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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Os F-86 que não vieram para a FAB …

 


… e foram parar no Paquistão

Por Guilherme Poggio

Em 1966 a Força Aérea Brasileira demonstrou interesse num lote de caças F-86 ex-Luftwaffe. O propósito da FAB era substituir os seus Gloster Meteor e F-80C Shooting Star que voavam no 1º Grupo de Aviação de Caça e no 4º Grupo de de Aviação de Caça respectivamente.

Os Sabre haviam sido fabricados sob licença pela Canadair e receberam diversas modificações locais, sendo a principal delas a troca do propulsor original (GE J47) pelo tubo-jato Avro Orenda 14, o que tornava essa variante a mais veloz de todas. No Canadá esta variante do F-86F era conhecida como CL-13B Mk 6.

No entanto, este mesmo lote (90 aeronaves) foi vendido para o governo do Irã pouco tempo depois da demonstração do interesse brasileiro. Era uma negociação muito suspeita, pois a Imperial Força Aérea do Irã já havia recebido parte dos Northrop F-5A através do Programa de Assistência dos Estados Unidos.

O Freedom Fighter era uma aeronave muito mais avançada que o Sabre e naquela época o relacionamento Irã-EUA ia de vento em popa. Mais tarde descobriu-se que os Sabre tinham outro destino.

Após a guerra entre Índia e Paquistão ocorrida em 1965 a Força Aérea Paquistanesa foi ao mercado em busca de novos caças, mas a ONU proibiu seus membros de vender armas aos beligerantes. Os Sabre estavam no topo da lista de compras do Paquistão, que havia adquirido mais de uma centena do modelo F antes da guerra. Para ludibriar as autoridades da OTAN, a compra dos Sabre ex-Luftwaffe foi feita via Irã.

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