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segunda-feira, 14 de março de 2022

Por que a Boeing fez uma versão especial do 707 só para a Qantas?

 

Foto por Qantas Founders Museum

Indiscutivelmente, o Boeing 707 foi uma aeronave que marcou época, dos quais a fabricante americana construiu 865 unidades entre os anos de 1958 e 1979. Nesse ínterim, houve vários modelos, mas uma peculiaridade pouco conhecida é que uma dessas versões foi construída exclusivamente para a australiana Qantas.

No total, foram construídos apenas sete jatos especiais para a Qantas, a partir de 1959, uma época em que a empresa de bandeira australiana era conhecida como Qantas Empire Airways ou QEA. 

A origem do modelo

Em 1950, o engenheiro de projetos da Qantas, Dr. Ron Yates, buscava uma aeronave com melhor desempenho para as rotas transoceânicas da companhia, já que os Super Constellation não se mostravam as aeronaves mais adequadas, embora sua versatilidade.

Precisando urgentemente modernizar sua frota, a Qantas tinha como primeira opção natural o L-1649A, uma versão modernizada do Super Constellation, mesmo que ele não entregasse a performance que a companhia aérea australiana desejava naquele momento.

Seria, inclusive, uma escolha mais óbvia devido à proximidade da aérea com a fabricante norte-americana. No entanto, um comitê interno acabou vetando o projeto, alegando que era hora de uma transformação de maior ruptura. Liderada por Scotty Allen, a empresa acabou se inclinando ao projeto mais recente da Boeing, o 707.

Era o início da era dos jatos comerciais modernos e o Boeing 707 rapidamente ganhava espaço por sua confiabilidade, sendo conhecido como o primeiro avião a jato “viável” do mundo. Para a Qantas, era como se houvesse descoberto uma “galinha dos ovos de ouro”, que lhe permitiria dobrar a capacidade de passageiros, além de voar mais rápido.

Por si só, o projeto trouxe a ruptura que a Qantas estava esperando, no entanto ainda faltava um detalhe: ligar suas longínquas terras com o resto do mundo talvez requeresse um avião que conseguisse voar ainda mais longe.

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A reunião com a Boeing

Uma reunião foi chamada com a Boeing para discutir os desafios da localização da Austrália e as rotas desejadas.

Depois de longas conversas, a Boeing concordou em oferecer uma versão menor do Boeing 707, que proporcionaria um maior alcance. Essa variante teria 39,01 metros de comprimento, em vez dos 44,07 metros do 707-100 padrão, além de modificações em relação aos motores e asas para maior sustentação.

Com esse avião, a Qantas não mais necessitaria fazer uma parada de reabastecimento nas Ilhas Fiji e os motores seriam mais potentes do que os Pratt & Whitney JT3C-6 que equipavam as máquinas da época, permitindo operações em pistas mais curtas ou em localidades mais quentes da zona do Pacífico.

A variante do 707 destinada à Qantas recebeu a designação de Boeing 707-138.

Aqui vale um esclarecimento. Na verdade, o código 38 é o “código de cliente” que a Qantas possui junto à Boeing, portanto todos seus aviões costumam sair de fábrica com o “38” no nome do modelo. Com o 707, no entanto, foi diferente, já que ele, de fato, era uma aeronave única e exclusiva para a empresa.

Era do jato na Qantas

Em 1959, a companhia foi a primeira empresa fora dos Estados Unidos a voar com o Boeing 707. Em 1961, a Qantas recebeu mais quatro aeronaves e em 1964 foram entregues os dois últimos. Entre 1965 e 1969, os Boeing 707-138 foram retirados gradualmente da frota, dando lugar a uma variante maior, o Boeing 707-300C.

Para a empresa, foi um marco importante na sua história, pois nessa época conseguiu popularizar o transporte aéreo internacional e reduzir os preços das passagens. Para se ter uma ideia, o trecho entre Sidney a Londres chegou a ser 32 vezes mais caro que o valor cobrado após a utilização do 707.

Travolta

O ator norte-americano John Travolta, também conhecido por ser piloto comercial, é embaixador da Qantas e por dezenove anos teve como sua aeronave particular um dos Boeing 707-138 da companhia. Em 2017, o ator decidiu doar sua aeronave para um museu ao sul de Sidney, para onde deve seguir quando toda a documentação estiver em ordem.

Existe também outro 707-138 em exibição no Qantas Founders Museum, localizado em Longreach, na Australia.

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A História da TAP Air Portugal


Airbus A330-941, CS-TUA. A TAP é conhecida por ter lançado o Airbus A330neo (Foto: Vincenzo Pace)
Embora 2020 tenha sido um ano desafiador para as companhias aéreas em todo o mundo, viu a TAP Air Portugal atingir 75 anos desde a sua fundação. A operadora conecta seu país ao mundo desde março de 1945, aproveitando sua localização na Europa Ocidental. Agora um membro chave da Star Alliance, a TAP voa atualmente com 75 aeronaves para destinos em todo o mundo.

Após a sua fundação em março de 1945, a TAP iniciou as operações 18 meses depois, em setembro de 1946. Voando inicialmente com um par de Douglas DC-3 para a vizinha Espanha, posteriormente diversificou-se para oferecer voos domésticos e de longo curso paralelamente à sua oferta inicial de curto curso. A TAP entrou na era do jato na década de 1960 e, desde 2005, também é membro da Star Alliance.

Uma frota inicial de duas aeronaves


O primeiro voo da TAP teve lugar a 19 de setembro de 1946, quando transportou 11 passageiros de Lisboa para Madrid. Fez isso em um Douglas DC-3, um dos dois exemplos em sua frota inicial. Após seu uso extensivo na Segunda Guerra Mundial, houve um excedente de DC-3s na era do pós-guerra. No entanto, o tipo logo se tornou desatualizado e a TAP mudou-se para o DC-4.

A TAP implantou o DC-4 nas principais rotas europeias e africanas (Foto: RuthAS via Wikimedia Commons)
A TAP adquiriu quatro exemplares do DC-4 em 1947. Nessa altura, já tinha estabelecido o seu primeiro serviço intercontinental. Conhecida como rota imperial, atendia colônias portuguesas na África, incluindo Luanda (Angola) e Maputo (Moçambique). O ano de 1947 viu também o lançamento dos serviços domésticos entre Lisboa e o Porto, que é hoje uma rota fundamental para a TAP.

Crescimento e privatização na década de 1950


A TAP nasceu como empresa estatal. No entanto, tendo operado sob a jurisdição do Gabinete de Aviação Civil Português durante sete anos, foi privatizada como sociedade por quotas em 1953. Isto deu o pontapé de saída para o resto da década de sucesso para a TAP. Na verdade, naquele ano também introduziu serviços nas principais rotas do norte da África para Casablanca e Tânger.

O Lockheed Super Constellation tinha operadores civis e militares (na foto). Para a TAP, foi uma das aeronaves da era pré-jato definidora da companhia aérea (Foto: Ralf Manteufel via Wikimedia Commons)
Uma das estrelas da frota inicial da TAP foi o Lockheed L-1049 'Super Constellation'. Este avião pressurizado com motor a pistão revolucionou as primeiras rotas africanas da companhia aérea e era mais rápido do que as aeronaves anteriores. Introduziu o L-1049 em 1955, ano em que voou pela primeira vez para o Rio de Janeiro. O Rio tornou-se um destino regular em 1960.

Na era do jato


A década de 1960 marcou o advento da era do jato, uma época que viu uma ampla mudança tecnológica e social. A TAP lucrou com este zeitgeist no início da década, quando adquiriu três exemplares do Sud Aviation SE 210 'Caravelle'. Esta serra bimotora com motor traseiro é serviço nas principais rotas europeias da TAP e representou o que estava por vir.

O primeiro jato da TAP foi o Sud Aviation SE 210 'Caravelle' (Foto: RuthAS via Wikimedia Commons)
O resto desta década continuou de forma comemorativa, com a companhia aérea transportando o seu milionésimo passageiro em junho de 1964. Um ano depois, a TAP começou a diversificar a sua frota de jatos com a introdução de designs de Boeing construídos nos EUA. O primeiro deles foi o quatro motores 707, que veio a bordo em 1965. Em 1967, ele também foi acompanhado pelo trijet 727 de curta distância.

Nessa altura, a TAP tornou-se a primeira companhia aérea exclusivamente a jato da Europa. No entanto, também tinha motivos para comemorar em termos de rede. Utilizando o já mencionado Boeing 707, inaugurou sua primeira rota exclusiva para o Rio de Janeiro em 1966. Embora tenha começado a servir a cidade brasileira em 1960, já o fazia em cooperação com a Panair e a Varig.

A TAP voou quatro 747-200Bs entre 1972 e 1984 (Foto: Pedro Aragão via Wikimedia Commons)
Passando para a década de 1970, não demorou muito para que a TAP começasse a adicionar aeronaves widebody à sua crescente frota de jatos. Fevereiro de 1972 marcou a entrega do seu primeiro Boeing 747-200B , e a TAP passou a operar quatro exemplares do tipo. As suas chegadas seguiram uma expansão do portfólio de rotas da TAP para os EUA, que incluía serviços para Boston e Nova Iorque.

Nacionalizado mais uma vez


Os meados da década de 1970 representaram um momento de turbulência não só para a TAP, mas para o mundo lusófono como um todo. Várias empresas portuguesas de referência passaram por processos de nacionalização na sequência da Revolução dos Cravos em abril de 1974, sendo a TAP uma delas. Tornou-se oficialmente uma empresa estatal mais uma vez em 1975.

Quando a TAP renovou a sua frota de jatos, passou a voar no TriStar (Foto: Felix Goetting)
Foi também nessa época que Angola e Moçambique conquistaram a independência de Portugal. Isto diminuiu a importância do mercado africano para a TAP, que posteriormente teve de vender dois dos seus quatro 747 devido à consequente quebra da procura. No final da década, tinha adotado o seu atual nome TAP Air Portugal, reconhecido internacionalmente.

Novas aeronaves e destinos


Agora a operar como uma empresa estatal mais uma vez, a TAP marcou vários marcos importantes na década de 1980. Por exemplo, em 1981 a companhia aérea contratou sua primeira piloto feminina, além de lançar uma revista conhecida como Atlantis. Abriu um museu para comemorar seu 40º aniversário em 1985, que também foi o primeiro ano em que transportou mais de dois milhões de passageiros.

Nesta altura, a TAP também deu início à renovação e modernização da sua frota. Como visto acima, adquiriu Lockheed L-1011 'Tristars' e Airbus A310s para substituir seus Boeing 707s e 747s. Em termos de narrowbodies, introduziu o Boeing 737 em 1983. Exemplos mais antigos destes, junto com o 727, foram substituídos pelos jatos da família Airbus A320 no final do século.

A TAP começou a usar o Airbus A321LR em rotas de longa distância de baixa demanda (Foto: Airbus)
Passando para a década de 1990, a rede de rotas da TAP conheceu vários desenvolvimentos interessantes. Para além de voar para cidades como Boston (via Açores) e Tel Aviv, a TAP também visou destinos de lazer como Banguecoque e Punta Cana. Esta década também viu a companhia aérea formar parcerias com a Delta Air Lines e a Swissair . Mas qual é o seu atual estado de coisas?

TAP no século 21


Durante o século 21, a TAP consolidou-se ainda mais como uma transportadora bem conectada com uma forte presença intercontinental. Um fator chave neste desenvolvimento foi a sua adesão à Star Alliance. Ingressou no grupo em março de 2005, no 60º aniversário de sua fundação, o que resultou no encerramento da já mencionada parceria com a Delta Air Lines.

A TAP opera atualmente uma frota de jatos totalmente Airbus composta por 75 aeronaves. Entretanto, a sua marca regional, TAP Express, entra na rede principal, sendo a White Airways e a Portugália Airlines operando estes voos por sua conta. Tendo sido reprivatizado e renacionalizado novamente desde o início do século, agora se encontra novamente sob propriedade do Estado.

Airbus A330-941, CS-TUB. A TAP oferece conexões úteis América do Norte-Europa via Lisboa (Foto: Vincenzo Pace) 
A TAP está se tornando uma escolha popular em serviços transatlânticos. O uso do Airbus A321LR permitiu que ele explorasse rotas 'longas e estreitas', enquanto fazia uso do A330neo em novos serviços para países como Cancún. Agora, também oferecendo escalas em Portugal como parte da conexão de itinerários de longo curso, a TAP será certamente um ator transatlântico chave nos próximos anos

quinta-feira, 10 de março de 2022

Os 10 aviões mais rápidos do mundo

Confira a lista dos modelos de aviões que atingem as maiores velocidades

 

Os aviões são os meios de transporte mais rápidos do mundo, mas você sabia que cada modelo pode chegar a uma velocidade máxima diferentes? Pensando nisso preparamos uma lista com os 10 modelos d aviões mais rápidos do mundo. Vem conferir!

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10. Sukhoi Su-27

O Sukhoi Su-27 é um caça russo de motores duplos de supermanobrabilidade desenvolvido pela União Soviética em 1977. Foi criado como competidor direto dos caças de quarta geração dos Estados Unidos como o Grumman F-14 Tomcat e F-15 Eagle, possuindo sofisticada aviônica e supermanobrabilidade. É considerado um dos melhores aviões de guerra da antiga União Soviética, tendo seu design e tecnologias levados adiante por mais algumas gerações. Seu diferencial, além da leveza, era a presença do sistema Fly-By-Wire, presente em muitos aviões comerciais. O modelo atinge a velocidade máxima de 2.500 km/h.

9. McDonnell Douglas F-15 Eagle

Considerado por muitos um dos melhores caças de todos os tempos, o F-15 Eagle tem como diferencial sua aceleração, alto grau de manobra e foco no combate a outros aviões, tal qual seu concorrente direto, o russo Sukhoi Su-27. Além disso, ele é capaz de operar em quaisquer condições térmicas ou climáticas. Na ativa desde 1978, o F-15 Eagle ainda é produzido pela Boeing, que adquiriu a McDonnel Douglas 1997. Atualmente, EUA, Japão, Coreia do Sul, Israel, Arábia Saudita e Singapura utilizam o caça, que é equipado com armamento de curto e médio alcances de última geração, e que atinge velocidade máxima de 2.655 Km/h.

8. General Dynamics F-111 Aardvark

O General Dynamics F-111 é um caça-bombardeiro de asa de geometria variável feito e fabricado pela empresa americana General Dynamics que voou pela primeira vez em 1964, e foi lançado em 1967. Apesar de não ultrapassar os 3.000 km/h, sua precisão e agilidade foram de enorme importância em diversas missões da Força Aérea dos Estados Unidos. Ele era capaz de carregar mais de 14 toneladas de bombas e disparar mais de 2 mil tiros de metralhadora. Foram fabricadas, ao todo, 563 unidades.

7. Mikoyan-Gurevich MiG-31

O Mikoyan-Gurevich MiG-31 é um caça de alta performance, capacitado para interceptar e destruir múltiplos alvos aéreos a altitudes entre os 50 e os 28 000 metros, em todas as condições atmosféricas de dia e de noite. Até hoje utilizado pela Força Aérea da Rússia e do Cazaquistão, o MiG-31 é uma evolução do também soviético MiG-25. Embora menos rápido do que seu irmão, ele possui tecnologias mais avançadas, como o radar de detecção de inimigos com alcance de 400 quilômetros. Em atividade desde 1975 o modelo teve sua produção interrompida em 1994, e chega a velocidade máxima de 3.000 km/h.

6. North American XB-70 Valkyrie

Sem nunca ter entrado em produção contínua, o XB-70 Valkyrie é um bombardeiro estratégico pensado para atuar em altitudes elevadas. Com essa necessidade, sua velocidade podia facilmente ultrapassar os 3.000 km/h, já detectada em seu primeiro voo oficial, em 1964. Bem maior do que um caça, o XB-70 chamava a atenção por seu porte e capacidade bélica. E exatamente por isso, os custos de sua produção eram além do suportado pela Força Aérea Americana, que foi obrigada a desistir do projeto nos primeiros anos de andamento.

5. Bell X-2

Outra aeronave experimental, o Bell X-2 é um dos poucos aviões não-militares a ultrapassar a marca dos 3 mil km/h, mas que teve fundamental importância para o desenvolvimento de supercaças e demais aeronaves de alta performance. Seu projeto começou em 1952, com a ideia de testar as condições de voo em velocidades supersônicas. Fabricado pela Bell Aircraft Corporation em parceria com a Força Aérea dos Estados Unidos, o Bell X-2 não chegou a ter produção massificada e não foi utilizado em outro tipo de exercício. O modelo atinge a velocidade de 3.370 km/h.

4. Mikoyan-Gurevich MiG-25

O Mikoyan-Gurevich MiG-25 é uma aeronave interceptadora e de reconhecimento supersônica que esteve entre os mais rápidos aviões militares a entrarem em serviço. Projetado na extinta União Soviética pela Mikoyan-Gurevich, o primeiro protótipo fez seu primeiro voo em 1964, entrando em serviço apenas em 1970. Essa aeronave tem como diferencial seu sistema de alarmes e alertas, além da capacidade de interceptar jatos ou caças inimigos com precisão e agilidade. Além de todo esse desempenho, o MiG 25 é equipado com quatro mísseis, sendo dois guiados por infravermelho e dois por radar. Países como Argélia e Síria estão entre os proprietários atuais desses aviões que atingem a velocidade de 3.494 km/h.

3. Lockheed SR-71 Blackbird

Um dos mais belos aviões militares de todos os tempos, o SR-71 é uma aeronave focada em reconhecimento e estratégia. Fabricado pela Lockheed, esse avião era colossal e, apesar de não ser propriamente projetado para combates, nunca foi abatido em qualquer missão sob o comando da Força Aérea dos Estados Unidos. Um pouco diferente de seus antecessores, o SR-71 era maior, carregava mais combustível e possuía dois cockpits, o frontal para o piloto e o traseiro para o militar responsável por executar as tarefas de reconhecimento. Foram produzidas, ao todo, 32 unidades do SR-71 Blackbird, modelo que atinge velocidade máxima de 3.529 km/h.

2. Lockheed YF-12

O Lockheed YF-12 foi o protótipo de um interceptador Mach 3+, com base no projeto do A-12 Oxcart, sendo um modelo protótipo do SR-71. Somente 3 foram construídos e somente um resta até hoje. Uma das tecnologias mais avançadas do YF-12 era o radar Doppler, que auxiliava na detecção de inimigos. Além disso, a aeronave possuía o controle de disparo NA/ASF-18 e três misseis ar-ar guiados por radar tipo GAR-9 (posteriormente renomeado como AIM-47) e atingia a velocidade de 3.661 km/h.

1. North American X-15

O North American X-15 foi uma Aeronave Experimental, propulsionada por um motor foguete, desenvolvido a partir de 1954 pela North American. Tendo sido utilizado pela NASA e pela Força Aérea dos Estados Unidos, ele foi projetado para testes em velocidades hipersônicas e altitudes que ultrapassavam os 100 quilômetros, conferindo, assim, a alcunha de astronauta àquele que o pilotasse ou estivesse a bordo. Para colocá-lo em funcionamento, era necessário que um bombardeiro o colocasse no ar para, então, os motores de foguete XLR-99 serem ativados e o X-15 iniciar seu voo. O modelo atinge velocidade máxima de 7.273 km/h.

terça-feira, 8 de março de 2022

Embraer lança conversão do E190 e E195 de passageiros para cargueiros


O mercado de conversão de passageiros para cargueiros ganhou um novo player nesta segunda-feira (07). A indústria brasileira Embraer lançou as versões do E190F e E195F, aumentando a vida útil dos E-Jets antigos e encontrando um novo nicho de capacidade no ressurgente mercado P2F.

O mercado de conversão de passageiros para cargueiros ganhou um novo player nesta segunda-feira (07). A indústria brasileira Embraer lançou as versões do E190F e E195F, aumentando a vida útil dos E-Jets antigos e encontrando um novo nicho de capacidade no ressurgente mercado P2F.
Imagem: Embraer

 A Embraer informou que projetou os cargueiros E-Jet para atender à evolução do comércio eletrônico e do comércio moderno, que exige prazos de entrega cada vez mais rápidos e a necessidade de operações descentralizadas.

O E190F terá capacidade para transportar até 10.700 kg de carga e o E195F 12.300 kg. 

“Perfeitamente posicionado para preencher a lacuna no mercado de cargueiros entre turboélices e jatos estreitos maiores, nossa conversão de E-Jet P2F chega ao mercado à medida que a demanda por frete aéreo continua a decolar e o comércio eletrônico e o comércio, em geral, passam por uma transformação estrutural global”, disse o CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer.

O mercado de conversão de passageiros para cargueiros ganhou um novo player nesta segunda-feira (07). A indústria brasileira Embraer lançou as versões do E190F e E195F, aumentando a vida útil dos E-Jets antigos e encontrando um novo nicho de capacidade no ressurgente mercado P2F.

A Embraer disse que disponibilizará a conversão para todas as aeronaves E190 e E195 usadas. Visando uma entrada em serviço no início de 2024, a empresa informa que prevê uma demanda para a categoria de tamanho do E190/195F de cerca de 700 aeronaves ao longo de 20 anos.

A iniciativa ocorreu quando a Embraer abordou o que chama de três grandes oportunidades, incluindo o fato de que grande parte da atual frota de cargueiros na categoria dos Boeing 727 e 737 por exemplo, entraram em sua janela de aposentadoria. 

A empresa também citou mudanças estruturais recentes que fortaleceram o mercado geral de cargueiros, “e mais ainda para entregas no mesmo dia e operações descentralizadas”.

Por fim, observou que os E-Jets que entraram em serviço há cerca de 10 a 15 anos agora estão emergindo de arrendamentos de longo prazo e iniciando seu ciclo de substituição, que continuará na próxima década. 

A conversão de carga completa prolongará a vida útil dos E-Jets por mais 10 a 15 anos e incentivará sua substituição no mercado de passageiros pelo que a Embraer chama de aeronaves mais eficientes, sustentáveis ​​e silenciosas.

O mercado de conversão de passageiros para cargueiros ganhou um novo player nesta segunda-feira (07). A indústria brasileira Embraer lançou as versões do E190F e E195F, aumentando a vida útil dos E-Jets antigos e encontrando um novo nicho de capacidade no ressurgente mercado P2F.

A fabricante realizará as conversões de cargueiros em suas instalações no Brasil. A conversão inclui uma porta de carga dianteira do convés principal; sistema de movimentação de carga; reforço de piso; a Barreira de Carga Rígida (RCB), que é uma barreira 9G com porta de acesso; sistema de detecção de fumaça de carga, incluindo extintores classe “E” no compartimento de carga superior; alterações no sistema de gestão do ar (arrefecimento, pressurização, etc); remoção interior e provisões para transporte de materiais perigosos.

“Os cargueiros E-Jet fornecerão serviços rápidos, confiáveis ​​e econômicos aos transitários, estenderão a vida útil dos E-Jets, apoiarão os valores dos ativos dos E-Jets e criaram um forte caso de negócios incentivando a substituição de aeronaves anteriores. aeronaves de passageiros modernas e mais eficientes”, disse o CEO de Serviços e Suporte da Embraer, Johann Bordais. “Com mais de 1.600 E-Jets entregues globalmente, os clientes deste novo segmento de cargueiros se beneficiarão de uma rede de serviços global bem estabelecida e madura, além de um portfólio abrangente de produtos prontos para apoiar sua operação desde o primeiro dia.”

O mercado de conversão de passageiros para cargueiros ganhou um novo player nesta segunda-feira (07). A indústria brasileira Embraer lançou as versões do E190F e E195F, aumentando a vida útil dos E-Jets antigos e encontrando um novo nicho de capacidade no ressurgente mercado P2F.
(Imagem: Luís A. Neves @nevesplanepictures2021)

A Azul Linhas Aéreas foi a primeira companhia aérea a operar com o Embraer 195F no mundo. A conversão da aeronave aconteceu em parceria com a LHColus Tecnologia, atualmente a Azul Cargo opera com cinco E195F em sua frota. 

Sideral Linhas Aéreas personaliza aeronave em parceria com os Correios


A aeronave com as cores dos Correios, deverá entrar em operação nesta terça-feira (25). 

O Boeing 737-400F da Sideral Linhas Aéreas de matrícula PR-SDT está de cara nova. A aeronave chegou no final da tarde desta segunda feira (24) a sede da companhia no aeroporto internacional Afonso Pena (CWB), em São José dos Pinhais (PR), e foi recebida pelo tradicional batismo por jatos d’água (water salute), de boas vindas.

Além dos Correios, a Sideral tem duas aeronaves na frota com as cores da empresa de vendas online Mercado Livre. 

A parceria entre a Sideral Linhas Aéreas e os Correios já existe a muitos anos, mas somente agora a companhia resolveu consolidar a aliança, personalizando uma de suas aeronaves em alusão a marca da estatal. 

Em setembro de 2021, os Correios anunciou a parceria para o transporte de cargas nos porões das aeronaves em voos comerciais, para facilitar o serviço expressos de encomendas, aumentando a capacidade da empresa em pelo menos 50%, em um ano.

A aeronave com as cores dos Correios, deverá entrar em operação já nesta terça-feira (25).A Sideral também opera com duas aeronaves que foram personalizadas com as cores da empresa de vendas online Mercado Livre, outra parceira da companhia aérea paranaense.

Veja o video do batismo da aeronave no momento de sua chegada no aeroporto de CWB 


quinta-feira, 3 de março de 2022

Congo Airways altera pedido do Embraer E175 para E190-E2

 A Congo Airways alterou o pedido firme feito em dezembro de 2019, originalmente para duas aeronaves E175, com direitos de compra de duas unidades adicionais do mesmo modelo, para uma encomenda de dois jatos E190-E2, com direitos de compra para mais dois.



O novo contrato possui valor total de USD 256 milhões, de acordo com os atuais preços de lista, com todos os direitos de compra sendo exercidos, e será incluso na carteira de pedidos (backlog) da Embraer do segundo trimestre de 2020.

Desire Bantu, CEO da Congo Airways afirmou que “os novos jatos irão substituirão nossos turboélices, permitido expandir nossas operações na República Democrática do Congo e, regionalmente, para a África Ocidental, Central e Sul. Apesar das dificuldades enfrentadas pelas circunstâncias atuais, nossos fundamentos não mudaram; então esperamos que o momento que vivemos no passado seja reconstruído. Disse, em dezembro, que possivelmente teríamos de fazer um pedido adicional de jatos E2, por conta da agilidade necessária de adaptação às mudanças de mercado – e agora chegamos a esse ponto. Enquanto nos preparamos para um futuro de sucesso, teremos a flexibilidade, aeronave mais eficiente, e com o tamanho correto, para servir aos clientes à medida que o mercado se reestabeleça.”

“É ótimo poder receber uma nova companhia aérea na família de operadores do E2, especialmente na África, onde a demanda por viagens domésticas cresceu fortemente antes da crise atual. A África tem sido um mercado com baixas frequências de voo e de rotas finas e longas.

Assim que as companhias aéreas recomeçarem as operações, a família de aeronaves E2 estará perfeitamente posicionada para o dimensionamento correto das rotas, previamente operadas por aeronaves maiores de corredor único, enquanto mantém frequências e ajusta a capacidade em novos níveis”, diz Raul Villaron, Diretor de Vendas para África e Oriente Médio da Embraer Aviação Comercial. “Estamos ansiosos por poder continuar apoiando a Congo Airways na medida em que continua a atualizar as ofertas para seus clientes.”

A aeronave será configurada com duas classes de serviço, podendo comportar até 96 passageiros, com 12 assentos escalonados na classe executiva. O início das entregas está previsto para o segundo trimestre de 2022. Este é o segundo pedido de E2 recebido de um cliente africano. Atualmente, há 189 aeronaves da Embraer operando na África, com 54 companhias aéreas e 27 países.

A Embraer é líder mundial na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e possui mais de 100 clientes em todo o mundo. Apenas para o programa de E-Jets, a Embraer registrou mais de 1.800 pedidos e 1.500 aeronaves foram entregues. Atualmente, os E-Jets estão voando nas frotas de 80 clientes em 50 países. A versátil família de aeronaves de 70 a 150 assentos opera com companhias aéreas de baixo custo, regionais e tradicionais.

Azorra encomenda 20 jatos Embraer E2

 Companhia de leasing da Flórida acertou um contrato flexível pela nova família de jatos comerciais, com direito a optar por modelos E190-E2 e E195-E2



Os primeiros E2 comprados pela Azorra serão entregues em 2023 (Embraer)

Embraer e a empresa de leasing Azorra assinaram nesta segunda-feira (24) um contrato de venda de 20 aeronaves da família E2 com opção para mais 30 unidades, revelou a fabricante brasileira.

O acordo flexível permite que a Azorra possa optar por aeronaves E190-E2 ou E195-E2, que serão entregues pela Embraer a partir de 2023 – os clientes finais dos aviões não foram revelados.

A divulgação do novo contrato ocorre duas semanas depois que a Azorra anunciou um acordo com a Airbus para aquisição de 20 A220-300 e dois ACJ TwoTwenty, a versão executiva do rival do E2.

“Nossa equipe tem uma longa e produtiva história com a Embraer. Na Jetscape, fomos a primeira empresa de leasing independente a se comprometer com o programa E-Jet da Embraer em dezembro de 2007 e depois os E-Jets estabeleceram uma base global de clientes, com mais de 80 operadores. A primeira aeronave nova da Azorra foi um Phenom 300, adquirido da Embraer em dezembro de 2016. Estamos entusiasmados com este novo capítulo em nossa parceria de longa data com a Embraer”, disse John Evans, CEO da Azorra.



A Azorra também vai receber 20 jatos A220-300 (Airbus)

“Agradecemos novamente à Azorra pela escolha do E2, depois de concluir recentemente uma transação de revenda com a Porter Airlines para cinco novas aeronaves E195-E2″, disse Arjan Meijer, CEO da Embraer Aviação Comercial.

Sediada na Flórida, a Azorra é uma empresa de leasing com foco diferente de outras concorrentes. Ela é especializada em aeronaves comerciais de menor porte, além jatos executivos e ‘crossover’, como ela chama modelos que oferecerem “uma nova tecnologia que melhora o alcance e a capacidade sem comprometer o serviço em pequenos aeroportos”.

No ano passado, a Azorra assinou uma carta de intenção com a Eve, a startup de mobilidade aérea da Embraer, para adquirir 200 aeronaves eVTOL.

Com o novo contrato, a carteira de pedidos da família E2 deve subir para 225 aeronaves, a princípio.