Pesquisar este blog

segunda-feira, 24 de junho de 2024

Os 10 aviões de combate mais populares em operação no mundo

 



Aviões de combate são legais. O sucesso da mídia, como filmes e videogames que os retratam, reflete o amor do público pelo tipo de aeronave. Mas qual avião de combate é o melhor? Mais especificamente, qual avião de combate os militares de todo o mundo preferem pilotar? Afinal, o avião de combate de uma nação precisa fazer mais do que ficar bem na tela.

Além da velocidade e manobrabilidade, os custos de manutenção e a versatilidade devem ser considerados. Usando dados do Cirium, a FlightGlobal publicou seu diretório das Forças Aéreas Mundiais de 2023, detalhando as frotas de aeronaves militares em todo o mundo, incluindo os aviões de combate mais populares.

Confira a classificação dos jatos de caça mais populares:


10º) Northrop F-5 Tiger 

O F-5 é um dos aviões mais antigos desta lista. Apesar de seu primeiro voo ter ocorrido em 1959, ainda existem 403 exemplares em serviço ativo. Curiosamente, muitos civis estão familiarizados com o F-5 por seu papel como o fictício MiG-28 em Top Gun.

A Marinha dos EUA e o Corpo de Fuzileiros Navais continuam a pilotar o F-5 como treinadores adversários. No entanto, a aeronave leve multimissão ainda é utilizada como caça de linha de frente por países como Brasil, Taiwan e Suíça.


9º) Chengdu J-7

O J-7 é uma versão chinesa sob licença do MiG-21 soviético. Enquanto o J-7 fez seu primeiro voo em 1966, o MiG-21 voou pela primeira vez 11 anos antes. Apesar de sua idade, o J-7 continua extremamente popular com 444 exemplares no serviço ativo.

Embora seja pilotado principalmente pela Força Aérea do Exército de Libertação Popular na China, o J-7 é uma aeronave de exportação popular sob a designação F-7. O Paquistão e a Coreia do Norte são dois dos maiores operadores de aeronaves fora da China.


8º) Sukhoi Su-25 “Frogfoot”

O Su-25 é a versão soviética do A-10; subsônico, bimotor e projetado para apoio aéreo aproximado. Voado pela primeira vez em 1975, 480 Su-25s continuam a servir em frotas ativas, incluindo a Força Aérea Russa.

Na verdade, os Su-25 russos passaram por um programa de modernização para manter a aeronave atual no século XXI. Fora da Rússia, o Su-25 é predominantemente pilotado por ex-estados soviéticos. Isso resultou na aeronave servindo em lados opostos do mesmo conflito, incluindo a Guerra de Nagorno-Karabakh de 2020 entre a Armênia e o Azerbaijão e a Guerra Russo-Ucraniana.


7º) Eurofighter Typhoon

O Typhoon começou como uma colaboração multinacional entre Itália, França, Alemanha, Espanha e Reino Unido para projetar um caça de superioridade aérea durante a Guerra Fria.

No entanto, desentendimentos e o colapso da União Soviética atrasaram o primeiro voo da aeronave para 1994. Mesmo assim, o Typhoon não entrou em serviço até 2003. Hoje, 522 Typhoons estão em serviço ativo, inclusive com todos os países colaboradores originais, exceto a França. Também foi adotado pela Áustria. O Typhoon também foi extensivamente exportado para o Oriente Médio e está em serviço nas forças aéreas do Kuwait, Omã, Catar e Arábia Saudita.


6º) Lockheed Martin F-35 Lightning II

Como o Eurofighter, o desenvolvimento do F-35 foi um esforço colaborativo multinacional. Embora tenha sido financiado principalmente pelos Estados Unidos, a OTAN e nações aliadas contribuíram para o programa, incluindo Reino Unido, Austrália, Canadá, Noruega e Dinamarca.

Quinhentos e quarenta e cinco F-35 estão em serviço ativo, com mais a caminho à medida que os pedidos existentes são atendidos e pedidos adicionais são feitos. O F-35 fez seu primeiro voo em 2006 e marcou seu batismo de fogo em 2018 com a Força Aérea de Israel. Notavelmente, a Suíça fez um pedido para o F-35 em setembro de 2022 para substituir sua frota de F-5s e F/A-18s.


5º) Mikoyan MiG-29 “Fulcrum”

O MiG-29 é um ícone da Força Aérea Soviética. Voado pela primeira vez em 1977, a aeronave continua em produção. 822 MiG-29 servem em frotas ativas.

Além da Rússia e dos antigos estados soviéticos, o MiG-29 foi exportado para países como Argélia, Índia, Coréia do Norte e Peru. Curiosamente, o MiG-29 agora serve na OTAN com a Força Aérea Polonesa. Foi também a aeronave pilotada pelo mítico ás ucraniano, o “Ghost of Kyiv”, durante a invasão russa da Ucrânia em 2022.


4º) McDonnell Douglas/Boeing F/A-18 Hornet/Super Hornet

O relatório FlightGlobal lista 828 jatos F-18 em frotas ativas. Dado esse número, pode-se supor que os dados do Cirium incluam o legado McDonnell Douglas F/A-18 Hornet e o atual Boeing F/A-18 Super Hornet. O primeiro voou pela primeira vez em 1978 e o último voou em 1995.

Embora a Marinha dos EUA tenha atualizado sua frota ativa para o Super Hornet, o Legado Hornet permanece em serviço com alguns esquadrões do Corpo de Fuzileiros Navais. Pequenas quantidades de Legacy Hornets ainda são operadas pela Suíça, Finlândia e Canadá (como o CF-18). Além da Marinha dos EUA, o Super Hornet é pilotado pela Austrália e Kuwait.


3º) McDonnell Douglas/Boeing F-15 Eagle

Outro produto da McDonnell Douglas agora propriedade da Boeing, o F-15 fez seu primeiro voo em 1972. Seu desempenho em conflitos da década de 1990, como a Guerra do Golfo e a Guerra do Kosovo, o tornou um ícone do poderio aéreo americano.

Graças a um robusto mercado de exportação e programas de modernização, o F-15 ocupa o terceiro lugar nesta lista com 961 unidades em serviço ativo. Com sua fuselagem versátil, o F-15 foi convertido em um caça de ataque multifunção e para qualquer clima no F-15E. Juntamente com variantes específicas para exportação e países, o F-15 é pilotado pelos Estados Unidos, Japão, Israel, Coreia do Sul, Catar, Arábia Saudita e Cingapura.


2º) Sukhoi Su-27/30/34/35 “Flanker”

A FlightGlobal lista especificamente essas variantes da família de aeronaves Su-27 e credita a ela 1.187 aeronaves em serviço. Decolando em 1977 e projetado para competir com o americano F-14 Tomcat e F-15 Eagle, o Su-27 foi posteriormente desenvolvido em outras aeronaves.

O Su-30 é um caça aprimorado para qualquer clima, de dois lugares, capaz de missões ar-ar e ar-superfície.

O Su-34 é uma variante de ataque/caça-bombardeiro do Su-27, notável por seu arranjo de assentos lado a lado.

Voltando às variantes de caça, o Su-35 é um caça multifunção e superioridade aérea aprimorado. Há também a variante do interceptor de defesa naval Su-33 desenvolvida a partir do Su-27K, embora não tenha sido especificamente listada no relatório FlightGlobal.

Além da Rússia e dos antigos estados soviéticos, a família de aeronaves Su-27 foi exportada e ainda é operada por países como China, Índia, Venezuela e Vietnã.


1º) General Dynamic/Lockheed Martin F-16 Fighting Falcon

No topo da lista como o avião de combate mais popular do mundo, com 2.184 jatis em frotas ativas, está o icônico F-16. Voado pela primeira vez em 1974, o caça multimissão ainda está em serviço na Força Aérea dos EUA.

Embora os EUA não estejam mais comprando novos F-16, versões atualizadas da aeronave ainda estão sendo encomendadas sob vendas militares estrangeiras (FMS).

Dos quatro parceiros originais da OTAN, a Bélgica foi o maior comprador do F-16. Fora da OTAN, o F-16 e suas muitas variantes foram amplamente exportados para países como Israel, Marrocos, Cingapura, Coreia do Sul e Venezuela.

O massacre do Harrier na Guerra das Malvin

 Considerado fraco para o combate, os caças Harrier arrasaram o poder aéreo da Argentina e foram fundamentais na retomada das Ilhas Falkland pelas forças britânicas

Apesar de ser bem mais lento, o Harrier superou com facilidade os caças supersônicos da FAA (Domínio Público)
Apesar de ser bem mais lento, o Harrier superou com facilidade os caças supersônicos da FAA (Domínio Público)


Neste mês de abril, completam-se 40 anos da Guerra das Malvinas/Falkland, conflito iniciado após a tomada das ilhas no extremo sul do Atlântico pela Argentina. O Reino Unido, para surpresa geral, decidiu retomar o controle do arquipélago enviando uma força-tarefa reunida às pressas. Um dos destaques desse poderio militar foi o Harrier, um raro caça de decolagem vertical ou curta, que realizou diversas missões bem sucedidas, a despeito do ceticismo existente na época.

Em 1982, a Argentina contava com a segunda maior força aérea da América Latina, superada apenas por Cuba, então abastecida pela antiga União Soviética. Nessa época, a Fuerza Aérea Argentina (FAA) possuía mais de 200 aeronaves de combate, entre caças supersônicos, bombardeiros e aviões de ataque ao solo, além do apoio da Armada (Marinha), com mais caças e aviões de vigilância marítima.

Pelo volume de aeronaves e suas qualidades, era uma força a ser temida. No entanto, nenhum general argentino previu que essa capacidade, aparentemente formidável, poderia ser arrasada por algumas dezenas de caças britânicos de procedência duvidosa e em poucos dias.


Pouco antes do início do conflito no Atlântico Sul, a Marinha Britânica (Royal Navy), em contenção de custos, havia modificado seus porta-aviões para um padrão mais barato de operar, substituindo as catapultas de lançamento pelo convés com “ski-jump”. Isso também mudou a forma e a capacidade das aeronaves que poderiam ser embarcadas.

Com a mudança no padrão dos porta-aviões, equipados com uma curiosa rampa, a Royal Navy aposentou seus últimos caças navais F-4 Phantom e adotou o revolucionário Harrier, um avião de combate que podia pousar e decolar na vertical, como um helicóptero.

Era o início da carreira operacional do Harrier, caça que a fabricante britânica Hawker Aircraft vinha desenvolvendo desde a segunda metade da década de 1960. O avião já estava em operação com as forças britânicas há mais de 10 anos, mas ainda havia muitas dificuldades na sua condução. Era uma aeronave difícil de pilotar e de manutenção altamente complexa.

Para poupar combustível na decolagem, o Harrier pode decolar usando uma rampa (Royal Navy)
Para poupar combustível na decolagem, o Harrier pode decolar usando uma rampa (Royal Navy)

Por conta dessas dificuldades em voar com o Harrier, no início da Guerra das Malvinas muitos duvidavam de sua capacidade de combate. Ao todo, o Reino Unido despachou 42 caças para o conflito, 28 na versão Sea Harrier, de uso naval, além de 14 Harrier da Força Aérea Real, ambos embarcados nos porta-aviões Invencible e Hermes. Já a Força Aérea Argentina e a Marinha contavam com quase 120 caças.

A FAA tinha à disposição os caças supersônicos Dassault Mirage III e o IAI Dagger, além dos modelos subsônicos A-4 Skyhawk, aeronave que também era operada pela Marinha Argentina a bordo do porta-aviões 25 de Mayo. Outro temor eram os aviões de ataque ao solo FMA Pucará, fabricados na Argentina e o primeiro avião militar desenvolvido da América do Sul que entrou em combate – no mesmo conflito a Argentina fez o “batismo de fogo” do Embraer Bandeirulha, em missões de vigilância naval.

O Mirage III era uma das principais aeronaves da Argentina na Guerra das Malvinas (FAA)
A Força Aérea Argentina perdeu dois caças Mirage III nas Malvinas, abatidos pelos Harrier (FAA)

Os militares argentinos erraram em praticamente todas as previsões e ações militares realizadas durante a Guerra das Malvinas. O governo da Argentina, então liderado pelo presidente e general Leopoldo Galtieri, acreditava que os ingleses, então enfrentando uma severa crise econômica e social, não perderiam tempo e dinheiro tentando recuperar uma porção de território ultramarino tão distante, sobretudo diante do “poderoso” arsenal portenho.

A Argentina também acreditou na possibilidade de os Estados Unidos apoiarem a invasão surpresa, consumada no dia 2 de abril de 1982. Mas isso não aconteceu. Ao mesmo tempo, as forças argentinas tomaram poucas precauções para defender as ilhas renomeadas como Malvinas.

Os Pucará representavam uma das principais ameaças ao desembarque das tropas britânicas (FAA)
Os Pucará representavam uma das principais ameaças ao desembarque das tropas britânicas (FAA)

As forças argentinas invadiram a região com pouquíssima resistência, pois os britânicos mantinham apenas algumas dezenas de soldados do território, aparentemente sob nenhum risco. Três dias após a invasão, arruinando os planos diplomáticos de Buenos Aires, o parlamento britânico autorizou o envio de uma força tarefa para retomar as ilhas, e a ponta de lança da campanha era o caça Harrier, até então nunca testado em combate.

Começa o conflito

Enquanto a Marinha Real seguia a toda a velocidade para o Atlântico Sul, com uma força de cruzadores, submarinos e porta-aviões, a Força Aérea Real (RAF) iniciou uma ousada campanha de bombardeiros com os Avro Vulcan, que incapacitou a pista do aeroporto de Port Stanley, impedindo que os argentinos empregassem suas aeronaves a partir daquele ponto.

Dagger da FAA voando entre as embarcações britânicas, nas Malvinas (Domínio Público)
Dagger da FAA voando entre as embarcações britânicas, nas Malvinas (Domínio Público)

Antes do final de abril, os porta-aviões britânicos já haviam alcançado a zona do conflito e os Harrier foram lançados em voos de patrulha. Para combatê-los, os argentinos acionaram a FAA com força total. Porém, havia mais um problema: as Ilhas Malvinas também eram longe da Argentina. Para piorar, não havia no novo território uma pista com extensão capaz de receber os jatos supersônicos argentinos.

Navegando a cerca de 300 km das Malvinas, os porta-aviões Invencible e Hermes lançaram os primeiros Harrier no dia 1º de maio de 1982, em missão de bombardeio a pista em Port Stanley, então renomeada como Puerto Argentino. Em retaliação, nesse mesmo dia caças da FAA foram acionados para atacar os navios britânicos que se aproximavam. E lá foram os Harrier, agora armados como interceptadores.

A Royal Navy desativou os últimos Sea Harrier em 2006; EUA é atualmente o único operador (RAF)
A Royal Navy desativou os últimos Harrier em 2006 (RAF)

Os caças argentinos precisavam realizar uma viagem de 645 km até alcançar a zona de combate, o que limitava drasticamente o tempo em que as aeronaves podiam permanecer na zona do conflito, até alcançar o nível crítico de combustível e precisar retornar ao continente. No primeiro dia de combates aéreos, a argentina perdeu quatro aeronaves – dois Mirage III, um Dagger e um bombardeiro Canberra, abatido antes mesmo de alcançar as ilhas.

Domínio britânico

O fracasso total da Argentina na primeira batalha aérea da Guerra das Malvinas foi um duro golpe para a FAA, que não tinha mais nenhuma dúvida sobre a disposição dos ingleses em recuperar as ilhas e, sobretudo, a capacidade devastadora dos Harrier.

Apostando na alta velocidade, os caças argentinos enfrentavam os Harrier em combates frontais, uma tática que se mostrou completamente desastrosa. Não só isso, os mísseis disparados pelos aviões da FAA não conseguiam “engajar” as aeronaves inglesas, que rapidamente manobravam para a posição de contra-ataque e lançavam seus mísseis com uma precisão mortal.

O erro do primeiro combate fez a FAA recolher seus aviões e repensar suas estratégias de ataque. Enquanto isso, por mais de 20 dias os Harrier realizaram ataques a posições argentinas nas Malvinas, com bombas, foguetes e disparos de canhões. O medo e a precaução eram evidentes nas forças argentinas. Temendo o pior, a Armada Argentina recolheu o porta-aviões 25 de Mayo para uma posição próxima ao continente.

O porta-aviões 25 de Mayo por muito pouco não foi afundado pelos submarinos britânicos (Domínio Público)
O porta-aviões 25 de Mayo por muito pouco não foi afundado pelos submarinos britânicos (Domínio Público)

Ousadia e trapalhadas

Os aviões argentinos voltaram a voar na zona de guerra somente no dia 21 de maio, na tentativa de impedir o desembarque das forças terrestres britânicas. E mais uma vez, um massacre. Nesse dia os Harrier derrubaram mais quatro Dagger, um Pucará e cinco A-4 Skyhawk. Todo esforço da Argentina era em vão, com episódios dignos de trapalhadas.

Além dos mísseis não funcionarem contra os Harrier, caças argentinos realizaram ataques com bombas que foram mal armadas e não explodiram, mesmo atingindo em cheio os alvos. A força aérea argentina também não contava com tanques de combustível descartáveis no estoque e exigia que os pilotos não os ejetassem, mesmo em combate.

Outro episódio lamentável foi o abate de um Mirage III por “fogo amigo”. Após ser atingido por um Harrier, o piloto do caça argentino tentou levar a aeronave para uma pista na ilha. No meio do percurso, para aliviar o peso da aeronave, optou por alijar os tanques de combustível externos e acabou confundido pelas tropas do exército argentino como um caça britânico lançando bombas, e foi derrubado por um míssil terra-ar.

A FAA perdeu nove caças IAI Dagger, fabricados em Israel (Domínio Público)
A FAA perdeu nove caças IAI Dagger, fabricados em Israel (Domínio Público)

Nos dias 23 e 24 de maio, mais aeronaves argentinas pereceram diante dos Harriers, já chamado pelos soldados argentinos de “Muerte Negra”, devido a pintura dos caças, em tom cinza escuro. No primeiro dia, a FAA perdeu um helicóptero Puma e mais um caça Dagger e no seguinte mais quatro Dagger foram derrubados pelo caça britânico, que se consagrava a cada dia.

Um dos últimos combates aéreos do Harrier, realizado no dia 1º de junho, foi contra um C-130 Hercules, que voava em missão de reconhecimento, operação para qual o cargueiro não foi concebido.

Na ação aérea final da Guerra das Malvinas, no dia 8 de junho, os caças ingleses derrubaram mais quatro A-4, que tentavam um ataque desesperado contra as embarcações britânicas – a essa altura já praticamente estacionadas na costa das ilhas -, que no dia 14 de junho voltou a ser chamada de Falkland, após a rendição da Argentina.

As forças britânicas perderam oito Harrier, abatidos pela artilharia argentina e em acidentes (Domínio Público)
Os britânicos perderam oito Harrier, abatidos pela artilharia argentina e em acidentes (Domínio Público)

No final do conflito, os Harrier realizaram um total de 1.200 saídas e nenhum foi abatido em combate aéreo. Os argentinos, por sua vez, perderam 23 aeronaves, mas conseguiram abater com fogo de canhão e mísseis terra-ar quatro dos temidos caças ingleses. A força britânica ainda perdeu outros quatro aparelhos, acidentados devido às condições de voo praticamente proibitivas no Atlântico Sul.

Ilhas Falkland, hoje

A rápida invasão das Ilhas Falkland, como fizeram os argentinos em poucas horas em 1982, dificilmente poderá ser repetida pela Argentina ou qualquer outro candidato a conquistar o território, valorizado por suas reservas de petróleo pouco exploradas e a posição estratégica, próxima a diversas bases de pesquisa na Antártica.

A RAF mantém de prontidão caças Typhoon na base instalada no Aeroporto Mount Pleasant (Google Maps)
A RAF mantém de prontidão caças Typhoon na base instalada no Aeroporto Mount Pleasant (Google Maps)

Desde o final da Guerra das Malvinas, os britânicos mantém permanentemente na região grandes embarcações de combate e tropas do exército com armamentos pesados. O Reino Unido também instalou um sistema de vigilância avançado nas ilhas e uma base militar, onde a RAF mantém uma frota de caças Eurofighter Typhoon preparados para repelir qualquer invasor, seja de um país da América do Sul ou até uma grande potência.