves seria feito no Brasil, mantendo ativa uma linha que atualmente produz poucos aviões por ano para clientes externos, como visto em matéria recente aqui no Poder Aéreo.

A linha está aberta, funcionando. Quem sabe, uma encomenda feita agora significaria algumas aeronaves entregues já em 2026. Ainda que não se encomende nenhum A-29 novo por falta de orçamento, a sugestão é que, pelo menos, seja contratada rapidamente a modernização da frota existente (este sim um investimento ainda mais importante) e se redistribua em seguida as aeronaves da frota, para que uma parte sirva para reequipar o Esquadrão Centauro e seja entregue com mais urgência. Os Super Tucanos da FAB deverão ser modernizados, conforme já revelado por executivo da Embraer, nas próprias instalações onde hoje está a linha de montagem da aeronave.

Mas o A-29M não substitui o A-1M!

Você provavelmente pensou nisso ao ler os últimos parágrafos. Sim, o A-29M não substitui o A-1M, tal qual um caça F-16 usado substituiria, pois um A-29M não tem o desempenho de um jato, capacidade de sobrevivência e carga de armamento. A aeronave que substitui o A-1M se chama Gripen.

Como visto mais acima, transferindo o Esquadrão Poker (ao invés de reativar o Pacau) para Anápolis no início de 2026, será iniciado o treinamento de seus pilotos no Gripen e seu reequipamento gradativo.

Quando a quantidade de caças entregues chegar a 24 exemplares, haverá dois esquadrões reequipados com Gripen em Anápolis: o Jaguar, mais dedicado a missões de defesa aérea, e o Poker, mais voltado a missões ar-solo (incluindo o uso de bombas guiadas) e de reconhecimento tático. Ou seja, teremos a doutrina mantida e as capacidades ar-solo e Rec Tat ampliadas em relação ao que é oferecido, hoje, por cerca de 10 de A-1M compartilhados por dois esquadrões.

Haveria uma lacuna operacional de poucos anos nessas arenas (mas não haveria perda da doutrina), em parte compensada pela capacidade, introduzida nesse meio-tempo, do futuro A-29M em missões ar-solo com armas inteligentes.

Só que 36 caças Gripen não bastam

De fato, essa quantidade está longe de bastar para o reequipamento dos 5 esquadrões de primeira linha atuais, e mesmo que um deles (o Centauro) seja reequipado com o A-29M, haveria outros 4 a reequipar, lembrando que o F-5M deverá dar baixa no fim desta década.

O ideal seria que o F-5M permanecesse mais alguns anos no Pampa ou no Jambock / Pif Paf (a depender da oferta de sobressalentes no mercado) permitindo mais tempo para receber mais caças Gripen, que poderão ser adquiridos por um aditivo, em negociação, de 25% no valor do contrato de 36 caças, chegando a aproximadamente 50 aeronaves, e / ou por um novo contrato. A intenção da FAB, ajustada há cerca de 2 anos, é ter uma frota de pelo menos 66 caças Gripen, e se a força está estudando a aquisição de caças usados, é porque provavelmente vê esse planejamento ameaçado por questões orçamentárias.

Caças usados podem compensar isso? Podem, mas são um tiro no pé, pois se questões orçamentárias ameaçam a continuidade da aquisição de caças Gripen, a compra de caças usados piora ainda mais o problema orçamentário.

A lógica é simples: o dinheiro para comprar os caças usados, a rigor, não existe. Será necessário financiar a aquisição de eventuais 24 caças F-16 de segunda mão. Suponhamos, numa hipótese muito otimista, que se consiga uma excelente negociação e a compra for feita por um valor menor que o estimado para a Argentina, que deverá pagar 650 milhões de dólares por seus 24 aviões e armas.

Digamos que, economizando aqui e ali no pacote, dado que parte do armamento atual da FAB é compatível com o F-16, o Brasil gaste 500 milhões de dólares nessa aquisição de caças, com serviços, sobressalentes, treinamento e parte do armamento inclusos.

Esse valor viria de onde? Provavelmente viria do comprometimento da capacidade de financiar novas compras de caças Gripen, pois não é um valor disponível hoje, é um novo financiamento que precisaria ser contratado. E, mesmo que o dinheiro estivesse disponível, não seria melhor empregado em caças novos, mesmo que em menor número, com 30 ou até  40 anos de serviço pela frente?

Cada dólar gasto em caças usados é um dólar a menos para investir em caças novos

E também é um dólar (ou real) a menos para investir em outro avião com linha de montagem à disposição aqui no Brasil, o Super Tucano. É um dólar gasto fora do país, sem qualquer retorno econômico. É gasto, não é investimento. A hipótese otimista, aqui dada como exemplo, de se gastar 500 milhões de dólares em 24 caças usados, representa metade do que possivelmente se investirá num aditivo de 25% do contrato atual do Gripen.

Grosso modo, os 39 bilhões de coroas suecas do contrato atual de 36 aviões equivalem (somando a compra de armamentos) a 4 bilhões de dólares, ou pouco mais, no câmbio de hoje. Um aditivo de 25% ao contrato, que poderá acrescentar 12 a 15 aeronaves (conforme já revelou o próprio CEO da Saab recentemente) acrescentaria cerca de 1 bilhão a ser financiado.

Ou seja, a compra de caças usados já comprometeria metade do que o país poderia investir num aditivo ao contrato do Gripen. Com esse aditivo, que ampliaria a quantidade de caças Gripen para cerca de 50 aviões, seria possível reequipar com caças novos todos os 4 esquadrões de primeira linha (restantes após reequipar o Centauro com A-29M) com o mínimo necessário de 12 aviões cada. Se o aditivo for negociado ainda neste ano, é plausível que as entregas de 12 a 15 aviões sejam iniciadas a tempo de se seguirem às do contrato atual, cujas entregas vão até 2027.

Digamos que esse cronograma atual não se cumpra e que os últimos dos 36 atualmente contratados se atrasem por dois anos, chegando só em 2029. Ainda assim, as primeiras entregas do aditivo chegariam a tempo de iniciar o reequipamento do último esquadrão a voar F-5M, que desativaria suas aeronaves também por volta de 2029.

Caso a situação orçamentária melhore ao final desta década, um segundo lote poderia ser contratado, aumentando a dotação de aeronaves por esquadrão ou mesmo permitindo reativar o Pacau em meados dos anos de 2030.

Resumo da sugestão apresentada aqui, numa única e longa frase: ao invés de gastar pelo menos meio bilhão de dólares (provavelmente mais) em caças com 30 anos de serviço e com previsão de pouco mais de uma década de operação, compra esta com grande chance de comprometer a capacidade atual de investir em caças novos, que se planeje o mitigamento de riscos de perda de capacidade e doutrina com aviões atualmente em produção aqui no país.

Pela prioridade dada pela baixa próxima do A-1M, que se reequipe o Esquadrão Centauro com A-29 / A-29M em Santa Maria e que o próximo esquadrão a receber caças Gripen seja o Poker, mudando a unidade para Anápolis para otimizar custos neste momento.

Todos os dólares que se pense em gastar com caças usados serão muito melhor empregados em ampliar o contrato atual, permitindo ao reequipar minimamente os esquadrões de Santa Cruz e Canoas na virada dos anos 2020-30. Não é demais repetir: um país com linhas de produção de Gripen e Super Tucano não deveria recorrer a caças usados.

Embraer negocia KC-390 com seis países da OTAN, incluindo os EUA

 

Recebimento de KC-390 da FAB, Foto: Keven Cobalchini

Estados Unidos, Suécia e outros quatro países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) estão no foco da Embraer para a venda do cargueiro tático KC-390 Millenium, em uma configuração que traz tecnologias exclusivas para as nações da Aliança. A informação foi dada pelo CEO da Embraer Defesa & Segurança, João Bosco Costa Júnior, durante o Embraer Media Day 2024, ontem, no qual a revista ASAS esteve presente como convidada, através do seu Editor, Claudio Lucchesi.

“Nós queremos nos tornar parceiros do governo dos Estados Unidos”, afirma o executivo. “Se eles tiverem qualquer tipo de requerimento para uma versão dedicada do KC-390, com air refueling boom, por exemplo, nós estamos prontos para colaborar no desenvolvimento”, completa. Para atingir os requisitos da OTAN, a Embraer já desenvolveu para Portugal, República Tcheca, Países Baixos (Holanda) e Hungria soluções específicas, sobretudo no campo da comunicação.

Hungria terá a versão sem reabastecimento em voo, chamada de C-390 Millenium. Foto: Embraer

As vendas para a Europa não devem parar por aí. Além das negociações com a Suécia, publicamente comentadas pelo governo brasileiro como uma compensação para uma eventual aquisição de mais caças F-39 Gripen para a Força Aérea Brasileira, pelo menos outros quatro países europeus já estariam em negociação para a compra do KC-390. Naturalmente, os nomes não foram informados, porém, o otimismo apresentado pelos executivos da Embraer é grande.

Além da substituição dos C-130 de antiga geração, também estão na mira aeronaves de origem soviética e russa. É o caso da Índia, onde o KC-390 poderá substituir a frota de Antonov 32. Outro negócio de destaque poderá ocorrer na Arábia Saudita, operadora de velhos C-130. Ambos os negócios podem se desenrolar nos próximos quatro anos.

Já presente no Brasil, a dupla KC-390 e Gripen é esperada para a Suécia

Além dos clientes já citados, também foram feitas vendas até agora para Áustria e Coreia do Sul. A Embraer planeja encerrar o ano com dez aeronaves em serviço no mundo, com as cores do Brasil (7 unidades), Portugal (2) e Hungria (1). A empresa destaca ter atingido todas as certificações necessárias e a frota entregue já ter realizado mais de 13 mil horas de voo, com disponibilidade média acima de 80% e cumprimento da missão acima de 99%.

A linha de montagem ainda está longe da sua capacidade máxima e poderá chegar a 18 aeronaves produzidas ao ano: em 2024, foram quatro. Isso significa que há espaço para mais clientes. O plano é escalar essa produção anual até 2030, chegando a doze unidades em 2030, o que também tem exigido esforços em termos de cadeia de suprimentos.

Aeronave de Portugal conta com sistemas específicos para a OTAN, diferente dos utilizados nas aeronaves brasileira. Foto: FAP

    A crescente frota de aeronaves P-3 Orion de Portugal

     

    Por Joe Campion* 

    Em 9 de fevereiro de 2024, o primeiro de seis P-3C Orions do Programa de Manutenção de Capacidades (CUP) da Marinha Alemã pousou em solo português. A entrega dos seis P-3Cs faz parte de um contrato de € 45 milhões entre Portugal e Alemanha, assinado em setembro de 2023, que aumentará a frota atual de cinco para onze.

    Este acordo inclui pacotes de modernização, motores sobressalentes, hélices, componentes, ferramentas e simuladores táticos e de voo. Conversamos com o Major Piloto Aviador Bruno Silveira, comandante da Esquadra 601 ‘Lobos’, sobre o plano e o impacto das novas aeronaves em sua unidade. “Esperamos concluir as entregas das aeronaves em 2025 e todos os elementos restantes do contrato, incluindo simulador, até 2026, mantendo-nos voando o P-3C até 2040.”

    Com Portugal tendo uma das maiores áreas marítimas do mundo e devido ao aumento de sua presença sobre as águas europeias para combater o tráfico de armas e drogas, imigração ilegal e tráfico humano, é necessário mais capacidade e isso vem de ter mais aeronaves. O Major Silveira disse: “O P-3 ainda é uma das melhores aeronaves já feitas para operações marítimas. A importância de ter capacidades de ASW (Guerra Antissubmarino), operando como uma excelente plataforma ISR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) e também realizando ELR SAR (Busca e Resgate de Longo Alcance), requer uma frota robusta e resiliente de P-3C. A frota ex-Alemã trará maiores capacidades e resiliência para responder às múltiplas missões que a Esquadra precisa cumprir, especialmente as relacionadas com nossa área soberana de responsabilidade.”

    Esta adição de seis aeronaves à frota, além do atual programa de modernização em andamento no Canadá para suas cinco aeronaves atuais, deve ver a Esq601 operar o P-3 até 2040. Uma das aeronaves da frota, ‘14808’, está atualmente passando pela atualização da General Dynamics Mission Systems-Canada. A General Dynamics está concluindo as atualizações junto com a Canadian Commercial Corporation (CCC) nas instalações da IMP Aerospace and Defence em Halifax, Canadá. Incluído na atualização está um novo sistema de gerenciamento de dados aéreos para modificação dos sistemas de comunicação e eletrônicos de missão.

    Em 2012, Portugal modernizou sua frota via Lockheed Martin e também OGMA de cinco ex-P-3Cs da Marinha dos Países Baixos, quando aposentou sua frota de P-3P. As atualizações em 2012 incluíram o radar ELTA Systems EL/M-2022, especificamente para missões de patrulha marítima; sensor eletro-óptico/infravermelho L3Harris WESCAM MX-15 HDI; software de aviso de aproximação de mísseis AAR-47 suportado por um sistema de dispensação de contramedidas ALE-47; sistema de medidas de apoio eletrônico ALR-95 e sistema acústico NA/USQ-78B.

    Perguntamos ao Major quais capacidades os P-3s ex-alemães trariam, e ele disse: “As principais diferenças entre as frotas de P-3C alemãs e portuguesas estão relacionadas ao radar, eletro-óptico e sistemas de missão. O layout do cockpit também apresenta algumas diferenças que exigirão que os pilotos portugueses realizem algum treinamento de adaptação nessas aeronaves para aprender a operar os diferentes equipamentos, mas, mais importante, para se ajustarem ao novo layout do cockpit.”

    Rotina de trabalho

    Além de aceitar seis novas aeronaves sob o acordo G2G entre Alemanha e Portugal, a esquadra continua com suas missões habituais. Essas missões incluem patrulha marítima e busca e resgate. Além disso, os ‘Lobos’ executam as Medidas de Garantia do Báltico da OTAN (BAM), também conhecidas como Mediterranean Sea Guardian. Isso envolve a unidade na construção de capacidade de segurança, apoiando a consciência situacional (SA) usando suas capacidades ISR e atividades de contraterrorismo no Mediterrâneo. BAM também vê a Esq601 realizar missões nas áreas do Báltico para fornecer SA marítima em nome da OTAN.

    O Major Silveira acrescentou: “Manteremos a cooperação com organizações internacionais como a OTAN, a UE e a ONU; cumprir com as responsabilidades da Força Aérea Portuguesa no contexto da defesa nacional e soberania; manter toda a nossa tripulação e equipe proficientes e trabalhar com a General Dynamics Mission Systems e a Deutsche Marine nos Programas de atualização e aquisição, respectivamente.”

    A esquadra também planeja ir ao exterior para múltiplos exercícios de treinamento, além de se deslocar no contexto do AFRICOM, OTAN e União Europeia para vários locais.

    FOTOS: Força Aérea Portuguesa

    Azul recebe primeiro de 13 jatos Embraer E195-E2

     Aeronave de matrícula PS-AEU foi entregue no sábado, 15, e ganhou o slogan “Azul & Embraer. Orgulho do Brasil”. Ela fez parte do anúncio das duas empresas em abril feito com a presença do presidente

    O E195-E2 da Azul batizado por Lula
    O E195-E2 da Azul batizado por Lula (Azul)

     Azul Linhas Aéreas recebeu no sábado, 15, o jato E195-E2 de matrícula PS-AEU, o 21º de sua frota do modelo da Embraer.

    A aeronave de 136 assentos é a primeira de um “pacote” de 13 jatos anunciado em um evento na sede da fabricante e que teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Naquele dia, Lula batizou o E195-E2 que recebeu da Azul o nome “Azul & Embraer. Orgulho do Brasil”.

    A despeito das declarações dos executivos da companhia aérea e da Embraer, o novo lote de jatos já faz parte dos planos da Azul há algum tempo. Ele apareceu em material de divulgação para investidores, por exemplo.

    A empresa diz que os 12 restantes serão entregues ainda em 2024, o que significa uma média de dois jatos a serem recebidos por mês a partir de agora.

    Lula, Francisco Gomes e John Rodgerson no batismo do novo E195-E2 da Azul
    Lula, Francisco Gomes e John Rodgerson no batismo do novo E195-E2 da Azul em abril. Aeronave é parte de um pacote de 13 jatos (Embraer)

    O PS-AEU é também o primeiro E195-E2 entregue à Azul em 2024. Antes dele, a Embraer havia entregue uma aeronave similar (PS-AES) em 15 de dezembro, arrendada pela Azorra.

    A Azul tem atualmente a segunda maior frota de jatos E2 do mundo, só atrás da Porter Airlines. A empresa aérea canadense acumula 34 E195-E2 recebidos em apenas 18 meses.

    Apesar disso, a Azul afirmou ser “a maior operadora dos jatos de última geração da Embraer, o modelo E195-E2” e que detém também “o maior pedido de compra dessa aeronave brasileira“.

    Oficialmente, a empresa aérea comandada pelo presidente John Rodgerson aparece com 51 pedidos firmes na carteira de clientes da Embraer, nenhum deles entregue até agora, enquanto a Porter ter 75 encomendas.