O Avião Presidencial brasileiro é uma aeronave modelo Airbus A319 com designação na FAB de VC1A, e batizado oficialmente de Santos Dumont.
Saiba tudo sobre o Airbus A319CJ que levou a presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Hoje segunda-feira (29), a presidente terá reuniões com investidores do setor financeiro e empresários. Ainda em Nova York, recebe o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger e participa do encerramento do Encontro Empresarial sobre oportunidades de investimento em Infraestrutura no Brasil. Em seguida, segue para a capital Washington, onde será recebida pelo presidente Barack Obama.
No final de 1999, após grave incidente durante viagem oficial do então Vice-Presidente Marco Maciel à China, o governo brasileiro decidiu não mais utilizar os antigos Boeing 707 da Presidência, conhecidos como “Sucatões”, optando por fretar aeronaves conforme a agenda de compromissos internacionais.
O antigo avião ainda possuía o sério inconveniente de sofrer restrições para pouso em diversos aeródromos, por não mais se enquadrar em normas de ruído e emissão de gases, tendo o governo de pagar sobretaxas e multas em cada pouso ou escala técnica, o que causava constrangimentos ao país nas viagens presidenciais ao exterior. Os fretamentos passaram a ser feitos a partir de 2000 em aeronaves Airbus A330-300, alugadas da TAM, empresa que venceu licitação aberta pela FAB, em sistema de “wet lease”. A configuraçãointerna dessas aeronaves era a mesma usada no transporte de passageiros, e a tripulação e serviço de bordo eram providos pela própria TAM.
A partir de 2003, sob a justificativa de que os gastos com fretamentos eram elevados, e considerando a inviabilidade financeira em se manter em uso os antigos “Sucatões” como aeronaves para transporte da Presidência, o Governo Brasileiro optou por adquirir uma aeronave mais moderna, econômica e segura para uso exclusivo em viagens oficiais, tanto domésticas quanto internacionais. Segundo a FAB, o gasto com uma viagem no Airbus chega a ser 71% menor, o que implica uma economia de mais de US$ 5 mil por hora de voo. O valor equivale a uma economia de US$ 5,2 milhões por ano. A nova aeronave foi apelidada de “Aerolula”.
Lula foi o sexto presidente a encomendar uma aeronave. O modelo escolhido foi o Airbus A319 Corporate Jetliner – A319CJ, uma versão modificada do A319 operado no Brasil pelas empresas TAM e Avianca. Foi batizado de Santos Dumont, mas é popularmente conhecido como “Aerolula”. Outro apelido que chegou a ser veiculado na imprensa era “Air Force 51”, misturando o nome do avião presidencial dos Estados Unidos (Air Force One) com uma conhecida marca de cachaça (Caninha 51).
Custou ao governo 56,7 milhões de dólares, contrato assinado em 6 de fevereiro de 2004 e foi pago em seis parcelas. Permite voos de Brasília a Paris, a Nova York, a Quebec ou a Washington sem escalas (nonstop). O avião chegou no Brasil às 10h40 de 14 de janeiro de 2005.
Seu primeiro voo de origem foi de Hamburgo na Alemanha, com uma escala em Toulouse na França. O call-sign desta aeronave é Força Aérea 01. Sua matrícula inicial, durante a fase de testes em Hamburgo, era D-AVWJ, com bandeira alemã. Seu “construction number” (na aviação é o equivalente ao número do chassi de seu carro), é 2263.
O primeira viagem ao exterior da aeronave foi logo depois, no dia 27 de janeiro, levando Lula e a comitiva para Zurique, na Suíça, de onde o então presidente seguiu para a pequena cidade de Davos para participar do encontro anual do Fórum Econômico Mundial. Mais uns dias e, a 1º de fevereiro, e a aeronave conduziria o então vice-presidente José Alencar para Maputo, capital de Moçambique, em visita oficial.
O A319 ACJ Santos Dumont teve projeto interno personalizado. Sua cabine possui 80 metros quadrados e abriga uma suíte com chuveiro. Comporta 55 passageiros.
Segundo informações da mídia brasileira, em 2012 houve uma consulta pelo governo brasileiro em obter um Boeing 747-8 da empresa norte americana. O modelo é o mesmo utilizado pelo Presidente dos Estados Unidos. O Palácio do Planalto desmentiu que a presidente Dilma tivesse a intenção de comprar um avião maior e mais novo para atender à Presidência.
Em fevereiro passado completou-se onze anos da aquisição do Airbus A319 ACJ presidencial. Pelos padrões da aviação moderna, e obtendo manutenção cuidadosa e frequente, não se pode considerá-lo uma aeronave “velha”, mas é sem dúvida um avião rodado: até hoje, o avião presidencial já efetuou mais de 10 mil horas de voo, realizando um espantoso número que ultrapassam 6 mil pousos.
O voo mais longo do Santos Dumont foi entre Glasgow, na Escócia, e Brasília, numa distância de 5.100 milhas náuticas (9.445 quilômetros).
Confira o vídeo sobre o interior do Airbus A319 ACJ da República Federativa do Brasil:
Valor pago pela a aeronave com cotação do dólar na data de 29 de junho de 2015: R$176,337 (Cento e setenta e seis milhões trezentos e trinta e sete mil reais).
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