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sábado, 31 de agosto de 2024

Breeze apresenta seu primeiro Airbus A220-300

O primeiro A220-300 da Breeze (Airbus)


 A Breeze Airways apresentou à imprensa nesta terça-feira (26) nos EUA seu primeiro Airbus A220-300, parte de uma encomenda de 80 aeronaves feita a Airbus.

O jato, que se encontra na fábrica de Mobile, dos EUA, dará a largada a um ritmo de entregas de um avião por mês, segundo a companhia aérea de baixo custo.

A meta da Breeze é colocar o A220 em serviço no 2º trimestre de 2022. Até lá, a empresa espera contar com seis aeronaves em sua frota. Já as rotas onde o Airbus irá operar permanecem em sigilo e só serão reveladas no início do ano que vem.

Mas a empresa fundada por David Neeleman confirmou que o A220 será utilizado em voos transcontinentais entre cidades nos Estados Unidos que não possuem ligação direta atualmente.

Embora tenha estreado em maio com uma frota de jatos de segunda mão da Embraer, a Breeze aposta sobretudo no A220-300 como aeronave capaz de fazê-la crescer em participação.

Os assentos da classe premium da Breeze

“O A220-300 será um ‘game changer’ para nóis já que permitirá que adicionemos voos de longa distância que podem levar em média cinco horas, incluindo ligações transcontinentais”, disse Neeleman.

Os jatos Airbus da Breeze serão configurados com apenas 126 assentos em três classes de serviço. Serão 80 poltronas na econômica com fileiras 2+3, 10 lugares com espaço extra para as pernas e 36 assentos premium, em configuração 2+2 e que a empresa mostrou em primeira mão aos jornalistas convidados.

Todos os lugares oferecem portas USB e tomadas de energia, e contarão com um sistema de conexão a internet ainda a ser anunciado.

A nova classe premium será vendida pela tarifa ‘Nicest’ que inclui assntos com 39 polegadas de distância longitudinal, 20,5 polegadas de largura e recursos especiais, como o apoio para os pés para maior conforto. A Breeze promete tarifas acessíveis se comparadas às classes executivas de outras companhias.

Atualmente, a Breeze voa para 16 cidades em 13 estados nos EUA. Segundo Neeleman,  a empresa aérea contará com 15 jatos A220-300 que devem ampliar significativamente a malha doméstica.

A Breeze estreou em maio com jatos de segunda mão da Embraer (Breeze)

A220: Aposta da Airbus que concorre com Embraer tem investimento de R$ 6 bi

 


O segmento de aviação regional tem ganhado crescente atenção nos últimos anos, refletindo a necessidade de soluções eficientes e sustentáveis para o transporte aéreo. Nesse contexto, a Airbus lançou a família A220, uma aeronave que promete enfrentar de frente a Embraer e suas soluções, especialmente no mercado de aviões de corredores estreitos. Neste artigo, exploraremos a A220, seu impacto no mercado, os investimentos envolvidos e a evolução do setor aéreo.

O Que é a A220?

A A220, anteriormente conhecida como Bombardier CSeries, é uma família de aeronaves de corredor estreito desenvolvidas pela Airbus como parte de sua estratégia para dominar o mercado de jatos regionais. Com capacidade para 100 a 150 passageiros, a A220 atua em uma faixa de mercado que tradicionalmente tem sido o terreno da Embraer, com seu modelo E-Jet.


Design e Tecnologia

A A220 se destaca pelo uso de materiais avançados e tecnologia de ponta, oferecendo uma operação mais eficiente em termos de consumo de combustível e redução de emissões. Suas características incluem:

  • Eficiência de Combustível: O A220 foi projetado para ser 20% mais eficiente em termos de combustível em comparação com aeronaves concorrentes.
  • Conforto para os Passageiros: Com uma cabine mais espaçosa e arrojada, a A220 oferece uma experiência superior de voo, aumentando a satisfação dos passageiros.
  • Performance em Pistas Curtas: A aeronave pode operar em pistas menores, o que permite maior flexibilidade nas rotas e frequências.

O Investimento de R$ 6 Bilhões

O investimento anunciado pela Airbus de R$ 6 bilhões não é apenas um número; é uma declaração de intenções sobre ser um competidor sério no mercado global de aviação. Este montante será direcionado para diversas áreas, incluindo:

  • Aprimoramento da Produção: A modernização das fábricas para atender à crescente demanda por aeronaves.
  • Pesquisa e Desenvolvimento: Foco na inovação para manter a competitividade em relação a outras fabricantes.
  • Expansão das Operações: Fortalecimento da presença da Airbus em diferentes mercados, particularmente na América Latina.

Concorrência com a Embraer

A Airbus, com sua A220, busca se estabelecer como uma alternativa robusta aos jatos E da Embraer. É crucial analisar como essa concorrência está se desenrolando:

As Forças da Embraer

A Embraer, uma das líderes de mercado em aviação regional, tem algumas vantagens que a Airbus precisa superar:

  • Histórico de Sucesso: A Embraer se estabeleceu como uma marca confiável, com uma sólida base de clientes global.
  • Custos Operacionais Baixos: Os jatos E são conhecidos por seu custo operacional competitivo, o que atrai muitas companhias aéreas.
  • Rede de Suporte e Manutenção: A Embraer tem uma rede consolidada que oferece suporte importante para suas aeronaves.

Estratégias da Airbus

Para competir, a Airbus implementou algumas estratégias eficazes:

  • Parcerias e Alianças: Estabelecimento de acordos com companhias aéreas para promover o A220 e aumentar sua penetração de mercado.
  • Marketing Direcionado: Foco em mostrar os benefícios da A220, como eficiência de combustível e conforto, para atrair novos clientes.
  • Suporte ao Cliente: Oferta de programas que garantem um atendimento excepcional no pós-venda.

O Futuro da A220 no Mercado Global



As expectativas para o futuro da A220 são otimistas, especialmente com a crescente necessidade de soluções aéreas sustentáveis. As tendências atuais do mercado indicam um aumento significativo na demanda por aeronaves de corredor estreito, o que representa uma oportunidade significativa para a Airbus. Alguns fatores que impulsionam essa demanda incluem:

  • Crescimento do Tráfego Aéreo: A recuperação pós-pandemia e a previsão de crescimento do tráfego aéreo regional criam uma necessidade maior por aeronaves eficientes.
  • Sustentabilidade: A pressão crescente para reduzir a pegada de carbono no transporte aéreo está fazendo com que as empresas busquem alternativas mais verdes, como a A220.

A A220 no Contexto Global

Em uma visão mais ampla, a A220 representa um movimento estratégico da Airbus para expandir sua influência no mercado global de aviação. O contexto geopolítico e os desafios econômicos trazem variáveis que podem impactar tanto a Airbus quanto a Embraer.



Desafios Econômicos

A aviação é um setor suscetível a flutuações econômicas. Fatores como preços do petróleo, mudanças nas tarifas comerciais e crises financeiras têm impacto direto na demanda por novas aeronaves. A Airbus precisa estar atenta às mudanças nas condições de mercado para garantir a viabilidade econômica da A220.

O Papel da Inovação

A inovação contínua será a chave para o sucesso da A220. Investimentos em tecnologia, materiais sustentáveis e eficiência operacional são essenciais para diferenciar a Airbus e atrair compradores em potencial. A adoção de novas tecnologias pode proporcionar vantagens competitivas significativas, especialmente em um mercado em rápida evolução.

Considerações Finais

O lançamento da A220 marca uma nova era para a Airbus, que está emergindo como um competidor firme no espaço da aviação regional, historicamente dominado pela Embraer. Com um investimento robusto de R$ 6 bilhões e uma estratégia focada em eficiência, sustentabilidade e conforto, a Airbus tem a oportunidade de moldar o futuro do transporte aéreo.


Avançando, o sucesso da A220 dependerá não apenas da aceitação do mercado, mas também da capacidade da Airbus de se adaptar e inovar diante de um setor em constante transformação. O cenário competitivo entre a Airbus e a Embraer certamente proporcionará benefícios em termos de inovação e serviços para os clientes, tornando o futuro da aviação regional ainda mais interessante.

As próximas décadas poderão revelar mudanças significativas que impactarão não só as fabricantes, mas também a experiência do passageiro e o próprio futuro do transporte aéreo global. Com a crescente pressão para a sustentabilidade, as empresas que forem capazes de alinhar suas propostas de valor aos desafios ambientais terão melhores chances de sucesso.

Imagens e Recursos

As imagens utilizadas neste artigo foram retiradas de sites com licença de uso gratuito ou domínio público.

Assim, com foco em inovação e oportunidades, a Airbus pode não só competir, mas talvez redefinir os parâmetros do que se espera de uma aeronave regional no contexto contemporâneo. A trajetória da A220 será monitorada de perto por analistas e parceiros da indústria, e seus resultados poderão determinar o rumo das estratégias futuras tanto da Airbus quanto da Embraer.


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Jato Embraer E175 estreia no Botsuana, África

Avião brasileiro foi recebido pela Air Botswana e se junta a um E170 em operação desde 2019
Primeiro E175 da Air Botswana

Primeiro E175 da Air Botswana 


A Air Botswana, companhia aérea estatal do país no sul africano, incorporou seu primeiro jato Embraer E175 em 24 de agosto.

A aeronave de 88 lugares havia voado anteriormente pela Flybe e pertence desde 2022 à Regional One, dos EUA.

O E175 será o maior avião da Air Botswana, que também voa com um E170 de 70 lugares desde 2019, além de dois turboélices ATR 72-600 recebidos em 2018.

Primeiro E175 da Air Botswana

Primeiro E175 da Air Botswana

O novo jato da companhia aérea de bandeira do Botsuana, matrícula A2-ABE, foi recebido com uma saudação de água no Aeroporto Internacional de Gaborone, capital do país.

A Air Botsawa voa para alguns destinos domésticos, mas sobretudo países vizinhos como a Zambia, Zimbabwe e África do Sul.

O E175 deverá estrear em serviço comercial no domingo, 1 de setembro, em um voo para a Cidade do Cabo.

Aeronave voou no Reino Unido com a Flybe
Aeronave voou no Reino Unido com a Flybe

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Sérvia encomenda 12 caças Dassault Rafale para o lugar de seus MiG-29

Acordo foi assinado em Belgrado durante visita de Emmanuel Macron. Valor do negócio é estimado em quase US$ 3,3 bilhões
Caça Rafale (Dassault)
Caça Rafale (Dassault)


 A Sérvia se tornou o novo cliente do caça Dassautl Rafale ao assinar um contrato para a compra de 12 aeronaves de combate.

O acordo foi celebrado em Belgrado durante encontro entre os presidentes Emmanuel Macron e Aleksandar Vučić, e assinado entre o CEO da Dassault Aviation, Éric Trappier, e o Ministro da Defesa sérvio, Bratislav Gašić.

A encomenda do Rafale já havia sido anunciada por Vučić em abril durante visita à Franca. O acordo é estimado em US$ 3,26 bilhões.

A Força Aérea da Sérvia deverá substituir uma dúzia de caças MiG-29 da era soviética com os Rafales, mas nenhuma das partes revelou quando os jatos começarão a ser entregues.

O país também possui 17 jatos de ataque Soko J-22, produzidos na época da Iugoslávia, entre os anos 70 e 90.

“Em nome da Dassault Aviation e seus parceiros, gostaria de agradecer às autoridades sérvias pela confiança que depositaram em nós ao escolher o Rafale, e assegurar-lhes nosso total comprometimento em fazer de sua integração nas Forças Armadas Sérvias um sucesso. A decisão da Sérvia de se equipar pela primeira vez com uma aeronave Dassault confirma a superioridade operacional do Rafale e sua comprovada excelência em servir aos interesses soberanos de uma nação”, disse Éric Trappier.

Soko J-22 Orao (Srđan Popović)
Soko J-22 Orao (Srđan Popović)

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

54 anos do F-5 na Força Aérea Espanhola

 


Em meados da década de 1960, surgiu a necessidade da Força Aérea Espanhola de atualizar sua aviação de combate e, portanto, o treinamento de pilotos de caça, modificada pelas mudanças introduzidas na forma de voar dos aviões de combate. Necessitando utilizar uma aeronave que estivesse no auge tecnológico dos mais modernos sistemas de armas da época e que, além disso, fosse versátil e econômica, foram adquiridos 70 jatos F-5A/B Freedom Fighter.

A ideia foi concretizada no início de 1965 quando, diante da necessidade de substituir os T-33 e F-86 em curto prazo, o Ministério da Aeronáutica anunciou o contrato de compra da 70 aeronaves Northrop F-5 Freedom Fighter, nas versões A (monoposto) e B (biplace para instrução), o que permitiu à indústria aeronáutica da Espanha dar um grande salto nos anos 60, quando a Construcciones Aeronáuticas (CASA) assumiu a fabricação dos jatos supersônicos.

No dia 12 de novembro, este emblemático avião completou 50 anos na Ala 23, da base aérea de Talavera la Real (Badajoz). Desde aqueles primeiros anos até os dias atuais, o F-5 está presente na vida aeronáutica de todos os pilotos de caça da Força Aérea Espanhola.

Essa trajetória na história da Força Aérea Espanhola teve início em 1968, com a assinatura dos acordos, com o envio à base aérea de Williams, no Arizona (EUA) de 18 ‘pioneiros’, dos quais 6 eram pilotos, para o que lhe seria confiada a missão de aprender a voar de uma nova maneira para depois ensinar a voar. Por outro lado, 12 especialistas ficaram encarregados de aprender a manutenção do avião.

Os primeiros 3 jatos F-5Bs chegaram à base aérea de Talavera la Real logo após sua fabricação. No entanto, essa unidade já vinha se preparando para recebê-los, adequando as instalações e criando as demais necessárias, como uma planta de oxigênio líquido e um novo paiol de armamentos.

Essas aeronaves fariam parte da tripulação destinada à então Escola de Reatores com 14 unidades do Esquadrão 731, que seriam exclusivamente dedicadas ao ensino, e 13 unidades do Esquadrão 732, que deveria manter sua capacidade de combate. Pouco tempo se passaria para que essas aeronaves atingissem taxas de disponibilidade muito altas e para que nossos pilotos apreciassem seu valor.

Em 1971 foi quando começou o curso sobre reatores nº 50 e o primeiro em material do F-5, onde o ensino teórico adquiriria uma importância incomum até agora, dadas as capacidades oferecidas pelo novo sistema de armas.

Em 1980 os aviões viajaram pela primeira vez a Saragoça para realizar um exercício de tiro, proporcionando aos pilotos uma verdadeira experiência de tiro ar-solo. E no final desse mesmo ano o F-5B passou por um aperfeiçoamento dos instrumentos de navegação e comunicação e começaram a ser instalados equipamentos auxiliares de pouso.

Em 1987, a Escuela de Reactores mudou seu nome e se tornou a 23ª Ala de Treinamento de Caças e Ataque. Essa mudança também afetou a nova denominação dos esquadrões 731 e 732, que passaram a ser 231 e 232, respectivamente. No ano seguinte, as primeiras 75.000 horas de voo foram concluídas.

O espírito inovador que caracteriza a aviação esteve presente ao longo de todos os anos de vida do avião, e foi no final da década de 90 que se decidiu por uma mudança profunda para trazê-lo ao patamar de aeronaves didáticas com características superiores, mas mantendo o espírito de baixo custo e fácil manutenção. Nesse sentido, a aviônica de uma plataforma tão formidável está sendo atualizada, assim como outras reformas estruturais, também na base aérea de Getafe, mas desta vez pela EADS.

Em 2003 chegaram as primeiras quatro aeronaves modernizadas, que integram novos equipamentos, entre os quais os sistemas de navegação VOR/ILS e Tacan, sistemas de comunicação V/UHF, visores multifuncionais, computador de missão MDP, sistema inercial integrado EGI (INS/GPS), rádio altímetro, apresentação HUD e um radar virtual inovador para treinamento.

Além disso, novos sistemas de gerenciamento e controle de aeronaves, sistemas de controle de aceleração (HOTAS), sistemas de gravação de vídeo e planejamento de missão são incorporados; procedendo na parte estrutural à substituição das longarinas inferior e superior da fuselagem dianteira e dos novos bancos Martin Baker MK16. Essas melhorias conseguiram atualizar o longevo F-5 e transformá-lo no atual F-5M: uma plataforma de ensino ideal para treinar pilotos de combate da Força Aérea Espanhola, para que os alunos se adaptassem progressivamente aos aviões de 4ª e 5ª gerações.

Mas essa evolução não terminou ainda. A instalação do simulador de voo, pouco tempo depois, com cabine e equipamentos reais, representou um importante avanço na formação dos pilotos espanhóis. E, como poderia ser de outra forma, esta unidade continua na vanguarda do ensino e os últimos alunos incorporados ao atual curso de caça e ataque 108 poderão contar com seu treinamento nesta Escola Militar de Caça e Ataque com tecnologia de realidade virtual e aumentou, para o qual um novo espaço digital fosse criado.

Ao longo desses 50 anos, este avião mais do que atendeu às necessidades da escola de Talavera e dos pilotos treinados nela, que mais tarde farão parte dos esquadrões de caça da nova geração. Pode-se afirmar com segurança que o F-5 tem sido a aeronave cuja relação disponibilidade / custo é a mais alta de todas as que estiveram na aviação espanhola. E até hoje, 50 anos depois, eles continuam a voar todos os dias na Ala 23 com 19 jatos F-5M, dos 70 aviões fabricados pela fábrica CASA sediada em Madri em Getafe, e continuam a treinar novos caças e pilotos de ataque da Força Aérea Espanhola.

Ressalte-se que tudo isso não teria sido possível sem o trabalho e dedicação de todo o pessoal da unidade, militares e civis encarregados de um trabalho que, dia a dia, permitem quem os F-5 continuem voando e treinando aquela elite de pilotos de combate que a Força Aérea Espanhola possui.

Durante estes 50 anos, e nas mais de 167.937 horas de voo dos F-5, um alto preço teve que ser pago com a vida daqueles pilotos que infelizmente morreram em acidentes durante o serviço militar.

Em 12 de novembro de 2020, o F-5 celebrou seu 50º aniversário na base aérea de Talavera la Real. Esta aeronave demonstrou amplamente as suas características especiais, que quase todos os pilotos de caça espanhóis puderam desfrutar, e por isso esta unidade é uma referência no ensino da formação aeronáutica.