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domingo, 1 de setembro de 2024

Embraer vê papel maior para jatos crossover

 

Crédito: Embraer

A relevância da categoria de aviões comerciais "small narrowbody", ou crossover, está aumentando, de acordo com a Embraer.

Apresentando sua perspectiva de mercado para os próximos 20 anos no Farnborough Airshow da semana passada , a fabricante brasileira destacou as virtudes da categoria de até 150 assentos.

“Aeronaves maiores nem sempre são economicamente ou operacionalmente ótimas para mercados de média e baixa densidade, particularmente quando múltiplas frequências diárias são essenciais para que essas cidades permaneçam bem conectadas”, diz a empresa. “Frotas com essas aeronaves [maiores] se beneficiam quando complementadas por narrowbodies menores no segmento de menos de 150 assentos.” 

Os tipos menores, ou seja, os portfólios Embraer E-Jet e Airbus A220, “vão onde jatos maiores não conseguem, fazem isso com mais frequência e geralmente de forma mais lucrativa.

“À medida que o tamanho médio das aeronaves nas principais regiões do mundo aumenta, um reflexo da forte carteira de pedidos de aeronaves narrowbody de 200 assentos, fica claro que uma frota mista de narrowbody pequenas e grandes é a melhor maneira de atender às diversas características de uma rede aérea.”

Isso é evidente em diversas transportadoras, como a Royal Jordanian e a LCC SalamAir de Omã, por exemplo, comprando Embraers para complementar suas frotas da família A320.

“Uma frota mista de jatos com menos de 150 assentos e aeronaves narrowbody maiores será a estratégia de frota bem-sucedida para os próximos 20 anos”, afirma o presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer.

A previsão da Embraer prevê uma demanda global por 10.500 jatos e turboélices na categoria de menos de 150 assentos nos próximos 20 anos. Desse total, a grande maioria — 8.470 — serão jatos, em comparação com 2.030 turboélices.

A América do Norte, seguida pela Ásia-Pacífico e Europa, liderará as entregas de jatos, prevê a previsão.

“As transportadoras estão adicionando capacidade em grandes mercados, mas cidades menores ainda precisam permanecer bem conectadas às redes aéreas com serviço aéreo de alta frequência”, diz Meijer. “Acreditamos que aeronaves na categoria de menos de 150 assentos são as mais eficientes e econômicas para atender a essa necessidade.”

As entregas de jatos crossover nos próximos 20 anos estão previstas para serem divididas por região, assim:

2.610 América do Norte (30,8%)

2.260 China e Ásia-Pacífico (26,7%)

2.110 Europa e CEI (24,9%)

770 América Latina (9,1%)

380 África (4,5%)

340 Oriente Médio (4%)

A previsão ilustra a forte demanda contínua por jatos crossover da América do Norte, onde eles formam a espinha dorsal das companhias aéreas alimentadoras que atendem às principais transportadoras. Eles também estão causando impacto com transportadoras independentes como JetBlue, Breeze Airways e Porter Airlines.

Não é de surpreender que a grande escala do mercado da China e da Ásia-Pacífico faça com que a América do Norte fique em segundo lugar, enquanto a Europa sempre foi um destino popular para jatos crossover, principalmente em rotas que ligam cidades secundárias.

No outro extremo da escala, o número relativamente pequeno de jatos crossover previstos para serem comprados por transportadoras do Oriente Médio e Norte da África nos próximos 20 anos mostra que as transportadoras da região continuarão a favorecer modelos maiores, com a Airbus e a Embraer continuando a enfrentar uma batalha difícil para ganhar força para seus produtos menores neste mercado.

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