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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Rússia retoma produção dos bombardeiros Tu-160 modernizados

 

Rússia planeja eventualmente comprar 50 novos Tu-160M e modernizar 15 existentes Tu-160.


A Rússia reiniciou a produção dos bombardeiros estratégicos Tupolev-160, conhecidos como Blackjack, com o anúncio vindo de Sergey Chemezov, CEO da empresa estatal Rostec.

“Reiniciar a produção do Tu-160 foi uma tarefa e tanto para todas as afiliadas da Rostec. A documentação do projeto foi totalmente digitalizada dentro dos prazos mais apertados. A técnica de soldagem a vácuo de peças de titânio foi restaurada e a produção de unidades de fuselagem foi retomada. Hoje nós podemos dizer com segurança que tivemos sucesso em todos os aspectos”, disse ele, segundo a mídia estatal russa.

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O Tu-160M atualizado mantém o design exterior do seu antecessor, mas incorpora uma base tecnológica e soluções digitais completamente novas.

A recente visita do presidente russo, Vladimir Putin, à fábrica de aviação S.P. Gorbunov Kazan, no Tartaristão, onde inspecionou quatro bombardeiros estratégicos atualizados, chamou a atenção em meio a preocupações sobre as capacidades militares do país.

O Tu-160, reconhecido como o maior e mais poderoso avião supersônico com asas de geometria variável na história da aviação militar, passou por um programa de atualização iniciado por decisão de Putin.

O contrato governamental, assinado entre o Ministério da Indústria e Comércio e o departamento de design Tupolev, facilitou a digitalização da documentação do projeto da aeronave Tu-160M e a restauração das técnicas de soldagem a vácuo para produtos de titânio, levando à retomada da produção de unidades de fuselagem.

As principais empresas industriais da Rostec em metalurgia, design de aeronaves, engenharia e fabricação de instrumentos desempenharam papéis cruciais na revitalização da sua cooperação para a retomada bem-sucedida da produção.

O primeiro bombardeiro estratégico Tu-160M construído do zero fez seu primeiro voo de 30 minutos em 12 de janeiro de 2022. Está equipado com armas modernas, sistema de guerra eletrônica, além de equipamentos eletrônicos de bordo.

Segundo relatos, o Tu-160 entrou em serviço soviético pela primeira vez no final da década de 1980, com produção até 1995. Em 2015, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o reinício da produção da variante atualizada do Tu-160M para reforçar a estratégia da Força Aérea Russa na capacidades dos bombardeiros num momento de tensão crescente com o Ocidente, e para compensar atrasos no futuro programa de bombardeiros PAK-DA.

A Rússia planeja eventualmente comprar cerca de 50 bombardeiros Tu-160M e está atualizando 16 Tu-160 existentes para o padrão modernizado. Com o primeiro Tu-160M previsto para ser entregue em breve, a produção em série deverá começar em 2023, a uma taxa de produção de pelo menos três aeronaves por ano. Isso se ajustaria ao pedido de 10 aeronaves no período de 2023–27.

A atualização do Tu-160M está sendo implementada em duas fases, com a primeira fase do Tu-160M1 compreendendo o novo sistema de navegação K-042K-1 e piloto automático ABSU-200-1, bem como a remoção de alguns sistemas anteriores, como sistemas de observação das bombas. Esta variante do Tu-160M1 está operacional na Força Aérea Russa desde o final de 2014.

A segunda fase do Tu-160M2 inclui o novo radar Novella NV1.70, uma cabine digital glass, equipamentos modernos de comunicações e anti-jamming, motores NK-32 atualizados (designados NK-32-02) e modernas armas convencionais e nucleares.


Rússia enviará bombardeiro Tu-160 para uma rara visita na África do Sul, em uma “jogada bem pensada”

 


A Rússia enviará o seu mais avançado bombardeiro Tu-160 para uma feira de aviação e defesa em Pretoria, na África do Sul. Moscou quer não só mostrar poder militar, mas também, e talvez acima de tudo, fortalecer as relações com a África do Sul e aumentar ainda mais a influência de Putin pela África.

A feira Africa Aerospace and Defense acontece na capital sul-africana de 18 a 22 de setembro. O evento é uma combinação de uma exposição comercial e um show aéreo. A Rússia estará presente na feira com um de seus mais avançados bombardeiros de longo alcance, o Tupolev Tu-160 “Blackjack”.

Antes do evento, uma delegação de oficiais militares russos visitou um aeroporto perto de Pretória para planejar a implantação de bombardeiros de longo alcance Tu-160 na exposição. Esses oficiais foram calorosamente recebidos na base aérea pelo Chefe da Força Aérea Sul-Africana.

O envio dos seus bombardeiros pela Rússia não é apenas uma demonstração de poder militar. É um movimento geopolítico bem pensado que visa fortalecer os objetivos estratégicos de Moscou na África. Muitas empresas de defesa russas participarão da exposição, incluindo Aeroscan, Katod, Roscosmos Corporation, Rosoboronexport, Technodinamika e United Aircraft Corporation.

Ao enviar o Tupolev Tu-160, a Rússia pretende fortalecer as relações bilaterais com a África do Sul, ao mesmo tempo que se mostra como um parceiro militar confiável para outros países africanos. Esta ação deverá fazer parte da estratégia da Rússia, que aumenta constantemente a sua influência no continente atualmente dominado pelo Ocidente.

A África surgiu como um campo de batalha crítico nesta luta e, ao mostrar suas capacidades em grandes exibições de defesa como a AAD 2024, a Rússia está desafiando a influência ocidental na região de frente. Esta iniciativa também visa reforçar as relações da Rússia com nações fora da esfera ocidental, potencialmente suavizando o golpe das severas sanções impostas a Moscou devido ao conflito na Ucrânia. Para as nações africanas, a Rússia se posiciona como um parceiro viável que oferece uma alternativa às alianças ocidentais.

O capitão Tebogo Augustus, porta-voz da Força Aérea Sul-Africana, disse que a Rússia e a África do Sul mantêm fortes laços diplomáticos. “Os membros do BRICS, juntamente com a China, a Índia e o Brasil, têm fortes laços econômicos, relações políticas e acordos de cooperação militar”, disse Augustus, citado pelo site Military.africa.

A presença dos bombardeiros Tu-160 na África do Sul também transmite estrategicamente as habilidades de projeção de poder global da Rússia. Capazes de voos intercontinentais, esses bombardeiros simbolizam a capacidade da Rússia de projetar poder militar muito além de suas fronteiras. Esta não é apenas uma demonstração de força direcionada à África do Sul, mas uma declaração mais ampla à comunidade internacional, incluindo a OTAN e os Estados Unidos, sobre o alcance estratégico da Rússia e sua determinação em se afirmar no cenário global.

O bombardeiro russo Tupolev Tu-160, também conhecido como “Cisne Branco”, é um dos bombardeiros mais pesados ??e rápidos do mundo. Tem a capacidade de transportar armas convencionais e nucleares. Foi concebido na União Soviética e entrou em serviço na década de 1980. Desde então, continua a ser um dos elementos-chave das forças russas. O bombardeiro Tu-160 é um símbolo do poder militar russo que é regularmente modernizado.

3 de Setembro: 38 anos da recriação da Aviação do Exército

 

A Aviação do Exército constitui-se num orgulho para todo o coração verde-oliva, pois trata-se de um centro de referência em eficiência e modernidade, símbolo do Exército Brasileiro no limiar do terceiro milênio.





O início da Aviação Militar – Breve Histórico

A origem da Aviação do Exército tem como cenário os campos de batalha de Humaitá e Curupaiti, na Guerra da Tríplice Aliança.

Ao patrono do Exército, Duque de Caxias, coube o pioneirismo de empregar balões cativos em operações militares na América do Sul, com a finalidade de observar as linhas inimigas.


Em 1913, foi criada a Escola Brasileira de Aviação, no Rio de Janeiro, e foram adquiridos os primeiros aviões do Exército. No ano seguinte, tiveram início suas atividades.



Em 1915, esses aviões foram empregados sob o comando do Gen. Setembrino, na Campanha do Contestado, durante a qual faleceu o Tenente Aviador Ricardo Kirk, promovido “post mortem” ao posto de Capitão, sendo considerado por todos os aviadores da Força Terrestre, como o maior herói da Aviação do Exército e por isso se tornou o Patrono da AvEx.

A Aviação Militar desenvolveu-se com grande intensidade. Diversas turmas de pilotos foram formadas e vários aviões foram incorporados ao seu patrimônio. No Campo dos Afonsos, situado no Rio de Janeiro, estava concentrado o espírito aeronáutico militar, influenciado pela evolução do emprego aéreo nos campos de batalha da Europa e pelos acontecimentos que caracterizavam o período entre guerras.

Diante da eclosão da 2ª Guerra mundial, em 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica, extinguindo-se o Corpo de Aviação da Marinha e a Aviação Militar, encerrando-se, assim, a fase inicial da Aviação do Exército.

A Recriação da Aviação do Exército

Foto Arquivo AvEx (Reprodução Foto: Guilherme Wiltgen)

Acompanhando a evolução da doutrina militar, em 1985, o Estado-Maior do Exército nomeou uma comissão de estudos para a implantação da Aviação do Exército e, em 03 de setembro de 1986, por meio do Decreto Presidencial n° 93.206, ela foi recriada.

O 1° Batalhão de Aviação do Exército (1° BAvEx) foi organizado como unidade de emprego e a Diretoria de Material de Aviação do Exército (DMAvEx) criada para proporcionar o gerenciamento logístico necessário à implantação.

Em setembro de 1988, o 1° BAvEx foi instalado na cidade de Taubaté/SP, escolhida pela sua proximidade do parque industrial aeronáutico de São José dos Campos e por estar entre o Rio de Janeiro e São Paulo, bem como nas proximidades da fábrica da Helibrás, em Itajubá/MG. A partir de então, foram concluídos os processos de aquisição das aeronaves Esquilo e Pantera. A frente do 1º BAvEx, assumiu o Cel Inf Jomar Nascimento TELLES, que se tornou o FALCÃO 01/01, ou seja, o primeiro Comandante (01/01/1988 à 29/01/1990).

O dia 21 de Abril de 1989 entra para a história, pois nesta data foi realizada a entrega da primeira aeronave da Aviação do Exército, o Helibras Esquilo HB-350L1, designado HA-1 Esquilo que recebeu a matrícula EB-1001.

Em julho de 1993, ocorreu a reorganização da Aviação do Exército, com a qual se extinguiu a Brigada de Aviação do Exército e criou-se o Comando de Aviação do Exército (ComAvEx e atual CAvEx).

Após o recebimento das 52 aeronaves iniciais (16 Esquilos e 36 Panteras) e a reorganização da AvEx, fez-se necessário adquirir mais aeronaves do consórcio Eurocopter/Helibras, vindo a receber mais um lote de 20 aeronaves AS 550A2 Fennec, que também receberam a designação de HA-1.



Como consequência da participação do Exército Brasileiro na missão de observadores militares Peru-Equador (MOMEP), foram adquiridas quatro aeronaves Sikorsky UH-60L (Black Hawk) em 1997.



Encerrada a missão, as aeronaves seguiram da Fronteira Peru-Equador para o Brasil e, em 1999, passaram a integrar o 4º Esquadrão de Aviação do Exército (atual 4° BAvEx), sediado em Manaus-AM.

Posteriormente também foram adquiridas 08 aeronaves Eurocopter As 532UE Cougar, que receberam a designação HM-3 e foram enviadas quatro aeronaves para o 2° BAvEx em Taubaté/SP e quatro para o 4° BAvEx em Manaus/AM.



Os pioneiros da aviação recente tiveram sua formação nas Forças irmãs e, após absorver, mesclar, adequar e aperfeiçoar os conhecimentos obtidos na Marinha e Aeronáutica, foi possível criar um pólo de difusão de tais conhecimentos na própria AvEx, que hoje, além de formular e estabelecer doutrinas inerentes à aviação, é capaz de formar seus próprios pilotos e especialistas.

Atualmente, centenas de alunos, oficiais e praças são possuidores de cursos ou estágios realizados na AvEx, muitos dos quais estão distribuídos pelo Brasil, levando consigo a semente dos ideais da aviação.



A cada dia a AvEx consolida-se como uma aviação capaz e exemplar, não somente no cenário nacional mas também no internacional, operando em regiões e climas diversificados, seja na caatinga ou nas imensidões amazônicas, nos pampas ou na cidade. A AvEx surpreende pela capacidade de operar em distâncias ditadas pelas dimensões continentais deste país.

Destaca-se pela versatilidade, pois, além de apoiar a força militar terrestre, auxilia a comunidade na execução de ações de cunho cívico-social, no resgate aeromédico, na busca e salvamento, no apoio em calamidades públicas e em tantas outras atividades que elevam o nome da instituição.



A Aviação do Exército já recebeu o seu primeiro Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (SARP) Categoria 2, dentro do seu Plano Estratégico, que vai integrar o SIMEM (Sistema e Meios de Emprego Militar).

O modelo escolhido foi o Nauru 1000C, produzido pela empresa XMOBOTS Aeroespacial e Defesa.

Ele pesa 10Kg e opera fora do alcance visual, possuindo como características 3m de comprimento, 7m de envergadura, autonomia de 10h de voo e pouso e decolagem VTOL. O Nauru 1000C será dotado de sensores de vigilância e, inicialmente, foi adquirido um sistema com 3 aeronaves.

O Exército Brasileiro, através do Estado-Maior do Exército, aprovou no dia 23/03/22 a criação do Destacamento de Aviação do Exército (DstAvEx) no Comando Militar do Norte (CMN), com sede na Base Aérea de Belém.

O Destacamento conta com um total de cinco helicópteros, sendo três HM-1A Pantera e dois HM-4 Jaguar.



Em maio deste ano, o Estado-Maior do Exército aprovou a Diretriz de Implantação do Projeto Capacidade de Manobra, integrante do Programa Estratégico do Exército Aviação do Exército (Prg EEx Av Ex).

Esse projeto visa ampliar a Mobilidade da Força Terrestre através da aquisição de doze Helicópteros de Manobra Sikorsky UH-60M Black Hawk, designados HM-2A na Aviação do Exército.

O primeiro HM-2A está programado para ser entregue em 2025.

O Comando de Aviação do Exército compreende, além dos Batalhões de Aviação, a Base de Aviação de Taubaté, o Batalhão de Manutenção e Suprimentos de Aviação, a Companhia de Comunicação de Aviação do Exército e o Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx), que formam a Brigada Ricardo Kirk.





Embraer KC-390 Millennium- 5 anos de sucesso!

 


O KC-390 Millennium completa 5 anos de operação na Força Aérea Brasileira (FAB), marcando uma trajetória de sucesso como uma das principais aeronaves de transporte militar do país.

Desenvolvido pela Embraer, o KC-390 é uma aeronave multimissão projetada para modernizar a frota da FAB, substituindo aeronaves mais antigas e ampliando significativamente as capacidades de transporte e logística.

Com sua capacidade de operar em diversas missões e ambientes, o KC-390 se consolidou como um pilar essencial na estratégia de defesa e apoio da FAB, refletindo o compromisso da Força com a inovação e eficiência operacional.


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