Por Roberto Lopes
A Força Aérea Colombiana (FAC) decidiu investir 13 milhões de dólares na modernização das células e da aviônica de dois caças Mirage V biplaces desativados há exatos cinco anos , para habilitá-los a prestar serviço como jatos de treinamento dos aviadores que precisam se qualificar para, um dia, voar os caças-bombardeiros Kfir.
Dos quatro Kfir TC-12, de dois lugares, adquiridos pelos colombianos na década passada, três – o 3003, 3005 e 3006 – foram perdidos em acidentes. E a IAI (Israel Aerospace Industries) já se declarou incapaz de repor esses aviões.
A decisão dos colombianos representa um alerta para os seus colegas da Força Aérea Argentina (FAA) que, nesse momento, examinam a conveniência de importar um lote de caças Kfir.
A situação da Defesa Aérea na Argentina é precária.
Após a retirada dos seus caças Mirage do serviço ativo, a FAA ficou apenas com sete caça-bombardeiros A-4AR Skyhawk para as missões de interdição e manutenção da superioridade aérea nos céus argentinos.
Os israelenses que negociam o fornecimento de 12 a 16 Kfir ao governo de Buenos Aires prometem só dois jatos biplaces – e, como uma espécie de bônus, um empenho para vender 50 jatos subsônico IA-63 Pampa II (ou III), fabricados na Província argentina de Córdoba, em países africanos.
Gravidade – As autoridades militares da Colômbia consideraram a possibilidade de realizar uma ampla reforma em dois ou três dos seus Kfir monoplaces, de forma a adequá-los – com a instalação de mais um posto de pilotagem – às missões de instrução.
Mas o plano importaria em uma complexa modificação estrutural, que certamente resultaria em alteração no centro de gravidade das aeronaves, e a ideia, por uma questão elementar de precaução, foi abandonada.
Os Mirages que serão reaproveitados pertenceram ao Comando Aéreo de Combate Nº 1 (CACOM 1) sediado no município de Puerto Salgar. Eles voaram por 38 anos com as cores da FAC.
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