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sábado, 7 de setembro de 2024

KC-390: Invenção Nacional, Sucesso Mundial



KC-390: Invenção Nacional, Sucesso Mundial

Projetado para ser um cargueiro multimissão, oferecendo capacidades avançadas em transporte de carga e pessoal, reabastecimento em voo e suporte a operações especiais

Agência Força Aérea, por Tenente Wanessa Liz

Recebido oficialmente na Base Aérea de Anápolis (BAAN), no dia 04 de setembro de 2019, a aeronave KC-390 Millennium marcou um novo capítulo da Força Aérea Brasileira (FAB). Desenvolvida pela fabricante nacional de aviões Embraer, a aeronave de transporte tático multimissão tem sido fundamental nas operações da FAB, destacando-se por sua versatilidade, tecnologia e contribuição em missões de grande importância nacional e internacional.

Operadas pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – e pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus – o KC-390 foi projetado para ser um cargueiro multimissão, oferecendo capacidades avançadas em transporte de carga e pessoal, reabastecimento em voo e suporte a operações especiais. Desde a sua chegada, o KC-390 acumulou mais de 15.000 horas de voo, refletindo sua confiabilidade e desempenho excepcionais. Atualmente, a FAB já possui um total de 6 unidades da aeronave.

O Comandante de Preparo (COMPREP), Tenente-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic, falou da importância, operacionalidade e citou algumas ações realizadas pelo KC-390 Millennium.  “A aeronave é crucial para a Força Aérea Brasileira, sendo a primeira no mundo a utilizá-la operacionalmente. É multimissão, capaz de realizar diversas tarefas como transporte aéreo, lançamento de cargas, reabastecimento e combate a incêndios, demonstrando sua flexibilidade e resposta rápida. O sucesso da aeronave já é reconhecido internacionalmente, com a Força Aérea Portuguesa já operando-a e com expectativa de mais vendas globais. Desenvolvida pela Embraer, o KC-390 é um exemplo do sucesso de um produto brasileiro”, finalizou.

Capacidades Operacionais

O KC-390 Millennium é um cargueiro estratégico com capacidade para transportar até 26 toneladas de carga, incluindo veículos pesados, equipamentos e até mesmo cargas humanitárias, sendo capaz de realizar diversas missões, como transporte aéreo logístico, reabastecimento em voo, evacuação aeromédica, busca e salvamento, entre outras. A aeronave é reconhecida por sua alta capacidade de carga, velocidade e alcance, características que a posicionam como uma das mais avançadas de sua categoria.

Conquistas e Reconhecimentos

A aeronave não só se consolidou como uma peça-chave nas Operações da FAB, mas também ganhou reconhecimento internacional. Em 2021, o KC-390 Millennium foi laureado com o prêmio Laureate Awards na categoria “Best New Product” pela Aviation Week Network, destacando-se como o melhor novo produto na aviação. Além disso, a aeronave recebeu o Grand Laureate de Defesa da Aviation Week em 2022, um prêmio que celebra as melhores realizações nos setores de Defesa, Aviação Comercial, Espaço e Aviação Executiva.

Atuação em Operações

A aeronave é utilizada em diversas operações logísticas militares, desempenhando um importante papel no transporte de equipamentos e suprimentos essenciais para as Operações Conjuntas das Forças Armadas. Um exemplo foi o transporte de 76,5 toneladas de veículos pesados para Estirão do Equador, no Amazonas, evidenciando a capacidade do KC-390 em apoiar operações de grande escala e em locais de difícil acesso.

Em operações de combate, o KC-390 Millennium tem demonstrado sua eficácia em várias missões. A aeronave foi equipada com tecnologia avançada para o lançamento de cargas pesadas e paraquedistas, permitindo a realização de operações de infiltração e extração de tropas e equipamentos em ambientes operacionais complexos. O treinamento de lançamento de paraquedistas realizado com o KC-390 é um exemplo de como a aeronave contribui para a capacidade operacional da FAB em cenários táticos.

Durante a Operação da COVID-19, o KC-390 Millennium desempenhou um papel essencial no transporte aéreo logístico, movendo insumos hospitalares, EPIs, profissionais de saúde e tanques de oxigênio para regiões remotas do Norte do Brasil. A aeronave destacou-se pela rapidez e eficiência, entregando mais de 180 toneladas de suprimentos, incluindo oxigênio para Manaus (AM) e alimentos e materiais de higiene para Boa Vista (RR).

A aeronave esteve presente em outras missões importantes. Transportou 14 toneladas de equipamentos, incluindo baterias e geradores, para o Amapá (AP), que devido a um incêndio, ficou sem energia elétrica. Foi essencial também na Operação Estiagem 2023, transportando 710 cestas básicas para Tabatinga, no Amazonas, como parte de uma ajuda humanitária para as áreas afetadas pela seca.

Em janeiro de 2023, a FAB iniciou o ressuprimento aéreo em Surucucu, Roraima, para ajudar as comunidades Yanomami afetadas por uma crise sanitária. Utilizando o KC-390 Millennium, a FAB transportou toneladas de suprimentos, incluindo a estrutura do Hospital de Campanha, e realizou lançamentos diários de cestas básicas e medicamentos a cerca de 200 metros de altura, otimizando a entrega de ajuda humanitária.

Em resposta à situação emergencial do Rio Grande do Sul, a aeronave desempenhou um papel crucial nas missões de apoio às vítimas das enchentes. Responsável pelo transporte de toneladas de donativos, incluindo alimentos, medicamentos, e equipamentos, além de módulos para hospitais de campanha. O KC-390 também realizou lançamentos aéreos de cargas essenciais para áreas isoladas. Entre as suas missões destacadas, a aeronave transportou purificadores de água, drones para monitoramento, e mais toneladas de materiais de apoio. Além disso, o KC-390 foi fundamental para o transporte de medicamentos, suprimentos hospitalares e até mesmo leite humano para crianças prematuras.

Ajudas Humanitárias Internacionais

Além de suas funções militares, o KC-390 tem se destacado em missões humanitárias internacionais. Em resposta ao ataque em Beirute, em agosto de 2020, o KC-390 transportou medicamentos, alimentos e equipamentos de saúde, demonstrando sua capacidade de carga e autonomia. No Haiti, em 2021, transportou 7 toneladas de equipamentos de emergência e 3,5 toneladas de medicamentos após terremoto e ciclone tropical. Em 2022, transportando 11,6 toneladas de ajuda humanitária a Ucrânia, incluindo alimentos, purificadores de água e medicamentos, para apoio a brasileiros e à população local.

Combate aos Incêndios e Sistema MAFFS 2

O KC-390 Millennium também tem sido uma ferramenta eficaz no combate a incêndios florestais, como no Pantanal e no interior do Estado de São Paulo (SP). Equipado com o sistema MAFFS 2 (Modular Airborne Fire Fighting System), a aeronave pode realizar lançamentos de água sobre áreas afetadas por incêndios, auxiliando no combate a incêndios florestais de grande escala. Esse sistema aumenta significativamente a capacidade de resposta da FAB em situações de emergência ambiental, destacando a versatilidade da aeronave em diversas operações.

Participação em Exercícios e Treinamentos

O KC-390 Millennium teve um papel de destaque em três importantes exercícios internacionais. O primeiro foi o “Culminating”, em 2021, na Louisiana, EUA. Este foi o primeiro exercício internacional do KC-390, conduzido pelo Esquadrão Zeus (1º GTT), e incluiu missões conjuntas com as Forças Americanas, como saltos de paraquedistas e voos coordenados com C-17 e C-130J. A participação do KC-390 evidenciou suas capacidades em Assalto Aeroterrestre e fortaleceu a interoperabilidade entre as forças, sendo essencial para o desenvolvimento doutrinário e operacional da aeronave na FAB.

Em 2022, participou do Exercício Internacional Cooperación VII, em Rio Negro, na Colômbia. Este exercício focou em operações humanitárias e de emergência, simulando cenários de terremotos e tsunamis. O KC-390, operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus, realizou transporte aéreo logístico e lançamentos de paraquedistas, acumulando mais de 25 horas de voo com 100% de disponibilidade, comprovando sua versatilidade e importância em missões internacionais e humanitárias.

No Exercício Multinacional Salitre IV, em outubro de 2022, no Chile, o KC-390 se destacou em operações aéreas combinadas e em uma exposição estática, atraindo cerca de 1.500 visitantes. O exercício envolveu Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Chile e uma célula da Força Espacial dos EUA, com missões em um cenário de combate simulado. O KC-390, com seis caças F-5M, demonstrou sua relevância tanto em operações combinadas quanto na integração com outros recursos aéreos, reforçando a cooperação e interoperabilidade entre as forças participantes.

O Comandante do Esquadrão Zeus, Tenente-Coronel Bruno Américo Pereira fala sobre a atuação da aeronave e a importância para o Esquadrão nesses cinco anos, destacando representatividade e o desempenho em missões de extrema relevância, tanto em território nacional quanto internacional. “Após 5 anos de operação, o KC-390 Millenium demonstrou ser essencial para a Força Aérea Brasileira e o Esquadrão Zeus. Participou de missões significativas como Operação Covid e Operação Pantanal, destacando-se pela excelência e versatilidade. O KC-390 não só representa um avanço tecnológico, mas também a capacidade de resposta eficiente em crises, elevando o prestígio do Brasil globalmente. A aeronave simboliza a superação de desafios e o compromisso com a nação. Celebrar esses 5 anos é reconhecer seu impacto transformador e a promessa de futuras conquistas”, finalizou.

“A aeronave provou seu valor em diversas missões e condições extremas, desde combate à Covid-19 até apoio em desastres naturais e operações internacionais. O KC-390 mostrou versatilidade e alta disponibilidade, operando em climas extremos e realizando tarefas complexas, como transporte de alimentos e apoio logístico em regiões remotas. Podemos afirmar com certeza que, para nós do Esquadrão Gordo e da aviação de transporte, é um motivo de grande orgulho implementar esta aeronave. Sem comprometer as capacidades já adquiridas e com toda a tecnologia embarcada, temos plena convicção de que novas doutrinas e capacidades poderão ser desenvolvidas a partir desta plataforma”, completou o Comandante do Esquadrão Gordo, Tenente-Coronel Aviador Umile Coelho Rende.

Egito seleciona J-10Cs chineses para substituir seus F-16s

 


No dia 7 de setembro de 2024 o Ministério da Defesa egípcio teria feito seu primeiro pedido de caças chineses de quarta geração, especificamente o J-10C, em 19 de agosto. Esta decisão ressalta os esforços contínuos do Cairo para aprofundar os laços estratégicos e econômicos com Pequim, após sua recente entrada no bloco BRICS liderado pela China no início deste ano.

Com este acordo, assinado em 19 de agosto, o Egito se torna o segundo país a adquirir o J-10C depois do Paquistão. Enquanto isso, relatos não confirmados sugerem que o Sudão pode ter negociado um acordo semelhante antes que complicações de insurgência em abril de 2024 atrasassem as negociações. Espera-se que os J-10Cs substituam a frota envelhecida de F-16 Fighting Falcons do Egito, à medida que são gradualmente eliminados.

Em uma recente demonstração de cooperação militar, a China exibiu sua aeronave J-10C no Egyptian International Air Show, marcando a primeira vez que esses caças se apresentaram na África.

Equipe de demonstração August 1st da PLAAF durante exibição no Egito.

Curiosamente, há especulações de que a decisão do Egito de adquirir o J-10C pode ser uma alternativa às propostas dos EUA para o pacote de atualização do F-16V. O J-10C oferece capacidades de combate superiores em comparação com o modelo aprimorado do F-16, tudo a um custo comparável.

Além disso, o país recusou ofertas russas para caças MiG-29, após experiências negativas com a aeronave MiG-29M comprada da Rússia em 2015.

Além dos três esquadrões de caças MiG-29M que o Egito encomendou da Rússia em 2015, a maioria dos caças de quarta geração do país vem de fontes ocidentais. A compra potencial de caças J-10C marca uma mudança significativa, refletindo o cenário político em evolução.

J-10C do Paquistão.

Relatórios recentes sugerem que o Egito pode estar encomendando J-10Cs, já que autoridades egípcias expressam preocupações crescentes sobre as operações militares israelenses apoiadas pelo Ocidente em Gaza. Autoridades no Cairo temem que essas operações possam forçar a população de Gaza a buscar refúgio no Egito.

Os quase 200 F-16s que formam a espinha dorsal da frota são vistos como alguns dos caças de quarta geração menos capazes do mundo. Eles são fortemente rebaixados e restritos a armamentos obsoletos da era da Guerra Fria, completamente desprovidos de capacidades modernas de ar-superfície além do alcance visual.

Caças F-16 da Força Aérea Egípcia.

Ao longo dos anos, o Egito encontrou vários obstáculos políticos na modernização e no armamento de seus F-16s com armamento avançado. Um desafio significativo tem sido seu relacionamento intrincado com os Estados Unidos. Como a frota de F-16 do Egito vem principalmente dos EUA, os acordos de armas com Washington são frequentemente vinculados a condições políticas rigorosas.

As decisões de política externa dos EUA geralmente ditam o fluxo de atualizações avançadas e sistemas de armas, com base em preocupações como direitos humanos, conflitos regionais ou alianças de uma nação. Por exemplo, após a remoção militar do presidente Mohamed Morsi em 2013, os EUA suspenderam temporariamente a ajuda militar, o que atrasou atualizações essenciais para os antigos F-16s do Egito.

Rafales da Força Aérea Egípcia.

Isso, juntamente com o controle dos EUA sobre peças de reposição e restrições operacionais rígidas sobre a aeronave, dificulta significativamente o poder aéreo egípcio.

Além disso, os caças Rafale fornecidos pela França, encomendados em 2015, também sofrem notáveis ??reduções de desempenho. Mais notavelmente, a ausência de mísseis ar-ar Meteor é um severo limitador de suas capacidades de combate.

Os jatos Rafale da França, embora livres de restrições políticas dos EUA, enfrentaram seu próprio conjunto de desafios geopolíticos. Quando o Egito tenta diversificar suas compras de armas, incluindo entrar em contato com a Rússia e a China, ele frequentemente entra em conflito com seus fornecedores ocidentais.

Governos ocidentais, incluindo a França, ocasionalmente relutam em equipar o Egito com os mais recentes sistemas de armas ou atualizações devido a preocupações sobre como eles podem ser usados ??em pontos críticos regionais como a Líbia ou o Iêmen. Este ato de equilíbrio entre manter boas relações com potências ocidentais e aliados não ocidentais complicou os esforços do Egito para modernizar sua frota com tecnologia de ponta.

Além disso, a mudança no cenário geopolítico do Egito no Oriente Médio influenciou suas relações de defesa. Os EUA e os países europeus têm como objetivo manter a influência sobre as atividades militares do Egito controlando o acesso a armamento avançado.

Devido às restrições na integração de mísseis ar-ar avançados e tecnologias de radar, os esforços do Egito para modernizar suas frotas de F-16 e Rafale foram prejudicados. Como resultado, o Egito tem buscado mais opções independentes para seus suprimentos de defesa, cada vez mais se voltando para países como a China, que impõem menos condições e restrições políticas. Essa tendência impulsionou a recente mudança do Egito em direção ao J-10 chinês.

Em contraste, o J-10C dará ao Egito acesso a duas das classes de mísseis ar-ar mais capazes do mundo: o PL-10 e o PL-15. Fontes ocidentais reconheceram que esses mísseis chineses superam significativamente seus equivalentes americanos, o AIM-9X e o AIM-120D.

Para o Egito, que tem usado variantes do AIM-9 da era da Guerra Fria e o desatualizado AIM-7, essa mudança significa um salto tecnológico que abrange várias décadas em desempenho. O J-10C será o caça mais capaz no arsenal do Egito em termos de combate ar-ar e pode até ser o mais avançado no continente africano.

O caça mostrou em combate simulado que pode superar os caças modernos de ‘geração 4+’ quase duas vezes seu tamanho, incluindo os russos Su-35s e os chineses J-16s. Sua gama de munições ar-solo compatíveis é extensa.

Desfile aéreo da FAB no 7 de setembro em Brasília teve apenas 4 aviões e a Esquadrilha da Fumaça

 

Imagem: Reprodução – CanalGov, em cena do vídeo apresentado abaixo

Quem gosta de aviação e assistiu ao desfile aéreo de 7 de setembro em Brasília (DF) neste ano de 2024 não pôde contar com a oportunidade de ver uma variedade tão diversa de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) como no ano passado.

Enquanto em 2023 a FAB levou as aeronaves KC-130 Hércules, A-1M, E-99, R-99, KC-390 Millennium e F-39 Gripen, representando as ações de Transporte Aéreo Logístico, Reabastecimento em Voo, Ataque, Reconhecimento Aéreo, Controle e Alarme em Voo, Combate a Incêndio em Voo, Defesa Aérea e Policiamento do Espaço Aéreo, neste sábado, 7 de setembro de 2024, a Força Aérea pôde apresentar apenas um KC-390 Millennium e três caças F-39 Gripen no Desfile Cívico-Militar da Independência na capital federal.

Em função da escassez de aviões, os 7 aviões A-29 Super Tucano do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da FAB, mais conhecido com a Esquadrilha da Fumaça, fizeram uma passagem baixa logo atrás da formação das quatro aeronaves, soltando, brevemente, fumaça nas cores verde, amarela e branca.

Imagem: Reprodução – CanalGov, em cena do vídeo apresentado abaixo

Mais tarde, a Esquadrilha realizou sua tradicional demonstração aérea, assim como no ano anterior.

O momento do desfile aéreo da Força Aérea pode ser visto novamente no player a seguir:

Além dos aviões da Força Aérea, os presentes puderam ver a passagem de um trio de caças AF-1 (A-4 Skyhawk) da Marinha do Brasil (MB), enquanto no ano passado havia sido apenas um exemplar deste modelo que desfilou.

Imagem: Reprodução – CanalGov, em cena do vídeo apresentado abaixo

O momento da passagem dos aviões da Marinha pode ser visto novamente no player a seguir:

Estatal UAC fechou acordos com empresa de leasing do país e também a companhia aérea Smartavia para fornecer os jatos MC-21, SJ-100 e Tu-214 e o turboélice Il-114-300
MC-21-310
MC-21-310 (UAC)


A United Aircraft Corporation (UAC), empresa que controla as principais fabricantes de aeronaves da Rússia, anunciou dois acordos significativos por mais de 280 de seus aviões comerciais durante o Fórum Econômico do Leste, em Vladivostok.

O maior deles foi acertado com a State Transport Leasing Company (STLC) e prevê o fornecimento de 132 aeronaves SJ100 (SuperJet), 65 turboélices regionais Il-114-300 e 41 jatos Tu-214.

O cronograma prevê a entrega das aeronaves entre 2027 e 2032, mas ainda depende da assinatura de um contrato de pedidos firmes.

“Já somos um fornecedor básico para a aviação regional e vemos uma grande demanda das transportadoras por aeronaves nacionais com modificações modernas”, disse Evgeniy Dietrich, Diretor Geral da STLC

Assinatura do acordo de venda de jatos russos entre a UAC e a arrendadora STLC
Assinatura do acordo de venda de jatos russos entre a UAC e a arrendadora STLC (UAC)

“Nossa interação com a STLC contribuirá para a implementação da estratégia de substituição de importações, atendendo às necessidades das companhias aéreas por aeronaves domésticas e garantindo acessibilidade de transporte e conectividade das regiões russas”, complementou o Diretor Geral da UAC, Yuri Slyusar.

A STLC, assim como a UAC, é uma empresa estatal e deverá contar com recursos financeiros do Fundo Nacional de Previdência para oferecer uma taxa de leasing mais acessível para as transportadoras aéreas russas.

Il-114-300
Il-114-300 (UAC)

Ex-subsidiária da Aeroflot vai alugar 45 MC-21

No mesmo evento, a Smartavia, uma companhia aérea low-cost sediada em Arkhangelsk, anunciou um acordo prévio com a UAC para adicionar 45 jatos de fuselagem estreita MC-21.

As aeronaves deverão substituir os Boeing 737 e Airbus A320 atualmente em uso, mas não foi revelado uma data para o início das entregas.

Os jatos serão arrendados por uma empresa de leasing russa e deverão ser entregues até 2035.

Airbus A320neo da Smartavia (Anna Zvereva)
Airbus A320neo da Smartavia (Anna Zvereva)

A Smartavia é uma empresa aérea privada, surgida em 1963, mas que teve o controle acionário adquirido pela Aeroflot em 2004.

Sete anos depois, a companhia aérea de bandeira russa vendeu sua participação, já quando se chamava Nordavia. Em 2019, ela foi renomeada como Smartavia.

Atualmente a frota é composta por 11 Boeing 737NG e dois Airbus A320neo.

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Empresa estatal de leasing da Rússia encomenda 238 aeronaves

 


A Russian State Transport Leasing Company (STLC) e o conglomerado de aviação russo United Aircraft Corporation (UAC) assinaram um contrato para o fornecimento de 238 aeronaves comerciais russas durante o Fórum Econômico Oriental em São Petersburgo.

O documento estabelece as condições básicas de entrega, que serão posteriormente fixadas em contratos permanentes, para aeronaves no período 2027-2032. Esses contratos prevêem a entrega de 132 aeronaves Superjet de curto alcance, 65 aeronaves turboélice regionais Il-114-300 e 41 aeronaves Tu-214 de médio alcance.

O número de aeronaves fornecidas no âmbito deste projeto poderá ser ajustado no futuro de acordo com o programa abrangente para o desenvolvimento da indústria da aviação da Federação Russa até 2030.

Ao mesmo tempo, também foi mostrado o protótipo do turboélice Il-114-300 nas novas cores corporativas da United Aircraft Corporation. Antes de ser pintado, o avião voou de Lukhovitsy, perto de Moscou, para Ulyanovsk. O Il-114-300 destina-se a substituir a antiga frota An-24. Parte significativa dos equipamentos é fornecida por empresas da Rostec State Corporation.