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quinta-feira, 12 de setembro de 2024

Milei compra 24 caças F-16 da Dinamarca e pede para ser parceiro da Otan em meio a corte de gastos


 O governo da Argentina comprou 24 caças F-16 da Dinamarca na última terça-feira, 16, e oficializou nesta quinta, 18, seu interesse em se tornar um parceiro global da Otan em meio à aproximação do governo de Javier Milei aos países ocidentais da Europa e os Estados Unidos. O país comprou os aviões por 300 milhões de dólares (R$ 1,5 bilhão) para “ter uma resposta imediata diante de qualquer ameaça”.

O valor foi criticado nas redes sociais por alguns argentinos que lidam com aumento da pobreza e forte ajuste em meio à meta de Milei de reduzir em 5 pontos percentuais o PIB do país em nome do equilíbrio das contas.

O contrato, que segue a declaração de intenção de compra feita em março, foi formalizado durante uma visita do ministro da Defesa argentino, Luis Petri, à base aérea dinamarquesa de Skrydstrup. Com essa compra, a “Argentina vai recuperar depois de muitos anos a capacidade de interceptação supersônica”, assinalou o Ministério da Defesa em um comunicado.

“Os aviões serão a coluna vertebral do sistema de defesa aérea na Argentina, missão que, durante mais de 40 anos, foi desempenhada pelos aviões Mirage”, acrescentou a pasta. Os últimos Mirage foram aposentados em 2017, após quatro décadas de serviço.

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A delegação da Argentina, liderada pelo Ministro da Defesa Luis Petri, participa de um evento para a imprensa na Base Área de Skrydstrup, na Dinamarca
A delegação da Argentina, liderada pelo Ministro da Defesa Luis Petri, participa de um evento para a imprensa na Base Área de Skrydstrup, na Dinamarca Foto: Bo Amstrup via REUTERS

A Dinamarca está modernizando sua frota aérea com caças F-35, um modelo muito mais moderno que os F-16, dos quais tem cerca de 40, incluídos cerca de 30 que continuam operacionais, segundo a imprensa local. O país escandinavo também se comprometeu a enviar um número indeterminado desses aparelhos à Ucrânia, invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

“Estou feliz que os aviões F-16 dinamarqueses, que nos prestaram serviços inestimáveis ao longo dos anos e que foram cuidadosamente mantidos e modernizados, possam beneficiar a Força Aérea Argentina”, declarou o ministro de Defesa dinamarquês, Troels Lund Poulsen, em nota.

Nenhuma data foi informada para a entrega, que inclui motores, peças de reposição, simuladores e equipamentos de treinamento, mas espera-se que ocorra nos próximos anos.

Por sua vez, o porta-voz do presidente Milei, Manuel Adorni, destacou que se trata da “aquisição militar mais importante dos últimos 50 anos de história argentina”.

Uma parte da delegação argentina observa um dos aviões F-16 que a Argentina está comprando da Dinamarca
Uma parte da delegação argentina observa um dos aviões F-16 que a Argentina está comprando da Dinamarca Foto: Bo Amstrup/ Ritzau Scanpix/AFP

Aval americano

O presidente Javier Milei participou da assinatura do contrato por videoconferência, pois suspendeu de última hora sua visita oficial à Dinamarca por razões de segurança, depois do ataque iraniano a Israel no último sábado. Milei reafirmou, na noite de sábado, o alinhamento geopolítico da Argentina com Estados Unidos e Israel e ofereceu sua solidariedade “inabalável” a esse último.

A compra teve o aval dos Estados Unidos, onde os F-16 foram fabricados. Nas redes sociais, o responsável pelas Américas do Departamento de Estado dos EUA, Brian Nichols, deus as boas vindas à Argentina na “família F16″. “Parabéns por este significante passo na modernização das capacidades de defesa da Argentina e no aprofundamento dos laços com a Otan e os EUA”, escreveu na rede social X (antigo Twitter).

A medida faz parte da política de Milei de resgatar a atuação das Forças Armadas argentinas, colocadas em escanteio desde o fim da última ditadura militar argentina. Em discurso recente no aniversário da guerra das Malvinas, o presidente falou em “reconciliação com as Forças Armadas”, tema sensível na Argentina.

A compra dos aviões também acontece no âmbito de um drástico ajuste fiscal por parte do governo libertário argentino que compreende, entre outras medidas, cortes de gastos e derretimento de salários, pensões e dotações orçamentárias em um contexto de inflação muito elevada. Nas redes, alguns argentinos criticaram a compra em um contexto em que o próprio presidente afirmou “não haver dinheiro”.

Jatos Mirage da Venezuela

 




A Força Aérea Venezuelana adquiriu e operou 16 aeronaves Mirage da fabricante francesa Dassault. Saiba um pouco mais sobre a passagem dos deltas franceses pela Venezuela.

O começo da década de 70, já se fazia evidente a obsolescência das aviões de caça da Força Aérea Venezuelana (FAV) na época. A FAV dispunha de 79 aeronaves Fiat/North American F-86K Sabre Dog, ex-Luftwaffe, operados pelo Esquadrões Aéreos de Caça 34,35 e 36 do Grupo Aéreo de Caça nº12 “Grifos”, baseados em Barquisimeto. Estes aviões eram já bastante antiquados em relação aos Hawker Hunter e Mirage operados pelas forças aéreas da região. Devido a isso, os círculos da FAV já se pensava na substituição dessas aeronaves.

Um F-86K Sabre Dog: Em 1965, a FAV adquiriu 79 dessas aeronaves. Cinco anos depois, teve que os substituir.

O governo venezuelano estudou a aquisição de caças-bombardeiros e acabou escolhendo os caças Mirage, construídos pela AMD/BA ( Avions Marcel Dassault/Breguet Aviation). Em 1971, se encomendou á AMD/BA a construção de dez Mirage IIIEV, quatro Mirage 5V e dois Mirage IIIDV. Pela resolução ministerial No.A-00227de 26/07/1973, foi criado o Grupo Aéreo de Caça nº11, baseado na Base Aérea de El Libertador, em Palo Negro. Este grupo era organizado em três esquadrões: Esquadrão de Caça nº33 “Halcónes”, operando os Mirage IIIEV/DV, em missão de interceptação; Esquadrão de Caça nº34 “Caciques”, operando os Mirage 5V e Mirage IIIEV, especializado em missões de ataque; e o Esquadrão de Manutenção nº 117, com a missão de manter as aeronaves do grupo.

O simulador de Mirage operado pela FAV: Muitos pilotos da América do Sul treinaram nesse simulador.

Dentro do grupo, também era baseada a Escola de Ar e Terra do Mirage, responsável pela instrução de pessoal na operação do sistema de armas Mirage. Esta escola chegou a ter um simulador de vôo, onde treinavam não somente pilotos venezuelanos, como treinaram pilotos do Brasil, Peru e Argentina.

A FAV operava as seguintes variantes do Mirage:

Dassault Mirage IIEV/DV: Está versão é especializada para missões de interceptação. Esta aeronave era propulsada por um motor SNECMA Atar 9C, de 9.436lbf (4.280kg/f) de empuxo seco. Este motor é equipado com um pós queimador que dá a capacidade em empuxo de 13.668lbf (6.199kg/f), permitindo assim, alcançar a velocidade máxima de Mach 2.2 (2.692km/h). Era equipado com um radar de controle de fogo Thomson-CSF Cyrano IIB, que permitia realizar missões de interceptação all-weather (todo tempo). As unidades venezuelanas não contavam com o radar de navegação Thomson-CSF, instalado em uma carenagem abaixo do nariz da aeronave. Outra característica dos Mirages venezuelanos era seu míssil ar-ar. Se utilizava um AIM-9B Sidewinder norte-americano ao invés do R.550 Magic I. Os Mirages IIIEV eram monoplace (um lugar) enquanto o Mirage IIIDV são biplace (dois lugares), estes últimos, não tem radar, servindo como avião de treinamento e ataque.

Dassault Mirage 5V: Esta versão do Mirage é especializada em missões de ataque. É equipada com as mesmas turbinas, armas, assento ejetor e estrutura geral do Mirage III, a diferença está na maior capacidade de portar armas, eliminação do radar e simplificação da eletrônica, tendo o jato um bico mais longo e fino.

Modernização

Um Mirage IIIDV venezuelano voa junto a um Mirage IIIEA argentino.

Após uma década de uso, o sistema de armas Mirage já sentia o desgaste e obsolescência de seus sistemas. Os problemas principais era a falta de eletrônica dos Mirage 5, que não podia efetuar suas missões com total eficiência e os problemas nos motores SNECMA Atar 9C, na qual estava cada vez mais caro e problemático para manter.

Em 1979, começaram os estudos para a modernização das aeronaves. O projeto se viu adiado entre junho de 1980 e julho de 1982, devido aos estudos da FAV para a compra de uma nova aeronave de combate. Esses estudos levaram a compra dos caças F-16A/B Block 15 no ano de 1982. Nesse mesmo ano, os estudos para a modernização do sistema de armas Mirage foi retomado, com a premissa de reforçar a defesa aérea venezuelana e e não depender de um só provedor de aeronaves de combate.

A compra dos F-16 venezuelanos adiou a modernização do sistema de armas Mirage (Foto: f-16.net)

Entre março e abril de 1983 se aprovou o primeiro projeto de contrato de modernização da frota, porém, em dezembro daquele ano, o projeto foi postergado para o próximo governo. Em 1984, um novo contrato foi aprovado pelo governo e em 1985, foram acertados os acordos finais para a modernização, porém a queda nos preços do petróleo aquele ano acabou encurtando o orçamento governamental aquele ano, cancelando assim, todos os contratos existentes. Em agosto de 1987, com a Crise da Corveta Caldas, o governo venezuelano aprovou o contrato de modernização, tendo ele sido assinado com a AMD/BA em junho de 1989.

ARC Caldas (FM-52): A crise provocada por esta fragata foi crucial para a modernização do sistema de armas Mirage. (Foto: Ejercito de Colombia)

Das aeronaves originais, foram enviadas seis Mirage IIIEV, dois Mirage IIIDV e três Mirage 5V para a sede da AMD/BA, em Toulouse, França. Estas aeronaves se juntariam a outros cinco Mirage 5M, ex-Zaïre, que foram adquiridos pela FAV. Todas estas aeronaves seriam modernizadas para o padrão Mirage 50V. Todos os sistemas foram adquiridos por US$ 300 milhões que também incluía um Dassault Falcon 20DC como plataforma de instrução, porém essa compra foi cancelada, devido a problemas de financeiros.

Um Mirage 50EV em Tolouse, sem o esquema de pintura da FAV.

O Mirage 50V era uma modernização completa da aeronave, baseada em Mirages já existentes, que contava com eletrônica e peças similares as do Mirage F1 e do Mirage 2000. A modificação mais significativa era seu motor: O velho Atar 9C foi trocado por um Atar 9K50. Esta planta propulsora produz 11.023lbf (5.000kg/f) de empuxo seco, contando com pós-combustor, que produz 15.873lbf (7.200kg/f) de empuxo.

A aeronave ganhou ‘canards’ fixos uma sonda de reabastecimento em vôo tipo ‘probe’, assentos ejetores Martin-Baker Mk.10, com capacidade zero-zero, um radar de controle de fogo Thomson-CSF Cyrano IVM, com capacidade de operar misseis Super 530D e AM.39 Exocet, além de melhores capacidades ar-terra), HUD, INS (Sistema de Navegação Inercial), computador de voo, sistemas de RWR (Alerta Radar), EW (Guerra Eletrônica), IFF (Sistema de Identificação Amigo-Inimigo), lançador de chaff/flare e capacidade HOTAS (Sistema de Controle com Mãos em Manche e Manetes)

A modernização do sistema de armas Mirage deu capacidade dessas aeronaves operarem em conjunto com os F-16 adquiridos em 1982. (foto: Wikipedia Commons)

Com a modernização, se incorporou um grande numero de armas para os Mirage 50V. Entre elas se encontram mísseis antinavio Aérospatiale AM.39 Exocet, mísseis ar-ar infravermelho Matra R.550 Magic II, bombas anti pista Matra Durandal e Brandt BAP-100, bombas de queda livre SAMP, de 400kg e bombas anti blindagem Brandt BAT-120. Estas armas se uniram as bombas de queda livre Mk.82, de 227kg e os lança-foguetes Matra JL-100R, que lança foguetes SNEB, de 68mm.

Um dado curioso dessa modernização foi a transformação de um Mirage 5V em uma aeronave biplace, devido a perda de uma unidade biplace em um acidente em 1990 e a necessidade de cobrir o requerimento de três aeronaves do tipo modernizadas. No mesmo ano, um Mirage IIIEV foi perdido em um acidente, assim diminuindo o numero de aeronaves para modernização de 18 para 16. A primeira aeronave foi entregue para a Venezuela em 30 de novembro de 1990 e a última aeronave entregue para o país aconteceu em 1992.

Um par de Mirage 50EV, um deles carrega um míssil antinavio AM.39 Exocet no pylon ventral.

Com a modernização dessas aeronaves, se reestruturou a organização do Grupo de Caça Nº11, trasladando todos os pilotos e equipamentos para o Esquadrão de Caça Nº34, que se especializou em operações de ataque e antinavio. O Esquadrão de Caça Nº33 se tornou uma unidade de conversão operacional do modelo.

Ao longo de sua carreira na FAV, o sistema de armas Mirage participaram de uma variedade de exercícios em Venezuela e no exterior. Um comum era a Operação Dardo, onde todas as aeronaves de combate da FAV são enviados para a Ilha de Margarita, para praticar tiro com canhão no Mar do Caribe, utilizando um alvo aéreo chamado ‘Dardo’, rebocado por um caça VF-5. Nos exercícios no exterior, se destacam o intercambio coma Guarda Aérea Nacional de Porto Rico, os exercícios UNITAS, com a US Navy, a Operação Miranda 98′, onde houve participação da Armée de L’Air com quatro Mirage 2000N, do EC 1/3, em exercícios onde participaram caças F-16 e VF-5 da FAV e os exercícios Cruzex 2004 e 2006.

No ano de 2003, o Mirage 50DV ‘FAV 4212’ recebeu uma pintura especial de 30 anos da chegada desse sistema de armas no país.

No começo de 2008, devido aos altos custos de manutenção e desgaste das aeronaves, os três primeiros Mirage 50V foram retirados de serviço e canibalizados para manter o restante da frota. Em 2009, decidiu-se por retirar de serviço da FAV o sistema de armas Mirage, o que ocorreu em julho daquele ano, após 35 anos de serviço.

Mirage 50EV na Força Aérea Equatoriana: Seis aeronaves ex-FAV foram transferidas para a FAE em 2009. (foto: FAV-Club)

Os aviões foram armazenados nas instalações do Grupo de Caça Nº11, na Base Aérea de El Libertador. Dois meses depois, o governo venezuelano ofereceu as aeronaves a titulo de doação. Na época, a Força Aérea Equatoriana (FAE) sofria uma baixa na operatividade de seus Mirage F.1 e Kfir CE e aceitou a doação no setembro de 2009, após as aeronaves serem inspecionadas por técnicos da FAE. No total, seis aeronaves (três EV e três DV), peças de reposição, equipamentos de terra e armamento foram transferidos para o Equador. Os três primeiros Mirage chegaram a Base Aérea de Taura em 29 de outubro de 2009. No dia 15 dezembro de 2009, outras trçes aeronaves chegaram a Taura, porém, a autorização de transferência da França só chegou no di 27 de março de 2010, quando as aeronaves foram repintadas e entraram oficialmente em serviço pela FAE.

COMBATES AÉREOS: Caças F-14 dos EUA versus Su-22 da Líbia sobre o Golfo de Sidra, em 1981

 

Em 19 de agosto de 1981, dois jatos Sukhoi Su-22 Fitter da Força Aérea Líbia são abatidos por F-14 Tomcats da Marinha dos EUA no Golfo de Sidra

Em 1973, em resposta à Líbia ter reivindicado o Golfo de Sidra abaixo de 32° 30′ N como suas águas territoriais, a Marinha dos Estados Unidos começou a conduzir patrulhas de Liberdade de Navegação na região, pois as reivindicações da Líbia não eram reconhecidas pelo Direito Internacional. Essas patrulhas FON foram intensificadas após a eleição de Ronald Reagan e, em agosto de 1981, dois porta-aviões foram despachados para o Golfo.

Os líbios responderam desdobrando um grande número de caças MiG-23, MiG-25, Su-22 e Mirage F1s para bases na costa da Líbia e, em seguida, voando missões sobre suas águas reivindicadas. Aviões da Marinha dos EUA realizaram missões de interceptação conforme a situação começou a piorar, incluindo o lançamento de um míssil ar-ar por um jato da Líbia no dia 18 de agosto.

No dia 19, uma aeronave embarcada S-3 Viking voava deliberadamente em uma rota sobre o território disputado, tentando provocar uma reação dos líbios. Dois jatos Su-22 Fitter foram despachados para interceptar o S-3.

Dois F-14 Tomcats foram acionados para interceptar os Su-22s e, quando eles passaram um pelo outro, os jatos líbios dispararam um míssil contra os americanos, mas erraram.

Quando os jatos da Líbia tentavam desengajar, os F-14s viraram e avançaram atrás dos Su-22s, cada um disparando um único AIM-9 Sidewinder, ambos atingindo seus respectivos alvos. Os pilotos líbios foram vistos ejetando.

Apesar disso, o governo líbio não desistiu de sua reivindicação sobre o Golfo e outros incidentes aconteceriam em 1986 e 1989.

O combate

Em 19 de agosto, dois caças Grumman F-14 Tomcat do esquadrão de caça VF-41 Black Aces, baseados no navio-aeródromo USS Nimitz, voavam numa PAC (Patrulha Aérea de Combate) em formação de combate, afastados 3.000m um do outro, com o ala voando 2.000m mais alto.

Num dado momento, detectaram dois sinais não identificados no radar. O líder da formação avistou os estranhos a 12km de distância e virou-se imediatamente para interceptá-los.

Pouco depois, a distância entre os aviões americanos e líbios tinha diminuído para perto de 5km, quando os intrusos foram identificados visualmente com segurança como caças-bombardeiros de fabricação soviética Sukhoi Su-22 “Fitter”, da Força Aérea Líbia.

Nos segundos seguintes, os pilotos americanos viram o líder líbio disparar um míssil AA-2  “Atoll”  guiado por infravermelho contra eles. Pelas regras de engajamento, os Sukhoi passaram a ser considerados como hostis e os Tomcat ficaram livres para combater, sem pedir permissão ao comando.

Depois que o líder líbio disparou o míssil, os dois Su-22 partiram em direções diferentes para tentar evitar os F-14. Kleeman, o comandante do elemento, perseguiu o avião da esquerda e seu ala, Muczynski, atacava o da direita.

Enquanto o ala líbio subia e se inclinava para começar a girar, seu líder girava brutalmente para completar 180 graus. Kleeman tinha previsto essa manobra e colocou-se na cauda do Sukhoi, a uma distância de 1.400m, enquanto Muczynski perseguia o líder.

Kleeman travou no alvo e lançou contra ele um míssil AIM-9L Sidewinder, destruindo o Sukhoi. O piloto líbio se ejetou. Muczynski fez o mesmo poucos segundos depois, mas o paraquedas do piloto do avião que ele derrubou não abriu.

O fato de deixar um grande afastamento entre os dois F-14 Tomcat, impediu o inimigo de avistar ambos ao mesmo tempo, contrastando bastante com a formação fechada e taticamente ineficaz dos líbios.

Embora o F-14 não tenha sido projetado para “dogfight”, o treinamento recebido pelos pilotos da Marinha na escola Top Gun os capacitou a superar o inimigo em aeronaves menores e potencialmente mais manobráveis que eles.

24 de agosto de 1981, Nápoles, Itália – Tenentes e oficiais de interceptação de radar, James Anderson (primeiro à esquerda) e David Venlet (último à direita), com os pilotos Lawrence Muczynski (segundo à esquerda) e, capitão de fragata Henry Kleeman, a bordo do porta-aviões USS Nimitz, cinco dias após o incidente no Golfo de Sidra