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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

SHOW AÉREO NA ACADEMIA DA FAB

Mais uma vez o público se encantou com o espetáculo proporcionado pela Academia da Força Aérea Brasileira, localizada na cidade de Pirassununga, no Estado de São Paulo.
    Neste ano, por diversas razões, a AFA limitou em sessenta mil o número de expectadores, que precisaram adquirir antecipadamente o ingresso gratuito através do site amplamente divulgado pela Entidade, produzindo menos incômodo no trânsito da região e até mesmo para as pessoas, que puderam se acomodar melhor no espaço destinado ao público.

   A equipe do Aviação Hoje Notícias chegou à AFA já na tarde do sábado, dia 12, a tempo de registrar a chegada do WACO, o biplano mais popular do período entre guerras. O modelo atual recebeu cerca de 300 melhorias em relação ao projeto original.

   A popularidade desta aeronave deve muito ao ex-piloto de caça da United States Air Force, Richard Bach. Quando este deixou a USAF tentou ser piloto comercial sem sucesso. Decidiu então “desbravar” o meio oeste americano a bordo do biplano, promovendo pequenos shows em sítios e fazendas.

    A Embraer participou do evento com o KC390, o moderno avião de transporte tático/logístico, que também pode ser usado para reabastecimento em voo, lançamento de carga e paraquedistas.

No sábado foi possível ainda acompanhar alguns preparativos e registrar o sempre belo por do sol da Academia.

     O DOMINGO AÉREO     
    A equipe do Aviação Hoje Notícias foi composta por Gabriel Araújo, Gustavo Andrade e Luiz Gimenes, com a companhia de Marcos Junglas. Deixamos o hotel às 06h30min em direção à Academia da Força Aérea, distante do centro de Pirassununga pouco mais de 12 km. A rodovia de acesso é a SP255 e, às 06h40min, já havia uma fila de alguns quilômetros de extensão antes do trevo para a Academia.
A via de acesso entre a SP 255 e a AFA

   Após passarmos pela Tenda de Credenciamento da Imprensa fomos conduzidos à área operacional, próximo à taxiway, para as fotos do espetáculo. No trajeto já passamos bem próximos do SH-16 Seahawk em exposição estática trazido pela Marinha Brasileira, abrilhantando o evento.

     APRESENTAÇÕES     
   O primeiro espetáculo foi proporcionado pela Esquadrilha CEU, baseada no Rio de Janeiro. É a segunda do país regulamentada pela ANAC. Entre os integrantes estão ex-pilotos de caça e do Esquadrão de Demonstração Aérea da FAB.




     HALCONES     
   Às 9h30min os pilotos da Esquadrilha Halcones, da Força Aérea do Chile, iniciaram o táxi para a sua primeira apresentação do dia.

   Uma a uma...
 ...as aeronaves deixaram o solo pela pista 02C.

   Os pilotos chilenos demonstraram absoluto domínio sobre as aeronaves Extra, proporcionando um espetáculo lindo de se ver. Cada manobra arrancava um sussurro de surpresa e entusiasmo do público presente.




    Os chilenos também fazem a manobra do coração, como o EDA, mas o corta com uma flecha. Todavia, o vento não deu muita chance aos fotógrafos e o foi desfazendo de forma muito rápida.


   O ponto alto da apresentação dos Halcones (Falcões, em português) é o desenho de uma estrela, demonstrando o arrojo desses “artistas do céu”.



   Logo após a apresentação dos chilenos um gavião também se mostrou às lentes dos Spotters na Área Operacional, oferecendo um "momento natureza".

     ESQUADRILHA DA FUMAÇA     
    O Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, se apresentou em seguida. Por mais que tenhamos assistido às suas apresentações, a cada nova oportunidade o ritual de acionamento e táxi das aeronaves causa a mesma expectativa experimentada na primeira vez.


   Ainda em solo, preparando-se para a decolagem, os pilotos dão o tom da fumaça...
...precedendo a decolagem em formação.

Mas, vamos deixar que as imagens falem por si próprias:








    O voo invertido impressiona pelo tempo de permanência na manobra.

   A manobra ”espelho” também é um movimento que causa “certo arrepio” pela proximidade das aeronaves, mormente porque voando de dorso as mesmas têm os comandos invertidos.

     AEROMODELOS     
   Os aeromodelistas, como em anos anteriores, tiveram espaço para um espetáculo também de muita beleza. São réplicas de aeronaves em tamanho menor, que executam as mesmas manobras das verdadeiras.


    Entre os aeromodelistas presentes no Domingo Aéreo estava Thiago Sabino, Cmte. da Passaredo, com o seu T-27.

     EXTREME     
   Passava de 11h40min quando a Esquadrilha Extreme partiu para o seu primeiro show do dia. Três clássicos T-6, um Extra 300 e um BE-18 (que tem também a função de lançar paraquedistas) fazem parte da esquadrilha. O respeitado Cmte. Carlos Edo e sua esposa Mônica Edo pilotam dois T-6.





    Os paraquedistas lançados pelo BE-18 coloriram o céu com evoluções de tirar o fôlego, como o salto “lado a lado”.



    OS T-25 INSTRUTORES    
   Depois da Esquadrilha Extreme quatro aeronaves modelo T-25, do Esquadrão Apolo, sobrevoaram e fizeram evoluções no céu da Academia.
Em seu seu segundo ano na AFA, o Cadete Aviador inicia a instrução aérea primária e básica voando 75 horas nos Neiva T-25, do Esquadrão Apolo que possui quatro Esquadrilhas: Orion, Centaurus, Aquila e Leo.

     SHOW SOLO     
   Às 13h18min Márcio Oliveira taxiou para oferecer mais um show solo no céu de Pirassununga. Márcio sagrou-se campeão de acrobacia neste ano de 2017, na Categoria Ilimitada, a mais alta da competição.
O Sukhoi Su-26 sobe impulsionado pelo potente motor...
...para ganhar altura rapidamente.


     EXPOSIÇÃO ESTÁTICA     
   Além do SH-16 Seahawk da Marinha Brasileira, também a Polícia Militar do Estado de São Paulo enviou o "Águia" de número 13, um AS 350 B2 Esquilo, para prestigiar a festa da AFA.

O russo Antonov An2, em plenas condições de voo, também ficou exposto ao público.


A Academia disponibilizou quatro aeronaves T-25 e quatro T-27 para a visitação pública. As pessoas formaram extensas filas para entrar nos aviões e serem fotografadas no cockpit.



     AVIAÇÃO DE CAÇA     
O caça da Marinha, A-4 Skyhawk, foi uma das atrações do evento. Esta aeronave foi desenvolvida pela McDonnell Douglas na década de 1950, inicialmente, para a Marinha dos Estados Unidos. Menor, porém versátil e econômica, ainda é usada em diversos países.

Acompanhamos o acionamento e o criterioso check externo realizado pelos mecânicos.


   Assistir à simples decolagem de um caça é uma rara oportunidade e sempre um prazer para os aficionados.
   O A-4 realizou três passagens para delírio do público. Na segunda o piloto acionou o gancho de cauda usado nos pousos em porta aviões.

   Não há aficionado da aviação que não tenha os pelos eriçados pelo som produzido por um caça. É algo indescritível através de palavras. Na terceira passagem o gancho foi recolhido e a bela aeronave retornou ao seu "ninho".

   Dois A-29 “descansavam” nos hangaretes e a nossa equipe não se furtou em registrar.

 Detalhe da metralhadora Ponto 50 que equipa o A-29


     ESQUADRILHA EXTREME    
   O Cmte. Carlos Edo comandou o segundo show da sua Esquadrilha por volta de 14h30min, proporcionando um espetáculo lindo de se ver com os clássicos North American T-6 em combinação com um Extra 300 e um BE-18.








     EDA e HALCONES     
   Passava de 15h quando os Halcones decolaram pela segunda vez para mais uma apresentação, desta vez um pouco menor do que a primeira.


   Os Halcones permaneceram voando quando a Esquadrilha da Fumaça também decolou pela segunda vez...

...e reapareceram voando juntas, para encantar os presentes.

   Podemos dizer que este voo simboliza a integração das duas Forças Aéreas, visto que a cooperação e camaradagem entre elas é uma realidade.


     "RETORNO AO TEMPO"     
   Foi então a vez de apreciar um momento histórico na Academia; um momento de saudável nostalgia e orgulho de ser brasileiro, apesar das mazelas políticas: o voo da réplica do 14Bis. Embora seja uma réplica, pela perfeição de sua construção, me sinto à vontade para dizer que presenciamos o voo do 14Bis.
   Às 16h50min, comandado pelo seu proprietário Alan Calassa, ele deixou o hangar para o longo percurso na taxiway em direção à cabeceira 02C da Academia.


   Roberto Caiafa registrou a aeronave em direção à cabeceira 02C com o sol ainda alto, mas já descendo para o ocaso, cedendo a imagem gentilmente para abrilhantar este relato.

   E o 14 Bis decolou para o entusiasmo da plateia, causando emoção em quem entende o valor histórico e o que esta aeronave representa para o nosso país.


   Uma rajada mais forte de vento balançou a aeronave e arrancou o chapéu (marca particular de Santos Dumont) da cabeça do piloto.




  A Esquadrilha da Fumaça fez então uma passagem para render sua homenagem à aeronave e ao homem que a construiu, cuja imagem podemos dizer que retrata o passado e o presente da aviação.




   Não foi possível fotografar os pilotos da Esquadrilha Halcones, mas após recolherem as aeronaves, conseguimos reunir os mecânicos; os Anjos da Guarda que toda esquadrilha precisa ter. Gentil, espontânea e respeitosamente, eles empunharam a Bandeira Brasileira ao posar para a foto.


Considerações
   Por mais um ano constatamos o profissionalismo e a dedicação dos militares da Academia da Força Aérea na organização do evento. Como sempre tudo foi pensado para tornar o mais agradável possível a presença do público.
   O Blog Aviação Hoje Notícias agradece à Tenente Vanessa, e a todos de sua Equipe, pela recepção e tratamento proporcionados a todos da Imprensa, desde os telefonemas que antecederam ao evento.

  Especial agradecimiento a los mecánicos de la Escuadrilla Halcones que, amablemente, nos atendió para fotos, explicaciones sobre las aeronaves y procedimientos.


  Para finalizar a matéria, um dos mais belos registros do evento, cuja foto foi gentilmente cedida pelo autor Marcos Junglas, a fim de ilustrar o nosso artigo.

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