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domingo, 21 de março de 2021

Embraer planeja expansão na China apesar da concorrência da COMAC

 

A fabricante brasileira de aviões Embraer olha para o potencial de mercado na China e considera uma ambiciosa expansão na região, apesar da concorrência da fabricante de aviões COMAC, que está crescendo rapidamente.

Em declarações à mídia em 19 de março de 2021, o CEO Arjan Meijer disse que a Embraer pretendia se expandir na China, visto que o fabricante de aviões viu “um enorme potencial de mercado lá”. A fabricante brasileira de jatos regionais esperava ver uma demanda mundial de um total de 5.500 jatos Embraer com até 150 assentos até 2031. A fabricante contou que um terço da demanda esperada seria visto na Ásia, com a maioria vindo da China.

Embraer 195-E2 “TechLion”.

No entanto, a Embraer pode enfrentar a concorrência da fabricante de aviões chinesa Commercial Aircraft Corporation of China (COMAC), uma vez que o país prefere que as principais companhias aéreas estatais operem aeronaves COMAC fabricadas em casa. Enquanto o jato regional COMAC ARJ21 tem capacidade para levar até 90 passageiros e o avião C919 de fuselagem estreita tem capacidade para até 168 passageiros, o CEO da Embraer destacou que seus jatos da Família E2 eram uma opção “ideal” para rotas regionais na China como o jato acomoda até 146 passageiros a bordo, o número médio de passageiros entre o ARJ21 e o C919.

COMAC ARJ21 da Air China.

“Com as ambições da China de se expandir para as cidades regionais e países asiáticos vizinhos, acreditamos que dar às companhias aéreas chinesas acesso ao E2 oferece grandes oportunidades”, afirma o CEO da Embraer. “Eles querem exportar, especialmente o C919, para fora da China. Veremos produtos chineses sendo disponibilizados fora da China no futuro.”

Aparentemente, 2021 deve se tornar o ano em que o COMAC C919 será finalmente certificado, abrindo caminho para entrar em serviço comercial logo em seguida.

COMAC C919. (Foto: Ken Chen)

A Embraer entregou 44 aviões comerciais e 86 jatos executivos, seu faturamento chegou a mais de US$ 3,7 milhões em 2020, de acordo com o relatório financeiro da empresa. No entanto, o número de novas entregas em 2020 indicava uma estagnação significativa na produção do fabricante. Antes da pandemia, a Embraer costumava entregar até 100 aeronaves comerciais por ano – o dobro de 2020.

A empresa encerrou o ano com um prejuízo líquido de US$ 463,7 milhões e, devido à contínua incerteza relacionada aos impactos da pandemia na indústria, decidiu não publicar a orientação financeira e de entrega para 2021

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