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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

AS AERONAVES DE COMBATE DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS

As três forças armadas do Brasil possuem aeronaves de combate (Divulgação)
As três forças armadas do Brasil possuem aeronaves de combate (Divulgação)
Quinto maior país do mundo, o Brasil precisa vigiar uma enorme faixa territorial, onde faz fronteira com 10 países, e também tem de tomar conta de um imenso litoral, com quase 7.500 km do Oiapoque ao Chuí, onde estão guardadas riquezas naturais de todo tipo, como é o caso das reservas de petróleo na camada do pré-sal.
A forma mais eficiente de proteger todo essa vastidão territorial, com mais de 8,5 milhões de km², é pelo ar. Para isso, as forças armadas brasileiras contam com um variado arsenal de combate, composto por aviões e helicópteros com diferentes funções, desempenhos e armamentos, cada um específico para determinadas ameaças que possam surgir pelo céu, terra ou mar.
Além da Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha do Brasil (MB) e o Exército Brasileiro (EB) também contam com meios aéreos próprios que podem ser equipados com armamentos ofensivos, como mísseis, foguetes ou metralhadoras.
Conheça a seguir os aviões e helicópteros de combate de cada uma das forças armadas nacionais e como elas podem fazer para proteger o território brasileiro:
Aeronaves de combate da Força Aérea Brasileira
Super Tucano
O Super Tucano pode levar uma variado leque de armamentos, como bombas de queda livre (FAB)
O Super Tucano pode levar uma variado leque de armamentos, como bombas de queda livre (FAB)
Um dos meios de combate mais emblemáticos da FAB, o monomotor turbo-hélice Super Tucano é hoje um dos aviões de ataque leve mais avançados do mundo. Os modelos fabricados pela Embraer podem ser aplicados em missões de ataque ao solo, reconhecimento armado e até como caça, com capacidade para interceptar e abater aeronaves de baixo desempenho – alcança velocidade máxima de 590 km/h.
O Super Tucano pode ser armado com metralhadoras, canhões, bombas, foguetes e mísseis orientados por infravermelho, como o MAA-1 “Piranha”, projetado para perseguir o calor gerado pelo motor de aviões inimigos. A FAB tem a disposição 99 aparelhos desse tipo, adquiridos entre 2004 e 2012.
AH-2 Sabre
O AH-2 Sabre é o nome da FAB para o temido helicóptero russo Mi-35 (FAB)
O AH-2 Sabre é o nome da FAB para o temido helicóptero russo Mi-35 (FAB)
Helicóptero mais poderoso em operação no Brasil, o AH-2 Sabre é um dos principais meios de proteção na região da Amazônia. O nome do aparelho é a designação da FAB para o Mi-35, da fabricante russa Mil Helicopters, conhecida por desenvolver alguns dos helicópteros de combate mais temidos do mundo. Os modelos em serviço no país podem realizar ataques ao solo, interceptação e abate de aeronaves de baixo desempenho e têm capacidade anti-tanque, missão na qual utiliza foguetes e o míssil Ataka V, orientado por rádio.
A força aérea conta com 12 unidades do AH-2 em operação, que ainda podem ser armados com metralhadoras, canhões e bombas. O helicóptero de ataque fabricado na Rússia também pode transportar até oito soldados. O modelo está em operação Brasil desde 2010.
P-3AM Orion
O P-3 Orion é uma aeronave militar derivada do clássico Electra II, da aviação comercial (FAB)
O P-3 Orion é uma aeronave militar derivada do clássico Electra II, da aviação comercial (FAB)
O veterano turbo-hélice Lockheed P-3 Orion chegou à FAB em 2011 tendo passado por modernização executada na Espanha pela Airbus Military. Nove aparelhos de 12 inicialmente encomendados operam no Esquadrão Orungan, sediado na base aérea de Salvador (BA).
Sua função de patrulhamento marítimo também inclui a vigilância da Amazônia Legal. Para isso, o quadrimotor utiliza um radar do tipo FLIR que monitora o espaço à frente por meio de infravermelho. Ele possui um compartimento interno de armamentos que pode lançar bombas de queda livre e também misseis anti-navio, como o AGM-84L Harpoon, de origem americana. O P-3 também conta com equipamentos para buscar submarinos.
A-1 (AMX)
A força aérea recebeu apenas três A-1M, com equipamentos mais avançados (FAB)
A força aérea recebeu apenas três A-1M, a versão modernizada – programa será retomado neste ano (FAB)
O avião de ataque A-1 é um projeto binacional desenvolvido na década de 1980 entre Embraer e as companhias italianas Aeritalia e Aermacchi (hoje absorvidas pelo grupo Leonardo). A FAB encomendou 79 unidades, porém, apenas 56 jatos foram entregues, 15 deles da versão de reconhecimento.
Em 2009, a FAB contratou a Embraer para modernizar os jatos para o padrão A-1M, mas cortes no orçamento de defesa suspenderam o programa com apenas três unidades reformadas – o programa será retomado neste ano. O A-1 é equipado com dois canhões DEFA de 30 mm, transporta ainda dois mísseis de curto alcance nas pontas das asas (Sidewinder americano ou o brasileiro MAA-1 “Piranha”). Nos pilones sobre as asas, a aeronave pode ser carregada com uma variedade de armamentos, entre eles bombas de queda livre ou guiadas a laser, mísseis ar-superfície (como o novo A-Darter) e lançadores de foguetes.
P-95BM Bandeirulha
O Bandeirulha é a versão militar de patrulha naval no Embraer Bandeirante (FAB)
O Bandeirulha é a versão militar de patrulha naval no Embraer Bandeirante (FAB)
Além do P-3 Orion, outro avião de patrulha naval da FAB é o P-95 Bandeirulha, aeronave baseada no Embraer EMB-110 Bandeirante. O nariz alongado esconde um radar de busca marítima capaz de localizar embarcações a quase 200 km de distância e acompanhar 200 objetos simultaneamente, além de realizar mapeamentos de terrenos e também vigiar outras aeronaves.
A frota da Aeronáutica possui atualmente oito P-95BM, versão modernizada em operação desde 2015. Apesar de concebido mais para o patrulhamento do que para o ataque, o Bandeirulha pode ser armado com foguetes não guiados, que podem ser usados, por exemplo, para combater embarcações de pequeno porte que se mostrarem hostis.
F-5M
Enquanto o Gripen NG não chega, o F-5 é o principal caça do Brasil (FAB)
Enquanto o Gripen NG não chega, o F-5 é o principal caça do Brasil (FAB)
Única aeronave das forças armadas brasileiras capaz de alcançar velocidades supersônicas (cerca de 1.700 km/h), Northrop F-5 Tiger II é a principal aeronave de defesa aérea do Brasil. Atualmente, a Aeronáutica opera o F-5M, versão modernizada entre 2001 e 2013 pela Embraer com sistemas de busca e armamentos mais recentes – o F-5 é um projeto do final da década de 1950 e em operação no Brasil desde 1973.
As principais armas dos F-5 são um canhão de 20 mm, os mísseis de curto alcance Python III e Python IV, orientados por infravermelho, e o Derby, de médio alcance, guiado por radar. O caça também pode lançar foguetes e bombas (de diferentes portes e propósitos) de queda livre ou guiadas por laser e GPS. A FAB conta com quase 50 modelos F-5M, que serão as principais aeronaves de defesa do Brasil até a chegada dos novos caças Gripen NG.
Aeronaves de combate da Marinha do Brasil
Super Lynx
Westland Super Lynx foi projetado para opera a partir de embarcações (MB)
Westland Super Lynx foi projetado para opera a partir de embarcações (MB)
Projetado para operar a partir de embarcações, o Super Lynx, da fabricante britânica Westland, é um dos projetos mais bem sucedidos na chamada “guerra submarina”. Em operação com a Marinha do Brasil desde 1978, que hoje possui 12 unidades, o helicóptero naval pode ser empregado em diversas funções, como transporte e patrulha, além de situações de combate, onde pode empregar armamentos ofensivos.
Os Super Lynx (versão modernizada na década 1990) pode lançar mísseis ar-superfície (modelo Seacat) e anti-navio (SeaSkua). Já para o combate a submarinos, emprega torpedos de busca acústica (MK 44 e MK 46) e cargas de profundidade.
MH-16 Seahawk
Míssil Penguin lançado a partir de um Seawawk da Marinha (MB)
Míssil Penguin lançado a partir de um Seahawk da Marinha (MB)
Helicóptero mais avançado em serviço entre as três forças armadas brasileiras, o MH-16 Seahawk, da fabricante norte-americana Sikorsky, pode voar em missões de busca e destruição de submarinos e navios de superfície. Tal como o Super Lynx, possui um radar de varredura 360° e ainda é equipado com um sonar que pode suspenso em voo e mergulhado na água.
Os sensores de busca presentes nesse helicóptero permitem o lançamentos do míssil anti-navio Penguin, orientado por radar e sistema de mira laser, e os torpedos de busca acústica (MK-46). A Marinha conta com quatro MH-16 na frota. O Seahawk é a versão naval do Blackhawk, operado pelo Exército e a FAB em missões de transporte.
AF-1
Apesar da capacidade naval, os AF-1 atualmente operam a partir de bases terrestres (MB)
Apesar da capacidade naval, os AF-1 atualmente operam a partir de bases terrestres (MB)
Jato naval e único de seu tipo no Brasil, o AF-1 é uma aeronave subsônica (alcança cerca de 1.080 km/h) e pode ser empregada como caça e bombardeiro. O nome do aparelho é a denominação nacional para o McDonnel Douglas A-4 Skyhawk, avião com uma longa ficha de combate com os EUA e Israel. Ao todo, a Marinha adquiriu 23 aparelhos. Os aviões foram comprados usados em 1998 de estoques do Kuwait para serem operados a partir do porta-aviões NAe São Paulo, atualmente parado para reformas.
Parte da frota do caça naval é composta pela versão AF-1M, modernizada pela Embraer a partir de 2015 – a Marinha prevê a atualização e revitalização de até 12 unidades. Os Skyhawk em serviço no Brasil, os últimos do mundo usados por uma força militar, podem lançar bombas de queda livre e o míssil MAA-1 Piranha, de fabricação nacional. Tal como os F-5 da FAB, o A-4 é um projeto da década de 1950.
Aeronaves de combate do Exército Brasileiro
Fennec
O helicóptero Fennec é a versão de combate do tradicional Esquilo (João Paulo Moralez/Revista Asas)
O helicóptero Fennec é a versão de combate do tradicional Esquilo (João Paulo Moralez/Revista Asas)
O helicóptero AS 550 A2 Fennec é a versão militar do famoso Esquilo, muito comum no mercado civil. Os modelos em operação com o Exército Brasileiro foram fabricados pela Helibras, empresa brasileira do grupo Airbus – o Esquilo é um projeto originalmente concebido pela Eurocopter, atual Airbus Helicopters.
Classificado como helicóptero multiuso, o Fennec também pode ser armado com duas metralhadoras .50 ou dois lançadores de foguetes, para missões de ataque ao solo, como combate a veículos com blindagens leves. Ao todo, o EB opera 16 unidades dessa aeronave.

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