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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Relembre: os Boeing 757s que voaram em empresas brasileiras

 Relembre: os Boeing 757s que voaram em empresas brasileiras

Apelidado de “Foguete de Seattle”, o Boeing 757 foi um grande sucesso comercial da Boeing, principalmente entre as empresas aéreas norte-americanas, como a Delta e United Airlines, que até hoje o operam. O primeiro voo do modelo aconteceu no ano de 1982 e, somando suas duas versões, a Boeing produziu 1.049 unidades, sendo 994 do 757-200 e 55 do comprido 757-300.

Aqui no Brasil, diferente dos Estados Unidos, o jato não emplacou. No entanto, ainda assim tivemos quatro operadores do modelo: Colt Cargo, Oceanair, Varig e Varig Log. Abaixo vamos conhecer melhor sobre os poucos Boeing 757 operados comercialmente por empresas aéreas brasileiras:

  • Colt Cargo

A Colt Cargo foi a última empresa aérea brasileira a operar com o modelo no país. Atuando primeiramente no mercado de táxi-aéreo, a Colt Aviation decidiu em 2013 ingressar no mercado da carga aérea como Colt Cargo e recebeu aeronaves de maior porte. Primeiro vieram dois Boeing 737-400s e posteriormente a empresa recebeu o seu primeiro e único Boeing 757-200F.

De matrícula PR-XCA e com nome de batismo de Miss Victoria, o jato foi integrado à frota da companhia em novembro de 2015. Ao longo de sua trajetória na Colt, o bimotor realizou voos para diversas cidades brasileiras, como Curitiba, Salvador, Fortaleza, Guarulhos, Brasília e outras. A empresa o retirou de serviço no início de 2017 e o bimotor deixou oficialmente a frota da companhia em maio daquele ano, mês em que a Colt interrompeu suas operações.

O PR-XCA foi o único Boeing 757 que voou por duas companhias aéreas do Brasil. Antes da Colt, o jato operou pela Varig LOG como PR-LGF até o ano de 2010. A aeronave encontra-se hoje estocada no Aeroporto Sanford, em Orlando, na Flórida, desde agosto de 2022.

  • Oceanair

Foto: Marcelo Magalhães/ Arquivo FLAP

Ainda quando Oceanair, a empresa que posteriormente veio a se tornar a Avianca Brasil, também já voou com o Boeing 757-200. Foi durante um curtíssimo período.

Matriculado como PR-ONF, o Boeing (configurado para transporte de passageiros) chegou para a companhia em dezembro de 2007 e saiu de cena logo em março de 2008. Ao longo de sua curta trajetória voando pela Oceanair, o jato passou por cidades como Recife, Brasília, João Pessoa, Porto Alegre, Fortaleza, entre outras. Ele foi o único Boeing 757 equipado com winglets que voou em uma aérea brasileira.

Após ser retirado de serviço no Brasil, o modelo foi incorporado pela Avianca Colômbia, depois voou pela Aero Gal e por fim na britânica Jet2 como G-LSAN. Ele se encontra atualmente estocado.


  • Varig e Varig LOG

Foto: Arquivo FLAP

A Varig foi a primeira operadora do modelo no Brasil. Os dois primeiros Boeing 757-200 da empresa chegaram em setembro de 2004 (PP-VTQ e PP-VTR), seguidos do PP-VTS que chegou em novembro e do PP-VTT, incorporado em dezembro daquele mesmo ano. O quarteto era configurado para transportar 176 passageiros em duas classes, sendo 20 na executiva e 156 na econômica.

Eles eram responsáveis por algumas rotas da companhia na América Latina, como Lima e Cidade do México. Entretanto, também marcaram presença por diversas cidades ao redor do Brasil, como Florianópolis, Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus, Porto Alegre e outras.

Todos eles foram retirados de serviço em 2006, quando a “velha” Varig encerrou suas atividades. Três dos quatro Boeing 757-200s operados anteriormente pela aérea brasileira continuam ativos até hoje, voando pela islandesa Icelandair.

  • PP-VTQ voa atualmente como TF-ISV
  • PP-VTR voa atualmente como TF-ISR
  • PP-VTS voa atualmente como TF-ISJ
Foto: Aeroprints.com via Wikimedia Commons

Já na Varig LOG, o Boeing ganhou uma sobrevida e a empresa, que era o braço cargueiro da Varig, foi a maior operadora do Boeing 757 no Brasil, chegando a contar com sete unidades.

Os primeiros seis jatos do modelo chegaram para a companhia no ano de 2007 (PR-LGF, PR-LGG, PR-LGH, PR-LGI, PR-LGJ e PR-LGK). Posteriormente, em 2010, o PR-LGN foi incorporado. Ele foi o último operado pela companhia e saiu de serviço em 2012 quando ela encerrou suas operações.

Dos sete Boeing 757s operados pela Varig Log, seis foram desmontados ou se encontram estocados. Apenas um continua ativo: o ex-PR-LGG que hoje voa como C-GIAJ na canadense CargoJet.


Bônus

Foto: autor desconhecido

CargoBIS: em 2010 surgiu a CargoBIS, uma suposta nova companhia aérea brasileira que também pretendia operar o Boeing 757 no Brasil. A empresa iria incorporar o PR-LGI, que voou pela Varig Log, e o Boeing receberia a sua nova matrícula PP-BIY. A aeronave não chegou a ser recebida, tampouco a CargoBIS chegou a voar.

TransBrasil: a empresa de Omar Fontana chegou a encomendar nove unidades do Boeing 757-200, sendo a primeira linha aérea brasileira a se interessar pelo modelo. As aeronaves seriam equipadas com duas diferentes motorizações: três com o RR211 da Rolls Royce e o restante com o PW2030 da Pratt & Whitney. A ideia da companhia era substituir os seus Boeing 727s com os 757 e 767. No entanto, a TransBrasil não chegou a incorporá-los

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