Foi uma proposta da North American-Rockwell para a Força Aérea dos EUA que procurava um novo interceptador. O projeto era um desenvolvimento do A-5 Vigilante.
No início da década de 1970 a Força Aérea dos EUA (United States Air Force – USAF) solicitou a indústria propostas para um interceptador a fim de substituir o Convair F-106 Delta Dart, um interceptador puro que entrou em serviço em 1959.
O novo aparelho deveria ser capaz de prover defesa aérea para o NORAD, o que implicava voar sobre o território dos EUA e Canadá. O interceptador precisava ser para qualquer clima, ter alta velocidade e carregar uma boa carga de mísseis de longo alcance (possivelmente o AIM-47 Falcon ou AIM-54 Phoenix)
A North American-Rockwell respondeu com uma proposta baseada no seu jato naval A-3J/A-5¹ Vigilante.
O Vigilante era um poderoso e grande avião desenvolvido para a Marinha dos EUA. Operando a bordo dos porta-aviões, iniciou sua carreira como bombardeiro nuclear médio, mas a missão foi curta, com a Marinha dos EUA desistindo dele. A redenção veio com a versão de reconhecimento, que inclusive lutou no Vietnã.
A Marinha dos EUA já tinha estudado uma versão interceptadora do Vigilante, mas não passou disso.
Os engenheiros da North American já tinham estudado uma versão com três motores para o A-5. Inicialmente faria uso de dois motores turbojatos J-79 GE-10 e um motor-foguete Rocketdyne XLR46 (para melhorar o desempenho em alta altitude), mas quando a USAF realmente mostrou interesse, optaram pela configuração de três motores, sendo o terceiro alojado no que era o compartimento de bombas do Vigilante. Cada motor gerava 8.100 kg de empuxo com pós-combustão. O A-5 não tinha uma baia de armas. A única bomba nuclear era lançada através de um túnel por entre os escapamentos dos motores.
O desempenho projetado era de velocidade superior a Mach 2,5 e teto de serviço de 24.000 metros, tudo isso com uma carga de seis mísseis AIM-54 Phoenix na fuselagem.
A tripulação do aparelho consistiria de dois homens, mas algumas publicações apresentam com três, como no Convair B-58.
A Força Aérea dos EUA logo perdeu o interesse. Depois dos insucessos do YF-12A e do F-108 Rapier, a USAF tinha apostado² suas fichas no McDonnell Douglas F-15 Eagle, ordenando sua fabricação.
Hoje parece exótico tal aparelho, mas na época fazia muito sentido, pois a União Soviética havia colocado medo nos planejadores ocidentais com o MiG-25. Tudo é especulação. De concreto mesmo é que ele faria mais sucesso num filme de Clint Eastwood.
¹ O Vigilante foi inicialmente designado A3J, mas essa denominação foi posteriormente alterada para A-5 em setembro de 1962, por conta da reorganização interna na nomenclatura das aeronaves operadas pela USAF e US Navy.
Nenhum comentário:
Postar um comentário