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domingo, 1 de setembro de 2024

Cronos Airlines aumenta frota com Embraer 175

CronosE175
Crédito: Cronos Airlines

A pequena transportadora da África Ocidental Cronos Airlines está expandindo sua frota e mapa de rotas com a chegada de seu primeiro Embraer E-Jet.

A Cronos, sediada na Guiné Equatorial, já opera um par de Embraer 145s mais antigos, mas a aquisição do E175 o tornará a maior aeronave da companhia aérea. Ele era anteriormente alugado para a subsidiária regional CityLiner da Alitalia e foi construído em dezembro de 2012.

A aeronave é configurada com cabine de classe única para 88 passageiros, aumentando consideravelmente a capacidade da companhia aérea, tanto de passageiros quanto de carga, segundo a Cronos.

O pequeno estado da África Ocidental, classificado como um país de renda média alta, com petróleo e extensos depósitos minerais, é composto por um continente e várias ilhas costeiras, em uma das quais está localizada a capital, Malabo.

A Cronos opera de Malabo para a outra cidade principal do país, Bata, e vários destinos regionais, como Douala, Camarões, e Port Harcourt, Nigéria. Novos destinos estão planejados após a chegada do E175. A empresa também opera serviços de fretamento.

A Cronos é a mais recente transportadora africana a adotar um exemplo do E175. Em setembro do ano passado, a Air Peace da Nigéria encomendou cinco, enquanto outra transportadora nigeriana, a Overland Airways, tem dois. A Airlink da África do Sul também adicionou três E175s até agora neste ano à sua grande frota de E-Jets, enquanto a Air Botswana acaba de receber seu primeiro.

LAM espera crescer sua frota, incluindo a incorporação de dois jatos Embraer ERJ-145

 



As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) fecharam o primeiro semestre de 2024 com um faturamento de aproximadamente 52 milhões de euros. O presidente da companhia, Américo Muchanga, comentou que os resultados estão um pouco abaixo das projeções, mas acredita que se o desempenho do segundo semestre se mantiver, será possível superar as receitas do ano anterior, prevendo um crescimento de cerca de 19%.

Como informa o SAPO, durante este período, a companhia nacional transportou 330 mil passageiros em seus serviços domésticos, regionais e intercontinentais, um número que também ficou abaixo das expectativas iniciais de cerca de 500 mil passageiros. Muchanga destacou que, apesar da queda nas expectativas gerais, o serviço doméstico superou as previsões.

Atualmente, a LAM opera com uma frota de seis aeronaves, mas planeja adquirir mais quatro este ano. Entre as aeronaves pretendidas estão duas do modelo Boeing 737 e dois Embraer ERJ-145, com foco em reforçar as rotas domésticas e regionais.

A LAM atende a 12 destinos no mercado doméstico e voa regularmente para cidades como Joanesburgo, Dar-Es-Salaam, Harare, Lusaca e Cidade do Cabo, sendo Lisboa sua única rota intercontinental.

O Governo moçambicano tem liderado esforços de recuperação após um período em que a LAM enfrentou sérios problemas operacionais, incluindo uma frota reduzida e falta de investimentos. A companhia também foi alvo de investigações sobre alegados esquemas de desvio de dinheiro, resultando em prejuízos de quase três milhões de euros.

Com bonita pintura, aterrissa em sua nova casa o primeiro Embraer E175 da Air Botswana


Créditos na foto, via Newsaero

A Air Botswana, a companhia aérea nacional do país africano, celebrou a entrega de seu primeiro avião Embraer E175 no início desta semana. Com um histórico de 13 anos, a aeronave foi adquirida da empresa de leasing Regional One e previamente operada pela descontinuada companhia regional britânica Flybe.

De acordo com o Newsaero, a entrega ocorreu após o voo do avião (msn 17000327), que partiu de Maastricht no dia 23 de agosto de 2024, com paradas programadas em Luxor e na cidade de Nairobi, antes de chegar à capital Gaborone.

Com a adição do E175, a Air Botswana agora opera dois modelos da Embraer (E175 e E170), além de duas aeronaves ATR72. A companhia aérea está também considerando aquisições adicionais do fabricante brasileiro, com planos em andamento para potencialmente adquirir mais duas unidades do modelo ERJ-145.

Essa expansão da frota permitirá à companhia aprimorar sua rede de rotas. Entre 1º de setembro e 1º de novembro, a Air Botswana pretende lançar novos serviços, incluindo voos entre Gaborone e Durban, Gaborone e Windhoek, Maun e Cidade do Cabo, Maun e Windhoek, Kasane e Mpumalanga, além de Kasane com destino à Cidade do Cabo e Windhoek.

A companhia também planeja reativar rotas como Johannesburg-Maun, Johannesburg-Kasane e Johannesburg-Francistown, enquanto fortalece as conexões de Gaborone com Cidade do Cabo, Harare e Lusaka.

É importante destacar que essa ampliação da frota é apoiada por um contínuo financiamento público.

O projeto orçamentário para 2024/2025, apresentado à Assembleia Nacional em 5 de fevereiro pela Ministra das Finanças Peggy Serame, destina 121 milhões de pulas (aproximadamente 8,76 milhões de dólares) para a companhia aérea nacional, como parte de um plano de recuperação. Este valor se soma a uma alocação anterior de 166 milhões de pulas (cerca de 12,02 milhões de dólares) recebida durante o atual ano fiscal, também visando apoiar os esforços de recuperação da empresa.

Às vésperas de receber jatos Embraer, Mexicana tem voos quase vazios, com média de apenas 78 passageiros

 



A Mexicana de Aviación, a companhia aérea estatal criada pelo governo do presidente Andrés Manuel López Obrador, está enfrentando desafios operacionais significativos desde o início de suas atividades, no final do ano passado.

Segundo um relatório do jornal mexicano El Financiero, os dados da Agência Federal de Aviação Civil (AFAC) revelam que, durante o mês de junho, a empresa transportou apenas 21.500 passageiros em 270 operações, resultando em uma média de 78 passageiros por voo. Esta taxa de ocupação é alarmantemente baixa, especialmente quando comparada ao potencial das aeronaves da empresa.

Para efeito de comparação, o Boeing 737-800 da Mexicana possui capacidade para 176 passageiros, enquanto o ERJ-145, alugado da TAR, transporta até 50 pessoas. Os números da Mexicana de Aviación refletem sua luta para estabelecer um espaço no competitivo mercado aéreo mexicano, onde empresas como Viva Aerobus e Volaris dominam, com médias de 167 passageiros por voo e transportando 11,5 milhões e 9,7 milhões de passageiros, respectivamente, entre janeiro e junho.

De acordo com o Aviacionline, no primeiro semestre de 2024, a Mexicana mobilizou um total de 119.534 passageiros em 2.461 voos, mas ainda enfrenta o desafio de fortalecer sua presença e operação nas 18 cidades que cobre, todas servidas a partir do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles. As cidades atendidas incluem Acapulco, Guadalajara, Monterrey e Tijuana, entre outras.

A frota da Mexicana de Aviación é composta por três Boeing 737-800 da Força Aérea Mexicana e dois ERJ-145 da TAR Aerolíneas, sob um contrato de wet-lease. No início deste ano, o presidente do México reconheceu que a empresa não seria lucrativa no curto prazo, levando a companhia a considerar uma mudança em sua estratégia para diversificar sua oferta de voos, especialmente para cidades que não têm conexão direta com a Cidade do México.

Além disso, em junho, a Mexicana de Aviación fez um pedido de 20 aeronaves E2 da Embraer, que inclui 10 E190-E2 e 10 E195-E2. A operação está prevista para ter entregas no segundo trimestre de 2025 e contará com uma configuração de classe única de alta densidade, com 108 assentos no E190-E2 e 132 no E195-E2.

Diante de um cenário desafiador, a Mexicana de Aviación ainda busca se firmar no mercado e aumentar sua taxa de ocupação, enquanto estratégia e novos investimentos se tornam cruciais para garantir sua sobrevivência e crescimento no competitivo setor aéreo.

Qantas vê alto potencial para jatos Embraer e vai incorporar mais quatro E190 até o final do ano

 



A Qantas está prestes a ampliar sua frota de aviões Embraer E190, exercendo as opções restantes de quatro aeronaves que possui com a Alliance Airlines até o final deste ano. Scott McMillan, diretor executivo da Alliance, afirmou durante uma coletiva de imprensa em 29 de agosto, após a divulgação dos resultados do ano-fiscal 2024, que a companhia está bem posicionada para atender à crescente demanda por capacidade no mercado aéreo.

O mercado de aviação mundial está mostrando um otimismo considerável em relação à capacidade“, comentou McMillan. “No ano passado, nos comprometemos a adquirir trinta E190 da AerCap. Essa decisão, com a perspectiva que temos agora, parece cada vez melhor a cada mês.”

Atualmente, a Qantas já opera vinte e seis E190, todos sob um contrato de wet lease com a Alliance. Dois novos E190 devem ser entregues à Qantas em setembro, um terceiro no final de outubro e o último em dezembro deste ano.

Até 30 de junho de 2024, a Alliance havia recebido dez das trinta aeronaves ex-AerCap e, nas últimas semanas, assegurou mais três, incluindo duas nesta semana. O objetivo é ter todas as 30 aeronaves entregues até junho de 2026.

Sete dessas aeronaves serão desmontadas para fornecer um estoque de peças sobressalentes, que serão utilizadas em sua frota e também vendidas para outros operadores da Embraer. Além disso, a Alliance já recebeu outros quatro E190 da Azorra Aviation, todos entregues e em operação, bem como uma tranche inicial de trinta E190 da Jetran e Azorra, também já entregues.

Até 30 de junho, a Alliance tinha em sua posse 47 E190, com mais quatro programadas para entrega neste trimestre e três adicionais esperadas para o quarto trimestre.

Em 2025, a companhia prevê que receberá dez E190: três no primeiro trimestre, dois em cada um dos segundo e terceiro trimestres, e três nos últimos três meses do ano. Mais duas aeronaves E190 estão programadas para o primeiro trimestre de 2026 e a última no segundo trimestre, totalizando 67 E190 em entrega. Contudo, o número de E190 operacionais será menor, pois algumas aeronaves serão vendidas e outras serão desmontadas.

“Estamos enfrentando um crescimento significativo e rejeitando negócios”, observou McMillan. “Estamos expandindo nossas operações com os jatos Embraer em Queensland e fortalecendo nossas operações com Fokker na Austrália Ocidental.”

Com suporte em jatos Embraer, German Airways amplia parcerias e moderniza frota

Em uma movimentação estratégica, a German Airways, uma das mais antigas companhias aéreas da Alemanha, anunciou a extensão de seus contratos de leasing para a frota de Embraer E190-E1 com a americana Azorra, uma empresa de leasing de aeronaves. Além da renovação dos acordos, a German Airways intensificará sua colaboração com a Azorra, visando modernizar sua frota e expandir suas operações na Europa.

Atualmente, a German Airways opera o jato Embraer E190, que tem capacidade para 100 passageiros, em regime de wet lease para renomadas companhias aéreas europeias e realiza também voos charter, frequentemente para equipes esportivas. Com um arranjo de assentos generoso e confortáveis poltronas de couro, esses jatos oferecem o mais alto nível de conforto aos passageiros, além de um alcance impressionante.

Maren Wolters, diretora administrativa da German Airways, expressou entusiasmo sobre a parceria: “Estamos muito orgulhosos de nosso desempenho até agora e ansiosos para expandir nossa posição como um dos principais prestadores de serviços de wet lease e charter na Europa, utilizando aeronaves mais modernas”.

Ela destacou que a German Airways foi a primeira cliente da Azorra na Europa, ressaltando a longa colaboração, caracterizada por um suporte mútuo. “A Azorra entende nossas necessidades como uma companhia aérea de médio porte e é capaz de desenvolver soluções individuais para nós, adaptando-se juntas às situações de mercado que mudam rapidamente, algo que não é comum na indústria”, completou.

A Azorra, com sede em Fort Lauderdale, Flórida, se destaca como um importante lessor de aeronaves comerciais, oferecendo soluções de leasing, financiamento e gestão de ativos com foco em aeronaves regionais, crossover narrowbodies. A equipe da Azorra é composta por veteranos da indústria, com um histórico de sucesso e vasta experiência no leasing de aeronaves.

Com esses novos acordos, a German Airways não apenas fortalece sua operação, mas também se posiciona para atender à crescente demanda por serviços de aviação charter e wet lease na Europa, garantindo aos seus clientes um serviço de alta qualidade e eficiência.om suporte em jatos Embraer, German Airways 

Como a Embraer quer convencer os EUA a comprarem o KC-390

 Após fechar parceria com empresa norte-americana, fabricante brasileira agora contratou importante consultoria para ajudá-la a acessar o mercado de defesa dos Estados Unidos

O KC-390 com uma lança de reabastecimento aéreo, equipamento padrão da USAF
O KC-390 com uma lança de reabastecimento aéreo, equipamento padrão da USAF (Embraer)

Embraer ousou criar uma aeronave que compete com um dos orgulhos da indústria aeroespacial dos EUA, o cargueiro militar C-130 Hercules, da Lockheed Martin.

Estamos falando do C-390 Millennium, um jato multimissão que usa turbofans IAE V2500, os mesmos da família A320ceo, e pode levar mais carga a uma velocidade maior que o famoso turboélice de quatro motores.

Embora tenha conquistado alguns contratos significativos, a Embraer até agora coleciona 40 pedidos firmes do C-390, quase metade da Força Aérea Brasileira, que também é sócia no projeto.

O KC-390 está em serviço desde 2019 (FAB)

O KC-390 está em serviço desde 2019 (FAB)

Há 70 anos no mercado, o Hercules acumula mais de 1.700 aeronaves vendidas, mas é a geração C-130J que compete com o avião brasileiro.

O desafio, portanto, é encontrar mais países dispostos a deixar de lado a tradição para investir numa aeronave mais moderna e capaz, mas que é muito jovem, prestes a completar apenas 5 anos em serviço.

Entre os mercados que podem dar origem a grandes pedidos estão a Índia, a Arábia Saudita e a soma de alguns países europeus, mas a Embraer está disposta a enfrentar o Hercules em sua própria terra natal.

Turboélice C-130J
Turboélice C-130J (Lockheed Martin)

Empresa de consultoria entra em cena

Os planos não são novos, é verdade. Em setembro de 2022 (exatos dois anos atrás) a Embraer anunciou uma parceria com a empresa L3 Harris para oferecer o “Agile Tanker” à Força Aérea dos EUA (USAF), uma variante do Millennium em uma configuração de reabastecimento aéreo com lança.

A USAF, no entanto, tem estudado projetos de aeronaves não tripuladas furtivas para esse fim e não abriu até hoje um requerimento que se encaixe na oferta brasileira.

Sem se dar por vencida, agora a empresa brasileira deu um novo passo para derruvar a “dura parede” que existe para ser um fornecedor estrangeiro de defesa nos EUA.

Segundo a Reuters, a Embraer contratou a consultoria Oliver Wyman para ajudá-la a vender o C-390 Millennium na maior economia do mundo.

Super Tucano - Força Aérea da Nigéria
O primeiro A-29 Super Tucano da Nigéria com sua pintura finalizada (Embraer)

A Oliver Wyman já está trabalhando nesse projeto desde julho buscando uma forma de sua cliente penetrar no mercado dos EUA com seu portfólio de defesa, revelou Bosco Costa Jr. CEO, da divisão militar da Embraer.

A hipótese mais provável para viabilizar essa estratégia seria a fusão ou aquisição de uma empresa de defesa dos EUA.

Com “DNA” norte-americano, muitas barreiras seriam superadas já que o governo do país limita enormemente a atuação de grupos estrangeiros em assuntos de segurança nacional.

PC-9 virou o AT-6 Texan II

De fato, a estratégia ajudou por exemplo a fabricante suíça Pilatus e introduzir o turboélice de treinamento e ataque leve PC-9 no país. Uma associação com a Textron Aviation transformou a aeronave no AT-6 Texan II, em homenagem ao antigo treinador da North American.

Mas nem sempre funciona. A Airbus tentou várias vezes bater a Boeing em concorrências militares mesmo associadas a gigantes de defesa como Lockheed e Northrop Grumman e fracasssou.

A Embraer já tem um importante parceiro nos EUA, a Sierra Nevada, que comercializa o A-29 Super Tucano para países por meio do programa de Vendas Militares ao Exterior (FMS).

Textron AT-6 Wolverine
Textron AT-6 Wolverine

Porém, o Super Tucano acabou não conseguiu ser operado pela própria Força Aérea dos EUA, que chegou a testá-lo para isso.

Bosco da Costa Jr. acredita que o C-390 pode ter um destino diferente já que a USAF ganharia agilidade com uma frota variada de aviões tanque/cargueiros.

A meta, contudo, é extremamente difícil. Basta pensar que a Embraer poderia afirmar que o C-390 Millennium conquistou até mesmo pedidos dos Estados Unidos, onde o Hercules nasceu.

Certamente haverá muita gente no país veria isso como algo inaceitável.