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sábado, 17 de junho de 2023

Setor de aviação global precisa de US$ 4 trilhões para novas entregas e revisão da frota

A arrendadora irlandesa Avolon prevê uma necessidade de capital de US$ 4 trilhões para a aviação global ao longo de duas décadas.

O setor de aviação mundial exigirá US$ 4 trilhões em capital nos próximos 20 anos para financiar novas entregas comerciais e remodelar a frota global, informou a Avolon, uma empresa de leasing, na terça-feira (13/06).

A Avolon, terceira maior arrendadora de aeronaves do mundo, prevê que as companhias aéreas e empresas de leasing receberão a entrega de 44.300 aeronaves comerciais de passageiros até 2042. Cerca de metade dessas entregas será para substituição da frota e a outra metade atenderá ao crescimento, conforme o novo previsão divulgada.

A empresa com sede em Dublin estima que a frota global de aeronaves comerciais de passageiros quase dobrará, atingindo 46.880 aeronaves até 2042.

O relatório surge antes do Paris Airshow, que acontece de 19 a 25 de junho. As empresas aeroespaciais participantes do evento apresentarão suas estratégias para atingir a meta de emissões líquidas zero em todo o setor até 2050, abordando simultaneamente os problemas atuais da cadeia de suprimentos.

Para atingir esse objetivo ambiental, a indústria deve separar seu impacto ambiental da robusta demanda de viagens projetada para crescer 3,5% em comparação com o crescimento do PIB de 2,5%, destacou a Avolon.

No entanto, os críticos ambientais argumentam que o rápido crescimento da aviação comercial contradiz seus objetivos ambientais.

A Avolon afirma que o foco principal deve ser o aumento do fornecimento de Combustíveis de Aviação Sustentáveis, afirmando que uma indústria em crescimento atrairá o capital necessário para facilitar a transição da aviação para a sustentabilidade.

A empresa projeta que o crescimento será impulsionado principalmente por jatos de fuselagem estreita, como o A320neo da Airbus e o 737 MAX da Boeing.

Prevê-se que o fabricante europeu Airbus mantenha sua liderança no mercado de fuselagem estreita, com sua atual participação de frota de 53% prevista para aumentar para 58% até 2042. A Boeing, por outro lado, deve manter seu domínio no mercado de aeronaves widebody com 59% de participação.

Avolon também prevê um renascimento de aviões turboélice menores. A idade atual dessas aeronaves sugere que mais turboélices serão entregues nos próximos anos do que jatos regionais, indicando uma reversão da tendência observada no último quarto de século, potencialmente atraindo novos players com projetos inovadores.

Enquanto a China está desenvolvendo um novo turboélice, a fabricante brasileira Embraer suspendeu os planos para o seu próprio. Atualmente, o mercado é liderado pela fabricante de aviões franco-italiana ATR.

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