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sábado, 22 de junho de 2024

Índia aquece disputa por Mirage 2000-5 usados

A Força Aérea da Índia (IAF) vai adquirir 24 caças Mirage 2000 usados para reforçar sua frota e criar um 'pool' de peças de reposição.


A frota Mirage 2000 da IAF (Indian Air Force – Força Aérea da Índia) já computa mais de 35 anos de uso, tendo sido provada em combate (operação Balakot de 2019), agora está passando por uma atualização de meia-vida. Cerca de 300 peças foram consideradas críticas, o que serviu de ‘gatilho’ para a aquisição de “novas” aeronaves de segunda mão.

A IAF deve adquirir 24 caças Mirage 2000 de segunda mão diretamente da Dassault, numa tentativa de reforçar sua frota envelhecida de caças de quarta geração e também garantir peças de reposição para os dois únicos esquadrões de M2000. Uma fonte – sob condição de anonimato – disse que a IAF já assinou um contrato no valor de US$ 31 milhões com a Dassault. Dos 24 caças, 13 estão em perfeitas condições, com motor e fuselagem intactos, com oito deles (quase metade de um esquadrão) prontos para voar após a manutenção. Os 11 caças restantes estão parcialmente completos e servirão de fontes de peças, como tanques de combustível e assentos ejetáveis.

A IAF adquiriu 50 caças Mirage 2000 C e B em 1985, com um contrato de manutenção que expirou em 2005. Desde lá contratos de manutenção de curto período vem sendo assinados com o fabricante francês. A compra destaca a importância de transferir peças de reposição e cadeias de suprimentos de motores para a Índia para futuras aquisições, já que os caças no exterior atingem a obsolescência muito mais rápido do que na Índia. Até que o governo de Narendra Modi tomasse a decisão de adquirir os caças Rafale de 4,5 gerações (também da Dassault), o Mirage 2000 era o caça de linha de frente da Índia, posição que ocupa desde a guerra de Kargil. A nova administração deve garantir que o equipamento original e as peças sobressalentes sejam fabricadas na Índia para que não haja escassez de peças sobressalentes até o momento em que o caça for desativado.

A outra questão que decorre dessa aquisição de última hora é que a IAF e a Marinha indiana devem planejar a aquisição de caças de modo que haja sinergia entre as duas Forças e a coerência seja mantida no fornecimento de peças sobressalentes. Também aponta para a necessidade do Ministério da Defesa de acelerar as decisões sobre o reaparelhamento da frota de caças do país, especialmente porque a China já mudou para caças de quinta geração e drones armados.

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