A Leonardo, em nome do consórcio EuroDASS (Leonardo, ELT Group, Indra e Hensoldt), anunciou o próximo pacote de atualizações de capacidade de sobrevivência para o subsistema de auxílios defensivos (DASS) do Eurofighter Typhoon.
Isso se baseia no progresso substancial no desenvolvimento de tecnologia já feito, aproveitando o investimento contínuo dos parceiros da EuroDASS nas capacidades defensivas do Typhoon.
Projetado para atender aos requisitos dos operadores do Typhoon, as atualizações estão sendo propostas para o pacote Eurofighter Fase 4 Enhancement (P4E) de quatro nações e também estarão disponíveis para clientes de exportação.
A atualização mais recente aumentará a capacidade de sobrevivência da aeronave e estabelecerá as bases para a integração do sistema de defesa com os radares E-scan altamente capazes do Typhoon. Isso inclui todas as versões do radar Typhoon E-scan, incluindo o que já está em serviço, bem como as variantes atualmente em desenvolvimento pelas nações parceiras do Eurofighter.
O DASS existente, chamado Praetorian em homenagem ao corpo de guarda-costas romano de elite, protege o Typhoon de ameaças, incluindo infravermelho (IR/busca de calor) e mísseis guiados por radar. Os sensores integrados do sistema e o equipamento de interferência fornecem consciência situacional ao piloto e equipam a aeronave com capacidade de discrição digital, obtida por meio de técnicas avançadas de decepção eletrônica.
Esta última fase verá os parceiros do EuroDASS integrarem uma série de novos recursos, já em estágios avançados de desenvolvimento, no sistema Praetorian. Isso inclui um recurso de receptor digital, que permitirá ao Typhoon reconhecer melhor alvos modernos e complexos e seus modos de operação, permitindo-lhe implantar as contramedidas apropriadas. A atualização também incorpora uma extensão de banda que permite ao Typhoon continuar a operar no campo de batalha eletromagnético cada vez mais complexo, congestionado e contestado do futuro.
A atualização também incluirá melhorias nos algoritmos de processamento de sinal e nas capacidades do processador, proporcionando grandes avanços na velocidade de processamento, capacidade e memória. Isso permitirá que o sistema Praetorian aproveite ao máximo sua integração com as opções de radar E-scan do Typhoon, incluindo o novo ECRS Mk2 atualmente em desenvolvimento para as Forças Armadas do Reino Unido. As mais novas opções de radar incorporam uma poderosa capacidade de ataque eletrônico e complementarão o bloqueio a bordo fornecido pelo sistema Praetorian para proporcionar um formidável efeito geral.
A Leonardo está integrando o sistema Praetorian em Luton, onde a empresa realiza pesquisa, desenvolvimento e produção avançada de guerra eletrônica. O desenvolvimento da capacidade do receptor digital foi liderado pelo parceiro alemão Hensoldt e o trabalho de extensão da banda foi conduzido pelo parceiro espanhol Indra. Outros aprimoramentos do ECM e do WTP Cooler serão liderados pelo ELT Group.
No Royal International Air Tattoo (RIAT) de 2023 em Fairford, Reino Unido, a Leonardo apresentará os novos recursos a bordo de uma aeronave de teste Navajo operada por seu parceiro de teste e avaliação 2Excel.
Como os recursos individuais introduzidos nesta atualização já estão maduros após o investimento internacional, os primeiros testes de voo empregando o 2Excel Navajo equipado com o hardware atualizado do Typhoon ocorrerão logo após o RIAT. Outros testes a bordo da aeronave Typhoon estão programados para o início de 2024.
Olhando além dessa atualização, os parceiros do EuroDASS também estão progredindo no Praetorian eVolution, o roteiro proposto para o futuro DASS do Typhoon que garantirá que a aeronave mantenha seu nível de proteção de classe mundial nas próximas décadas. O roteiro propõe novos recursos avançados, incluindo guerra eletrônica multiplataforma e funções ISR de combate, como direcionamento de alta precisão e ID de combate avançado.
As discussões entre as quatro nações parceiras do Typhoon (Reino Unido, Itália, Alemanha e Espanha) continuam avançando, com todas as partes reconhecendo os benefícios do Pretorian eVolution em termos de capacidade de sobrevivência futura, mantendo a base de habilidades aéreas de combate em terra de cada nação e garantindo a liberdade futura de operação para operadores do Typhoon em um cenário de ameaças em evolução
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