Tupolev: veja detalhes de aviões russos

Modelos não são mais usados em combate, mas participam regularmente de exercícios

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O Tupolev Tu-95 é um dos modelos usados em exercícios feitos pela Rússia nessa semana — Foto: Reprodução

A Rússia realizou voos com dois aviões Tupolev-160, do período soviético, nesta quarta-feira no Mar da Noruega, próximo ao Reino Unido. As manobras ocorrem apenas dois dias depois de outras duas aeronaves — de modelo parecido, o Tupolev-95 — da Força Aérea russa terem realizado um exercício no Mar de Bering, perto do Alasca (no território americano), acompanhados de outras 30 aeronaves.

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Mapa mostra trajeto feito por aviões russos nos últimos dias — Foto: Arte O Globo

As medidas foram vistas como um alerta para o Ocidente, uma vez que a Rússia se prepara para comemorar um ano da invasão na Ucrânia, no próximo dia 24. Nesta terça-feira, o Ministério da Defesa da Rússia já havia confirmado que dois aviões patrulharam o mar da Noruega e de Barents em uma missão de 13 horas, que incluiu abastecimento em voo, mas sem especificar.

Nos primeiros registros, na segunda-feira, foram usados os modelos Tu-160 White Swan, um "bombardeiro estratégico multimissão projetado para operações que vão desde velocidades subsônicas e baixas altitudes até velocidades acima de Mach 1" (cerca de 1.234 km/h).

Infográfico mostra como é o Tu-160 — Foto: Arte O Globo

Projetado na era soviética, os bombardeiros supersônicos Tu-160, também conhecido como Blackjack (alcunha dada pela Otan), tem capacidade de até 110 toneladas e pode alcançar uma velocidade máxima de 2.220 km/h. A aeronave fez seu voo inaugural em 16 de dezembro de 1981, e o exército da Rússia conta ainda com 17 desses modelos.

A Rússia aposentou a aeronave do serviço ativo em 1995, com a justificativa de que não poderia arcar com os elevados custos operacionais da aeronave. Em 2015, no entanto, o Tu-160 foi modernizado (passando a ser chamado de Tu-160M) e recolocado de volta em serviço em um projeto do governo que visava atenuar a redução na frota de bombardeiros estratégicos russos.

Bombardeiros supersônicos Tu-160 tem capacidade para até 110 toneladas e pode alcançar velocidade máxima de 2220 km/h — Foto: Reprodução

A aeronave possui quatro motores NK-32 TRDDF, de 25 mil kgf/cm2, e conta com uma série de itens para reduzir a percepção do veículo por detectores de infravermelho e radar.

As asas do modelo podem mudar a curvatura de acordo com a missão, alternado a velocidade de voo. A fuselagem é revestida com uma pintura que resiste ao calor intenso de explosões. O Tu-160 tem cerca de 54 metros de comprimento e uma envergadura de 55,7 metros, além de uma autonomia de voo de 14 mil km.

Tu-95

Tu-95 pode alcançar uma velocidade máxima de 650 km/h e tem autonomia de voo de 6.400 km — Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira, as Forças Armadas russas usaram dois aviões Tu-95MS sobre o Mar de Bering, que separa o país da América do Norte. O modelo foi lançado em 1954, mas só entrou em serviço em 1956, sendo utilizado, atualmente, nas unidades de Aviação Naval da Força Aérea russa e do Exército Aéreo da Força Aérea russa, bem como na Força Aérea indiana.

Segundo o portal especializado Air Force Technology, o modelo é ainda mais antigo, com seu primeiro voo tendo sido realizado em 1954, com o Tu-95 entrando em serviço somente dois anos depois.

Infográfico mostra como é o Tu-95 — Foto: Arte O Globo

A aeronave pode alcançar uma velocidade máxima de 650 km/h e tem autonomia de voo de 6.400 km. Esse Tupolev fazia regularmente patrulhas de longo alcance nos países que formavam a Otan e no espaço aéreo dos Estados Unidos até o final da Guerra Fria.

Em julho de 2010, dois bombardeiros Tu-95MS, modelo Bear-H, bateram um novo recorde de duração de voo, com 40 horas realizando patrulha, ao longo de três oceanos.